Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES


Programa Minha Saúde, da Unimed Teresina, está com novo formato
Covid-19: Brasil tem 27.750 novos casos e 729 mortes em 24h
Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 5 mil mortes
Governo vai controlar vacinação contra Covid-19 pelo CPF
Artigo – LGPD e a gestão de saúde corporativa
Prefeitura autoriza retorno de eventos de negócios
Em palestra do Sindhoesg aborda os impactos da LGPD nas instituições de saúde
Endoscopia/Colonoscopia – Fehoesg repudia remuneração proposta pela SMS e alerta que usuários do SUS podem ficar sem esse atendimento na rede privada
Em 2019, Goiânia investiu apenas R$ 1,10 ao dia na saúde de cada goianiense


PORTAL G1

Programa Minha Saúde, da Unimed Teresina, está com novo formato

O Programa foi pensado como uma forma de ajudar as pessoas a cuidarem mais da saúde.

O Programa Minha Saúde, da Unimed Teresina, ganhou novo formato e visual. No ar desde julho de 2019, o Minha Saúde tem levado ao seu público conteúdo de qualidade sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida.

Toda semana, o Minha Saúde leva até seu público dicas de saúde com médicos especializados em diferentes áreas. De acordo com o presidente do Sistema Unimed Teresina, Emmanuel Fontes (CRM-PI 1912), o conteúdo do Programa foi pensado como uma forma de ajudar as pessoas a cuidarem mais da saúde. 'Temos, por meio dos nossos especialistas, divulgado conteúdo de confiança com uma linguagem simples e acessível. Nossos médicos cooperados são experientes, qualificados e estão contribuindo muito com a saúde do nosso público', destacou.

De acordo com o gerente de Comunicação e Marketing da Unimed Teresina, Washington Moura, a intenção é deixar o programa ainda mais interessante e interativo. 'Por medida de segurança, deixamos de gravar com toda equipe no início da pandemia do novo Coronavírus. Voltamos a gravar com todo time novamente, seguindo as recomendações de segurança e com um novo formato. O programa Minha Saúde aborda temas voltados ao bem-estar e qualidade de vida das pessoas, por meio de dicas e orientações dadas pelos médicos cooperados da Unimed Teresina', destaca.
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A REDAÇÃO

Covid-19: Brasil tem 27.750 novos casos e 729 mortes em 24h

Há 4,4 milhões de recuperados da doença 
Brasília – As autoridades de saúde registraram 27.750 novos casos e 729 mortes nas últimas 24 horas em decorrência da covid-19.

As mortes acumuladas desde o início da pandemia do novo coronavírus alcançaram 148.957. Até ontem, o total de óbitos estava em 148.228. Outros 2.346 estão em investigação.

As informações foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde em seu balanço diário na noite desta quinta-feira (8/10). A atualização consolida dados enviados pelas secretarias de saúde.

Os casos de covid-19 do início da pandemia até hoje totalizaram 5.028.444. Até ontem, o painel do Ministério da Saúde marcava 5.000.694 casos acumulados de covid-19.

Ainda há 464.923 casos em acompanhamento. De acordo com o Ministério da Saúde, outras 4.414.564 pessoas já se recuperaram da doença.

Covid-19 nos estados
Com 215 mortes e 5.649 casos registrados nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo soma agora 36.884 mortes e 1.022.404 casos confirmados acumulados do novo coronavírus.

Do total de casos diagnosticados, 898.416 pessoas já estão recuperadas.

O número de pacientes internados em todo o estado, em casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, é de 8.753 pessoas. Desse total, 3.726 pessoas estão internadas em estado grave. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) é de 43,4% no estado e de 42,2% na Grande São Paulo.

Os estados com mais mortes são São Paulo (36.884), Rio de Janeiro (19.110), Ceará (9.111), Pernambuco (8.387) e Minas Gerais (7.897). As Unidades da Federação com menos casos são Roraima (666), Acre (669), Amapá (724), Tocantins (996) e Mato Grosso do Sul (1.395). (Agência Brasil)
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Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 5 mil mortes

Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 2.830 novos casos da covid-19 e 75 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (7/10). Com as atualizações, o Estado chega a 224.181 casos e 5.020 óbitos confirmados.

Goiás registra, segundo a SES-GO, 213.188 pessoas recuperadas. Há atualmente 226.535 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 164.093 casos.

Além dos 5.020 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,24%, há 260 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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O GLOBO

Governo vai controlar vacinação contra Covid-19 pelo CPF

Ministério da Saúde espera ter até 305 milhões de doses de vacina no próximo ano, 140 milhões delas já no primeiro semestre

O Ministério da Saúde vai exigir o documento do CPF para dar acesso a uma futura vacina da Covid-19 no país. A ideia será monitorar mais de perto a estratégia de imunização, para mapear eventuais reações adversas, evitar aplicação de vacinas diferentes em uma mesma pessoa, entre outros pontos.
– Se nós não tivermos o controle, o paciente pode tomar uma dose da vacina A, e temos que evitar que ele tome uma segunda dose da vacina B. Ter essa rastreabilidade é muito importante – disse Jacson Venâncio de Barros, diretor do Departamento de Informática do SUS, em entrevista à imprensa ontem.
Barros afirmou que um certificado de vacinação poderá ser expedido pela internet, assim como é planejada a "tão sonhada carteira nacional digital de vacinação". Segundo os planos da pasta, o serviço deverá ser disponibilizado em sites e aplicativos do SUS.
A pasta afirmou ainda que 10% da população brasileira (20,2 milhões) poderá ser imunizada por meio do consórcio internacional Covax Facility. Os grupos prioritários estão definidos: 4,4 milhões de pessoas com 80 anos ou mais, 10,7 milhões com comorbidades e 5 milhões de trabalhadores em saúde.
Segundo o governo, já há contrato para 40 milhões de doses (estima-se que cada pessoa tenha de receber duas delas), a um custo de cerca de US$ 10,92. Já foi realizado um primeiro pagamento no valor de R$ 830 milhões pela adesão ao consórcio Covax, que hoje abrange o desenvolvimento de nove vacinas. O governo publicou Medida Provisória reservando R$ 2,5 bilhões para a iniciativa.
Mas o governo estuda ainda a definição de critérios para a incorporação de uma ou mais futuras vacinas ao Programa Nacional de Imunização, quando houver produção em escala. A pasta prevê que, até dezembro, tenha definido os parâmetros, como grupos prioritários e outros detalhes.

OXFORD É MAIOR APOSTA
A maior aposta, até agora, é a vacina de Oxford, cujo contrato do governo federal com o laboratório AstraZeneca prevê 100 milhões de doses no primeiro semestre do ano que vem, e produção nacional em seguida. O valor estimado é de US$ 3,16 por dose.
São 100 milhões de doses da vacina de Oxford também já contratadas para o primeiro semestre, segundo o governo, e uma previsão de mais 165 milhões no segundo semestre. Com esse montante, somado às 40 milhões originadas da Covax, o governo trabalha com a estimativa de 305 milhões de doses em 2021.
O secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, voltou a dizer que o ministério está atento a todas as opções de vacina e que representantes do Instituto Butantan foram recebidos ontem para tratar da chinesa Coronavac, que o governo de São Paulo vem apoiando:
– Estamos zelando e primando para, a partir de janeiro, estar disponibilizando a vacina no Programa Nacional de Imunização. (R.M.)
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O ESTADO DE S.PAULO

Artigo – LGPD e a gestão de saúde corporativa
Thais Carloni.

Efetivamente a Gestão de Saúde passou a ser matéria estratégica neste momento de pandemia. Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados desde 18 de setembro, surgem muitas dúvidas de como atuar nas Áreas de RH e Saúde Ocupacional. Estamos diante de um cenário em que dados pessoais, em especial sensíveis, circulam amplamente e não estão estruturados em políticas de privacidade.

Os Dados Pessoais Sensíveis, dentre outras definições, aqueles "relativos à saúde " visam preservar a esfera íntima ou privada do indivíduo e de seus dependentes/familiares e requerem medidas de confidencialidade. Empresas que já possuem um banco de dados com controle prévio aos dados de saúde de seus empregados estão mais prontas. Nestas recomenda-se atualização de telefones de emergência, por exemplo.

E as demais empresas que nada fizeram? Estas devem iniciar pela criação de um plano de contingenciamento, formado por comitê multidisciplinar, que estabeleça medidas para limitar a circulação de dados, além de plano de ação em casos emergenciais. Nesta etapa, utilize o mapeamento de dados, inclusive de familiares e dependentes no âmbito de saúde, se possuem contato com idosos ou população de risco, até a inclusão da testagem consciente. O termo de consentimento expresso e espontâneo firmado pelo titular de dados com a descrição da finalidade legal é imprescindível para dar o tratamento adequado, previsto na LGPD.

Quais informações auxiliam na classificação dos dados e riscos de saúde? Aquelas relativas a lesão, doença, incapacidade ou risco de doença, histórico médico, pareceres, diagnósticos e tratamento clínico; exames médicos, resultados de testes, dados de dispositivos médicos ou dados de rastreadores de aptidão; além dos dados obtidos pelas operadoras de saúde ou de tratamento contínuo de enfermidades; detalhes de consulta, lembretes e faturas que dizem algo sobre a saúde do indivíduo, até da lista de consultas de um indivíduo. Importante destacar que somente o Médico do Trabalho, dentro da relação médico-paciente fundada no sigilo profissional, deve acessar dados sensíveis do estado de saúde do funcionário, e eventualmente daqueles que estão no seu entorno, da comunidade aonde está inserido para a compreensão de riscos potenciais de saúde. Na lei, existem recursos como a anonimização e criptografia para aumentar a proteção dos dados, afastando a identificação individualizada.

A definição de um plano de contingência formal, escrito e de conhecimento de todos é fundamental e também deve estabelecer: quais funções retornam ao trabalho primeiro, grupos de riscos, atividades de exposição, regras de teletrabalho/home office, meios de locomoção a que o empregado está exposto para ir e retornar do trabalho, alternativas de rodízio de dias de trabalho ou das atividades, testagem recorrente ou eventuais sintomas de alertas, controle de entrada e saída, aferição de temperatura, período de troca de máscara, uso do álcool gel e a higienização dos ambientes de trabalho, dentre outras medidas.

Em alguns casos, como as conhecidas "brigadas de incêndio", a criação de "brigadas de saúde" tem o poder de implantar de forma natural, consciente e segura e agir com maior rapidez no enfrentamento e gerenciamento de riscos.
Neste momento em que saúde e privacidade impactam a vida de todos nós — cabem aos programas de engajamento, educação, boas práticas e humanização estabelecer pontos de superação ao ambiente hostil que se vive dentro e fora do trabalho. Treinamentos contínuos e plataforma de comunicação acolhedora, bem como ações de conscientização, mudança de hábitos e de cultura, fortalecem o papel de protagonista das empresas na Gestão de Saúde neste momento.

*Thais Carloni é advogada, sócia-fundadora da Carloni Advocacia Empresarial, especialista em Compliance e Governança Corporativa para América Latina
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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura autoriza retorno de eventos de negócios

Por Karine Rodrigues

Suspensos há 204 dias segmento deve ser retomado na semana que vem

Em atendimento ao pleito apresentado pelo setor de eventos de Goiânia, a prefeitura da Capital autorizou nesta quinta-feira, 8, o retorno, com os adequados protocolos de segurança sanitária, dos eventos de negócios. A realização de simpósios, congressos, feiras e atividades afins está suspensa em razão da pandemia do novo coronavírus desde 19 de março – há exatos 204 dias – e poderá ser retomada na semana que vem.

A retomada das atividades do segmento, que integra a cadeia do turismo, foi definida em reunião remota extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira entre o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública de de Goiânia (COE) e dirigentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), do Sindicato de Turismo e Hospitalidade no Estado de Goiás (Sindtur) e do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Município de Goiânia (Sindibares).

Na reunião ficou definida a retomada gradual das atividades do setor de eventos de negócios, limitada a 50% da ocupação dos espaços ou até 150 participantes, com garantia de distanciamento de 1,5 metro nas áreas destinadas ao acesso e de 2 metros entre os participantes durante os eventos. As entidades empresariais reafirmaram o compromisso com a rigorosa execução dos protocolos de prevenção e higiene, como o uso obrigatório da máscara, oferta de álcool 70% e limpeza frequente de ambientes, banheiros, superfícies e áreas de uso comum e uso de ventilação natural.

“A retomada das atividades é vital para as empresas e os empregos do setor de negócios, último segmento econômico a voltar às atividades”, disse o presidente do Sindtur, Ricardo Rodrigues. “Com o retorno dos eventos, o segmento tem a oportunidade de começar a recuperar as perdas dos mais 200 dias fechado”, afirma o presidente do Sindibares Goiânia, Newton Pereira.
Nesta sexta-feira, as entidades representativas do setor voltam a se reunir com o COE, desta vez para discutir as regras para a retoma dos eventos sociais, como aniversários, casamentos e formaturas, entre outros.
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SINDHOESG

Em palestra do Sindhoesg aborda os impactos da LGPD nas instituições de saúde


Sindicato convidou gestor de Tecnologias e advogada para explicar aos filiados a adequação às normas da nova lei


A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi o tema da palestra promovida pelo Sindhoesg aos seus filiados, na manhã da quinta-feira (8), de forma virtual. O presidente José Silvério Peixoto Guimarães também acompanhou toda a apresentação.

O primeiro palestrante do evento foi o gestor de Tecnologias, Negócios e Empresas, Paulo Palhares. “A gestão de tecnologias é como a Medicina, nós também tratamos de pessoas. Por trás de uma máquina, existem usuários e nós temos que deixá-los felizes”, afirmou.

Por isso, ele alerta que as tecnologias não devem ser vistas como gastos e, sim, como investimentos. Problemas simples de resolver, como falhas em impressoras e computadores defasados, podem gerar grandes prejuízos financeiros e também de tempo.

“E quanto maiores essas falhas, maiores as chances de sermos vítimas de crimes digitais”, ressaltou. Assim, ele explicou as formas de atuação de criminosos digitais e como eles conseguem obter os dados armazenados pelas empresas, o que acarreta na transgressão à LGPD e, consequentemente, nas penalidades às instituições. 

De acordo com ele, os ciberataques são os responsáveis por 58% dos casos de perdas de dados. Vazamentos e perdas ou roubos de dispositivos móveis representam 27% cada. Para evitar esses problemas, ele apresentou as medidas principais que devem ser colocadas em prática.

A primeira é ter uma estratégia de “disaster recovery”, como um backup em caso de perdas de informações. Também é importante manter os sistemas atualizados, treinar os colaboradores, dimensionar corretamente os recursos, monitorar os dispositivos e salvar as informações em nuvens.

Na segunda palestrante da live, a advogada e especialista em Ética e Compliance na Saúde, Nycolle Araújo Soares, acrescentou que essas ações de segurança também devem ser pensadas para os dados disponíveis em formas físicas. Afinal, a proteção deles também é determinada pela LGPD.

Um exemplo oferecido por ela é o descarte irregular, em lixos comuns, das pulseiras de identificação dos pacientes, que podem comprometer o sigilo. Nycolle também citou o vazamento pela Anvisa de cerca de 1,9 mil e-mails de cidadãos que utilizam canabidiol. Esse dano ocorreu simplesmente por não terem colocado os endereços de e-mails em cópia oculta.

“Não podemos encarar a proteção de dados como algo separado da segurança do paciente, pois o vazamento dessas informações afeta algumas características dos direitos humanos, como a privacidade e o desejo de não tornar público um tipo de tratamento que a pessoa realiza”. Ela acrescentou que a proteção dessas informações deve se estender ainda àquelas referentes aos colaboradores da instituição e aos prestadores de serviço.

Com isso, Nycolle afirmou que é necessário ter atenção aos dois principais fatores de base da LGPD: a finalidade e o tratamento. Isto é, explicar ao paciente o porquê da necessidade de colher os dados e todas as ações que serão feitas com eles.

O não cumprimento da lei e um possível vazamento acarretará em diversas penalidades, como 2% do faturamento da instituição em multas e a interrupção do acesso ao banco de dados. Essas punições começarão a ser aplicadas apenas em agosto de 2021, mas Nycolle relatou que já existem ações judiciais com base na LGPD.

Então, o conselho dela é não esperar para se adaptar à legislação. “A adequação de uma instituição de saúde à LGPD não será rápida. Para uma empresa pequena, estimo em quatro meses, no mínimo. Já para hospitais grandes, podem ser mais de oito meses, o que se aproxima do início das penalidades”, alertou.
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FEHOESG

Endoscopia/Colonoscopia – Fehoesg repudia remuneração proposta pela SMS e alerta que usuários do SUS podem ficar sem esse atendimento na rede privada

A Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e  Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) vem a público repudiar a proposta de remuneração de serviços de endoscopia e colonoscopia apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e aprovada ontem, 7, em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde.

Apesar dos argumentos da presidente da Fehoesg, Christiane do Valle, os prestadores de serviços de saúde não foram ouvidos e os valores aprovados estão muito aquém dos custos desses procedimentos e bem abaixo da remuneração de outros compradores de serviços.

Para a endoscopia, foi aprovado R$ 93,13 (sendo R$ 48,16 do SUS e R$ 44,97 complementados pelo município). Para a colonoscopia, o valor total é de R$ 206,32 (sendo R$ 112,66 repassados pelo SUS e R$ 93,66 complementados pelo município).

O valor da colonoscopia é mais de três vezes inferior ao pago pelo Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) – hoje, R$ 670,00 – e o da endoscopia, quase seis vezes menor – Imas paga R$ 530,00.

A Fehoesg alerta que a aplicação desses valores aprovados tende a inviabilizar a assistência aos usuários do SUS, que dependem desses serviços prestados pela rede privada. Vale ressaltar que a participação da rede privada na prestação de serviços aos usuários do SUS está assegurada na Constituição Federal e tem se mostrado de extrema importância para garantir o atendimento à população, quando os recursos públicos são insuficientes.

Se mantidos os valores aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde, os serviços de endoscopia e colonoscopia podem ser suspensos na rede privada, por total incapacidade financeira dos prestadores.

A Fehoesg espera que a proposta seja revista e que a tabela seja corrigida de forma justa e correta, pois os prestadores e a população não podem continuar pagando o preço do descaso da administração municipal com a saúde dos goianienses.

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Em 2019, Goiânia investiu apenas R$ 1,10 ao dia na saúde de cada goianiense

R$ 1,10. Esse foi o valor que a Prefeitura de Goiânia investiu por dia, em 2019, na saúde de cada goianiense.
O número consta em um levantamento detalhado feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a partir de dados oficiais, e coloca Goiânia em 14º lugar entre as capitais no que se refere a gastos com ações e serviços públicos de saúde, ficando atrás de cidades, como Teresina (PI), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Palmas (TO).
Esse baixo investimento reflete a atenção (ou a falta dela) dispensada pelo município à saúde, uma área cuja importância dispensa comentários. A escassez de recuros impacta na qualidade do atendimento à população, no acesso aos serviços e na remuneração dos prestadores.
De acordo com a lei, cada município deve investir na saúde, no mínimo, 15% dos recursos arrecadados com impostos e transferências constitucionais e legais. Para os Estados, o percentual mínimo é de 12% e para a União, 15% da receita corrente líquida, mais a correção da inflação.

A Fehoesg alerta para a importância da fiscalização do cumprimento dessa lei e, mais ainda, da correta aplicação dos recursos destinados à saúde.

Para tanto, é preciso contar com um Conselho Municipal de Saúde forte, ciente de seu papel no controle social da saúde e com maior representatividade dos usuários e dos prestadores privados de serviços de saúde, que englobam instituições que garantem o atendimento nas áreas que o Sistema Único de Saúde (SUS) não consegue suprir.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação