ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Bebê que nasceu com problema no coração consegue vaga em UTI, em Goiânia
Sociedade de cirurgia plástica contesta Projeto Orelhinha replica montblanc
Cartas dos Leitores – Cirurgia em orelha
Vacina chega a R$ 170 reais
Sobe 147 vezes o número de pessoas que conseguiram remédios só após decisão judicial
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Bebê que nasceu com problema no coração consegue vaga em UTI, em Goiânia
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O POPULAR
Sociedade de cirurgia plástica contesta Projeto Orelhinha
A seção goiana da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP-GO) contesta o Projeto Orelhinha, que realiza otoplastia, cirurgia de correção de orelha de abano, a um custo menor do que o cobrado normalmente. Segundo o presidente da entidade e membro do Conselho Regional de Medicina (Cremego), Luiz Humberto Garcia, o médico Marcelo Assis, idealizador do projeto, não tem registro no Cremego e por isso não está autorizado a atuar no Estado.
Marcelo, por sua vez, afirma que cada local possui uma equipe, e em Goiás o responsável é o médico Luiz Flávio Tavares. "Esse pessoal é impressionante. Querem arrumar alguma coisa para barrar o projeto", retruca. O POPULAR mostrou na última quinta-feira que o projeto iria realizar uma triagem de interessados em se submeter ao procedimento em Goiânia. O custo médio é equivalente a 30% do valor normal.
"Direito de escolha"
A SBPC diz que é possível fazer o procedimento sem qualquer custo na rede pública. Assis alega que em momento algum se divulgou que não existe a cirurgia na rede pública. "Os hospitais universitários fazem, e a gente fala isso. Só damos o direito da pessoa de escolher", argumenta. (10/04/16)
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Cartas dos Leitores – Cirurgia em orelha
Sobre a reportagem que trata de mutirão de cirurgias corretivas das “orelhas de abano” por entidade privada, faz-se necessário esclarecer que o SUS oferece gratuitamente esse procedimento. No HGG, não fila de espera para otoplastia. Em 2013, a unidade realizou mutirão zerando a demanda e, desde então, todos os pacientes encaminhados com tal diagnóstico foram atendidos. Entendemos que a baixa procura deve-se ao desconhecimento da população. Destacamos que os interessados nesta cirurgia gratuita devem procurar uma unidade básica de saúde.
Rafael Nakamura – diretor-técnico do HGG (10/04/16)
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Vacina chega a R$ 170 reais
Centros de vacinação estão lotados, mesmo com preços proibitivos. Estoques chegaram a acabar em clínicas ontem e parte dos interessados teve de voltar para casa sem imunização
Cristiane Lima cristiane.lima@opopular.com.br
Mesmo com preços que chegam a R$ 170, longas filas se formaram nos centros particulares de vacinação em Goiânia na manhã de sábado para conseguir a vacina contra o vírus H1N1. O movimento intenso deve durar por toda a semana, já que as unidades informaram que novos lotes da vacina já foram adquiridos.
A reportagem visitou quatro destes locais ontem. Em três deles, os atendentes distribuíram senhas para atendimento. Mesmo assim, no Cedipi, no Setor Marista, os portões foram fechados por volta de 11 horas. A alegação foi que o produto havia acabado. Mas cerca de 20 pessoas ainda aguardavam do lado de fora.
No Climipi, localizado na Rua 147, Setor Marista, a fila por volta das 10h30 contava com mais de 50 pessoas esperando do lado de fora. O analista de sistemas Marcelo Paluan Cesio, de 38 anos, tentava garantir o antiviral para ele, esposa e filho, apesar do valor. “É melhor cuidar agora. Adquirir a doença pode ser muito pior.”
Redução do risco
O casal de agropecuaristas Abelardo e Núbia Nicoli chegou ao local com os três filhos. Os cinco iriam tomar a vacina. O custo seria de R$ 850, mas, para a mãe, valeria a pena. “Não queremos correr risco.”
No centro de vacinas Ymune, no Setor Sul, as vacinas custam R$ 150. Foram distribuídas senhas para organizar a fila. No centro de vacinação Unimed, no Setor Aeroporto, as vacinas acabaram e a previsão é que o estoque seja reposto até quarta-feira, 13.
A Secretaria Estadual de Saúde antecipou para a próxima terça-feira, 12, o início da campanha de vacinação. Apenas grupos considerados de risco serão imunizados: idosos a partir de 60 anos, crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, trabalhadores da saúde, indígenas, gestantes e portadores de doenças crônicas. (10/04/16)
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Sobe 147 vezes o número de pessoas que conseguiram remédios só após decisão judicial
Cleomar Almeida
A voz expõe o cansaço do tapeceiro Edson Alvin, de 39 anos. “Penso que vou morrer.” Há quase um ano ele não consegue o remédio Dapsona, indicado para combater hanseníase. Na última década, saltou de 29 (2006) para 4.303 (2015) o número de pacientes que só receberam tratamento ou medicamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) por força de decisão judicial ou com ajuda do Ministério Público e Defensoria Pública estaduais. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) publicará hoje nova decisão contra o Estado, para que forneça o remédio a Alvin.
Os números constam de levantamento da SES obtido pelo POPULAR por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O caso do tapeceiro revela mais um capítulo da crise na saúde em Goiás, mas não é o único (veja quadro). Depois de várias negativas da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, unidade em Goiânia administrada pela SES, o paciente foi obrigado a recorrer ao Judiciário. Sua rotina se divide entre a casa onde mora, no Setor Alto do Vale, Região Noroeste da capital, e o hospital. Na semana passada, ele recebeu alta de outra internação.
O levantamento mostra que, até 2012, após negativa da secretaria, os pacientes só conseguiam medicamentos ou tratamentos em Goiás por decisão judicial. A partir de 2013, a maioria deles passou a conseguir remédios de alto custo em Goiás depois de a receita ser aprovada pela Câmara de Avaliação Técnica em Saúde (Cats), do Ministério Público, composta por médicos, farmacêuticos, nutricionistas e odontólogos. O Estado informa que reserva R$ 36 milhões por ano apenas para a compra desses medicamentos, para resolver o problema administrativamente e evitar a judicialização.
Mas o drama de pacientes exige mais investimento do Estado em saúde. Nos últimos dois anos, a secretaria teve de aumentar em quase 40% o total da verba só para comprar medicamentos de alto custo a pacientes que obtêm decisão judicial favorável ou têm a receita aprovada pelos técnicos do Ministério Público. O valor saiu de R$ 47,4 milhões, em 2014, para R$ 65,7 milhões, em 2015. O montante não inclui aquelas pessoas que foram embora para casa, de mãos atadas, sem saber o que fazer, depois de negativa da SES.
Sem condição de pagar advogado particular, Alvin buscou a defensoria para processar o Estado. A SES ainda não foi notificada da liminar, que ordena o fornecimento do remédio em até cinco dias após a pasta receber a decisão.
Secretário reconhece falhas, mas aponta “banalização” de pedidos
O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, admite falhas na assistência à saúde em Goiás, mas reclama que “há uma banalização” de pedidos de medicamento ou tratamento para pacientes. Ele diz que as decisões judiciais prejudicam o planejamento da pasta, já que, para cumpri-las, tem de retirar recurso de outras áreas. “Saímos de um extremo, onde o paciente não tinha acesso à Justiça, para outro extremo, onde há banalização.” Em nota, o Ministério da Saúde informa que os repasses estão regulares e, só este ano, transferiu quase R$ 592 milhões para o Estado e os municípios goianos. “As transferências estão condicionadas à existência de prestação de serviços sob gestão municipal ou estadual”, explica.
Decisão não garante entrega imediata
Um mês e nove dias depois de receber ordem do Judiciário goiano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) ainda não entregou o medicamento Revlimid à aposentada Maria do Carmo Ferreira, de 65 anos. Na última semana, a aposentada foi internada por causa de complicações da doença.
Ela iniciou a via-crúcis em 2012, quando foi diagnosticada com mieloma múltiplo, um câncer que afeta a medula óssea. Já perdeu 40 quilos por causa da doença. Em 2015, a Câmara de Avaliação Técnica em Saúde (CATS), do Ministério Público de Goiás (MP-GO), indeferiu a receita dela. Alegou que o medicamento não possui registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em seguida, Maria do Carmo buscou a Defensoria Pública para processar o Estado. A SES informa que “está tomando todas as providências para que o medicamento seja entregue o mais breve possível”. O caso da aposentada Laida Santos Fonseca, de 66, é menos desanimador. Ela já iniciou sessões de quimioterapia para combater o câncer de mama por força de liminar. “Estou começando a batalha pela vida.”
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O HOJE
Bolsa tem reajuste de 11,9% vale R$ 3,3 mil
Residentes de Medicina de Família e Comunidade podem se inscrever até o dia 15 de abril na especialização à distância em preceptoria ofertada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Com duração de dois anos, o curso terá bolsa custeada peloMinistério da Saúde no valor mensal de R$ 2.500.
O número de vagas é ilimitado e podem participar residentes do primeiro, segundo ou terceiro anos. A ideia do curso é capacitar os estudantes a ajudarem na formação de novos médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade, profissionais capazes de lidar com praticamente 80% dos problemas de saúde.
Para se inscrever, o interessado deve preencher o formulário disponibilizado no site da Sociedade Brasileira de Medicina e Comunidade. O aluno que participar da especialização e que já recebe bolsa de residência, atualmente de R$ 3.330, poderá receber os dois valores. (Agência Brasil) (10/04/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação