Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/05/13

 

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DIÁRIO DA MANHÃ

Mulheres acima de 50 anos não poderão receber óvulos

A partir de agora, mulheres que querem engravidar mas dependem da doação de óvulos só poderão receber o material genético até os 50 anos de idade. A regra começa a valer hoje, quando a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre reprodução assistida será publicada no Diário Oficial da União. A resolução preenche a lacuna de não existir, no Brasil, uma legislação que regulamente a prática da reprodução assistida. Antes não havia um limite de idade estabelecido. A regra é uma das novidades da terceira versão das normas que regulamentam o procedimento. A primeira norma foi estabelecida em  1992 e revisada, apenas uma vez, em 2010. A comissão de especialistas, que reúne ginecologistas e geneticistas, se debruçou nos últimos 12 meses para atualizar o documento a partir de experiências que vem sendo observadas pelos médicos.
"É comprovado que a idade reprodutiva da mulher é até os 45 anos. Elevamos para 48 anos e depois de uma discussão exaustiva chegamos aos 50 anos. A partir daí existem riscos para a mulher e para a criança", explicou José Hiran Gallo, coordenador da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM. Após os 50 anos, aumentam os casos de hipertensão na gravidez e diabetes. A gestação nessa idade ainda pode provocar, para a criança, nascimento abaixo do peso e o parto prematuro. Apesar da definição, os especialistas reconhecem que podem surgir casos em que a regra poderá ser flexionada. "Da mesma forma que, em alguns casos, o médico pode decidir não fazer o procedimento em mulheres mais novas, por considerar que não terão condições de gerar, ele pode também flexionar em casos de mulheres acima de 50 anos, se considerar que elas teriam condições de engravidar", explicou Carlos Vital, vice-presidente do CFM.
A idade para doação do óvulo também ficou limitada nos casos de doação compartilhada, ou seja, quando uma mulher que está tentando engravidar doa parte dos seus óvulos para uma mulher mais velha, que não produz mais óvulos, em troca do custeio de parte do tratamento. Os médicos decidiram que a idade máxima para a doação é 35 anos para as mulheres e de 50 para homem que se dispõem a doar sêmen. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Adelino Amaral, a qualidade dos óvulos doados até essa idade é maior e, com isso, as chances da receptora engravidar aumentam. "A partir dos 35 anos, a qualidade do óvulo diminui e o risco de doenças genéticas aumenta", explicou. (Agência Brasil)
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Pressão alta na Medicina
Conselho Federal de Medicina e Conselho Regional de Medicina querem Exame de Avaliação em médicos estrangeiros
ANTÉRO SÓTER

O Conselho Federal de Medicina (CFM) é contrário à proposta do governo federal de trazer 6.000 médicos de Cuba para trabalhar no Brasil. O conselheiro Vital Corrêa, vice-presidente do CFM, se mostra, inclusive, preocupado com a possível contratação de médicos formados no exterior sem que eles passem pelo Exame de Avaliação instituído pelo próprio governo para atestar a qualidade da formação profissional. Vital, no entanto, diz que o CFM "não é contra a atuação de médicos formados no exterior desde que passem por essa avaliação”.
O conselheiro do CFM chegou a apresentar os resultados da revalidação de diplomas de médicos formados em Cuba, para contestar a proposta do governo brasileiro de trazer profissionais cubanos para trabalhar em regiões carentes do País. Segundo ele, os números mostram que, dos 182 médicos formados em Cuba, que fizeram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos em 2012, apenas 20 foram aprovados. O exame do Ministério da Educação é necessário para o estrangeiro exercer a profissão no Brasil.
“Se os médicos formados no exterior vêm exercer a profissão sem nenhum critério de avaliação de suas qualificações, isso é temerário. Naturalmente, traz à população grandes riscos, principalmente a parte da população mais carente. Isso não se configura como uma medida legal, nem justa”, disse. Dos 26 médicos com diploma espanhol que fizeram o exame em 2012, cinco foram aprovados. Dos oito portugueses inscritos, três foram aprovados.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), de acordo com sua Assessoria de Imprensa, comunga com o posicionamento do CFM. O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, entende que o governo deve investir mais no sentido de incentivar o médico brasileiro a buscar cidades menores e não apenas os grandes centros para exercer sua profissão, além de criar uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando a atenção primária com a previsão de infraestrutura e de condições de trabalho adequadas. "Isso asseguraria a presença de médicos e um efetivo atendimento nas áreas distantes e nas periferias dos grandes centros", garante Salomão.
NOTA
O Conselho Federal de Medicina, em nota, condenou veementemente a entrada de médicos estrangeiros ou de brasileiros que obtiveram diplomas em cursos no exterior e que não tiveram sua respectiva revalidação como solução para a cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento. Também considerou eleitoreira, irresponsável e despeitosa a proposta do governo federal de trazer 6.000 médicos cubanos para trabalharem no Brasil. A negociação foi anunciada na segunda-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, durante coletiva de imprensa.
Na nota, o CFM diz que envidará, junto com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) "todos os esforços possíveis e necessários, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para assegurar o estado democrático de direito no País, com base na dignidade humana. Este princípio passa a ser desrespeitado pela irreverência do Poder Executivo ao pretender ofertar à parcela maior e mais carente da população brasileira assistência à saúde sem segurança e qualificação".
A nota continua lembrando que: "se a Constituição Federal não estipulou cidadãos de segunda categoria, então o País não pode permitir que tais segmentos sejam atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas, com respeito a sua qualidade técnica e ética".
O CFM diz ainda que ao contrário do que asseguram os defensores da proposta do governo federal, estudos indicam que os médicos estrangeiros tendem a migrar para os grandes centros a médio e longo prazos. No entendimento do CFM, a criação de uma carreira de Estado para o médico do SUS – com ênfase na atenção primária (com a previsão de infraestrutura e de condições de trabalho adequadas) – asseguraria a presença de médicos e um efetivo atendimento nas áreas distantes e nas periferias dos grandes centros.
Para o Conselho, "não deve se furtar da responsabilidade de destinar mais recursos (pelo menos 10% da receita bruta da União), para o aperfeiçoamento de serviços, dotando-os de infraestrutura e recursos humanos valorizados para atender de forma eficaz e com equidade a população, caso deseje manter o SUS público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a toda a população".
O CFM finaliza a nota afirmando que: "Não podemos admitir que interesses específicos e eleitorais coloquem em risco o futuro de um modelo enraizado na nossa Constituição e que pertence a 190 milhões de brasileiros. O que precisamos é de médicos bem formados, bem preparados, bem avaliados e com estímulo para o trabalho. Tratar a população de maneira desigual é sinal de desconsideração e de desrespeito para com seus direitos de cidadania".
NÃO É SÓ DE CUBA
O governo brasileiro, entretanto, não pretende, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atrair somente médicos cubanos para trabalhar nas regiões mais carentes do País, mas também profissionais de Portugal e da Espanha. O ministro, de acordo com a Agência Brasil (ABr), ligada ao governo federal,   desde o início do ano estuda alternativas para suprir a deficiência desses profissionais nas regiões mais remotas do País. "Esse é um dos nós mais críticos para levar a saúde para a população. Não se faz saúde sem médicos. O Brasil precisa de mais médicos com mais qualidade e mais próximos da população", teria dito Padilha.
Sobre as críticas do Conselho Federal de Medicina à decisão, Padilha disse que concorda que a contratação tem que considerar a qualidade e a responsabilidade desses profissionais. Ele destacou que o governo já descartou a validação automática de diplomas e a contratação de médicos de países que tenham menos profissionais que o Brasil, como é o caso da Bolívia e do Paraguai.
Dados do Ministério da Saúde, ainda de acordo com a ABr, mostram que no Brasil existe 1,8 médico para cada mil habitantes. Na Argentina, a proporção é de 3,2 médicos para mil habitantes e, em países como Espanha e Portugal, essa relação é de 4 médicos. No início do ano, os novos prefeitos apresentaram ao governo federal uma série de demandas na área de saúde. Entre os pontos destacados estaria a dificuldade de atrair médicos para as áreas mais carentes, para as periferias das cidades e para o interior.
Padilha disse que o governo estuda várias alternativas. "A principal medida que temos adotado é estruturar os serviços de saúde e ampliar o número de vagas nos cursos de Medicina nas universidades". Outra bandeira do ministério é o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e pontos na progressão de carreira dos médicos que vão para o interior e as periferias. Até hoje só 4 mil médicos aceitaram participar do programa.
NEGOCIAÇÃO
Os detalhes para a vinda dos 6 mil médicos cubanos ainda estão em negociação e contam com  o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla anunciaram esta parceria na última segunda-feira, dia 6.
Patriota e Rodríguez não informaram como será a concessão de visto – se será definitivo ou provisório. Segundo o chanceler brasileiro, há um déficit de profissionais brasileiros na área de saúde atuando nas áreas carentes do País, daí a articulação com Cuba.
“Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de Medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico”, disse ele.
As negociações para o envio dos médicos cubanos para o Brasil foram iniciadas pela presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2012, quando visitou Havana, a capital cubana. Ela defendeu uma iniciativa conjunta para a produção de medicamentos e mencionou a ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil, para apoiar o atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).
“Cuba tem uma proficiência grande na área de Medicina, farmacêutica e de biotecnologia. O Brasil está examinando a possibilidade de acolher médicos por intermédio de conversas que envolvem a Organização Pan-Americana de Saúde, e está se pensando em algo em torno de 6 mil ou pouco mais”, destacou Patriota. (Com Assessoria do CFM e ABr)
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Fim de vacinação amanhã

Falta pouco para Goiás atingir a meta de cobertura da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Amanhã, 10, termina a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Estado de Goiás ainda não atingiu a meta de vacinar 80% das 906.358 pessoas dos grupos prioritários. A informação é da gerente de Imunizações e Rede de Frio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Clécia Vecci. Até as 15h30 de ontem, 8, o Estado atingiu 77,83% da cobertura vacinal, com a aplicação de 705.384 de doses da vacina. No ranking nacional Goiás aparece em 5º lugar.
Segundo a gerente, dos 246 municípios goianos apenas 97 alcançaram a meta, o que equivale a 39,43%. Por grupo prioritário, os percentuais da vacinação estão assim definidos: idosos com 60 anos ou mais 76,06%; crianças 81,86%; trabalhadores da saúde 82,24%; gestantes 72,83%; e puérpera (mulheres que tenham dado à luz recentemente – 45 dias), 100,33%.
Clécia Vecci garante que não haverá prorrogação de prazo e faz um apelo para que as pessoas compareçam aos postos de saúde. “Estamos nos últimos dias da campanha e é preciso conscientizar da importância da imunização, principalmente agora que se aproxima o inverno, período de maior circulação viral”, alerta. Em Goiás, a vacina está disponível em 854 postos fixos, abertos das 8 às 17 horas. De acordo com Clécia, essa semana a população carcerária também está sendo vacinada.
A campanha teve início 15 de abril e se estenderia até o dia 26. Em função da baixa procura o Ministério da Saúde prorrogou até o próximo dia 10 de maio, amanhã. A vacina é trivalente, protege contra a H1N1, a gripe sazonal e a influenza B.
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PORTAL MÉDICO (CFM)

Novas regras de reprodução assistida destacam saúde da mulher e direitos reprodutivos para todos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publica hoje (9) a atualização da resolução que trata dos procedimentos de reprodução assistida no país. A Resolução CFM nº 2.013/13 destaca a segurança da saúde da mulher e a defesa dos direitos reprodutivos para todos os indivíduos. A última vez em que a resolução havia sido atualizada foi em 2010, depois de ficar quase 20 anos sem renovação. Para esta revisão, o CFM contou novamente com contribuições dos conselhos regionais de medicina do país e sociedades de especialidades. A resolução preenche uma lacuna importante, pois não existe no Brasil uma legislação que regulamente a prática da reprodução assistida. (acesse a íntegra em http://portal.cfm.org.br/images/PDF/resoluocfm%202013.2013.pdf)

A partir de agora, no Brasil a idade máxima para uma mulher se submeter às técnicas de reprodução assistida passa a ser 50 anos. O coordenador da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM, José Hiran Gallo, explica que esta medida levou em consideração a segurança da gestante e da criança: “pesquisas em todo mundo apontam que a fase reprodutiva da mulher é de até 48 anos e após essa idade os riscos são evidentes”.

Antes não havia um limite estabelecido e essa idade foi considerada pelo risco obstétrico. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), membro da Câmara Técnica do CFM, Adelino Amaral, para as mães, após 50 anos, elevam-se casos de hipertensão na gravidez, diabetes e aumento de partos prematuros. E para a criança, os problemas mais comum são o nascimento abaixo do peso e o parto pré-maturo.

Doação compartilhada – A Resolução do CFM ainda definiu os termos para a doação compartilhada de óvulos. Isso ocorre quando uma mulher, em tratamento para engravidar, doa parte dos seus óvulos para uma mulher mais velha (que não produz mais óvulos) em troca do custeio de parte do tratamento. Neste caso, a norma define a idade limite do doador de 35 anos para mulher e 50 para homem.

A nova redação também deixa mais claro quanto ao número de oócitos [mesmo que óvulos] e embriões [fecundação entre óvulo e espermatozoide] a serem transferidos no caso de doação: estes devem ser respeitada a idade da doadora e não da receptora. José Hiran Gallo explica que a decisão se dá porque a qualidade dos óvulos doados são maiores: “a paciente acima de 40 anos tem probabilidade de engravidar em torno 10%, já as pacientes menores de 35 tem chances acima de 40%. Essa limitação reduz as chances de gestação múltipla, que seria mais um fator de risco para mulheres mais velhas. É preciso ficar atento à maturidade desses óvulos e não de sua receptora”.

Diversidade – Outra questão abordada na nova norma do CFM diz respeito ao tratamento de reprodução para casais homoafetivos. A resolução anterior dizia que "qualquer pessoa" poderia ser submetida ao procedimento "nos limites da resolução", no entanto os casais formados por pessoas de mesmo sexo esbarravam em diferentes interpretações. Agora a resolução do CFM deixou mais claro esse direito: “é permitido o uso das técnicas de reprodução assistida para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito da objeção de consciência do médico”.

De acordo com o presidente do CFM, Roberto d’Avila, a aprovação da medida é um avanço porque “permite que a técnica seja desenvolvida em todas as pessoas, independentemente de estado civil ou orientação sexual. É uma demanda da sociedade moderna. A medicina não tem preconceitos e deve respeitar todos de maneira igual”.

Para auxiliar nesses casos o CFM ampliou o parentesco para doadoras temporárias do útero. Estas devem pertencer à família de um dos parceiros num parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima). Em todos os casos também devem respeitada a idade limite de até 50 anos.

Descarte – Com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza o uso de embriões para pesquisa com células tronco, e considerando o crescente estoque de material genético, o texto, elaborado pela Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM, também abordou este tema.

Uma das alterações da Resolução trata do descarte de embriões que estão nas clinicas de reprodução assistida e que não serão mais utilizados pelos casais, como os casos dos que já tiveram seus filhos, estão em separação, ou houve morte de um dos cônjuges. Existem muitos embriões que estão abandonados há 15 anos e não são aproveitados.

Segundo a norma do CFM, após cinco anos, os embriões criopreservados podem ser doados para outros pacientes; doados para pesquisas; ou descartados. Se for da vontade do paciente, esses embriões também podem continuar congelados desde que os pacientes expressem essa vontade e assumam as responsabilidades por essa decisão.

Relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que no Brasil 26.283 embriões foram congelados somente no ano de 2011. Para congelar esses embriões, os casais pagam uma taxa que varia entre R$ 600 e R$ 1,2 mil, e para mantê-los neste processo é preciso arcar com uma mensalidade. Entretanto cerca de 80% desse material é abandonado pelos pacientes e o banco que arca com as despesas da manutenção repondo nitrogênio e garantindo espaço físico. “A responsabilidade técnica deste material abandonado só ficará a cargo da clínica por cinco anos. Faremos uma convocação desses casais que já abandonaram os embriões e conscientizaremos os próximos pacientes das possibilidades de doação e descarte”, declarou Adelino Amaral.
 
Veja as principais contribuições da Resolução CFM nº 2.013/13:

IDADE DA PACIENTE – a idade máxima das candidatas à gestação de reprodução assistida é de 50 anos.

DOAÇÃO COMPARTILHADA – Libera a medida e limita a idade da doadora em 35 anos.

IDADE LIMITE PARA DOAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES – 50 anos.

ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO – Ampliou-se para parentesco consanguíneo de até 4º grau.

TRANSFERÊNCIA – A nova redação também deixa mais claro quanto ao número de oócitos e embriões a serem transferidos no caso de doação: estes devem ser respeitado a idade da doadora e não da receptora.

DESCARTE – os embriões criopreservados acima de cinco anos, poderão ser descartados se esta for a vontade dos pacientes.

HOMOAFETIVIDADE – É permitido o uso das técnicas de reprodução assistida para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito da objeção de consciência.
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SAÚDE BUSINESS WEB

Opinião – A Gestão de OPME’s – Capítulo I: O Liberalismo

Ao longo dos últimos anos, a maneira como hospitais, operadoras, fornecedores e médicos trataram a necessidade do uso de próteses, órteses e materiais especiais (os chamados OPME’s) não evoluiu de forma harmoniosa e, muito menos, impulsionada
por um interesse espontâneo destes agentes em resolver um dos maiores obstáculos no relacionamento entre eles.
Quando nasceu o entendimento de que os OPME’s deveriam ser tratados à parte dos materiais hospitalares comuns, a estruturação de sua gestão detinha um cunho puramente administrativo, no qual a preocupação de hospitais e operadoras era checar a cobertura dos itens de acordo com os planos dos segurados e o trâmite dos registros documentais que garantiriam a cobrança e pagamento pelo uso.
O profissional médico não tinha restrições para a escolha do que seria utilizado, definindo não só a quantidade e tipo de material que seria aplicado, mas também o fornecedor responsável pelo atendimento de sua cirurgia. Custe o que custar.
Fornecedores mantinham distância de operadoras e não tinham interesse algum em conhecer os acordos comerciais que estas firmavam com os hospitais. Sua única missão comercial era manter um relacionamento próximo ao médico, de forma a criar vínculos que os definissem como “o fornecedor” daquele profissional.
Hospitais, como se não houvesse amanhã, limitavam-se a repassar adiante os custos cobrados pelos fornecedores, acrescidos dos  mark ups que haviam negociado. Afinal, segundo suas convicções na época,  os OPME’s haviam sido utilizados seguindo a solicitação médica e não os caberia questionar a decisão técnica de alguém que, alem de capacitado, era seu cliente.
O que este modelo não levava em conta era que os recursos para sustentar a cadeia de atendimento do paciente e, consequentemente, todo o sistema no qual os agentes estavam inseridos, eram limitados.
Em curtíssimo prazo, operadoras compreenderam o potencial risco do laissez faire, laissez passer que permeava o mercado, pois suas contas começaram a não fechar diante de um ambiente em que havia:
• Custos incontroláveis e desmedidos para os
produtos;
• Total ausência de protocolos que balizassem os materiais a serem utilizados;
• Imprevisibilidade de custo dos procedimentos;
• Visão puramente administrativa e assistencial;
• Dúvidas sobre a interferência do relacionamento na definição da quantidade e custo dos materiais a serem aplicados;
• Baixa interação e compartilhamento de riscos e interesses entre os agentes.
• Iniciaram-se, então, as ações que levaram a gestão de OPME’s à sua segunda fase, sobre a qual falaremos no próximo post.

Ronie Reyes Oliveira é administrador de empresa e palestrante especializado na gestão de aquisição de produtos para saúde, com mais de 20 anos de atuação na cadeia de suprimentos de grandes instituições hospitalares
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Conselho facilita registro no CRM para recém-formado
Norma estabelece o prazo de 120 dias para apresentação do diploma, além de definir o cancelamento da inscrição caso esse prazo não seja cumprido não seja cumprido

A partir de agora os recém-formados em Medicina não precisarão mais aguardar a emissão do diploma de conclusão de curso para obter o registro profissional. Publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União, a Resolução CFM nº 2014/2013 autoriza os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) a fazerem inscrição primária com a apresentação de declarações ou certidões de colação de grau emitidas por instituições formadoras de médicos oficiais ou reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
O registro no CRM é imprescindível para que médicos possam exercer legalmente a medicina no país. Por isso, a medida do Conselho Federal de Medicina (CFM) trará benefícios para os jovens profissionais que precisem do número do CRM para assumir uma vaga em residência médica ou um posto de trabalho, como o caso de concursos públicos.
A norma ainda estabelece o prazo de 120 dias para apresentação do diploma, além de definir o cancelamento da inscrição caso esse prazo não seja cumprido não seja cumprido. Segundo o relator da Resolução e 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes, a demanda recorrente na Justiça fez com que a entidade atualizasse seus procedimentos internos. “Com esta providência é possível resolver a situação de vários médicos recém-formados e garantir a segurança no ato formal da inscrição”, apontou.
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O POPULAR

Coluna Direito e Justiça – Demissão anulada
A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região confirmou a anulação da demissão de motorista acometido por esquizofrenia. O relator do processo, desembargador Elvécio Moura entendeu que mesmo que a doença não tenha nexo causal com o trabalho, ela estava presente à época da dispensa, e a sua nulidade decorre do princípio da dignidade da pessoa humana, garantido pela Constituição Federal de 1988. O trabalhador argumentou que adquiriu doenças psíquicas por causa de pressão e do estresse ao dirigir o caminhão de entregas da empresa. Esta, por sua vez, argumentou que ele não sofreu acidente de trabalho nem foi diagnosticado com doença ocupacional e que na época da dispensa estava apto ao trabalho. Elvécio Moura determinou a suspensão do contrato de trabalho até a recuperação do trabalhador.
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Sem transporte
Transplantes comprometidos
Alfredo Mergulhão

Enquanto pacientes esperam nas filas de transplantes, órgãos que seriam doados e poderiam salvar vidas estão se perdendo em Goiânia. As perdas são consequência da capital ter equipes cadastradas para transplantar somente rins e córneas. Fígado, coração e pulmões, principalmente, precisam ser levados para outros Estados. Mas com o fechamento noturno do Aeroporto Santa Genoveva, o tempo hábil para realizar os procedimentos cirúrgicos à tarde e à noite fica restrito e chega a inviabilizar a doação.
Há pouco mais de dez dias, a família de Ana Maria de Oliveira Caldas, de 53 anos, ficou frustrada porque pôde doar apenas rins e córneas. Depois de uma conversa com a assistente social da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO-GO), os familiares autorizaram a doação de coração, pulmões, fígado e pâncreas. Com a reforma na pista do aeroporto, não foi possível que a outra equipe médica chegasse a Goiânia antes que os órgãos parassem de funcionar.
Ana Maria foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) em 27 de abril. Coube a seu único filho a decisão de doar os órgãos. Para realizar o procedimento, ele aceitou esperar um prazo mínimo de 24 horas para iniciar os procedimentos de sepultamento. Por volta das 21 horas do dia seguinte à morte, o rapaz recebeu a notícia que a espera foi em vão. O coração da mãe estava com arritmia e os medicamentos e aparelhos não eram mais capazes de mantê-lo em funcionamento. A decisão do CNCDO-GO foi de retirar unicamente os órgãos que em Goiânia têm equipes cadastradas para transplantar.
A decepção da família de Ana Maria foi a mesma do marido e filhos de Sulene Batista dos Santos Locatelli Esteves, de 44 anos. Ela morreu em consequência de um AVC no começo de abril. Após abertura do protocolo necessário para proceder a captação dos órgãos, o procedimento teve de ser encerrado sem que a doação fosse efetivada. Não havia unidade de terapia intensiva (UTI) para receber a doadora. E também não houve tempo para uma equipe médica de São Paulo chegar a Goiânia. Somente os rins e as córneas de Sulene foram doados.
Existem três unidades credenciadas pelo Ministério da Saúde para proceder à cirurgia para a retirada dos órgãos para transplante em Goiânia: Hospital Santa Genoveva, Hospital Geral de Goiânia e Santa Casa de Misericórdia. De acordo com o gerente do CNCDO-GO, Luciano Leão, a Santa Casa está credenciada para captar coração, mas ainda está se adaptando às exigências do SNT. O médico também afirmou que até o fim deste ano o Hospital das Clínicas passe a fazer transplantes de fígado.

Hospitais aproveitam somente rins e córneas

Cada vez que um doador de coração, pulmões, fígado ou pâncreas é identificado em Goiânia, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO-GO) notifica o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Então começa uma busca por interessados que precisam vir à capital retirar e levar os órgãos. Somente unidades credenciadas pelo Ministério da Saúde podem fazer os procedimentos cirúrgicos.
Com o Aeroporto Santa Genoveva fechado durante a noite, as cirurgias para retiradas de órgãos realizadas a partir do meio da tarde têm sido inviabilizadas. Esses procedimentos precisam ser feitos com rapidez. O transplante de coração deve ocorrer em até quatro horas após a morte ser constatada. O gerente da CNCDO-GO, Luciano Leão, explica que os órgãos continuam funcionando à custa de drogas. “Mas uma hora o coração para de bater, sem receber os comandos do cérebro. E, se ele parar, nenhum órgão poderá ser doado”, diz.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), desde que as obras no Santa Genoveva tiveram início, em 1° de março, ficou acertado com o governo estadual que o Aeroporto Civil de Anápolis receberia voos de emergência entre as 22 e às 7 horas. Mesmo assim, não há registros de solicitações de pousos ou decolagens – de unidades de terapia intensiva móveis usadas para transplantes ou não – tenham sido negados nesse período.
Luciano Leão afirma que a vinda das equipes médicas de outras cidades depende de horários de voos comerciais. Dessa forma, a disponibilidade do Aeroporto Civil de Anápolis não resolve totalmente as necessidades da CNCDO-GO.
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Cirurgia bariátrica
HGG reestrutura programa
Malu Longo

Um dos programas que mais sofreram com a falta de estrutura das unidades públicas estaduais de saúde acaba de ganhar um novo perfil no Hospital Alberto Rassi (HGG). Criado em 1998 e renomeado em 2010, o Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) chegou a inscrever quase 2 mil pessoas, mas perdeu fôlego pela falta de profissionais, de equipamentos e de insumos. Com a transferência da gestão da unidade para uma organização social, a expectativa é de que o número de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresça 400%. Cadastrado há dez anos, o primeiro paciente operado dentro do novo programa recebeu alta ontem.
O HGG mapeou os 1.876 inscritos no programa desde o seu surgimento. Até o presente momento, 1.217 deles não foram localizados. Participam do PCCO pacientes com obesidade mórbida – Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40 – e portadores de complicações oriundas do sobrepeso, como pressão alta, diabetes e apneia do sono. Pelo menos 72 dos inscritos conseguiram fazer a cirurgia, outros 14 morreram, 39 desistiram do procedimento e 524 confirmaram o interesse. É o caso do motorista Ricardo Lopes Medeiros, de 38 anos. Obeso desde os 19 e inscrito no programa há dez anos, ele fez a cirurgia bariátrica no dia 26 de abril. “Quero chegar ao peso ideal”, disse o motorista. Com altura de 1,87 metro, Ricardo precisa chegar aos 110 quilos.
O HGG, sob a gestão do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano, contratou profissionais exclusivos para o PCCO e espera ampliar de 2 para 12 cirurgias bariátricas mensais. “Hoje, 1 leito dos 10 em funcionamento na unidade de terapia intensiva (UTI) está para cirurgia bariátrica, mas dentro de 30 dias a UTI terá 29 novos leitos, o que vai possibilitar a ampliação do atendimento”, explica o diretor-geral do HGG, André Braga.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação