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DESTAQUES
• Veja a diferença dos sintomas do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya
• Médico esclarece dúvidas sobre microcefalia
• Especialista tira dúvidas sobre microcefalia, em Goiás
• Plano deve ser lançado dia 15
• Opinião – Trapalhadas nos casos de microcefalia
• Úteros contra o álcool
TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)
Veja a diferença dos sintomas do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/veja-a-diferenca-dos-sintomas-do-zika-virus-da-dengue-e-da-febre-chikungunya/4666034/
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Médico esclarece dúvidas sobre microcefalia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/medico-esclarece-duvidas-sobre-microcefalia/4663638/
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Especialista tira dúvidas sobre microcefalia, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/especialista-tira-duvidas-sobre-microcefalia-em-goias/4664433/
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O POPULAR
Plano deve ser lançado dia 15
Governador anunciou que decretará Estado de Emergência em Saúde. SP e PE já têm ações efetivas
Vandré Abreu
O alastramento da epidemia de dengue em todo País e o surgimento de mais casos de chikungunya e zika vírus fizeram com que os Estados se voltassem ao combate do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor de todas essas doenças. A mobilização atinge, especialmente, os estados com maior número de casos das doenças, mas enquanto São Paulo e Pernambuco – segundo e terceiro colocados em ranking de incidência de dengue – já colocam em prática planos de combate, Goiás, que é o primeiro colocado, ainda finaliza o planejamento.
A previsão da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) é que o Plano Estadual de Combate ao Aedes seja lançado no próximo dia 15 pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Depois de se reunir com outros governadores e a presidente Dilma Rousseff (PT), Marconi anunciou, via Twitter, que deve declarar estado de emergência em saúde no Estado.
Com a declaração Goiás segue Pernambuco nas ações que começaram no primeiro dia deste mês, mas no Estado nordestino a principal preocupação é com a ocorrência de epidemia de zika vírus, que seria responsável pelo surto de microcefalia. Em São Paulo, o governo divulgou plano de combate ao Aedes na segunda-feira, em que policiais e agentes da Defesa Civil vão auxiliar os agentes de saúde na vistoria, monitoramento e destruição dos criadouros. Além disso, um fundo monetário estadual será criado com aporte anual de R$ 50 milhões.
No caso dos outros dois estados que compõem o ranking das cinco maiores incidências de casos de dengue, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, apenas o primeiro não sinaliza realizar qualquer plano estadual de combate ao mosquito. No caso, foi feita uma campanha intitulada “10 minutos”, que alude ao tempo necessário por semana para manter a casa limpa e sem locais que poderiam acumular água parada. No Mato Grosso do Sul, um plano estadual ainda está sendo finalizado e contará com apoio de forças militares nacionais.
Em relação ao plano estadual goiano, que está sendo finalizado, já está definido que haverá uma mobilização com apoio de outras secretarias estaduais, especialmente a de Segurança Pública, com a presença do Corpo de Bombeiros. São estes militares quem devem ajudar na criação de comitês municipais de combate aos criadouros. Os bombeiros já atuam junto à SES-GO desde o início do mês. Pelo Twitter, Marconi também anunciou o investimento de R$ 10 milhões nas ações de vigilância em saúde sanitária.
A intenção da SES-GO é que o plano de combate ao mosquito possa conter todos os projetos que estão sendo utilizados em caráter experimental, como a definição de novo critério para o raio de bloqueio, que seria baseado no adensamento populacional. Ou seja, onde há maior concentração de pessoas, o raio seria menor, reduzindo os inseticidas no ambiente, mas com a intenção de dar mais efetividade à ação. Outro projeto que deve ainda ser implantado é a instalação de armadilhas do mosquito adulto fêmea contaminada, o que seria usado para o monitoramento da espécie.
Projeto prevê recursos para municípios
O Estado tem o projeto, ainda em execução financeira, da aquisição de mais 350 bombas costais e 500 manuais, kits para sorologia e repasse de R$ 800 mil aos municípios para realização de hemogramas. Está previsto o investimento de R$ 2,5 milhões para estruturação das ações de vigilância e atenção básica. Esse recurso vai ser dividido com os municípios, por critérios técnicos, a partir do grau de incidência do mosquito e necessidade de cada cidade.
Para o ano que vem existe a intenção de qualificar as visitas e bloqueios com base nos territórios que serão determinados em parceria com os bombeiros, reduzir danos ambientais que potencializam os criadouros (avaliação de aterros e lixões) e fiscalizar estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviço. O plano estadual deve implantar comitês de verificação de óbito por dengue nas 18 regionais de saúde e aquisição de poltronas de hidratação.
Governo estima 500 mil casos de zika no País
Brasília – Identificado no Brasil neste ano e apontado como possível propulsor do aumento de casos de microcefalia, o vírus zika já infectou, no mínimo, cerca de 500 mil brasileiros. O número é apresentado no novo protocolo de vigilância e resposta à microcefalia relacionada à infecção pelo zika, divulgado pelo Ministério da Saúde.
É a primeira vez que o governo realiza uma estimativa sobre o total de pessoas que adquiriram a doença, cujos registros de casos são desconhecidos -após a identificação do vírus, o Ministério da Saúde decidiu que não havia necessidade de notificação obrigatória.
A pasta, que optou por confirmar apenas a circulação do vírus nos Estados por meio da testagem de poucos casos, alega que não tem exames de sorologia para verificar todos os pacientes, nem tem como distingui-los com segurança por meio de exames clínicos, diferente do que faz com a dengue.
Segundo o protocolo, a estimativa mínima de 497.593 casos no País é calculada com base em casos descartados para dengue -que tem alguns sintomas parecidos- e “projeção com base na literatura internacional”.
Mas pode ser muito maior. Diante da limitação dos dados, o documento também traz a estimativa máxima de casos de infecção por zika. Pelos cálculos, assim, o vírus pode ter atingido um intervalo de entre 497.593 até 1.482.701 brasileiros -número próximo dos registros de dengue, que levou o País a registrar uma das mais graves epidemias de sua história neste ano.
Em geral, os sintomas da infecção pelo zika são tidos como mais brandos e de menor duração do que a dengue, “prima” mais conhecida do vírus. Pacientes relatam manchas vermelhas no corpo, coceira, febre baixa ou ausência de febre. Alguns casos registram também uma espécie de conjuntivite. Nem todos, porém, apresentam sintomas.
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Opinião – Trapalhadas nos casos de microcefalia
A atrapalhada do Ministério da Saúde (MS) no episódio da epidemia dos casos de microcefalia no Brasil beira uma sessão de fim de tarde de domingo recheada de um autêntico episódio dos Trapalhões. Trinta e três ou trinta e dois ? Eis a questão ! Em primeiro lugar vamos aos fatos.
Microcefalia divide-se em congênita e adquirida. O que permite seu diagnóstico é a aferição do perímetro craniano (PC), devendo-se levar em consideração a curva de percentil da evolução dessa variável. Não o PC simplesmente.
A definição de microcefalia, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), é o PC se situar duas curvas de percentil abaixo da média de acordo com a idade e o sexo. Essa portaria regulamentada pela OMS de 2006, utilizando-se 8,5 mil crianças bem nutridas de seis países, dentre os quais os EUA, Noruega e, pasme, o próprio Brasil.
Nessa primeira análise identifica-se a primeira trapalhada do MS. O PC deve variar entre o sexo masculino e feminino. A média para recém-nato masculino, segundo a OMS, é de aproximadamente 34,5 cm e feminino 33,9 cm. Portanto, de acordo com a definição acima, teríamos respectivamente 31,9 cm e 31,5 cm como limites inferiores para diagnosticarmos microcefalia. Muito longe dos 33cm. Daí a pergunta: quantos casos de microcefalia foram erroneamente relacionados nessa famigerada emergência sanitária ? E, por conseguinte, explica-se o retratamento do MS expedido na semana passada, reduzindo o valor para 32. Entretanto, valor esse ainda dentro da faixa de normalidade do PC para ambos os sexos.
Outra trapalhada: No Reino Unido a incidência de microcefalia é de 1,02 casos para cada 10 mil nascimentos, ou seja, aproximadamente 6.528 casos/ano. Nos EUA estima-se 25 mil novos casos/ano. Fazendo-se uma comparação grosseira com o Reino Unido, na medida que não dispomos de dados do MS sobre microcefalia no Brasil, chegar-se-ia a cerca de 20.409 novos casos/ano.
Desnecessário dizer que o ranking do Brasil quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é a 79ª posição, enquanto que o Reino Unido ocupa a 14ª e a microcefalia adquirida está sim, de acordo com a OMS, relacionada com o IDH. Dentre os vilões causais, estão alcoolismo (da mãe) e desnutrição e anemia (da mãe e/ou recém-nato). Portanto, esperar-se-ia ainda mais casos/ano no Brasil que em países com IDH alto. Mas trabalhemos com uma cifra baixa: 20 mil casos/ ano no Brasil.
Excetuando os casos congênitos, a forma adquirida de microcefalia abrange uma lista grande de agentes causadores. Dentre os expostos acima, destacam-se: diabetes (da mãe), as infecções (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simples, sífilis, meningite e HIV) e hipotireoidismo (da mãe e do recém-nato) e derrames isquêmicos e hemorrágicos e anemia (do recém-nato).
Por conseguinte, outra trapalhada: dos apregoados 1.248 casos suspeitos de vínculo com o zika vírus enunciados pelo MS, quantos estão erroneamente inclusos nas causas acima relacionadas? Dividindo-se os aproximados 20 mil novos casos/ ano no Brasil por 12, teríamos 1.666 novos casos/mês. Ou seja, um número ainda maior que o relacionado pelo ministro Marcelo Castro.
Fato é que, inexiste dados científicos mundiais da participação do zika vírus como agente etiológico para microcefalia adquirida. O que não exclui sua culpa nem tampouco a cautela. Necessitar-se-iam investigações sérias a esse respeito. Por outro lado, os números alardeados de novos casos de microcefalia no Brasil, além de estarem aquém da previsão anual habitual, não se distingue qual dos vários agentes causais, seja congênito ou adquirido, o verdadeiro causador desse “nosso” exclusivo surto de microcefalia.
Enfim, alardeia-se o imponderável com total irresponsabilidade (pelo menos, o mosquito se transformou em inimigo público número um). Agora, certo é que, a gatunagem no Brasil é muito mais culpada da microcefalia do que o maldito Aedes.
César de Paula Lucas é pós-doutor em Neurocirurgia pela UFSP e professor da de neurocirurgia na PUC-GO.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Úteros contra o álcool
Não há quantidade absolutamente segura, nem indicação de frequência, tipo ou tempo de consumo de álcool durante a gravidez
Um novo clínico da Academia Americana de Pediatria (AAP) identifica a exposição pré-natal ao álcool como a principal causa evitável de defeitos do nascimento, de deficiência intelectual e de desenvolvimento neurológico em crianças. O relatório, publicado em novembro de 2015, destaca que nenhuma quantidade de álcool é considerada segura para ingestão durante qualquer trimestre da gravidez.
"Perturbações do Espectro do Alcoolismo Fetal (FASDs) é um termo abrangente para uma gama de efeitos que podem ocorrer em alguém cuja mãe bebeu álcool durante a gravidez. Problemas neurocognitivos e comportamentais da exposição pré-natal ao álcool se manifestam durante toda a vida, mas o reconhecimento precoce, o diagnóstico e a terapia para qualquer uma das condições que compõem as FASDs podem melhorar a saúde da criança", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Mas, segundo os autores do relatório, infelizmente, a falta de critérios diagnósticos uniformemente aceitos para os distúrbios relacionados com a exposição ao álcool durante a vida fetal tem limitado iniciativas que poderiam diminuir o impacto das FASDs.
"A exposição ao álcool no pré-natal é causa frequente de defeitos estruturais ou funcionais no cérebro, no coração, nos ossos e na coluna, além de afetar também os rins, a visão e a audição. Está associada a uma maior incidência de déficit de atenção / hiperatividade e de deficiência de aprendizagem específica, tais como dificuldades em matemática e em linguagem, em funcionamento visual-espacial, no controle dos impulsos, no processamento de informações, nas habilidades de memória, de resolução de problemas, de raciocínio abstrato e de compreensão auditiva", explica o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Cerca de metade de todas as mulheres em idade fértil, segundo americano, relatou o consumo de álcool no mês passado, e quase 8% das mulheres disseram que continuaram a consumir álcool durante a gravidez. Um estudo recente descobriu um aumento do risco de retardo de crescimento infantil, mesmo quando o consumo da grávida foi limitado a uma dose de bebida alcoólica por dia.
Ingerir álcool no primeiro trimestre da gestação, comparado a não beber, resulta em 12 vezes mais chances de dar à luz a uma criança com FASDs. Beber no primeiro e no segundo trimestre aumenta as chances de FASDs em 61 vezes. As mulheres que bebem álcool durante todos os trimestres da gestação aumentam a probabilidade de FASDs em 65 vezes.
"A pesquisa sugere que a escolha mais inteligente para as mulheres que estão grávidas é abster-se de álcool completamente. O pediatra e o ginecologista/obstetra, bem como os demais profissionais de saúde, podem desempenhar papéis importantes no sucesso da prevenção das FASDs, nas modalidades de intervenção e tratamento, mas também no progresso da investigação necessária para descobrir meios adicionais para enfrentar as consequências ao longo da vida das crianças", diz o pediatra.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação