ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Pacientes esperam mais de cinco horas por atendimento em hospitais particulares de Goiânia
• Meta é vacinar mais de 240 mil pessoas em Goiânia contra a gripe
• Editorial – Estética responsável
• Chaveiros vão abrir imóveis fechados em busca de focos
• Ainda em busca de milagres
• Soro oral pode chegar em até 30 dias
• Histórico de paciente investigado
• À espera de recursos federais
• Falta uma parte de mim
• Hospital de Anápolis adere a Movimento Maio Amarelo
• Greve dos trabalhadores da Saúde chega ao fim
• Google terá de excluir vídeos que ofendem a honra de médicos de Rio Verde
TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)
Pacientes esperam mais de cinco horas por atendimento em hospitais particulares de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-esperam-mais-de-cinco-horas-por-atendimento-em-hospitais-particulares-de-goiania/4164927/ (08/05/15)
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Meta é vacinar mais de 240 mil pessoas em Goiânia contra a gripe
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/meta-e-vacinar-mais-de-240-mil-pessoas-em-goiania-contra-a-gripe/4168174/ (09/05/15)
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O POPULAR
Editorial – Estética responsável
A indústria da beleza vive tempos de prosperidade, crescendo continuamente mesmo sob os efeitos da crise econômica brasileira. É grande o número de mulheres que buscam procedimentos e produtos estéticos para cuidar da aparência.
Tais cuidados não podem, entretanto, ser confundidos com a procura por soluções milagrosas para um corpo perfeito. Reportagem publicada na edição de hoje revela que, seis meses depois do registro de uma morte, provavelmente causada pela aplicação inadequada de hidrogel, muitas mulheres continuam buscando técnicas desconhecidas, não recomendadas ou executadas por profissionais sem habilitação adequada.
Vários dos procedimentos estéticos à disposição do mercado podem oferecer riscos e por isso devem ser realizados de forma responsável, com acompanhamento médico. No entanto, há grande oferta de técnicas duvidosas, a preços módicos e irreais, que podem deixar graves sequelas.
Foi o caso de três mulheres entrevistadas pelo jornal, que sofreram queimaduras depois de procedimentos de criolipólise. A técnica, que recorre a baixas temperaturas prometendo eliminar gordura localizada, vem sendo motivo de diversas queixas na Sociedade de Dermatologia em Goiás. A Vigilância Sanitária garante que intensificou a fiscalização desde que foram registradas complicações com o hidrogel. É o que se espera, em favor da beleza responsável e sem consequências trágicas. (11/05/15)
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Chaveiros vão abrir imóveis fechados em busca de focos
O Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), inicia hoje nova ação de combate e controle do mosquito Aedes aegypti. Os agentes de endemias se concentrarão, a partir das 8 horas, na sede do Distrito Sanitário da região Leste, no Jardim Novo Mundo, e visitarão imóveis fechados e abandonados da região. As atividades contarão com o apoio de chaveiros para abrir os locais trancados e da Polícia Militar, que garantirá a segurança das equipes.(11/05/15)
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Ainda em busca de milagres
Mesmo após morte por aplicação inadequada de hidrogel, há abuso na busca do corpo perfeito
Cristiane Lima
Seis meses após a morte da leiloeira Maria José Medrado, de 39 anos, supostamente em decorrência da aplicação de hidrogel, a busca por procedimentos “milagrosos” para dar a forma desejada ao corpo continua. O número de reclamações contra procedimentos de estética malsucedidos na Sociedade Brasileira de Dermatologia vem crescendo, mesmo depois de casos graves de complicações que chegam a público. A reportagem localizou três mulheres que enfrentam sequelas após se submeterem a tratamentos estéticos sem o devido acompanhamento médico. Especialistas alertam para os riscos de realizar qualquer procedimento com profissionais especialistas inabilitados.
Páginas nas redes sociais divulgam novas técnicas e produtos para se chegar à sonhada “barriga negativa” e ao bumbum empinado com aplicação de produtos, muitas vezes desconhecidos, e uso de equipamentos, alguns sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Sociedade Brasileira de Dermatologia em Goiás (SBD-GO) tem recebido reclamações de casos malsucedidos, mas não há dados estatísticos sobre as ocorrências. Muitas vezes porque as denúncias nem chegam a ser registradas.
A criolipólise, por exemplo, vem sendo motivo de diversas reclamações na SBD. Diretor da entidade em Goiás, o médico dermatologista Adriano Loyola explica que esse procedimento tem resultados satisfatórios quando realizado da maneira adequada. Nele, utiliza-se baixa temperatura para destruir as células adiposas e desta forma eliminar a gordura localizada, o que envolve riscos de queimaduras, necrose cutânea, infecções, fibroses e cicatrizes permanentes, caso o procedimento não seja realizado ou acompanhado por um profissional médico. “O médico está habilitado a realizar o procedimento com segurança, estando preparado para reconhecer possíveis complicações, sabendo tratá-las adequadamente”.
Foi o que ocorreu com uma das pacientes ouvidas pela reportagem, que preferiu não se identificar. Ela se recupera de lesões causadas pela criolipólise realizada na região da virilha há quase três meses. As feridas causadas pela queimadura demoraram mais de 40 dias para cicatrizar e ainda são motivo de visitas frequentes ao Hospital de Queimaduras. “Gastei R$ 800 reais com o procedimento. Com o tratamento, minha despesa já superou os R$ 9 mil.” A paciente, que é advogada, vai acionar os responsáveis nas esferas judiciais cível e criminal.
Tendo conhecido o procedimento pela internet, ela, que faz ginástica e corre profissionalmente, decidiu se submeter à criolipólise por vaidade. “Hoje me arrependo. Confiei na estrutura da clínica, na localização. Acreditei que pudesse ser um procedimento seguro, mas não foi.” Ela se lembra que, no dia da sessão, os funcionários da clínica perceberam as queimaduras e ela teve de voltar ao local por dois dias. “No segundo dia, o médico retirou a pele morta com um bisturi, sem anestesia, e fui para casa. Preocupada, procurei o Hospital de Queimaduras e até os médicos se assustaram.”
Advogado da vítima, Tadeu Bastos deverá apresentar à Justiça outras situações inadequadas sofridas pela cliente. Entre elas, o reaproveitamento de uma manta de proteção, usada para proteger a pele de queimaduras. O lado do corpo que sofreu a lesão é justamente o que foi tratado no segundo uso da manta. A advogada ainda mantém uma cicatriz na virilha com cerca de 8 centímetros. “Não vale tudo pela estética. Hoje me arrependo e passei a dar mais valor à minha saúde.”
Vítimas
Estudante de Administração, Maria Luiza de Almeida Santos, de 25 anos, está com queimaduras de terceiro grau na barriga. Ela se submeteu a uma sessão de criolipólise e ainda sofre com as queimaduras. “Há 20 dias fui a uma clínica de estética para fazer esse procedimento. Comprei a oferta em um site de compras coletivas e jamais imaginei que pudesse ter tantas sequelas. Tive até de me afastar do trabalho.” As queimaduras na barriga, abaixo do umbigo, foram de segundo e terceiro graus.
Outra vítima de queimadura durante esse procedimento, A.P.S., de 22 anos, tem queimaduras ao redor do umbigo. “Foi uma vaidade que pode me impedir de usar biquíni ou outras roupas por um bom tempo.” As queimaduras de segundo e terceiro graus também estão na barriga da jovem. “No início, o pessoal da clínica me dizia que tudo ia ficar bem, mas logo as marcas viraram duas bolhas enormes. Doía muito e, quando fui ao médico, me disseram que eu não era a primeira a aparecer com queimaduras após esse procedimento.”
Cresce número de denúncias
Sociedade Brasileira de Dermatologia diz que reclamações estão aumentando
Diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Goiás, o médico Adriano Loyola afirma que o número de denúncias de procedimentos malsucedidos tem crescido. “Por trás de um procedimento estético há um universo de grande responsabilidade médica. O profissional deve realizar exames e coletar dados.” (veja quadro). Adriano defende que mesmo procedimentos não invasivos, como a criolipólise, só são seguros se aplicados por médicos habilitados.
O dermatologista Alessandro Alarcão detalha que, entre os riscos de realizar o procedimento sem o acompanhamento de um médico ou em clínica que não dispõe de registro e aprovação da Anvisa, está o de se desconhecer os produtos utilizados e sua indicação. “A criolipólise, por exemplo, é contraindicada para quem esteja muito acima do peso e que possua gordura visceral, grávidas, que apresentem urticária ao frio, hérnia umbilical e excesso de flacidez abdominal.” Nem sempre os clientes são informados desses detalhes.
Sites de compras coletivas na internet oferecem esse procedimento para quem quiser adquirir, sem que qualquer exame seja realizado antes. Os valores praticados chamam a atenção. Enquanto que em clínicas ele chega a custar R$1,2 mil por sessão, nas páginas da internet é oferecida por um terço do valor. Por não ser invasivo, Alarcão aponta que esteticistas sem especialização e até leigos se aventuram na prática. “Erros na indicação e na execução podem trazer danos sérios.”
Equipamentos usados nesses procedimentos precisam de aprovação da Anvisa. Profissionais que não sejam médicos podem manuseá-los, mas é necessário que a clínica tenha um médico responsável. A recomendação do Conselho Federal de Medicina é que a população procure profissionais habilitados.
Confusão sobre competência de profissionais da área de saúde
Enquanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) fala sobre os perigos da realização de procedimentos de preenchimento estético por não médicos, o Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) afirma que dois vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) à lei do Ato Médico (Incisos I e II do art. 4º) permitem aos biomédicos a realização de procedimentos estéticos como a aplicação de toxina botulínica. Além de médicos e biomédicos, os fisioterapeutas também reivindicam a competência de fazer tratamentos invasivos com laser e luz intensa pulsada, além da aplicação de gás carbônico (carboxterapia). Este último tratamento, usado para combater estrias e gordura localizada, é desaconselhado pelo CFM por falta de estudos científicos.
A presidente da comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ana Lúcia Amorim, explica que tanto o CFM quando o CRBM estão certos, pois a lei federal que cria cada conselho prevê que eles disponham sobre a atribuição de cada categoria, e “cada um puxa a sardinha para seu lado”. No caso dos profissionais de saúde, como há conflito de competências, o caminho seria uma lei federal para dizer de forma clara e precisa quais são as atribuições de cada um. Mas a Lei do Ato Médico deixou brechas para diferentes interpretações. “É como se eles (médicos) tivessem brigado tanto e, no final, os principais artigos foram retirados pela presidente.”
Vigilância apura denúncias da população
Além da criolipólise, outros procedimentos que são divulgados na internet e em propagandas de clínicas de estética também têm gerado reclamações por efeitos indesejados. Todos são regulares, desde que realizados por profissionais capacitados, mas alguns deles são exclusivos de médicos. O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que qualquer procedimento invasivo, que necessite aplicação de qualquer substância no corpo humano, seja realizado por esse profissional.
A reportagem entrou em contato com uma clínica de estética para saber sobre um procedimento chamado de tonificação de glúteos, em que se aplica aminoácidos no bumbum. Na clínica, a atendente disse que não é um médico quem realiza o procedimento, mas que todas as atividades são supervisionadas por esse profissional. Em outra ligação, na mesma clínica, a reportagem pediu para falar com o médico responsável, mas a atendente informou que ele estaria ali às segundas e sextas para assinar relatórios.
Sobre esse procedimento, o professor de Educação Física Leonardo Alves Nunes questiona os resultados prometidos: aumentar e endurecer o bumbum. “Não existe milagre. Não acredito que uma substância seja capaz de apresentar o resultado de anos de práticas saudáveis de exercícios e alimentação balanceada.” O maior risco apontado é a aplicação de substâncias desconhecidas. “Para ter um resultado rápido e satisfazer o cliente, pode-se usar substâncias ilegais e perigosas.”
A aplicação de enzimas para redução da gordura localizada, apesar de oferecer poucos riscos quando realizada da maneira adequada, também preocupa. “Nem sempre se injeta o que é vendido na propaganda.”
Geraldo Edson Rosa, chefe de fiscalização da Vigilância Sanitária de Goiânia, diz que 65 fiscais atuam na área de saúde, que inclui hospitais, clínicas e espaços de estética. Ele afirma que desde o caso do hidrogel foram intensificadas as ações nesse tipo de estabelecimento. A Vigilância Sanitária também conta com as denúncias da população. “Checamos todas elas.”
Raquel Policena aguarda decisão da Justiça e evita exposição
A ex-aluna de Arquitetura, Raquel Policena, de 27 anos, está fazendo tratamento psicológico desde que saiu da cadeia, em novembro do ano passado. Ela passou 11 dias presa e foi liberada no dia 24 de novembro.
Raquel e o namorado foram apontados em inquérito policial como os responsáveis por provocar a morte da leiloeira Maria José Brandão, um mês antes. A causa seria a aplicação inadequada de hidrogel. Segundo um dos advogados responsáveis por sua defesa, Ricardo Naves, Raquel não sai de casa por causa da repercussão do caso. Ela não conseguiu mais emprego após o episódio.
O laudo que definirá a causa da morte de Maria José ainda não está concluído. O primeiro resultado, divulgado em 13 de março, não aponta o produto como responsável pelo fato. Novos exames deverão ser realizados. “Caso não haja relação entre a aplicação e a causa da morte, ela poderá nem ser denunciada por homicídio à justiça”, explica o advogado. Enquanto aguarda a decisão da justiça sobre o caso, Raquel pensa em voltar a estudar. “Por enquanto, ela tenta se resguardar e não quer exposição.”
Recuperação
Uma das mulheres que se submeteram ao procedimento de aplicação de hidrogel nos glúteos conversou com a reportagem e disse que ainda realiza tratamento para se recuperar dos transtornos.
A jovem disse que ainda sente dores nas pernas e foi informada que, possivelmente, terá de se submeter a uma cirurgia para retirada do produto. “Hoje, repenso a vida e entendo que não vale qualquer coisa para ficar bonita. É uma ilusão pensar que um procedimento será suficiente para nos dar um resultado que só se consegue com esforço”, relatou a mulher, de 29 anos, que pediu para não ser identificada.
Outra cliente que chegou a prestar depoimento à delegacia na época do caso relata não ter apresentado problemas de saúde após a aplicação do produto nos glúteos e nas pernas. “Após a morte de uma das clientes da Raquel tive medo porque havia sentido febre e um pouco de dor no local. Mas hoje está tudo bem”.
Também sem querer se identificar, ela, que tem 26 anos, contou que tem vergonha de dizer o que fez.“Eu, com estudos e vinda de uma família esclarecida, me submeti a um tratamento invasivo, que envolve aplicação de produtos desconhecidos, sem o acompanhamento de um médico.” (10/09/15)
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Soro oral pode chegar em até 30 dias
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou ontem que foram adquiridos 5OO mil sachês de soro para serem entregues em março, mas o fornecedor informou que está faltando matéria-prima em todo o País e que outros Estados enfrentam o mesmo problema. O fornecedor se comprometeu, segundo a secretaria, a entregar o soro dentro de 3O dias.
A assessoria da SMS garantiu ontem que a falta de soro oral para tratamento de dengue nos postos de saúde, mostrada na edição de ontem do POPULAR, não compromete o atendimento aos pacientes. Para substituir o soro oral, os médicos dos Cais têm orientado o cidadão a preparar o soro caseiro: 1 colher (chá) de sal, 1 colher (sopa) de açúcar e 1 litro de água.(09/05/15)
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Histórico de paciente investigado
Vigilância em Saúde está levantando histórico de paciente de 90 anos que morreu em Cais na quinta-feira
Andréia Bahia
A Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia vai investigar o histórico médico do paciente que morreu na noite de quinta-feira no Cais da Chácara do Governador, uma hora depois de dar entrada na unidade de saúde. Ele estava infectado por uma superbactéria, o que acionou um alerta no Cais.
Segundo a coordenadora de Urgências da SMS, Patrícia Antunes, o paciente, de 90 anos, chegou ao Cais com pneumonia grave e infecção generalizada e faleceu na sala de reanimação depois de uma parada cardiorrespiratória. “Ele já vinha sendo tratado em algum hospital e havia recebido alta”, relata a coordenadora.
E é esse histórico que a equipe da Vigilância em Saúde vai reconstruir, em que hospitais ele passou e que medicamento vinha usando. Ele estava em casa e foi levado ao Cais por uma ambulância do Samu.
A bactéria encontrada no paciente, a Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), é própria de ambientes hospitalares e o contágio se dá por meio do contato com o portador. “A transmissão não se dá pelo ar”, afirma Patrícia.
Portanto, segundo ela, não há risco para as pessoas que se encontravam no Cais na noite de quarta, quando a unidade ficou fechada para descontaminação dos locais onde o paciente esteve e dos equipamentos. Segundo Patrícia, apesar de superresistente a antibióticos, a bactéria representa um risco maior apenas para pessoas debilitadas, idoso e crianças.
Saiba Mais
Superbactéria é mais perigosa para crianças e idosos
A superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) é resistente a múltiplos antibióticos.
É encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas.
Transmitida em ambiente hospitalar, por meio do contato com secreções do paciente infectado.
Causa pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário e em feridas cirúrgicas que podem evoluir para infecção generalizada.
Traz risco para crianças, idosos e pessoas debilitadas. (09/05/15)
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À espera de recursos federais
Ministério confirmou pedido de dinheiro para o hospital. Solicitação passa por análise, mas governador garante abertura
Pedro Nunes
(colaborou Andréia Bahia)
Passadas várias datas agendadas para a inauguração do Hospital de Urgências da Região Noroeste (Hugo 2) – a última previsão foi para o fim de abril -, um repasse do governo federal ainda é aguardado para o custeio da unidade. Embora não divulgue o valor, o Ministério da Saúde confirmou o pedido de recursos para a unidade de saúde na capital.
“O Ministério da Saúde informa que aguarda a finalização de trâmites oficiais para analisar a solicitação de recursos para o Hugo 2. É importante destacar que, antes da liberação de recursos, a pasta precisa avaliar os indicadores epidemiológicos, as peculiaridades que norteiam a atuação da unidade beneficiária na rede local de atenção à saúde, além da referência geográfica dos serviços”, explica a pasta em nota.
O governador Marconi Perillo (PSDB) participou ontem de um hangout com internautas e falou, entre outras coisas, sobre o Hugo 2. A expectativa de inauguração, segundo ele, é para o fim de junho. “Nessa semana definimos o repasse de recursos à Secretaria da Saúde para aquisição dos últimos equipamentos e o primeiro repasse à Agir (organização responsável pela administração do hospital). Com isso, temos tudo para chegar ao fim do mês de junho com todas as condições objetivas para que o Hugo 2 seja aberto. Com ele teremos condições de prestar um serviço ainda mais qualificado na área da saúde”, argumentou Marconi.
No entanto, o Estado ainda depende da aprovação e liberação de recursos do governo federal. O superintendente de administração e finanças da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Oldair Marinho, esclareceu que o pedido é direcionado a todo o custeio do hospital, que gira em torno de R$ 15 milhões mensais. “Esse valor é bruto e mensal. Ele será direcionado ao pagamento de funcionários, e também para aquisição e manutenção de equipamentos. A quantia representa 100% dos gastos na unidade.”
Oficialmente, o fundo responsável pela manutenção do hospital é composto por verba do município, que paga os tratamentos de baixa complexidade, do Estado e da União, que bancam os tratamentos de alta complexidade. Os valores de cada ente são definidos em uma programação de serviços a serem prestados pela unidade de saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, no entanto, é possível definir a programação de atendimentos do Hugo 2 até o final do mês de junho, conforme data estabelecida pelo governador, o que garantiria que o hospital entre em pleno funcionamento no prazo definido por Marconi.
Obras
A princípio, o Hugo 2 foi orçado em R$ 57,3 milhões, mas houve nova licitação para serviços complementares, além de aditivos e construção de um novo prédio administrativo. Com isso, as obras foram finalizadas no dia 30 de abril por R$ 165 milhões, segundo a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), responsável pela construção do Hospital. “Neste valor estão incluídos os sistemas de ar condicionado, som, vídeo e a implantação de sinalização de todo o complexo”, diz nota da Agetop
Entenda o caso
2013
Junho – No dia 3 a Agetop inicia as obras do Hugo 2
2014
Junho – Prevista a inauguração parcial. Segundo a SES, o Hugo 2 deveria atingir 100% das atividades em cinco meses.
Outubro – Nova previsão de inauguração, dessa vez no aniversário de Goiânia, dia 24,o que não foi possível porque a obra de ampliação do prédio administrativo sofreu atraso.
Dezembro – Nova promessa de início dos atendimentos.
2015
Janeiro – No dia 12, a Secretaria da Saúde informou que equipamentos foram adquiridos e que estariam em fase de testes, prontos para uso tão logo a Agetop concluísse a obra física do Hospital. No dia 22 o governo Estadual prorrogou por 5 meses os prazos de execução de serviços complementares da construção do Hugo 2.
Março – Agetop acerta entrega da unidade de saúde para o dia 30.
Abril – Governo marca para 22 de abril a inauguração. Segundo a Agetop, a construção do Hospital foi finalizada em 30 de abril.
Junho – Última promessa de inauguração, marcada para o fim
Aprovados ansiosos
Além das pessoas que necessitam de socorro médico e que poderiam contar com as vagas no Hugo 2, outro grupo tem sofrido com a demora na inauguração. Cerca de 2,3 mil funcionários aprovados no processo seletivo finalizado em agosto do ano passado ainda esperam pela conclusão da unidade para iniciar os trabalhos.
O POPULAR mostrou em edições passadas casos de pessoas que mudaram de cidade e, mesmo desempregadas, arcaram com os custos para se instalarem em Goiânia na esperança do cumprimento do cronograma previsto. A angústia completará nove meses.
A Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir) é a responsável pela direção do Hugo 2. Segundo seu superintendente, Sérgio Daher, não há “um prazo (para a convocação dos selecionados), porque o hospital ainda não foi entregue”.
Mas ele afirma que os aprovados estão assegurados em suas funções. “Eles não precisam temer. Assim que for disponibilizado o hospital, chamaremos de prontidão”. (P.N.) 09/05/15
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Falta uma parte de mim
A reconstrução da mama após a mastectomia, apesar de ser um direito garantido em lei, não é realizada na maioria dos casos
Andréia Bahia
Entre os tipos de câncer existentes, o de mama está entre os de maior chance de cura, caso descoberto em estágios iniciais: em torno de 90%. Mas o tumor, que é o segundo mais frequente no mundo e o mais comum entre mulheres, quando extirpado junto com a mama deixa sequelas visíveis e invisíveis. A mutilação do corpo tem reflexos na alma da mulher. “Entrei em uma depressão terrível”, conta a enfermeira aposentada Maura Rodrigues da Silveira, de 61 anos. Ela fez a cirurgia de retirada da mama há 14 anos e até hoje sofre quando vê seu corpo.
Não há dados sobre o numero de mulheres que se encontram na mesma situação de Maura em Goiânia. Só no ano passado, das 148 mulheres que se submeteram à mastectomia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 12 fizeram a cirurgia de reconstrução mamária e 28 estão autorizadas pela Diretoria de Regulação de Goiânia a fazer o procedimento. Um numero baixo de procedimentos e que surpreendeu até mesmo o diretor de Regulação de Goiânia, Cláudio Tavares.
Considerando que, além dessas, em torno de 10% das pacientes com câncer de mama fazem a retirada de mama e a cirurgia plástica no seio em conjunto, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), do total de 148 mulheres que se submeteram à mastectomia em 2014, 94 não fizeram a reconstrução da mama – direito previsto em lei desde 1999 e que, em 2013, passou a ser obrigatório na mesma cirurgia de retirada da mama, caso a mulher apresente as condições clínicas necessárias.
Segundo o presidente da SBM, Ruffo de Freitas Junior, faltam médicos para realizar a cirurgia plástica logo após a mastectomia, seja porque os médicos não têm treinamento para realizar o procedimento ou porque o valor pago pelo SUS, R$ 180, desmotiva os profissionais. Cláudio Tavares, no entanto, nega a carência de profissionais qualificados para realizar a da cirurgia plástica.
Depressão vencida após a plástica
O tratamento do câncer de mama tem dois momentos, explica o cirurgião plástico e médico assistente do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade Federal de Goiás, Aloísio Garcia de Souza. No primeiro, a mulher passava por uma cirurgia mutiladora acompanhada de um tratamento de rádio e quimioterapia, que tinham um efeito devastador no aspecto psicológico da mulher, afetando sua vida social, profissional, familiar e sexual.
A faxineira Luciene Moreira Lima, de 50 anos, sofreu isso. Ela retirou a mama em 2005 por causa de um câncer e reparou os seios apenas em 2009. “Eu tinha vergonha das minhas filhas, do meu marido, de todo mundo”, lembra. Luciene precisou fazer tratamento psiquiátrico para se curar de uma depressão profunda que adquiriu após a cirurgia e só melhorou depois da reconstrução da mama. “A cirurgia plástica mudou tudo na minha vida porque eu fiquei inteira de novo.”
O segundo momento do tratamento do câncer de mama é marcado pelo avanço na quimioterapia, aliado à cirurgia de reconstrução da mama imediata. Além de não sair do centro cirúrgico mutilada, a maioria das pacientes do Hospital das Clínicas passa por uma plástica no abdômen, relata Aloísio Garcia. A paciente ainda faz uma segunda cirurgia plástica para igualar uma mama à outra.
Esse procedimento é realizado em todas as pacientes que apresentam condições clínicas necessárias. “Em alguns casos o departamento de oncologia não recomenda a reconstrução da mama imediatamente”, explica o cirurgião. Foi o caso da dona de casa Lídia Guimarães Alla, de 68 anos. Ela retirou um câncer de mama há dois anos e meio e o tumor estava tão avançado que ela não pôde fazer a cirurgia plástica na mesma cirurgia. Só agora ela foi chamada pelo hospital para reconstruir a mama. “Vou fazer porque a falta do seio pode vir a me dar problemas nas costas”, diz. (09/05/15)
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Hospital de Anápolis adere a Movimento Maio Amarelo
A ação marca a adesão do HUAna projeto que tem o objetivo de chamar a atenção para o alto índice de mortes, feridos e sequelados, provenientes do trânsito em todo o mundo.
No Hospital de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUAna) a maior parte dos pacientes advém dos acidentes no trânsito, especialmente de motocicletas. Por conta dessa realidade, nesta sexta-feira, dia 8 de maio, estão programadas diversas atividades para a sensibilização de pacientes, acompanhantes, visitantes, colaboradores e da comunidade.
A ação marca a adesão do HUAna ao Movimento Maio Amarelo, que tem o objetivo de chamar a atenção para o alto índice de mortes, feridos e sequelados, provenientes do trânsito em todo o mundo.
No período da manhã, o hospital realizou um pedágio, distribuindo fitas amarelas, panfletos e orientando motoristas sobre a necessidade de se trafegar com segurança. Um representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ministrou palestra para orientar colaboradores e a comunidade sobre direção defensiva.
Também foi programado o projeto Sons do Coração, que leva música para os pacientes internados nos leitos da unidade. Nessa edição, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Anápolis, um quarteto de violinistas percorreu as enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Maio Amarelo
A intenção do Movimento Maio Amarelo é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar a população, envolvendo os diversos segmentos da sociedade civil organizada para discutir o assunto, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
Números
Somente nos primeiros quatro meses de 2015, o Huana admitiu 560 pacientes vítimas de acidentes envolvendo carro ou moto. No ano passado, mais de 2400 mil pessoas deram entrada pelo mesmo motivo. (09/05/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Greve dos trabalhadores da Saúde chega ao fim
Em reunião, servidores municipais decidiram encerrar paralisação. Secretaria de Saúde e Sindisaúde informaram que atendimento já está normalizado
Após 26 dias de greve, os trabalhadores da Saúde de Goiânia decidiram, na manhã de ontem, encerrar a paralisação da categoria. Durante assembleia, eles votaram e aprovaram as propostas da prefeitura. Segundo o secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, desde o meio-dia de ontem, a situação está normalizada.
Uma determinação do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, expedida no último dia 22, obrigava 90% dos servidores a voltarem imediatamente ao trabalho. Sendo assim, somente 10% dos trabalhadores estavam com as atividades paralisadas.
O secretário explica que entre as solicitações atendidas estão a complementação da insalubridade, a volta da progressão do plano de carreira, que irá voltar ao normal a partir de setembro. Além disso, será realizado o pagamento do vale alimentação para quem trabalha na Urgência e o reajuste da data-base 2015 (o de 2014 já foi realizado).
De acordo com ele, todas as unidades estão funcionando e por isso não há necessidade de procurar atendimento em outro município. “Aquelas pessoas que perderam consultas, cirurgias e exames, a própria secretaria vai entrar em contato com elas”, afirma.
Ele diz que o grande número de casos de dengue na Capital não tem relação com a greve, pois os agentes de saúde não paralisaram. Para o secretário, existe uma população muito grande exposta e só o poder público não poderia conter esse aumento.
O secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, cita também que existe um controle financeiro a ser seguido pelo município. “A prefeitura teve que trabalhar segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal. As dificuldades financeiras está ocorrendo em todo o Estado”, conclui.
UNIDADE DE SAÚDE
O fim da greve dos servidores ainda não pode ser percebida nas unidades de Saúde da Capital. A reportagem do Diário da Manhã visitou, na tarde de ontem, o Cais Vila Nova e presenciou a recepção lotada e reclamação de pacientes do local.
“Todo mundo é cidadão, tem direito de ter atendido”, afirma Caio Bezerra da Silva. Ele estava há três horas na unidade acompanhando a esposa com suspeita de dengue. “Quase três horas (aguardando) e nem peguei atendimento. Não tem nem previsão. Isso porque nós vamos sair daqui oito horas da noite. Se for caso de emergência, muita gente já morreu. Oito horas da noite, estamos aqui desde duas horas”, desabafa.
Ele explica que, na última segunda-feira, acompanhou sua sogra no Cais de Campinas, e só foi atendido, pois a situação dela era mais grave (problemas de rins). Devido a esses problemas, ele acredita que a volta dos funcionários não fez diferença no atendimento e avalia a qualidade da saúde goianiense como péssima.
Caio é natural do Acre e está em Goiânia há um mês. Ele e sua esposa afirma que, no Estado do Norte do Brasil, o atendimento é melhor, sendo que se algum hospital estivesse com muitas pessoas aguardando, pelo menos um médico iria atender.
Outra paciente, que aguardava há muito tempo no local, era Maria Sibéria da Silva, 83 anos. Ela estava acompanhando sua neta, também com dengue, e aguardava no local desde uma hora da tarde. “A hora que a gente chegou aqui foi bem rápido no balcão, mas o atendimento lá dentro está péssimo”, afirma.
Apesar dessas reclamações, uma atendente do Cais afirma que o atendimento está normalizando, com os quatro médicos da unidade em serviço. Outra funcionária relata que o número de pacientes era menor do que outros dias, sendo que até as 16h30, normalmente, são contabilizados 250 pacientes por dia, mas ontem foram até esse horário esse número era de 190.
SINDISAÚDE
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) confirmou que na tarde de ontem o atendimento estava normalizado. Segundo a instituição, esse número alto de pacientes nas unidades de saúde é porque não existem funcionários para atender. (09/05/15)
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O HOJE
Google terá de excluir vídeos que ofendem a honra de médicos de Rio Verde
O Google Brasil Internet Ltda. terá de excluir cinco vídeos que ofendem a honra de médicos que atuam em uma clínica de Rio Verde. As postagens foram feitas no Youtube por um homem que alega suposto erro médico. Além disso, o consumidor terá de se abster de incluir novos vídeos na internet relacionados ao fato, também sob pena de multa diária de R$ 100, limitada a R$ 5 mil. A determinação é do juiz Rodrigo de melo Brustolin, de Rio Verde. Consta na inicial que a esposa do consumidor faleceu nas dependências da clínica após passar por cirurgia de retirada de útero. Porém, o exame de necropsia constatou morte por aneurisma. Não se conformando com a perda da mulher, o marido começou a acusar os profissionais de negligência médica. Usando um codinome, ele postou os vídeos atribuindo a culpa aos médicos. O advogado que representou a clínica e os médicos na ação, Tabajara Francisco Póvoa Neto, observa que o consumidor fez as postagens de maneira arbitrária e levando a público, sem qualquer prova, fato desabonador das reputações dos médicos. (09/05/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação