ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Doméstica sofre problema na coluna, mas não consegue acesso ao auxílio-doença, em Goiás
• Editorial – Uma espera arriscada
• Levantamento em site da Prefeitura mostra espera de 3 dias em média por vaga na UTI
• Dados mostram que 230 das 246 prefeituras goianas vivem dificuldades financeiras
• Coluna Arthur Rezende – Glaucoma, doença silenciosa
• Alerta aos pais: birras em excesso podem virar transtorno na vida adulta se não tratado
• Nota de Apoio ao Ministério Público Estadual na Operação SOS Samu
Consumidores buscam serviço de saúde acessível
• Site reúne relatos de vítimas do vírus zika
• Mortes por H1N1 aumentam em Goiás
• Estado recebe verba para remédios
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Doméstica sofre problema na coluna, mas não consegue acesso ao auxílio-doença, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/domestica-sofre-problema-na-coluna-mas-nao-consegue-acesso-ao-auxilio-doenca-em-goias/5152989/ (09/07/16)
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O POPULAR
Editorial – Uma espera arriscada
Pacientes em estado grave estão sofrendo e correndo riscos à espera de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), conforme revela reportagem publicada na edição de hoje. Além da dor provocada pela própria doença, eles ainda têm de se submeter a uma espera angustiante, que pode significar a diferença entre vida e morte.
O direito à saúde é inalienável e inegociável. Para ter acesso a serviços eficientes, a população se sacrifica com o pagamento de impostos. No entanto, percebe que muitas vezes não tem a devida contrapartida quando necessita de serviços públicos.
Um dos motivos da arriscada espera por uma vaga é o número insuficiente de leitos disponíveis para terapia intensiva, aponta a reportagem. São 695 vagas de UTIs públicas em Goiás, a maioria concentrada na capital, e metade do que é considerado ideal pelo Ministério da Saúde.
O cenário se torna ainda mais grave diante das suspeitas levantadas por investigações do Ministério Público, que apontam para a suposta existência de fraudes no encaminhamento de doentes, favorecendo empresas terceirizadas de UTIs. Um quadro escabroso, com impedimento do direito de atendimento adequado de um lado, e suspeitas de crime de outro. (11/07/16)
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Levantamento em site da Prefeitura mostra espera de 3 dias em média por vaga na UTI
Os dados mostram que de cada três pacientes na fila de espera um veio do interior. A média foi de 17 do interior contra 35 da capital
Cleomar Almeida
– O senhor Willian Pereira da Silva está aqui?
– Estava!
– Ele já foi transferido?
– Não. Acabou de morrer!
Willian tinha 65 anos. Morreu às 12h30 de 28 de junho, seis dias depois de ser internado às pressas no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Campinas, em Goiânia. Uma enfermeira do pronto-socorro confirmou a morte no exato momento em que conversava com a reportagem do POPULAR. Ele teve parada cardiorespiratória antes de ser transferido a uma unidade de tratamento intensivo (UTI). Não suportou mais o martírio. Médicos relatam que pacientes são obrigados a aguardar até 10 dias para conseguir um leito de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia, mesmo com o aumento de vagas no Estado.
Durante uma semana, entre o final de junho e o começo de julho, O POPULAR acompanhou link disponibilizado pela Prefeitura em seu site que mostra em tempo real a fila por uma vaga de UTI pelo SUS, a origem dos pacientes na espera e o número de vagas liberadas nas 24 horas que antecedem a consulta ao site. Em média, a fila conta com 52 pessoas de 10 cidades diferentes e 18 vagas de UTI foram liberadas a cada 24 horas. Ou seja, em média, os pacientes nesta fila aguardaram quase 3 dias para conseguir uma vaga.
Com uma rede de atenção básica precária e municípios do interior cada vez mais sufocada pela falta de atendimento, os velhos problemas ainda persistem. Isso mesmo com aumento de 55% no número de vagas de UTI, em Goiás, entre 2006 e 2016. A quantidade de leitos das redes pública e conveniada passou de 447 para 695, no período, de acordo com dados repassados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). No total, conforme o levantamento, 65% das vagas estão concentradas em Goiânia.
As 695 vagas de UTIs públicas em Goiás estão mais próximas do mínimo aceitável pelo Ministério da Saúde e longe do ideal. Em todo o Estado, de acordo com a pasta do governo federal, o ideal é que houvesse o dobro de leitos desta natureza. O parâmetro mostra que a capital tem a quantidade adequada para atender à sua população. No entanto, o sistema de vagas entra em colapso, já que, segundo o secretário municipal de saúde de Goiânia, Fernando Machado, a cidade também acolhe pacientes oriundos do interior do Estado. “O problema está justamente em conseguir atender a toda essa grande demanda, que inclui pacientes de Goiânia e outros municípios do interior”, acentua.
No levantamento feito pelo POPULAR, os dados mostram que de cada três pacientes na fila de espera um veio do interior. A média foi de 17 do interior contra 35 da capital.
Fila chegou a 67 pessoas durante levantamento feito pelo POPULAR
Durante uma semana, entre os dias 29 de junho e 5 de julho, O POPULAR acompanhou o link que a Prefeitura disponibiliza em seu site com informações em tempo real sobre a fila para uma vaga em UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As consultas ao site foram sempre três vezes ao dia: às 6 horas, às 14 horas e às 22 horas.
A diferença do tamanho da fila variou de 33 até 67 pessoas durante esse período, sendo que em cinco das 21 consultas a fila estava acima de 60 pessoas.
Já o número de vagas liberadas nas 24 horas que antecederam a consulta no site variou de 8 vagas até 31, mas a média ficou em 18 vagas liberadas por dia.
Pelo site também é possível ver a origem dos pacientes. E, em média, a fila envolve pessoas de 10 cidades, sendo que o máximo registrado pela reportagem no período e nos horários levantados foi de 12 municípios diferentes, sendo que Aparecida, Anápolis, Itumbiara e Caldas Novas em nenhum momento deixaram a lista.
Família de paciente relata drama na espera em Cais
Familiares de Willian Pereira da Silva, de 65 anos, que morreu no Cais de Campinas no começo do mês enquanto aguardava uma vaga de UTI, reclamam da demora para conseguir o atendimento. Um dos irmãos de Willian, Nivaldo José Ribeiro, conta que nos dois primeiros dias no Cais Willian ainda estava consciente. “Estive aqui, passei um tempo. Meu irmão estava consciente. No outro dia, vim cedo, fiquei o dia todo. Desde o início ele precisava de vaga de UTI. Isso é uma carnificina”, afirma.
No caso de Willian, a diretora de Atenção à Saúde da capital, Patrícia Antunes, afirma que a vaga em leito de UTI foi liberada dois dias depois de ele chegar ao Cais. Mas o paciente não foi transferido porque, segundo ela, não tinha condições de ser transportado com estado de saúde agravado.
“Temos vários casos de pacientes que permanecem conosco por três, quatro, cinco dias, sem condições de transporte”, alega a diretora de Atenção à Saúde.
“Se me perguntar se tem limite que o paciente pode ficar, tem limite teórico, mas não tem limite prático. O limite teórico é de 24 horas, o prático nem sempre é esse. Tenho muita segurança para dizer que ele (Willian) não perdeu por não ter saído. Tudo que poderíamos ter feito nós fizemos”, acrescenta Patrícia.
Nivaldo ainda afirma que a família de Willian teve de comprar material para ser usado no tratamento dele, na sala de estabilização do Cais Campinas. “Tive de comprar uns potinhos para dar alimentação para ele”, conta. “Mais tarde, a enfermeira disse que precisava de água mineral. Comprei potinho para dar alimentação via sonda. Comprei uns tubos de alimentação”, relata.
Em alguns casos, de acordo com médicos, até os profissionais de saúde das unidades da rede básica desembolsam dinheiro para comprar material.
Segundo Nivaldo, um médico disse que também comprou mangueira para ser usada no tratamento de Willian. Enquanto Willian dava os últimos suspiros, outros pacientes tomavam soro em macas enfileiradas no corredor do Cais de Campinas.
Outro lado
Patrícia Antunes diz que desconhece a necessidade de compra de material para tratamento por familiares. “Se foi solicitada alguma coisa complementar, não tenho conhecimento”, afirma, ressaltando que produtos de higiene pessoal devem ser levados pela família do paciente. “Se familiar seu entrar na rede privada, na UTI, tem de levar fralda, material de higiene pessoal, mesmo tendo plano de saúde”, compara.
Aumento na rede pública, mas queda na conveniada
Na última década, o perfil de administração de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás mudou. A rede conveniada fechou 29 leitos, uma queda de 7% em relação ao quadro de 404 vagas que tinha em 2006. Contudo, por outro lado, todos os hospitais públicos aumentaram pouco mais de sete vezes a quantidade dessas vagas, em geral, chegando a 320 leitos em 2016, de acordo com levantamento repassado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) ao POPULAR.
Houve uma ascensão dos leitos de UTI do SUS em hospitais públicos ao longo da última década, mas a rede conveniada ainda concentra mais da metade do total deles em Goiás, apesar de apresentar um cenário de baixa ao longo do período.
Dos 695 leitos deste tipo no Estado, 46% (320) estão em hospitais particulares que têm convênio com o governo federal.
O custo diário do leito de UTI do SUS é de R$ 1,1 mil, fracionado entre a rede de urgência (R$ 321,28), o complemento da SES (R$ 300) e o repasse do Ministério da Saúde (4798,72).
O secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, repete a mesma reclamação sobre a defasagem do valor. “Cada vez mais o Ministério da Saúde diminui os recursos disponibilizados para a Saúde. Somente nos últimos seis meses, o MS retirou R$ 12 bilhões de reais dessa área”, reclama ele.
O Ministério da Saúde informa que o cálculo da necessidade de leitos de UTI leva em conta a população do estado ou região, de acordo com as diretrizes estabelecidas em portaria.
Segundo a pasta, a normativa prevê critérios e parâmetros para o planejamento e programação de ações e serviços de saúde no âmbito do SUS.
Acesso à saúde é fundamental
Alexandre PrudenteAdvogado e especialista em Direitos Humanos
Não basta ao homem sobreviver. É fundamento de constituição do próprio Estado brasileiro que essa vida seja digna. A dignidade da pessoa humana é princípio basilar a informar qualquer ação governamental, especialmente no que tange às ações que visem a sua plena eficácia.
O acesso à saúde, sem a qual a vida digna não se realiza, direito do cidadão erigido à garantia fundamental pelo Art. 6º da CF, por meio da Emenda Constitucional 90, é dever do Estado nas suas esferas, federal, estadual e municipal.
No Brasil, é por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que o Estado busca dar eficácia a essa garantia, o que é levado a efeito por instituições públicas e particulares.
Assim, não se admite que esse direito seja mitigado a pretexto de falta de leitos em UTIs, seja na rede pública seja na particular.
A morte de qualquer cidadão pela falha do sistema viola a própria essência do estado de direito, já que esse não se justifica sem que consiga dar plena eficácia às garantias fundamentais. (11/07/16)
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Dados mostram que 230 das 246 prefeituras goianas vivem dificuldades financeiras
Ainda segundo o levantamento, 36 municípios estão com o pagamento dos salários atrasado
Andréia Bahia
A pequena Gameleira de Goiás, com pouco mais de 3 mil habitantes, é um dos 230 municípios em crise financeira em Goiás, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Dos 246 municípios goianos, 234 responderam o questionário da entidade e apontaram que as áreas de Saúde e Transporte são as que mais se ressentem dos efeitos da queda na arrecadação, seguidas da Assistência Social e Educação.
Ontem, O POPULAR publicou matéria baseada em dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que demonstram que, de fato, de 2013 para cá a situação de muitos municípios goianos só piorou.
De acordo com o levantamento da CNM, a maioria dos prefeitos, 209, já tomou alguma medida para equilibrar as contas até o fim do ano, mas 79 admitem que não vão conseguir; 146 pretendem fechar a gestão no azul. Ainda segundo o levantamento, 36 municípios estão com o pagamento dos salários atrasado, sendo que sete há mais de seis meses; e 156 têm dívidas atrasadas com fornecedores.
Para o presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) e representante da CNM na região Centro-Oeste, Divino Alexandre da Silva, a crise atinge principalmente os pequenos municípios, como Gameleira de Goiás, que dependem quase que exclusivamente dos repasses estaduais e federias. Em cidades com menos de 10 mil habitantes os impostos municipais, IPTU e ISS, representam muito pouco na receita.
Segundo Divino Alexandre, há três anos que as transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ICMS vêm caindo, sendo que o último repasse, de 10 de abril, foi o menor dos últimos anos. Por outro lado, as despesas não param de crescer.
Diante da estagnação econômica, que levou a União a estimar um déficit de R$ 170 bilhões e muitos Estados quase à insolvência, o presidente da FGM defende que o Tribunal de Contas dos Municípios seja sensível ao analisar as contas dos municípios. “Afinal, a lei é para todos e não se pode penalizar apenas os municípios.”
Cidades menores são dependentes do Fundo de Participação
Edgar MadrugaEspecialista em Contabilidade e Direito Tributário
A crise provocou desafios em todos os níveis governamentais sem nenhuma dúvida. O principal motivo da queda de arrecadação enfrentada pelos governos municipais decorre de um desafio a muito negligenciado: a forte dependência dos municípios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Parte da arrecadação de impostos, tanto do governo federal quanto do estadual, é dividida com os municípios através do FPM. Esta dependência é forte especialmente em municípios de pequeno porte, com menos de 50 mil habitantes. Dois fatores levaram a uma queda do fundo: a tão falada crise e uma decisão do governo federal de concentrar benefícios fiscais recentes em impostos que alimentam o FPM. A queda é significativa. A previsão da Secretaria do Tesouro Nacional é de que julho deve terminar com perda de 13% em relação a junho e em comparação com 2015, que já foi um ano difícil, deve sofrer uma queda de 10,82%. Mais um fator aumenta ainda mais o desafio: vários municípios possuem débitos previdenciários. Estas dívidas provocam a retenção pelo governo federal de parte do FPM, gerando um desequilíbrio desafiante. Por exemplo, existem municípios que tem 100% do fundo retido para o pagamento dessas dívidas.
Assim, temos um momento desafiador para os governantes municipais. Reduzir despesas é um caminho que muitos seguiram, mas pode não ser suficiente. É hora de arrumar a casa, reforçar a arrecadação de tributos municipais como o imposto sobre serviços (ISSQN) e o IPTU, blindando com técnicos as secretarias de finanças para que aumente a arrecadação sem aumento de impostos, somente combatendo de modo eficaz a sonegação. Mas em tempos de eleições municipais isso seria possível? Infelizmente, a história nos mostra péssimos exemplos. (11/07/16)
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Coluna Arthur Rezende – Glaucoma, doença silenciosa
O médico oftalmologista Francisco Eduardo Lopes de Lima, 50 anos, professor da UFG e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma, fala sobre essa doença silenciosa e irreversível
O que é glaucoma?
Glaucoma é a doença que causa danos irreversíveis ao nervo ótico, devido, principalmente, ao aumento da pressão interna do olho. Quando essa pressão é muito alta, o nervo ótico é afetado e ocorre perda do campo visual. Essa perda de campo visual é inicialmente periférica e imperceptível. Como a doença não apresenta sintomas, o paciente pode descobrir o problema tardiamente, o que leva à perda irreversível da visão.
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de claucoma?
A princípio, o glaucoma pode se desenvolver em qualquer pessoa, mas alguns fatores são considerados de risco: idade acima de 40 anos, histórico de glaucoma na família, pressão intraocular elevada, ascendência africana ou asiática, além de diabetes, miopia, uso prolongado de esteróides ou possuir alguma lesão ocular prévia.
Como evitar a cegueira por glaucoma?
O exame periódico com o médico oftalmologista permite o diagnóstico precoce do glaucoma e a instituição do tratamento. O exame é rápido, não dói e é feito por intermédio da medida da pressão intraocular. Quanto mais cedo for descoberto o problema, melhores são as chances de minimizar os problemas na visão.
Quais são as formas de tratar o glaucoma?
Com o uso de colírios e medicamentos orais, a adoção de cirurgia a laser ou cirurgias convencionais; enfim, uma combinação de todos. Glaucoma, infelizmente, ainda não tem cura, mas com o diagnóstico precoce e o tratamento correto, é possível impedir o desenvolvimento ou a progressão da doença. Mantendo a pressão intraocular estável e visitando com regularidade o oftalmologista, você pode continuar a enxergar a vida com os mesmos olhos. (11/07/16)
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Alerta aos pais: birras em excesso podem virar transtorno na vida adulta se não tratado
Especialistas chamam atenção para casos em que a desobediência da criança se torna frequente demais e sem controle
Sarah Teófilo
Inquietação, birras, brigas constantes, dificuldade de seguir regras de uma criança e adolescente podem ser muito mais que o tipo de comportamento comum da idade. Os sinais do pouco conhecido Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) podem ser confundidos com rebeldia ou até má-criação, mas devem ser tratados ou podem evoluir para algo pior, gerando adultos agressivos com Transtorno de Conduta, ou mesmo – em casos mais graves – Transtorno de Personalidade Antissocial, conhecido como psicopatia.
A psicóloga e neurocientista Cássia Oliveira, que realizou a avaliação psicológica de criminosos conhecidos, como o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, e Leonardo Pareja, famoso nos anos 90 por provocar uma rebelião no atual Complexo Prisional de Aparecida com diversas autoridades reféns, conta que já acompanhou casos de adolescentes que chegaram a ameaçar familiares de morte. “Os pais devem observar quando as atitudes vêm de forma generalizada, interferindo e prejudicando a vida familiar, gerando um estresse e tensão generalizados”, explicou.
A funcionária pública Ana Lígia Saeta Santos vive esta realidade com a filha Marcela, de 6 anos. A criança gera conflitos em casa e na escola desde os 3 anos, com um comportamento agressivo e impulsivo. “Ela não obedecia, enfrentava professores na creche e chegou a bater em uma professora.” Ana logo levou a filha a um profissional e após múltiplas avaliações chegou o resultado: TDO.
Marcela teve que começar a tomar medicamentos, mas muito mais é exigido de toda a família para lidar com a criança. De acordo com a mãe, a menina implica com a irmã mais velha, de 10 anos, e continua com comportamento agressivo na escola. “Qualquer coisa que você faz ela não responde bem. É algo muito extremo. Não adianta castigo nem nada.” Ana Lígia explica que com o tempo, todos vão aprendendo. “Vamos vendo as melhores formas de lidar e até as melhores palavras para falar com ela”, disse.
A psicóloga infantil Renata de Moura Guedes explicou que crianças com o transtorno desestruturam a relação com irmãos e com pais. Renata afirma que o pai e a mãe precisam manter uma postura firme, assim como devem ter a mesma linguagem – ou seja, um não pode ser mais permissivo que o outro. Caso contrário, a criança irá aprender a manipular ambos. Além disso, o equilíbrio é essencial. “Se você grita ou se altera, isso só reforça o comportamento errado da criança”, disse.
Transtorno Desafiador Opositivo é comum entre hiperativos
A psicóloga e neurocientista Cássia Oliveira afirma que de 50% a 60% das crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) tem também Transtorno Desafiador Opositivo (TDO).
Ela diz que a impulsividade, o freio inibitório no orbito frontal, que não funciona bem, pode levar ao número maior de TDO, que pode evoluir e levar a um adulto violento.
O dado é confirmado pelo psiquiatra e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Marcelo Trindade Júnior, que explica que há uma prevalência maior de TDO entre meninos.
De acordo com o professor, existem estudos avaliando a possibilidade de transmissão genética do TDO, mas que o que há de concreto é que a maioria dos casos é gerado por ambientes disfuncionais.
Já a psicóloga Cássia Oliveira avalia que é, em geral, uma associação de questões genéticas com o ambiente. Conforme profissional, a pessoa pode nascer com a predisposição e o fator ambiental faz aflorar.
Marcelo pontua a necessidade de reforçar sempre um comportamento positivo da criança.
Julgamento é o mais difícil de encarar
Um grupo no aplicativo WhatsApp criado por Sandra Regina Pereira, de um município do interior de São Paulo, tem ajudado pais e mães a lidarem com seus filhos com Transtorno Desafiador Opositivo (TDO). Moradora de Goiânia, a funcionária pública Ana Lígia Saeta Santos é uma das mães que participa do grupo e relata que a maior dificuldade que enfrenta é o julgamento de outras pessoas. “Acham que você não é uma boa mãe ou que a criança não foi bem educada”, relata a mãe de Marcela, de 6 anos.
Sandra Regina é mãe de um garoto de 11 anos diagnosticado aos 6 com TDO. Ela pontua que, principalmente para mães que estão a pouco tempo neste mundo, o julgamento da sociedade é um grande problema. “Eu já aprendi a ignorar e não sofro com isso”, disse. Além do grupo – que de 200 integrantes, 4 são homens –, Sandra criou há mais de 2 anos um blog, que agora é um site, para falar do dia-a-dia dela com o filho, além de outros pontos que interessam pais de crianças com o transtorno. A iniciativa começou depois que visitou um site com um artigo sobre o assunto e viu vários comentários de mães falando sobre suicídio devido à dificuldade de lidar com os filhos.
No ano passado, Sandra teve que mudar para a cidade do irmão, pois não conseguia cuidar do filho sozinha. Além disso, teve que pedir demissão para passar um período do dia na escola, para tentar controlar o filho. “É um problema que está acima das crianças. E é difícil achar alguém que está disposto ver que não é frescura, mas um problema real.”
4 perguntas para Cássia Oliveira
Psicóloga e neurocientista, Cássia Oliveira traçou o perfil de Leonardo Pareja e do serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha. Ela trabalha com diagnósticos computadorizados, é especialista em diagnóstico de Rorschach e realizou uma pesquisa na qual mostra que crianças que são irritadas e agressivas podem ter Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) e, sem tratamento, se tornarem adultos violentos.
1 – Qual a diferença emocional de uma pessoa com TDO?
Ela não tem uma capacidade empática aguçada, por exemplo. A região que prevê as consequências daquele ato não é aflorada. A minha pesquisa canaliza isso, busca as áreas, as ativações e respostas neurofisiológicas do grupo de controle que não tem o transtorno e do grupo que tem TDO.
2 – Algumas áreas cerebrais então são diferentes?
Sim, são. Na verdade, o neurocientista sempre vai encontrar um fundo cerebral para qualquer transtorno.
3 – O Pareja tinha?
Sem dúvida. Mas no caso dele não evoluiu para psicopatia, e sim para Transtorno de Conduta, que é caracterizado por não seguir normas sociais, causando prejuízo por agressividade. O histórico de gravidez da mãe do Leonardo – que foi bem conturbada, gerou muita dopamina – reforça o perfil dele. O Leonardo corria para o perigo, sempre se testando. Isso tudo é uma dinâmica da química cerebral. Se ele tivesse tido uma educação diferente, se conhecido e aprendido a educar esse sistema, ele não chegaria ao ponto que chegou. Poderia ter usado isso pra criatividade, buscar uma profissão onde ele teria essa liberação de adrenalina, mas focando em algo positivo. Tudo é uma questão de autoconhecimento.
4 – Então a pessoa consegue se controlar, certo?
Sim, claro. Você não é um carro desenfreado rumando a um precipício. A pessoa se conhecendo, consegue se comandar e decide se vai ou não fazer algo. Não justifica falar que é só a predisposição genética. A pessoa pode ser mais propícia, mas a escolha é dela. Aí que vem a orientação dos pais, colocar limites claros, e a necessidade das escolar conhecerem esse transtorno.
Sintomas dependem da intensidade das ações da criança
Marcelo Trindade Júnior – Psiquiatra da infância e adolescência e professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFG
O que determina a diferença entre o comportando sendo fisiológico ou patológico é o grau de disfuncionabilidade. Uma criança pode estar irritada porque está com fome, sede, ou outros motivos. Quando existe uma situação em que a irritabilidade passa do padrão, quando a criança passa a ficar explosiva, causando uma disfunção, aí caracteriza transtorno. Todos os sintomas dependem da intensidade e a repercussão das ações da criança na vida dela, dos pais e na escola. Às vezes chega pai pedindo ajuda, achando que o comportamento se trata de um transtorno, mas nem sempre o é. Por isso a orientação e diagnóstico feito por um especialista é fundamental. Deve haver um cuidado para que o caso não evolua para algo pior, como transtorno de conduta ou mesmo transtorno de personalidade antissocial. (10/07/16)
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Nota de Apoio ao Ministério Público Estadual na Operação SOS Samu
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) manifesta seu apoio à ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) na Operação SOS Samu, que apura fraudes no encaminhamento de pacientes a Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Goiânia e cidades vizinhas.
A Ahpaceg, que preza pela qualidade e a segurança dos serviços de saúde prestados à população, espera que as apurações sejam concluídas o mais breve possível para que os crimes investigados não abalem a confiança da sociedade nos hospitais goianos. (09/07/16)
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O HOJE
Consumidores buscam serviço de saúde acessível
Preço alto de procedimentos e consultas pesam no bolso da população, que busca serviço médico com custo menor
KARLA ARAUJO
Com a crise econômica, o aumento do desemprego afeta diretamente áreas que são consideradas como prioridade para as famílias, como a saúde. No último ano, 1,4 milhão de pessoas deixou de ter planos de saúde no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em Goiás, 13 mil pessoas cancelaram seus planos de assistência médica no mesmo período. A saída encontrada pelas empresas para atrair novamente os clientes são planos mais baratos.
Uma das empresas de planos de saúde que atua em Goiás oferece o serviço por R$ 167 para mulheres de 20 a 30 anos. O plano tem cobertura para parto e possui preço mais baixo – R$ 144 – se a cliente trocar o quarto por enfermaria, em caso de internação. Para homens na mesma faixa etária ou mulheres que escolherem plano sem cobertura para parto, o valor pago cai para R$ 106 e até R$ 80 mensais. Outras restrições também podem abaixar ainda mais o preço. Por R$ 78 o cliente tem direito aos mesmos serviços dos valores anteriores, mas apenas em dois hospitais de Goiânia. Além disso, cobra-se R$ 20 por consulta, 15% do preço do total de exames especiais, 10% de procedimentos cirúrgicos e R$ 2,5 mil por procedimentos com custo igual ou maior a R$ 15 mil.
Além dos planos de saúde com valor menor, as clínicas com preços abaixo da média também são procuradas por pacientes que desejam fugir das filas do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos altos preços dos planos de assistência convencionais. Paulo Roberto administra o Instituto Goiano de Saúde (IGS), localizado no Setor Oeste, em Goiânia. De acordo com ele, o preço médio de consultas e procedimentos realizados na clínica é R$ 90. Os mesmos serviços prestados em outros estabelecimentos da capital que chegam a R$ 400. “Os preços variam muito em Goiânia, mas o nosso é um dos menores. Para conseguir realizar o mesmo serviço e cobrar o preço menor, o profissional precisa ter um perfil social, de preocupação com a população de baixa renda”, explica o administrador.
Maria de Lurdes, 54, é autônoma e faz consultas e exames na clínica desde o fim do ano passado. Ela nunca teve plano de saúde e sempre recorreu ao SUS quando precisou de atendimento médico. Entre os procedimentos realizados por Maria no IGS estão ultrassom e eletrocardiograma, além de consultas com cardiologista e clínico geral. “É mais barato que plano de saúde e o serviço é bem melhor que as unidades públicas. Já tentei fazer um plano de saúde, mas é muito caro, ainda mais para quem já passou dos 50”, avalia a paciente.
Proposta de planos mais baratos é discutida
Na última semana, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu a criação de planos de saúde com preços ainda menores, para aliviar os gastos do governo com o SUS. A declaração foi feita durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. De acordo com Barros, os novos planos poderiam ter menos serviços do que os definidos pela ANS como cobertura obrigatória. O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos, manifestou-se contra a proposta do ministro e afirmou que a saúde no Brasil “precisa de mais investimento no SUS”.
A mudança também é vista com preocupação pelo diretor de Mercado da Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico, Sérgio Baiocchi Carneiro. “As empresas seguem todas as regras definidas pela ANS, mas se o paciente precisa de um procedimento que não está incluso no plano escolhido, ele recorre à Justiça, e geralmente ganha”, explica Carneiro. De acordo com o diretor, mesmo com mudanças na cobertura obrigatória determinada pela ANS, as empresas que oferecem assistência médica continuarão a ter prejuízo, e ainda maiores, em casos encaminhados à Justiça. “Vai desequilibrar as contas”, afirma Carneiro.
Mercado
Em Goiás, 1.098.664 pessoas possuem plano de assistência médica. Destes, 265.050 são individuais ou familiares e 830.499 são coletivos. De acordo com Carneiro, o mercado em Goiás está equilibrado, em comparação com o restante do País. O diretor explica que muitas empresas demitiram ou deixaram de oferecer benefícios aos empregados, por isso a quantidade de planos empresariais diminui, mas estes clientes voltaram aos planos de saúde em coberturas individuais ou familiares. No Brasil, quatro das dez maiores empresas de planos de saúde apresentaram queda na quantidade de beneficiários em maio em relação a abril. Em Goiás, três empresas registraram queda nos números no mesmo período. Os dados são da ANS. (K.A.) 10/07/16
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Site reúne relatos de vítimas do vírus zika
Depoimentos foram colhidos pela equipe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA)
Mulheres, jovens e adolescentes que vivem em áreas afetadas pela epidemia de vírus zika estão enfrentando os riscos da doença com coragem, criando redes de apoio para bebês com microcefalia e superando seus desafios com esperança e determinação.
É o que mostram as histórias de vida reunidas pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no novo espaço virtual “Histórias, Direitos e Zika”, lançado nesta quarta-feira (6).
O espaço traz relatos de mulheres que buscam responder às incertezas causadas pelo zika e decidir se e quando engravidar de modo seguro, proteger-se do vírus durante a gravidez e, nos casos de infecção, cuidar da melhor forma de seus bebês nascidos com microcefalia.
Histórias como de Débora de Andrade, moradora da comunidade Rosa Selvagem, de Recife, inauguram a série. Débora viveu a angústia de ser diagnosticada com zika durante a gravidez, mas descobriu no exame pré-natal que o bebê estava bem e que, na verdade, ela tinha chikungunya.
O espaço virtual será usado para compartilhar registros feitos pela equipe do UNFPA e parceiros durante atividades de campo desenvolvidas pela iniciativa “Atuando em Contextos de Zika: Direitos Reprodutivos de Grupos em Situação de Vulnerabilidade” em comunidades de Pernambuco e Bahia, estados que registram o maior número de casos de síndrome congênita de zika, como microcefalia.
O objetivo da iniciativa é mobilizar comunidades e ampliar o acesso a informações sobre o zika e seus efeitos na saúde das mulheres com um enfoque em direitos, igualdade de gênero e planejamento voluntário da vida reprodutiva.
Crítico
A ação prioriza a população mais exposta ao vírus — mulheres em idade reprodutiva, especialmente adolescentes e jovens afrodescendentes de 15 a 29 anos das localidades com maior vulnerabilidade socioambiental ou com maior incidência de microcefalia e malformações sugestivas de infecções congênitas por zika.
As atividades foram realizadas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e dez organizações da sociedade civil, com recursos do Fundo de Emergência Global do UNFPA e do governo japonês. (ONU Brasil) 10/07/16
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PORTAL G1/GOIÁS
Mortes por H1N1 aumentam em Goiás
O número de casos confirmados de H1N1 subiu para 313 em Goiás, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o órgão, 61 pessoas morreram no Estado em virtude da doença. Em Goiânia, cidade onde foram registrados mais casos de óbitos, 87 pessoas foram infectadas e 14 morreram por conta do vírus até o último dia 28. O boletim foi divulgado pela secretaria na última quarta-feira (6). Depois da Capital, a cidade com maior número de mortes por H1N1 é Rio Verde, no Sudoeste Goiano, que registrou sete óbitos. Em seguida vem Uruaçu, no norte, em terceiro lugar, e depois vêm Aparecida de Goiânia, Jataí e Anápolis, cada uma com cinco registros.
Já em número de casos da doença, o segundo município com maior número de pessoas infectadas este ano é Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, com 24 casos registrados. A terceira é Rio Verde, onde 22 pessoas foram contaminadas pelo vírus.
Vacinação
O secretário de Saúde, Leonardo Vilela, chegou a anunciar que Goiás vivia uma epidemia de H1N1 em abril. “Podemos falar que hoje estamos em epidemia de H1N1, pelo aumento dos casos e pelo aumento de óbitos”, disse. Com isso, a vacinação contra a doença chegou a ser antecipada.
Apenas os grupos considerados de risco podem ser vacinados na rede pública. Desde o início da campanha de vacinação, muitos moradores da Capital e do interior do Estado enfrentaram longas filas para conseguir se vacinar contra a doença. Por causa do número limitado de doses, alguns não conseguiram se imunizar mesmo aguardando nas filas.
A campanha de vacinação contra H1N1 foi encerrada em Goiás no dia 20 de maio, mas a imunização continuou nas cidades em que ainda há doses.
Quais os sintomas do H1N1?
A gripe – tanto a H1N1 quanto a H3N2 ou a Influenza B – tem como sintomas febre alta e súbita, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor nas articulações e dor de cabeça. No caso do H1N1, um sintoma que chama a atenção é a falta de ar e o cansaço excessivo.
É importante distinguir a gripe do resfriado comum, que é muito mais leve, com sintomas menos graves como coriza, mal-estar, dor de cabeça e febre baixa.
Como é o tratamento?
O tratamento deve envolver boa hidratação, repouso e uso do antiviral específico, prescrito pelo médico. Um deles é o Oseltamivir (mais conhecido pela marca Tamiflu), distribuído pela rede pública para hospitais e unidades básicas de saúde.
Trata-se de um antiviral específico contra o vírus Influenza, indicado para pessoas com maior risco de desenvolver complicações. É importante que o paciente consiga tomar a medicação nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, para que a eficácia seja maior. O tratamento também pode envolver o uso de analgésicos para aliviar os sintomas. (11/07/16)
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AGÊNCIA SAÚDE
Estado recebe verba para remédios
O estado de Goiás vai receber R$ 150 mil para aprimorar a qualidade e estrutura dos serviços farmacêuticos das unidades de saúde. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar- SUS). Ao todo, 25 municípios receberão o recurso que pode ser destinado para a contratação de novos profissionais, além do aprimoramento dos serviços de conectividade dos locais, para dar maior agilidade no atendimento à população e uma melhor organização dos estoques de medicamentos.
O recurso foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
No total, o Ministério da Saúde destinou mais de R$ 6,4 milhões para mil municípios do país.
A ampliação no investimento e no aprimoramento da informatização é uma dos principais objetivos do Ministério da Saúde. "Temos que melhorar a qualidade dos serviços ofertados com recursos que temos disponíveis e, sem dúvidas, o investimento na informatização é um dos caminhos. Organizar as farmácias nas unidades públicas de saúde promoverá maior rapidez no atendimento" afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Desde a criação do Programa, em 2012, a pasta já destinou mais de R$ 105 milhões para 1.582 municípios.
A estratégia de qualificar os serviços de saúde integra o conjunto de investimentos já realizados por meio do Projeto de Qualificação da Assistência Farmacêutica e Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde – QualiSUS- Rede, que foi desenvolvido em 15 regiões do país, em 486 municípios, com entrega de computadores, realização de pesquisa diagnóstica sobre os serviços farmacêuticos e ofertas educacionais na modalidade à distância para mais de 5 mil profissionais de saúde.
Programa Para participar do Qualifar-SUS, o município deve estar na lista do Brasil Sem Miséria (Plano interministerial voltado para a população mais pobre) e fazer parte de outros programas da Atenção Básica, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), e o Hórus, sistema de Assistência Farmacêutica que permite o controle da compra, armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos. (11/07/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação