DESTAQUES
Inep divulga resultado final da primeira etapa do Revalida
Unimed é obrigada a fornecer remédios conforme prescrição médica para tratamento contra câncer
Dia Mundial do Lúpus: doença não tem cura, mas existe tratamento
Lote de vacinação diferente e nome de enfermeira errado: Veja erros em cartão de vacina fraudado para esposa de Mauro Cid apontados pela Saúde de Cabeceiras
Cade deve reprovar compra da Smile pela Hapvida
Médico que forjou morte de criança para vender seus órgãos é preso em SP
Biomédica é presa suspeita pela morte de paciente durante procedimento
Fiocruz propõe medidas para evitar uso irregular de fentanil
JORNAL OPÇÃO
Unimed é obrigada a fornecer remédios conforme prescrição médica para tratamento contra câncer
Médicos do plano só poderiam prescrever medicamentos genéricos
A justiça goiana concedeu liminar determinando que a Unimed Goiânia suspenda de forma imediata a proibição da prescrição de medicamentos de marca para o tratamento quimioterápico de pacientes oncológicos. O inquérito informa que desde 17 de abril os médicos do plano só poderiam receitar medicamentos genéricos.
O juiz José Augusto de Melo Silva, da 29ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, concedeu decisão favorável à ação da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) que busca garantir a autonomia dos médicos em se tratamento de pacientes com câncer.
“Defiro o pedido liminar postulado para determinar a suspensão imediata do Ofício 10 de 11/04/2023, para que os profissionais da saúde possam prescrever, solicitar e faturar os medicamentos oncológicos pertinentes a cada tratamento, de forma individualizada, devendo a requerida fornecer os medicamentos prescritos sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por ato, limitada ao valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)”, diz a decisão.
Com a proibição, adotada pela Unimed Goiânia, os médicos das instituições associadas da Ahpaceg que atendem pacientes com câncer estavam impedidos de prescrever medicamentos oncológicos de marca. A justificativa da empresa era de que o sistema de prescrição eletrônica teria apenas os medicamentos genéricos.
No dia 24 de abril, a Ahpaceg impetrou um Pedido de Tutela Provisória contra a decisão da Unimed Goiânia. A Ahpaceg disse que, na prática, além da quebra de contrato, essa decisão fere a autonomia do médico e pode trazer graves consequências aos pacientes, principalmente aos que estão em uso contínuo de um medicamento de referência cuja mudança poderia comprometer a resposta terapêutica.
O Jornal Opção entrou em contato com a assessoria da Unimed Goiânia que ficaram de fornecer resposta nesta terça-feira, 9, no período da manhã. Não tivemos qualquer retorno. O espaço permanece aberto.
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Dia Mundial do Lúpus: doença não tem cura, mas existe tratamento
Trata-se de uma enfermidade autoimune, isto é, quando o próprio corpo ataca seus tecidos por um mau funcionamento do sistema imunológico
Neste dia 10 de maio, quarta-feira, a World Lupus Federation (WLF) escolheu como sendo o Dia Mundial do Lúpus para conscientização da condição e alertar sobre o impacto dela.
Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento e pode ser controlada. O Lúpus é uma enfermidade autoimune, isto é, quando o próprio corpo ataca seus tecidos por um mau funcionamento do sistema imunológico.
Em consonância com o dia mundial de conscientização, o Jornal Opção entrevistou o médico reumatologista, Otávio Paz, que explicou o que são doenças autoimunes, a causa do Lúpus, sintomas, diagnóstico e tratamento.
Doenças autoimunes
De acordo com o especialista, doenças autoimunes fazem parte de um grupo muito abrangente de enfermidades que se manifestam pela desregulação do nosso sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo.
“Ele passa a atacar não fatores externos e invasivos, mas os próprios órgãos e sistemas. Então, vai atacar o rim, a articulação, a pele, cabelos, olhos. Enfim, tem um potencial de atacar qualquer órgão e estrutura do corpo”, explica.
No caso do Lúpus, Otávio Paz afirma que a pessoa desenvolve anticorpos contra ela própria. Apesar disso, ele chama a atenção para o fato de que, dependendo do quadro, uma pessoa com a doença pode ser muito diferente da outra. Já a causa é desconhecida.
“O Lúpus pode teoricamente atingir ou atacar qualquer órgão ou sistema do corpo humano. Não existe uma causa determinada. A gente coloca que existem fatores, como pré-disposição genética, ser do sexo feminino. Existem algumas teorias que tentam justificar, mas não há uma certeza por que é mais prevalente em mulheres do que homens”, revela.
Além disso, o médico reumatologista afirma que existem vários fatores desencadeantes da reação autoimune do Lúpus. “Pode ser uma infecção, pode ser a luz solar, pode ser o início do processo de menstruação com os hormônios femininos, pode ser uma gravidez. Tem vários fatores que podem desencadear o Lúpus, mas uma causa específica a gente desconhece ainda”, pontua.
Sintomas
Otávio Paz justifica que, por ser sistêmico e poder atingir qualquer órgão ou sistema, pessoas com Lúpus podem apresentar sintomas distintos.
“Você vai ver pessoas com Lúpus que tem doença na pele, inflamação da pele, com inflamação renal, com inflamação articular, inflamação cerebral, inflamação cardíaca. Mas, o mais comum é o acometimento das articulações, as pequenas articulações das mãos, grandes articulações como cotovelos, joelhos, quadris”, cita.
Além dessas, o especialista elenca outros sintomas mais comuns em segundo e terceiro lugares, vindo depois das articulações.
“Lesões avermelhadas em asa de borboleta, manchas fotossensíveis, às vezes na região do decote do colo, ou então na região justamente dos braços, queda de cabelo é muito comum. Então, eu colocaria alterações articulares, de pele, fotossensibilidade e lesões espontâneas, como líquido na pleura, pode aparecer líquido no abdômen também”, exemplifica.
“Digamos assim, dos três principais, mas é extremamente variável. Pode causar anemia, pode causar baixa de plaquetas, de leucócitos, varia demais um caso para o outro”, completa.
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EBC
Inep divulga resultado final da primeira etapa do Revalida
O resultado final da primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2023 já está disponível na internet. A primeira etapa do exame foi aplicada em 5 de março e contabilizou 10.062 inscritos. Desse total, 9.230 realizaram a prova e 1.216 foram aprovados.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o participante aprovado nesta primeira etapa está apto para se inscrever na segunda fase do Revalida, composta pela prova de habilidades clínicas. As inscrições para a segunda fase começam em 15 de maio e vão até o dia 19, pelo Sistema Revalida.
Composto por duas etapas (teórica e prática), o exame aborda o que o Inep chama de as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). A participação na segunda etapa depende da aprovação na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva.
O Revalida busca subsidiar a validação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. As referências são atendimentos no contexto da atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina.
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PORTAL G1
Lote de vacinação diferente e nome de enfermeira errado: Veja erros em cartão de vacina fraudado para esposa de Mauro Cid apontados pela Saúde de Cabeceiras
Farley Alcântara é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid. O g1 não conseguiu contatar a defesa do médico para um posicionamento.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
A secretaria de Saúde da cidade de Cabeceiras, no Entorno do Distrito Federal, percebeu erros no cartão de vacina fraudado de Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A chefe da pasta, Cleide Alencar, explicou que, ao ver o cartão pela primeira vez, por meio da imprensa, logo percebeu os “furos” existentes no documento, como o nome da técnica de enfermagem escrito errado e lotes que não teriam ido para a cidade.
Farley é sobrinho do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi preso na quarta-feira (3), durante a operação deflagrada pela Polícia Federal. O g1 não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley. As duas enfermeiras, Dzirrê de Almeida e Edynez Farias, que tiveram o nome assinado no documento, negam envolvimento com a fraude.
A coordenadora da atenção básica municipal, que preferiu não se identificar, explicou que, no cartão de vacina, o nome da enfermeira ou técnica de enfermagem que aparece tem que ser o da pessoa que fez a aplicação do insumo no paciente. Com isso, o primeiro erro identificado por Cleide, foi a assinatura da técnica de enfermagem Edynez Farias Costa. Isso, porque no cartão, o nome dela consta como Edniz. Segundo a própria enfermeira, ela é a única profissional do município, de modo que o nome errado não poderia fazer referência a outro profissional.
“Ela não ia escrever o próprio nome dela errado”, disse a secretária.
Outro furo percebido pela secretária seria na caligrafia. Tanto a secretária, quanto a coordenadora da atenção básica municipal, contaram que logo de cara viram não ser nem a caligrafia de Edynez nem a de Dzirrê, ainda que o nome de ambas estivesse no cartão de vacina.
Além da caligrafia, as servidoras também mencionaram erro no posto de saúde em que uma das vacinas teriam sido aplicadas. Logo abaixo dos nomes das enfermeiras, no cartão de vacina, é possível ver a unidade de saúde em que a vacina foi aplicada.
Apesar de o de Dzirrê constar o local em que ela trabalhava em 2021 corretamente, o posto apontado como o local em que Edynez, não é o local em que a profissional trabalha. Conforme o registro do cartão de vacina, o imunizante teria sido aplicado na Unidade Básica de Saúde da Família I, localizada no setor Mariano Machado. Contudo, a profissional trabalha na Unidade Básica de Saúde da Família II, no setor Parque São João, centro da cidade, desde 2020.
Outro ponto mencionado pela profissional que atua na coordenação da atenção básica de Cabeceiras é o lote da vacinação que consta no cartão de vacina supostamente fraudado. Apesar de a Polícia Federal inicialmente ter dito que as informações do cartão falso tinham sido retirados do comprovante de vacinação de uma enfermeira que teria sido imunizada em Cabeceiras, a mulher diz que os dois lotes mencionados (FF2591 e TG3529) nunca foram para a cidade.
“Não recebi esses lotes. Na hora que vi o cartão, entrei nos lotes pra ver se tinha recebido eles e não recebi”, conta a mulher, que em 2021 era a responsável por registrar os lotes de vacina contra a Covid-19 que chegavam.
Além dos erros apontados pelas profissionais da saúde municipal, é possível ver que o nome da farmacêutica BioNTech, que produz a vacina contra a Covid-19 junto com a Pfizer, está escrito com a grafia errada de “BioTech”.
Entenda a suposta fraude
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), para a prática da suposta fraude, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. O médico foi acionado enquanto ainda prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.
Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, que estaria preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.
Segundo apurado pela Polícia Federal durante a investigação, mensagens de WhatsApp mostram que os dados da vacina que constam nesse cartão com o nome de Gabriela, como data, lote, fabricante e aplicador, foram retirados por Farley de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, no dia 22 de novembro de 2021, às 19h11, foi feito o envio de um documento entre o tio de Farley, Luis Marcos dos Reis e Mauro Cid. A PF aponta que o arquivo consistia na digitalização de um “cartão de vacinação” do Sistema Único de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás.
O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley.
Ainda de acordo com a polícia, além de entregar o cartão falso, Farley também entregou outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro. Um print mostrou o médico pedindo um cartão em branco a uma das enfermeiras que teve o nome assinado no cartão fraudado de Gabriela Cid (veja imagem acima).
Procedimento administrativo em Cabeceiras
De acordo com o prefeito da cidade, Everton Francisco, conhecido como Tuta, alguns profissionais de saúde serão ouvidos no procedimento administrativo que foi aberto na prefeitura para investigar o caso e saber se realmente houve a fraude por parte do médico e, se sim, descobrir se ele teve ajuda para cometer o crime. Entre esses profissionais a serem ouvidos estão Dzirrê e a outra enfermeira que teve o nome citado no cartão de vacina de Gabriela Cid.
“Acredito que ele tenha pego o cartão de vacina de uma pessoa que realmente vacinou aqui na cidade, que realmente possa ter vacinado com a gente e ele tenha transcrevido isso para outro cartão, mas não sei o que passou na cabeça”, deduziu a coordenadora.
Ao g1, ela contou esperar que, com as investigações realizadas, os fatos sejam esclarecidos.
“Quando a gente vê nosso nome em uma situação dessas, ficamos muito abaladas. Quero que [com a investigação] se esclareça tudo. Quero a verdade. Se ele teve ajuda de alguém daqui, queremos que apareça quem foi”, disse Dzirrê.
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FOLHA DE S.PAULO
Cade deve reprovar compra da Smile pela Hapvida
O Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) deve reprovar nesta quarta (10) a compra do Grupo Smile pela Hapvida.
A maioria dos conselheiros não viu remédios para o caso que apresentou excessiva concentração de de mercado na Paraíba e em Alagoas -onde o grupo investe mais esforços.
A Hapvida anunciou que adquiriu a Smile Saúde por R$ 300 milhões em fevereiro do ano passado.
A operação foi encaminhada ao tribunal do Cade com parecer pelo veto da operação dado pela Superintendência-Geral, que instruiu o processo
A Hapvida administra 160 mil segurados de planos de saúde e opera três hospitais nos principais locais onde a Smile atua. O grupo adquirido atua em alguns estados, primordialmente na Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte.
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PORTAL TERRA
Médico que forjou morte de criança para vender seus órgãos é preso em SP
O médico Álvaro Inhaez foi preso nesta terça-feira, 9, por um crime que cometeu há 23 anos Foto: Reprodução/EPTV
O médico Álvaro Ianhez, de 77 anos, foi preso na tarde desta terça-feira, 9, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Ele foi condenado em abril do ano passado a 21 anos de prisão pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, morto em 2000, com 10 anos de idade, em Minas Gerais.
Ianhez não tinha sido preso até o momento, pois conseguiu um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para aguardar o julgamento de todos os recursos em liberdade. Porém, o Ministério Público de Minas Gerais acionou o Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão do STJ.
A prisão ocorreu após uma ação conjunta entre promotores de Justiça de São Paulo e o Ministério Público de Minas Gerais. O médico ficará em São Paulo à disposição da Justiça, cabendo à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais realizar a transferência de Ianhez para uma unidade prisional, segundo informações da EPTV.
O caso
O menino Pedro Pavesi morreu aos 10 anos de idade Foto: Reprodução/EPTV
O menino Paulo Veronesi Pavesi deu entrada no Hospital Pedro Sanches depois de cair da varanda do prédio onde morava. Lá, segundo o Ministério Público, teria sido vítima de um erro médico durante uma cirurgia e encaminhado para a Santa Casa de Poço de Caldas.
Na unidade, o médico Álvaro Ianhez forjou um diagnóstico de morte cerebral para que pudesse retirar os órgãos do garoto. O esquema ficou conhecido como “máfia dos transplantes”.
Além de Ianhez, outros dois médicos foram condenados pelo mesmo crime em 2021 a 25 anos de prisão. Um terceiro foi absolvido.
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TUDO EM DIA ONLINE
Biomédica é presa suspeita pela morte de paciente durante procedimento
Uma biomédica, de 33 anos, e uma técnica de enfermagem, de 39 anos, foram presas em flagrante, na tarde dessa segunda-feira (8/5), suspeitas na morte de uma mulher de 46 anos. O crime teria acontecido em uma clínica de estética no Centro de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. A vítima foi até o local realizar um procedimento conhecido como lipoescultura.Â
A vítima chegou à clínica por volta de 6h para fazer um procedimento que retira gordura de uma determinada região do corpo e a redistribui para outras partes. Durante a manobra, ela teria sofrido uma parada cardiorrespiratória, sendo necessário o encaminhamento até uma unidade de saúde. De acordo com o médico legista e chefe do Posto Médico-Legal de Divinópolis, Lucas Amaral, a necropsia apontou sinais de hemorragia relacionada à cirurgia realizada e que podem ter ligação com a causa da morte. Ao todo, foram identificadas dez perfurações no abdômen e outras duas nos glúteos da vítima.”Nenhum órgão do abdômen ou tórax foi perfurado. Foram coletados materiais biológicos, que serão periciados no laboratório do Instituto Médico-Legal Dr. André Roquetti, na capital, para pesquisa de possíveis agentes químicos utilizados no procedimento”, disse o especialista. Leia: Júri inocenta ex-prefeita de Santa Luzia por assassinato de jornalista Diante ao óbito e possíveis irregularidades, a biomédica e a técnica de enfermagem que atuaram no procedimento foram autuadas em flagrante por homicídio. Elas foram encaminhadas ao sistema prisional onde estão à disposição da Justiça.
Sem alvará
Conforme a investigação preliminar, o estabelecimento não possui autorização para realização de cirurgias por não haver estrutura física adequada para atendimento emergencial. No local, foram apreendidos equipamentos utilizados nos procedimentos, prontuários de pacientes, caixa de injetáveis, dois computadores e um celular.Um dos equipamentos necessários para a realização da intervenção estética não foi encontrado pela polícia. Ao ser questionada, a biomédica afirmou que, no momento em que houve a complicação, o material ainda não havia “chegado”, já que é alugado por hora.
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BLOG AGORA BRASIL
Fiocruz propõe medidas para evitar uso irregular de fentanil
Um artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o uso de fentanil no país. Utilizado como analgésico e anestésico para fins médicos, o fentanil passou a ser consumido de forma indevida e indiscriminada em muitos países, como nos Estados Unidos, causando dependência química e vício, por ser 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais que a heroína.
No Brasil, a primeira apreensão de fentanil ilícito ocorreu em março, no Espírito Santo, e acendeu o alerta para importância para adoção de estratégias de controle e prevenção da circulação e do uso da droga no país. Além disso, uma série de casos de intoxicação pelo opioide foi relatada na região metropolitana de Campinas (SP), nos primeiros meses deste ano.
No artigo publicado na versão online da revista The Lancet Regional Health – Americas, Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz) e Noa Krawczyk, professora-assistente do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine, destacam medidas que o Brasil deve adotar para evitar uma crise grave, como a enfrentada atualmente nos Estados Unidos, onde mais de 70 mil pessoas morrem por ano pelo uso não médico da droga.
Eles garantem que o momento não é para pânico no Brasil. “Até agora, a ameaça emergente de uma potencial crise de saúde pública impulsionada pela disseminação do fentanil foi basicamente tratada por uma mídia proativa, poucos grupos de pesquisa e as respostas imediatas da ANVISA. Um compromisso da sociedade civil, da comunidade científica e do governo em todos os níveis é extremamente necessário. Olhar para as lições aprendidas em outros países é fundamental, mas todos os grandes problemas que afetam as sociedades têm dimensões globais e locais. Não há tempo para ficar parado olhando”, destacam Francisco Inácio Bastos e Noa Krawczyk, no artigo.
O que pode ser feito
Os pesquisadores esclarecem que a crise de fentanil nos Estados Unidos traz lições importantes para o Brasil e também apresentam diferenças em relação ao consumo nos dois países.
De acordo com Bastos e Krawczyk, a epidemia entre os norte-americanos têm dois fatores: prescrição excessiva de opioides e desvio da finalidade médica e o crescimento do uso de heroína, e depois do fentanil, em razão das altas taxas de dependência e demanda da população.
Outra observação é que nos Estados Unidos o fentanil é ofertado misturado a outras drogas, como cocaína, o que não se reflete no Brasil, inclusive pelo opioide ser considerado uma substância cara em comparação a outras. “O mais provável é que seria uma mistura de algumas apreensões de fentanil puro. Não acredito que aconteça o que está havendo nos Estados Unidos, outras substâncias com propriedades diferentes [misturadas] com fentanil”, disse Bastos em entrevista à Agência Brasil.
Na semana passada, o assunto foi discutido durante seminário da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), do qual participaram também representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ministério ressaltou que as apreensões realizadas no país foram episódicas, e não representam uma epidemia.
No artigo, os pesquisadores sugerem as seguintes frentes de atuação: investimento em vigilância e pesquisa contínuas para entender os padrões de mudança de uso e abuso de substâncias na população brasileira; integração das apreensões com análises toxicológicas criteriosas; melhorar a vigilância do fentanil médico e de outros opioides, evitando potencial desvio e uso indevido, especialmente em unidades hospitalares; adoção de protocolos de tratamento e conscientização dos profissionais de saúde que atendem na porta de entrada (emergências) dos setores público e privado.
“Na época que eu clinicava, internei vários colegas, alguns deles faziam só uso e outros acabavam se envolvendo em desviar ampolas, porque eram as pessoas que tinham acesso”, revelou o pesquisador da Fiocruz.
O pesquisador cita ainda a necessidade de controle da oferta da substância pela internet e redes sociais. “O pessoal está fazendo fentanil na cozinha. Embora não tenha a pureza do fentanil industrial, o tráfico está se lixando se é puro ou sujo”.
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O SUL
Artigo – Saúde, descendo a ladeira
Sem ser apocalíptico e aceitando opiniões contrárias, acho que a desafortunada saúde no Brasil iniciou a sua decadência após 3 decisões maléficas marcantes na nossa história: A Municipalização, o programa mais médicos (PMM) e a “Universidade para todos”.
A constituição de 1998, que nos deu mais direitos e menos deveres, municipalizou a saúde. O governo federal, o grande gerenciador da saúde no nosso país dividiu sua responsabilidade com os estados e municípios. Foi criado o SUS, uma boa ideia! Entretanto esquecemos que somos 5.570 municípios. Completamente heterogêneos. Somos diferentes na dimensão, na população, na economia e nos recursos humanos.
O governo central detém 60% da arrecadação de tributos e arca com 40% do financiamento do SUS.
Os municípios arrecadam 17% da carga tributária brasileira. Se responsabilizam por 32% do aporte financeiro SUS.
Este financiamento é regulado por uma tabela que é referência de pagamento para médicos, hospitais e fornecedores.
Ele tem sido lentamente sufocado, pois a tabela tem reajustes minguados, insuficientes e inconstantes.
Hoje a defasagem é tão grande que a Santa Casa de Porto Alegre perde anualmente 140 milhões atendendo o SUS!!
O segundo torpedo lançado contra a saúde do brasileiro foi o programa mais médicos de 2013. O Brasil, desprestigiando os médicos brasileiros, contratou 18.000 cubanos.
A desenvergonhada política, com viés financeiro, permitiu que médicos estrangeiros sem qualificação profissional atuassem no país. No exame médico do “REVALIDA” somente 28% foram aprovados.
No Uruguai foram todos reprovados.
E finalmente a saúde foi mais enfraquecida ainda com o programa “Universidade para todos” Esta filosofia determinou que desde a virada do século até agora quadruplicássemos o número de faculdades de medicina.
Frustrado e envergonhado, depois de mais de 40 anos lecionando na universidade, reconheço o inimaginável declínio da formação médica.
Hoje estamos liberando médicos com formação deficiente, com pouca experiência clínica e mal lapidados. Logicamente existem inúmeras exceções.
Ciente disto, fico estarrecido e triste ao saber que só no RGS, serão criadas mais de 480 vagas para alunos de medicina. No Brasil, serão quase 20 mil.
A abertura de escolas médicas, sem condições de formar bons profissionais é um negócio bilionário e lucrativo, mas representa sérios riscos à saúde da nossa população.
Hoje a educação médica já é precária por falta de infraestrutura, hospitais e corpo docente.
No futuro ela certamente será pior, incerta e imprevisível.
Na medicina, a qualidade é muito mais importante do que a quantidade.
Só um bom médico é avalista de uma saúde boa.
A nossa está descendo a ladeira!!
Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário
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Assessoria de Comunicação