Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/09/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Presidente do Coren-GO defende jornada de 30 horas semanais
Número de beneficiários de planos de saúde cai 0,3% em 12 meses
Pode faltar vacina contra o Sarampo, em Goiânia
Socorro especializado pode ser decisivo para evitar suicídio
Revalidação de diplomas médicos expõe incoerência do ministro da Educação

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Presidente do Coren-GO defende jornada de 30 horas semanais

Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), Ivete Santos Barreto se pronuncia na audiência pública que discute ações para promover a valorização dos profissionais de enfermagem, evento que tem lugar no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 10.
Ivete destacou algumas exigências para melhorar a qualidade de trabalho dos enfermeiros, como jornada de trabalho de 30 horas e locais adequados de descanso durante os plantões, além de explanar contra a prática de cursos a distância de enfermagem.
“A enfermagem é fundamental para o funcionamento de qualquer trabalho de saúde. Nós queremos reconhecimento e valorização profissional consolidados na forma da lei, regulamentação de 30 horas semanais como jornada de trabalho. A qualidade de ações na saúde depende diretamente da qualidade do trabalho da enfermagem e para tanto é necessário condições de trabalho assegurando a prestação e serviço seguro aos pacientes. A jornada de 30 horas não é privilégio nem corporativismo. É investimento na qualidade da saúde”, afirmou.

Vice-presidente do Sindsaúde-GO diz que categoria não pode aceitar aumento de carga horária
A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO), Luzinéia Vieira, participa da audiência pública que discute a valorização do trabalho dos enfermeiros. A fala dela se deu principalmente na questão de exigir respeito por parte dos organismos oficiais para com a categoria.
“Não podemos aceitar aumento em carga horária e diminuição de trabalho. E precisamos dizer que quando nós, enfermagem goiana, dissermos que precisamos ser ouvidos, que os secretários [de Saúde] venham nos ouvir. Chega de carregar piano, precisamos aprender a tocá-lo. Nós não aceitamos ser desrespeitados e temos que nos posicionar como profissionais competentes que se colocam em seu lugar de protagonismo. Aqui não estamos pedindo, estamos exigindo nossos direitos”, afirmou.
A audiência pública que discute ações para promover a valorização dos profissionais de enfermagem tem lugar no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 10.

Presidente da CUT participa de audiência sobre enfermagem
Presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT-GO), o cirurgião-dentista Mauro Rubem também participa da audiência pública que discute valorização da enfermagem, evento que tem lugar no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 10. O sindicalista defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) e a valorização dos enfermeiros.
“Como trabalhador da saúde eu vejo que quem segura o tranco é o enfermeiro. E no sentido de valorizar esse trabalho que veio a campanha do Nursing Now, que ao defender a enfermagem defende também o direito a saúde pública de qualidade do povo. Nós precisamos de união para resgatar a dignidade e o valor que a enfermagem tem”, disse Rubem.

Presidente do Sieg lembra que enfermeiras sofrem mais sobrecarga de trabalho
Presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Roberta Rios marca presença na audiência pública sobre valorização dos profissionais de enfermagem, evento que está sendo realizado no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
A sindicalista se pronunciou a respeito do investimento na melhoria das condições de trabalho da categoria. "Infelizmente, os profissionais da enfermagem têm ficado doentes, porque se submetem a condições exaustivas de trabalho e baixíssimos salários", reclamou.
Roberta Rios enfatizou o protagonismo do gênero feminino no exercício da profissão e em como isso contribui ainda mais com uma rotina de vida pesada, visto que, além da extensa jornada na enfermagem, a maioria das mulheres também tem sua jornada de trabalho cuidando da casa e dos filhos, trazendo uma sobrecarga física e emocional.
"Nós  pecisamos neste momento, junto a essa Casa do Povo, nos unirmos, para que os projetos sejam aprovados, para termos a garantia de um serviço de enfermagem com mais qualidade", finalizou.

Presidente da ABEn-GO defende melhoria na educação profissional de enfermagem
A presidente da Associação Brasileira de Enfermagem seção Goiás (ABEn-GO), Michele Dias, também participa da audiência pública que discute ações para promover a valorização dos profissionais de enfermagem. O evento tem lugar no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 10.
Michele Dias agradeceu o comparecimento em massa de enfermeiros que lutam pela melhoria das condições de trabalho e destacou que a enfermagem é o coração do sistema de saúde. Ela se disse muito feliz po ver o auditório cheio de gente que luta pelo fortalecimento da categoria.
"Nosso desafio é melhorar o ensino e a educação profissional de enfermagem, não há segurança do paciente se não tem qualidade no ensino. Precisamos refletir de fato na nossa situação atual e qual enfermagem queremos no nosso Estado. Precisamos nos valorizar, porque sem enfermagem todo sistema de saúde para”, afirmou a presidente da ABEn-GO.
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DIÁRIO DE PERNAMBUCO

Número de beneficiários de planos de saúde cai 0,3% em 12 meses

Pesquisa divulgada (9) pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) revela que o número de beneficiários de planos de saúde caiu 0,3% – o equivalente à perda de 133,3 mil vínculos – entre julho deste ano e igual mês do ano passado, somando um total de 46,99 milhões de pessoas. De acordo com o IESS, esta é a primeira vez, desde março de 2012, que as carteiras das operadoras de planos de saúde têm menos de 47 milhões de vínculos.
Segundo o superintendente executivo do IESS, José Cechin, a redução do número de beneficiários não está em desalinho com o que vem acontecendo no setor nos últimos anos. Cechin lembrou que, nos planos médico-hospitalares, o pico de queda foi sentido a partir de dezembro de 2014 e que 3 milhões de beneficiários deixaram os planos em 2015 e em 2016 – 1,5 milhão em cada ano, e mais um pouco em 2017.
"Foram mais de 3 milhões de perdas de vínculos de planos médico-hospitalares em 2015, 2016 e 2017. De então para cá, o setor veio andando de lado. Um momento sobe, um momento cai e fica oscilando em torno de 47,1 milhões e 47,2 milhões [de beneficiários]. Desta vez, oscilou para baixo", disse Cechin à Agência Brasil.
Apesar disso, houve aumento de 2,2% na quantidade de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais, o que equivale a 147,3 mil novos contratos, ressaltou.
Para Cechin, a redução de 0,3% registrada nos 12 meses findos em julho "é um pequeno soluço", e a expectativa para o próximo resultado é de recuperação. Ele disse que tem sido assim nos últimos meses e que não acredita que isso tenha iniciado uma tendência de decréscimo do número de beneficiários." É apenas uma oscilação circunstancial, conjuntural."
Cechin lembrou que as empresas costumam oferecer planos de saúde a seus funcionários: dois terços dos planos médico-hospitalares são corporativos. "Se, nas empresas, há desemprego, as pessoas que tinham emprego perdem o plano", lamentou. Segundo ele, isso explica a grande saída de beneficiários dos planos de saúde em 2015 e 2016.
Ele disse que, quando a economia voltar a crescer, as empresas terão melhores condições financeiras e vão contratar pessoal que terá planos de saúde.
Odontológicos
Em contrapartida à queda de vínculos nos planos médico-hospitalares, os que cobrem tratamentos odontológicos mantêm trajetória de crescimento. Quando o segmento teve início, com regulamentação a partir de 2000/2001, havia menos de 1 milhão de beneficiários, lembrou Cechin. Atualmente, esses planos detêm 24,96 milhões de beneficiários, e a tendência é de expansão.
"É tradição desse mercado crescer continuamente, mesmo na recessão e na crise", disse Cechin, que atribuiu a expansão do setor odontológico à mensalidade paga, que é mais baixa que a de um plano médico, e as pessoas podem pagar. Ele acrescentou que muitas empresas que gostariam de oferecer um plano médico a seus funcionários ainda não têm porte, nem economicidade, renda e finanças para tal, e optam pelo odontológico, cujo tíquete é bem mais baixo.
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade que promove e realiza estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas no setor brasileiro.
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O HOJE

Pode faltar vacina contra o Sarampo, em Goiânia
Higor Santana

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), não está descartada a hipótese de desabastecimento nas doses da vacina contra o Sarampo em Goiânia. Isso porque, segundo a SMS, o Brasil já comprou praticamente toda a produção da vacina e agora está tentando comprar mais. Ao todo, já foram notificados 64 casos suspeitos da doença, sendo que 34 foram descartados e 27 seguem em investigação. Três casos foram confirmados, sendo um em Alto Paraíso e dois em Goiânia.
Ainda segundo a SMS, no mês de agosto, a procura pela dose da vacina contra a doença teve um aumento de quase 400% em relação a julho na Capital. De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, a falta se dá por conta da alta demanda exigida nos laboratórios que produzem a vacina. “Pode haver enquanto isso em um espaço de tempo, uma interrupção de distribuição por questão do laboratório não conseguir produzir a quantidade suficiente”, afirmou Flúvia.
Desde o início da semana, o Ministério da Saúde (MS), tem informado as secretarias municipais que pode faltar vacina contra Sarampo. Flúvia disse ainda que a pasta já recebeu uma notificação informando que não descarta um desabastecimento temporário de doses em todo o País. Ainda segundo a superintendente, cerca de duas mil doses começaram a ser distribuídas na semana passada em Goiânia e serão abastecidas estrategicamente de acordo com o estoque disponível.
A orientação da superintendente é que a população acesse primeiramente o site da Secretaria Municipal para checar horários e se há disponibilidade no local. A SMS, informou que a cobertura vacinal em crianças de 1 ano, que recebem segunda dose e estão em fase mais vulnerável chegou a 125%. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que abasteceu todos os 246 municípios de acordo com a necessidade de cada local e que aguarda o envio de novas doses pelo MS, que ainda não sinalizou uma data para futuras distribuições.
Ainda conforme a pasta, as doses serão entregues de acordo com a demanda e população de cada cidade goiana. Até o momento, a SES só registrou faltas pontuais de doses em postos de vacinação da Capital e monitora a situação das demais cidades, que ainda não relatam desabastecimento. A secretaria SES apontou ainda que a responsabilidade pela produção ou compra e distribuição das vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações para todos os Estados do país é de responsabilidade do MS.
Plano de contingência
No mês passado, a SMS apresentou um plano de contingência para prevenção de Sarampo na Capital. E de acordo com a diretoria de Vigilância em Saúde, o plano visa estabelecer estratégias para melhoria de coberturas vacinais, notificação, bloqueio e identificação de novos casos e assim prevenir contra um possível surto em Goiânia.
Conforme a gerência de Vigilância Epidemiológica da SES, o plano compreende quatro fases, de zero a três, e Goiás se encontra na fase 1, ainda com poucos casos concentrados em alguns locais, mas com medidas que focam principalmente, na notificação imediata dos casos e o bloqueio vacinal, afirmou.
De acordo com o MS, atualmente, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são considerados locais com surtos da doença. O Ministério chegou a divulgar uma lista de 43 municípios desses três estados que precisam ficar em alerta. São consideradas vacinadas e protegidas as pessoas de 1 a 29 anos que tiverem registradas no cartão duas doses de vacina tríplice ou tetra viral, e pessoas  de 30 a 49 anos uma dose de tríplice viral.
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CORREIO BRAZILIENSE

Socorro especializado pode ser decisivo para evitar suicídio

O atendimento de equipes especializadas e multidisciplinares pode ser determinante para evitar o suicídio. A opinião é do psiquiatra Leonardo Luz, do Conselho Federal de Medicina. "O Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – 192] deve ser acionado porque é uma emergência médica", afirma.
Representante do Piauí, o médico reconhece, no entanto, que não há em todas as localidades do país serviço de urgência para casos de suicídio. "Há relatos Brasil afora onde o Samu não têm equipe para o atendimento, os bombeiros e a polícia é que acabam cuidando. Eles podem até ser rápidos, mas não têm recursos para fazer esse atendimento".
No Distrito Federal, a Central de Informações Toxicológicas e Atendimento Psicossocial (Ceitap), da Secretaria de Saúde, mantém um carro do Samu disponível para equipe especializada, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e condutor socorrista.
Segundo a gerente da Ceitap, a enfermeira Carla Pelloso, a equipe "consegue intervir no momento em que a pessoa está em situação na qual perde o controle dos próprios atos e tem esses pensamentos acentuados de morte". A iniciativa envolve conversa e acolhimento para que "a pessoa deixe de pensar no ato [de matar-se], vislumbre outro caminho e perceba que aquela não é a única saída".
A psicóloga Janaína Milagres, especialista em psicopatologia e psicodiagnóstico infantil e psicologia hospitalar e da saúde, lembra que "o apoio psicológico no momento de crise é de grande importância para aliviar o sofrimento, diminuindo a angústia das emoções e das situações traumatizantes".
Conforme o psiquiatra Leonardo Luz, a interlocução é uma "fala ativa para ganhar tempo" e levantar informações "para classificar risco", conhecer histórico pessoal e identificar o perfil de quem ameaça se matar.
De acordo com o site da campanha Setembro Amarelo, de esclarecimento sobre suicídio, entre as causas em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias (como álcool e drogas). O site informa que no Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano (mais de 1 milhão no mundo). Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais.
Leonardo Luz diz que o suicídio é a última etapa de um processo que, em geral, segue os momentos de ideação, planejamento ou intenção e tentativa. A avaliação médica pode identificar a necessidade de psicoterapia e de prescrição de medicamentos.
Para Janaína Milagres, é necessário que familiares e amigos fiquem atentos ao comportamento. A avaliação é de que antes do ato de suicídio a pessoa exibe sinais que poderão resultar na tentativa.
"O pedido de socorro acontece de várias formas. Muitas atitudes podem ser previsões de um comportamento suicida, como alta agressividade e nível extremo de impulsividade".
Na internet, é possível localizar em sites especializados mais informações sobre o suicídio. Além do site da campanha Setembro Amarelo, o Conselho Federal de Medicina mantém manuais, protocolos e cartilhas sobre o ato, e o Ministério da Saúde descreve em seu glossário várias informações úteis para leigos e médicos, como onde buscar ajuda e ter publicações especializadas.
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POLÍTICA DISTRITAL

Revalidação de diplomas médicos expõe incoerência do ministro da Educação

Por Dr. Gutemberg Fialho

No dia em que o Ministério da Educação divulgou suas proposições para a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), a Polícia Federal e o Ministério Público cumpriam 22 mandados de busca e apreensão na operação Vagatomia, que investiga esquemas de vendas de vagas em curso de medicina, além de fraudes no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no Programa Universidade para Todos (Prouni) e no Revalida, por meio de empresas e instituições de ensino superior legalmente constituídas no Brasil.
A operação Vagatomia envolveu integrantes do Ministério Público Federal e cerca de 250 policiais federais no cumprimento de 77 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Jales (SP) nas cidades paulistas de Fernandópolis, São Paulo, Rio Preto, Santos, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, Porto Feliz, Meridiano, Murutinga do Sul, São João das Duas Pontes e Água Boa no Mato Grosso. O MPF se queixou de falta de colaboração do Ministério da Educação na fase de investigação.
Enquanto as prisões ocorriam em São Paulo, aqui em Brasília o ministro da Educação Abraham Weintraub falava em permitir que instituições privadas realizassem o Revalida, que atualmente é restrito a universidades públicas. O esquema de fraude investigado na Vagotomia foi viabilizado por meio de uma parceria envolvendo a empresa Ammed Revalida e a Universidade Brasil (privada) com a Universidade Federal de Mato Grosso (pública). O ministro ainda teria comemorado pelas redes sociais: ". a festa acabou e tigrada vai para a cadeia, enjaulada."
O Ministério Público Federal destacou, no entanto, que foi a omissão do Ministério da Educação que permitiu à "tigrada" armar o esquema que movimentou mais de R$ 500 milhões do Fies e outros tantos milhões em "taxas" pagas por quem contratou os serviços da organização criminosa.
Antes da operação, a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) já haviam pedido ao Palácio do Planalto e a Weintraub a demissão do secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, por crime de prevaricação, ao ignorar denúncias apresentadas pela AMB sobre irregularidades em processos de revalidação de diplomas médicos envolvendo universidades públicas e instituições privadas. Seria o caso de se pedir também a responsabilização do ministro?
Em plena vigência da moratória (suspensão por tempo determinado) na abertura de novos cursos de medicina no Brasil, o descontrole do MEC não se restringiu ao Revalida ao Prouni e ao Fies. Autorizada a abrir até 205 vagas de graduação em medicina, a Universidade Brasil tem, de acordo com dados do MP, 403 alunos de medicina matriculados no segundo ano – praticamente o dobro de vagas – e sem autorização ou controle do MEC. Em que hospitais seria oferecida a parte prática do curso? Qual seria a qualidade dos profissionais que viessem a ser formados por essa instituição? Cadê a fiscalização do MEC?
De volta ao tema do Revalida, no Congresso Nacional, vinculada à Medida Provisória do Médicos pelo Brasil, tramita proposta de 2015, relatada pelo deputado Hiran Gonçalves, com um modelo de revalidação, sob o comando do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC, com foco em regularidade, controle e moralização.
O ministro, com foco em cortes e uma suposta redução de custos, se preocupa que os interessados em revalidar seus diplomas paguem pelo processo. Enquanto isso, o MEC deixa o dinheiro (contingenciado ao extremo) voar pelos ares em esquemas de desvio por falta de controle. Melhor e mais barato para o Brasil seria que não se abrisse oportunidade nem para que a "tigrada" visse o caminho perfeito para armar seus esquemas de corrupção.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação