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Bebê de 5 meses morre após tomar injeção com dipirona em UPA de Trindade, diz família; prefeitura apura suposto erro na aplicação
Anvisa interdita produtos que podem ter causado complicações em mulheres
Jovem que se queimou em acidente com álcool aguarda por cirurgia há mais de um ano
Polícia Civil começa investigação sobre bebê que morreu após injeção
Ministra anuncia atualização da vacina contra pólio a partir de 2024
Idec mostra que reajustes de planos de saúde coletivos quase dobraram
Ozonioterapia é comparada à cloroquina por Teich, ex-ministro da Saúde
Vendas de atestados: prática criminosa corre solta na internet
Guerra no Cremego 2023: sob ameaça de impugnação, chapa 2 continua na disputa até decisão nacional
PORTAL G1
Bebê de 5 meses morre após tomar injeção com dipirona em UPA de Trindade, diz família; prefeitura apura suposto erro na aplicação
Boletim médico indica que Ayslla Helena morreu por insuficiência respiratória e choque séptico, e que a injeção aplicada contribuiu para a morte. Polícia Civil investiga o caso.
Por Michel Gomes e Patrícia Bringel, g1 Goiás e TV Anhanguera
A família da pequena Ayslla Helena Souza Lopes, de 5 meses, denunciou à Polícia Civil que a bebê morreu após tomar uma injeção com dipirona em Trindade, na Região Metropolitana da Capital. Ao g1, a prefeitura explicou que apura um suposto erro na aplicação, que foi feita em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“A única filha que eu tenho se foi por negligência médica, eu quero justiça. Minha filha era só um bebê”, desabafou Andréia Lopes, a mãe.
Segundo a família, a menina foi diagnosticada com a doença “mão-pé-boca” e, entre as prescrições, a médica passou o medicamento para ser injetado, mas a enfermeira não encontrou a veia e pediu para aplicar no músculo, o que foi autorizado. Andréia disse que surgiu uma ferida com secreção no lugar da aplicação, a menina piorou e morreu na segunda-feira (7).
“A enfermeira que aplicou a injeção pegou a receita que a médica passou e foi na sala dela perguntar se podia dar intramuscular, a doutora autorizou e ela deu. Só que ela deu muito em cima da região que era pra fazer”, explicou.
Um boletim médico indica que Ayslla morreu por insuficiência respiratória e choque séptico e que a injeção aplicada contribuiu para a morte. A delegada Cássia Borges explicou que será feita uma perícia no corpo da menina e o caso está sendo investigado.
Em nota, a Prefeitura de Trindade disse que instaurou sindicância administrativa interna, junto ao Núcleo de Segurança do Paciente, para verificar se houve “algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamentos”.
Além disso, a prefeitura informou que “a equipe envolvida no caso já foi afastada de suas atribuições, ou seja, não trabalham na UPA 24h até que os fatos sejam todos apurados” (leia nota completa no fim da reportagem).
Ao g1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) explicou que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas, ou das quais tomam conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos médicos e da enfermeira até a última atualização desta reportagem.
Detalhes do caso
A primeira consulta de Ayslla aconteceu na última sexta-feira (4), a médica receitou dipirona, ibuprofeno e soro para reidratação oral. A menina piorou e voltou à UPA no domingo (6).
Desta vez, ela foi atendida por um médico de plantão, que prescreveu anti-inflamatório e mandou a bebê de volta para casa, com a orientação para os pais fazerem compressa e depois drenarem a secreção.
“Eu não fiz isso, eu já estava colocando a água morna, porque estava muito feio”, explicou a mãe.
Na segunda-feira (7), a família voltou à UPA pela terceira vez, porque a bebê havia piorado. A menina deu entrada na unidade às 10h05.
O relatório médico detalhou que ela estava com “taquidispneia grave”, que é quando a respiração fica acelerada e difícil, além de apresentar baixa saturação, desconforto para respirar e sonolência.
10 minutos depois o quadro da menina piorou e ela teve uma parada cardiorrespiratória, segundo o relatório. A equipe médica detalhou que tentou reanimar Ayslla por 1h10, mas ela não resistiu.
Nota Prefeitura de Trindade
A Prefeitura de Trindade informa que já instaurou sindicância administrativa interna, junto ao Núcleo de Segurança do Paciente, para que seja verificado se houve algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamentos.
O diretor clínico da UPA 24 Horas Dilson Alberto de Souza, Rogério Taveira, solicitou todos os documentos que descrevem os procedimentos realizados na paciente durante o período em que esteve na unidade de saúde.
A equipe envolvida no caso já foi afastada de suas atribuições, ou seja, não trabalham na UPA 24h até que os fatos sejam todos apurados.
A Prefeitura de Trindade presta total apoio à família por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Foram disponibilizadas profissionais de assistência social para atender as necessidades dos pais e serviço funerário.
É com imenso pesar que a Prefeitura de Trindade recebe a notícia do falecimento da paciente, e roga ao Pai Eterno conforto para os familiares. Todas as investigações necessárias serão realizadas para elucidar a causa da morte.
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Anvisa interdita produtos que podem ter causado complicações em mulheres
Agência argumenta que aconteceram reações adversas graves após o uso. Empresa informou que, mesmo antes da medida, os produtos referidos não estavam sendo produzidos e comercializados.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou os produtos que podem ter causado complicações em pacientes após procedimentos estéticos. Em Goiânia, uma das mulheres chegou a ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com embolia pulmonar.
O argumento usado pela agência é que aconteceram reações adversas graves após o uso destes produtos, que são notificados como cosméticos, mas apresentam instruções de uso irregulares. A informação foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na última segunda-feira (7).
Em nota, a Cosmobeauty informou que, mesmo antes da medida da Anvisa, os produtos referidos não estavam sendo produzidos e comercializados. O comunicado detalhou que a Indústria Bio Essencialli Comércio de Cosméticos LTDA esclareceu que “desde que se iniciaram as investigações em Goiânia, a pedido da marca contratante Cosmobeauty, deixou de fabricar e comercializar os produtos” e “iniciou seu recolhimento no mercado, e ainda, disponibilizou uma equipe exclusiva para acompanhar as investigações e vítimas (leia a nota na íntegra no fim da reportagem).
De acordo com a Anvisa, o produto interditado cautelarmente é o Dermo Bioestimulador e Preenchedor Cosmobeauty e o Fluído Ultraconcentrado Tonificante Cosmobeauty. Conforme descrito na edição do DOU, todos os lotes destes produtos estão incluídos.
Segundo a Anvisa, o uso destes produtos notificados como cosméticos, apresentam instruções de uso irregulares e infringem os incisos III, IV e V do Art. 3º da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e o inciso XVI do Art. 3º da Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 752, 19 de setembro de 2022 e tendo em vista o previsto nos arts 6º, 7º e inciso I do art. 67 da Lei 6360, de 23 de setembro de 1976.
Caso Betânia
A profissional autônoma Betânia Lima Guarda, de 29 anos, foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois de ter feito um preenchimento no bumbum em Goiânia. A paciente deu entrada na unidade com embolia pulmonar, seguida de hemorragia no pulmão.
Betânia foi sozinha fazer o procedimento com uma esteticista, na clínica que fica no Setor Urias Magalhães. Segundo a delegada Emília Podestà, a profissional responsável pela aplicação disse que usou “ácido hialurônico com um bioestimulador”. A defesa da esteticista disse que não vai se pronunciar.
Nota Cosmobeauty
A Indústria Bio Essencialli Comércio de Cosméticos LTDA, esclarece que desde que se iniciaram as investigações em Goiânia, a pedido da marca contratante Cosmobeauty, deixou de fabricar e comercializar os produtos INDUMAX FUIDO DERMO BIOESTIMULADOR E PREENCHEDOR HORMONY FILLER-CA COSMOBEAUTY e FLUIDO COLOIDAL DERMO ULTRACONCENTRADO TONIFICANTE UP GLÚTEOS COSMOBEAUTY, bem como iniciou seu recolhimento no mercado, e ainda, disponibilizou uma equipe exclusiva para acompanhar as investigações e vítimas.
Com relação a publicação do dia 7 de agosto de 2023 da agência nacional de vigilância sanitária, acerca da medida cautelar que proibiu a industrialização e comercialização dos produtos, esclarece que mesmo antes da medida administrativa publicada, a pedido da marca Cosmobeauty já não estava produzindo, tampouco comercializando os referidos produtos.
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TV ANHANGUERA
Jovem que se queimou em acidente com álcool aguarda por cirurgia há mais de um ano
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Polícia Civil começa investigação sobre bebê que morreu após injeção
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JORNAL LOCAL
Ministra anuncia atualização da vacina contra pólio a partir de 2024
O Ministério da Saúde vai substituir gradualmente a vacina oral contra poliomielite pela versão inativada do imunizante a partir de 2024. A recomendação foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização que considerou as novas evidências científicas para proteção contra a doença.
Essa atualização não representa o fim imediato do imunizante na versão popularmente conhecida como gotinha, e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal a ser feito após um período de transição, informou o ministério.
A indicação da câmara técnica foi para que o Brasil passe a adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite no reforço aos 15 meses de idade, o que atualmente é feito com a forma oral do imunizante. A forma injetável é aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses.
A dose de reforço aplicada atualmente aos quatro anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema.
Movimentos da sociedade
A nova recomendação foi apresentada, nesta sexta-feira (7), durante live [transmissão ao vivo pela internet] da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
“A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do governo federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo constante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade”, explicou a ministra.
Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para essa vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais no país, que já foi referência internacional, é fundamental.
Multivacinação
Durante a live, também foi abordada a ação de multivacinação voltada para menores de 15 anos com todas as vacinas do calendário nacional. A ideia é checar as cadernetas de vacinação e atualizá-las com as doses faltantes.
O Ministério da Saúde vai repassar mais de R$ 151 milhões para estados e municípios investirem nas ações de vacinação. A portaria com a destinação dos recursos será publicada nas próximas semanas.
Para combater o risco de reintrodução de doenças que já foram eliminadas pela vacinação – como a poliomielite – o ministério adotou o microplanejamento em que ele trabalha com estados e municípios para melhorar o planejamento das ações de vacinação.
Equipes irão aos estados para participar de ações deste método, como a análise da situação dos dados (características geográficas, socioeconômicas e demográficas locais), definição de estratégias de vacinação, seguimento e monitoramento das ações e avaliação de todo o processo da vacinação para o alcance das metas.
Estratégia
A ideia é que o município se organize e se planeje considerando a realidade local. Neste sentido, a estratégia de imunização será adaptada conforme a população, a estrutura de saúde e a realidade socioeconômica e geográfica. Entre as estratégias que podem ser adotadas através do microplanejamento pelos municípios estão a vacinação nas escolas, a busca ativa de não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, vacinação extramuros, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas.Â
Com base nessa estratégia, antecipou-se a multivacinação em estados de fronteira, como Acre e Amazonas. O próximo estado a receber essa ação será o Amapá, a partir do dia 15 de julho, com um Dia D da Vacinação.
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MAIS REGIÃO
Idec mostra que reajustes de planos de saúde coletivos quase dobraram
Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que, nos últimos cinco anos, os reajustes dos planos de saúde coletivos chegaram a ser quase duas vezes maiores que os dos individuais. Segundo o estudo, quase todas as categorias de planos coletivos tiveram reajustes médios consistentemente superiores aos individuais. Enquanto a variação do preço médio de mensalidades de planos de saúde individuais, contratados em 2017 para a faixa etária de 39 a 44 anos, passou de R$ 522,55 para R$ 707,59 em 2022, os coletivos empresariais contratados para grupos com até 29 pessoas (micro e pequenas empresas) saíram de R$ R$ 539,83 para R$ 984,44.
Em 2017 somente os planos por adesão eram mais em conta que os individuais, com preço inicial de R$ 485,03. No entanto, com o decorrer do tempo, eles acabaram se mostrando “um mau negócio”, segundo o Idec: em 2022, as mensalidades médias de contratos de até 29 pessoas passaram a custar R$ 845,53, e as de contratos maiores, R$ 813,29.
As mensalidades dos planos individuais cresceram 35,41% no período, enquanto as de planos coletivos apresentaram valores bem superiores: os coletivos empresariais, com 30 vidas ou mais, aumentaram 58,94%; os coletivos por adesão, com 30 vidas ou mais, 67,68%; os coletivos por adesão, com até 29 vidas, 74,33%; e os coletivos empresariais, com até 29 vidas, aumentaram 82,36%.
Para o Idec, os aumentos têm sido desregulados, sem controle e têm afetado a vida da maior parte dos consumidores de planos de saúde, já que cerca de 80% deles são coletivos. Por isso, o Idec tem feito uma campanha, chamada de Chega de Aumento.
“Essa pesquisa é muito importante para mostrar como os planos coletivos acabam se tornando armadilha para grande parcela dos consumidores do país, que acreditam estar escolhendo a melhor alternativa quando contratam um plano de saúde. Com grande disponibilidade, ao contrário da oferta cada vez mais reduzida dos planos individuais, os coletivos dominam o mercado e acabam se tornando uma bomba-relógio que, ao longo do tempo, vai aumentando a chance de explodir”, disse, em nota, Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de saúde do Idec.
Para os pesquisadores do instituto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) precisa criar limites para esses reajustes. Eles também sugerem que a ANS padronize as cláusulas de reajuste em todos os contratos coletivos, estabeleça um parâmetro de razoabilidade para os aumentos de preços de planos coletivos maiores de 30 vidas, proíba o cancelamento unilateral pelas empresas e estabeleça a obrigatoriedade de as operadoras venderem planos coletivos diretamente ao consumidor final, sem intermediação das administradoras de benefícios.
Procurada pela Agência Brasil, a ANS informou que “regula e monitora os reajustes aplicados pelas operadoras a todos os tipos de planos” e que “as regras de definição e de aplicação dos percentuais é que variam de acordo com o tipo de contratação do plano e com o tamanho das carteiras”.
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Ozonioterapia é comparada à cloroquina por Teich, ex-ministro da Saúde
“Na minha opinião, essa liberação da ozonioterapia foi um erro”, afirmou Teich, em rede social
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich comparou a liberação do uso da ozonioterapia ao de cloroquina contra a Covid-19. A lei que autoriza o uso da ozonioterapia no país como procedimento complementar foi sancionada pelo presidente Lula (PT), na última sexta-feira (4) e publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (7).
A autorização causou repercussão negativa e levou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a se pronunciar sobre o assunto.
A lei autoriza a aplicação da ozonioterapia “por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado” pela agência.
Isso, segundo a agência, restringe o uso a poucas situações. São elas: dentística, para tratar cárie; periodontia, para prevenção e tratamento de quadros de infecção e inflamação; endodontia, para potencializar sanificação do sistema de canais radiculares; cirurgia odontológica, para auxiliar reparação tecidual; e estética, para ajudar limpeza e assepsia de pele.
A Anvisa destaca que não há aprovação para “uso em indicações médicas no Brasil”, por não terem sido apresentadas evidências científicas com comprovação de eficácia e segurança, o que poderá ser revisto caso novos dados sejam apresentados.
A agência destaca que qualquer uso além dos citados acima constitui infração sanitária.
“Na minha opinião, essa liberação da ozonioterapia foi um erro”, afirmou Teich, em rede social. “Agora não temos o caos, o medo, a pressão, a politização e polarização do período agudo da Covid-19, por isso as duas discussões podem parecer diferentes, mas não são. Esse fato mostra como é difícil o sistema de saúde ser conduzido de uma forma técnica e científica.”
Sucessor de Luiz Henrique Mandetta, Teich ficou menos de um mês no Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PL). O então ministro pediu demissão após ser pressionado por Bolsonaro para expandir o uso de cloroquina até mesmo para casos leves de Covid-19. Apesar da falta de evidências e, posteriormente, de dados mostrando que a cloroquina não funcionava contra a doença, o ex-presidente insistia no uso da droga pela população brasileira -apesar dos riscos atrelados a um uso massivo.
Apesar da nota de esclarecimento da Anvisa, Teich diz que “é um erro achar que o tratamento será usado apenas nas situações hoje liberadas e que somente profissionais altamente qualificados farão uso do medicamento. Extrapolação de indicações e uso inadequado sempre podem acontecer”.
“A liberação de tecnologias e medicamentos para situações de saúde em que não existe comprovação científica de eficácia, e onde existe risco de efeitos colaterais importantes, é uma estratégia que precisa ser revista”, continuou o ex-ministro. “Não se pode subestimar o risco para as pessoas de tratamentos que não têm benefício clínico comprovado.”
A ozonioterapia, assim como a cloroquina, chegou a ganhar adeptos como uma solução contra a Covid, apesar da total falta de evidências sobre seu uso para a doença. Entre eles estavam o bolsonarista Oswaldo Eustáquio e a mãe de Luciano Hang, que morreu de Covid.
Em 2020, o então prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), disse que a cidade ofereceria ozonioterapia para pacientes com Covid-19. Já havia, àquela altura, oferta de ivermectina e cânfora para prevenção de Covid e do antibiótico azitromicina como tratamento –nenhuma das opções tinha qualquer evidência de funcionamento contra a doença e assim permanecem.
Morastoni foi reeleito.
O ex-ministro, em sua postagem, diz que ao liberar uma tecnologia, deve-se projetar problemas “que vão acontecer com o uso indiscriminado e inadequado”.
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TV RECORD GOIÁS
Vendas de atestados: prática criminosa corre solta na internet
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JORNAL OPÇÃO
Guerra no Cremego 2023: sob ameaça de impugnação, chapa 2 continua na disputa até decisão nacional
Aline Bouhid
Decisão sobre chapa 2 não foi homologada na Comissão Eleitoral Nacional; CRE deve analisar também pedido de impugnação contra representantes da chapa da situação
A decisão da Comissão Regional Eleitoral (CRE) de contestar o registro da Chapa 2 – Renovação de Verdade nas eleições de 2023 para o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) não é definitiva. Isso porque ela ainda não foi homologada na Comissão Eleitoral Nacional.
A ata da reunião da Comissão detalha que a Chapa 2 foi alvo de um pedido de exclusão devido ao fato de quatro membros do grupo não terem cadastrado seus estabelecimentos de saúde junto ao Cremego. Ocorre que diante da ameaça de impugnação, a Chapa 2 constatou que nove membros da Chapa 1 também apresentaram problemas com a documentação, e que isso foi relatado ao CRE.
Quem compete contra a Chapa 2 é a chapa da situação “Renova Cremego”, com representantes da atual administração. Interlocutores médicos consideram improvável haver impugnação da chapa 2. “Se isso ocorrer, as duas seriam impedidas e dificilmente o CFM realizaria novas eleições”, avaliam.
O Cremego, diante dessa situação, optou por não se pronunciar, já que quaisquer comentários a esse respeito devem ser feitos pela Comissão Regional Eleitoral.
A eleição do Cremego para o período 2023-2028 ocorrerá nos dias 14 e 15 de agosto. Após o processo eleitoral, a diretoria é selecionada pelos conselheiros eleitos. Um destaque deste ano é que a votação será realizada exclusivamente online. O site do Conselho fornece orientações, destacando que os médicos precisam manter seus dados atualizados e não ter pendências financeiras com o Cremego.
A eleição de 2023 no Cremego segue as diretrizes da Resolução CFM nº 2.315/22 onde são escolhidos 20 conselheiros titulares e 20 suplentes para cada Conselho Regional. Todos os médicos ativos tem direito a voto.
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Assessoria de Comunicação