Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/12/19


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES
Plataforma de gestão otimiza planos, hospitais e SUS e reduz desperdícios
Artigo – É justo tirar R$ 500 milhões do SUS para engordar campanha política?
ANS adia atualização de procedimentos a planos
Saúde e IBGE vão coletar dados sobre população infantil
Médica é condenada por homicídio após diagnosticar refluxo em paciente que morreu de problemas cardíacos, em Goiânia

FOLHA DE S.PAULO
Plataforma de gestão otimiza planos, hospitais e SUS e reduz desperdícios

A adoção de uma plataforma de gestão por planos de saúde, hospitais e pelo SUS de Belo Horizonte (MG) tem levado à redução de desperdícios e melhorado a qualidade do cuidado ao paciente.
A mudança, que envolve o uso de algoritmos e inteligência artificial, também tem possibilitado que serviços e médicos sejam remunerados de acordo com o desempenho. Quanto maior for a eficiência, mais recursos recebem.
Chamada de DRG (Diagnosis Related Groups), a ferramenta é usada nos EUA e na Europa desde a década de 1980. Ela faz cruzamento de dados assistenciais e econômicos e possibilita prever e comparar custos e resultados com os de outras instituições.
O modelo foi adaptado para o Brasil em 2011. Desde então, é usado também para diagnosticar falhas de processos e desperdícios nos hospitais.
Um estudo do grupo IAG Saúde, que adaptou o DRG para o país, mostra que essas falhas levaram, no período de 12 meses, a 679 mil diárias hospitalares que poderiam ter sido evitadas, equivalem a 37,7% do total de diárias usadas pela população estudada.
O trabalho, apresentado em encontro nacional de usuários da plataforma na capital mineira, envolveu a análise do banco de dados de 129 operadoras, com 10,6 milhões de beneficiários, que respondem por 21% do mercado de saúde suplementar, e do SUS de Belo Horizonte, com 4,73 milhões de pessoas.
Internações evitáveis decorrem, por exemplo, de uma assistência inadequada na atenção primária (pneumonia e anemia não tratadas adequadamente, por exemplo), de eventos adversos dentro do hospital (infecções, queda do leito) e de complicações que levaram à reinternação por problema ligado à internação anterior ou até cirurgias que podem ser feitas no ambulatório, com alta no mesmo dia.
A partir do DRG, os sistemas de saúde iniciaram mudanças para melhorar a eficiência, o que no jargão da saúde é chamado de entrega de valor.
“É um caminho inexorável para quem quiser fazer medicina bem feita e sustentável. O mundo todo segue esse caminho. O Brasil era uma exceção por um limite no sistema de códigos”, afirma Renato Couto, presidente do IAG Brasil.
Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal da Saúde começou a implantar o DRG a partir de 2017 em sete dos 28 hospitais da rede. São 3.000 leitos, que respondem por metade das internações da capital mineira (150 mil por ano).
Segundo Lorena Furbino Magalhães Gomes, gestora -executiva do projeto DRG Brasil na Prefeitura de Belo Horizonte, no primeiro ano houve uma redução da oferta dos leitos do SUS em 1,17%, mas, com o controle do desperdício pela melhoria da qualidade assistencial, foi possível internar mais 20,4 mil pacientes no ano, 170 por mês.
“A eficiência melhorou muito. O controle do desperdício foi equivalente à construção de um hospital de 250 leitos”.
Entre as falhas, houve caso de paciente ocupando um leito por quatro dias à espera de cirurgia. “Ele foi internado numa sexta-feira, mas o especialista só faria a cirurgia na terça”, conta Gomes.
Outros exemplos de situações que emperravam o giro de leitos incluem o caso de um morador de rua que poderia ter tido alta, mas não tinha para onde ir e o de paciente que poderia ter ido para casa se tivesse acompanhamento de medicação. “Virou um diagnóstico para a rede e para o próprio hospital do que é possível melhorar”, diz a gestora.
No início, a resistência nos hospitais foi grande. “Quando eles se convenceram de que o foco é melhorar a assistência para o paciente, se engajaram. É uma mudança de cultura”.
Os gestores diagnosticaram gargalos na atenção primária que levavam às internações evitáveis como infecção urinária e doenças respiratórias. Foram revistos protocolos, trocando antibióticos prescritos por outros mais eficazes.
Os novos contratos da prefeitura com os hospitais já estão atrelados a indicadores de eficiência. “Eles têm que reduzir ineficiência a cada seis meses para poder receber os incentivos”, diz Lorena Gomes.
Entre as operadoras de saúde, a Unimed de Belo Horizonte iniciou há 15 anos um programa que, entre outras coisas, previa que os hospitais que estruturassem seus sistemas de gestão por normas nacionais e internacionais de gestão da qualidade poderiam ter aumento de até 15% do valor da diária.
Segundo José Augusto Ferreira, diretor de provimento da operadora, há três anos a rede hospitalar passou a contar com uma bonificação de 3% da receita bruta anual baseada no alcance de metas, entre elas o desempenho assistencial baseado no DRG Brasil.
Parte da remuneração (20%) dos médicos cooperados também é variável, baseada na melhoria de indicadores de qualidade, como satisfação do paciente, a adesão dos médicos a treinamento e protocolos e resolutividade (taxas de internação e de idas desnecessárias ao pronto-socorro).
Ferreira diz que esse esforço coletivo tem controlado os desperdícios e permitido a oferta planos acessíveis à população, com queda de sinistralidade. Uma pessoa entre 30 e 40 anos paga pelo plano empresarial (a partir de três vidas) uma mensalidade que varia de R$ 167 a R$ 194 mais a coparticipação.
De 2014 a 2019, a Unimed-BH diminuiu em 3% a sinistralidade, no mesmo período, no setor suplementar houve aumento de cerca de 17%.
A operadora também oferece terapias além das previstos no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), como troca de válvula cardíaca por cateterismo (TAVI).
“Diminuiu em 37% a mortalidade quando é comparado à cirurgia cardíaca aberta. Números assim mostram que a sustentabilidade nasce da entrega de valor em saúde”.
Na Unimed de Volta Redonda (Rio), a adoção do DRG em 2015 levou a um aumento de 30% da eficiência operacional pela melhoria de resultados assistenciais e processos.
Neste ano, em parceria com o IAG Saúde, passou a adotar uma ?calculadora de valor?, que, com base em indicadores assistenciais bem precisos, gera um índice que será usado para calcular parte da remuneração médica, segundo a gestora Isis Lassarote.
“A gente mede a entrega de valor ao paciente. Se foi de 80%, ele vai receber 80%”.
Desde 2017, a Unimed de Goiânia (GO), com 108 hospitais na rede, tem adotado mudanças de processos.
Hoje os serviços podem receber até 5% a mais no valor das diárias de acordo com o nível de segurança assistencial.
No período, a população atendida se manteve estável, mas houve queda de 18.882 dias de uso de leito hospitalar, uma redução de 51% do desperdício, diz Maria Conceição Queiroz, gestora do programa DRG da Unimed Goiânia.
?Não tem cabimento um paciente que está bem, andando, ficar internado 20 dias para tomar antibiótico. Você entra na UTI e vê paciente sentado na cama, comendo.?
No hospital dos fornecedores de cana de Piracicaba (SP), o DRG reduziu a internação de pacientes com fratura de fêmur de seis dias para dois dias e meio, por exemplo.
Miki Mochizuki, diretor técnico do hospital, diz que no início houve resistência dos médicos, mas, quando começaram a receber avaliações que comparavam o seu desempenho em relação aos do grupo e ao restante do Brasil, a postura começou a mudar.
“Tem médico que diz: meu tempo de internação é baixo”. Com base no DRG, eu mostro para eles: “sim, você dá alta mais cedo, porém, seus pacientes voltam mais [são reinternados com mais frequência por complicações]”.
Estudo aponta desperdícios
9,07% das internações seriam evitadas com atenção primária à saúde mais eficiente
5,33% das diárias seriam poupadas se fossem reduzidas as reinternações por complicações ocorridas no hospital
5,32% com aumento da segurança assistencial e redução de eventos adversos
16,79% com aumento da eficiência no uso do leito hospitalar
1,19% com a realização de mais cirurgias ambulatoriais
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Artigo – É justo tirar R$ 500 milhões do SUS para engordar campanha política?

A crise sem precedentes que afeta o sistema de saúde público do Reino Unido, modelo internacional que inspirou o nosso SUS e que sofre os impactos das políticas de austeridade adotadas pelos governos conservadores, tem pautado as eleições britânicas que acontecem na próxima quinta e deveria servir de alerta para o Brasil.
Mas por aqui, além de a saúde pública ter passado longe das prioridades dos candidatos nas últimas eleições, apesar de o tema estar sempre entre os que mais preocupam os brasileiros, a palavra de ordem agora é retirar R$ 500 milhões do orçamento do Ministério da Saúde para engordar o fundo eleitoral de financiamento das campanha municipais no próximo ano.
Parece piada de mau gosto, mas não é. Para quem não está acompanhando o assunto, um resumo: na quarta (4), a comissão do Congresso responsável pela discussão do orçamento de 2020 aprovou um relatório preliminar em que eleva bastante o gasto previsto com o fundo eleitoral.
O projeto de lei orçamentária enviado pelo governo federal aos parlamentares previa R$ 2 bilhões para custear as disputas municipais. Mas a comissão resolveu inflar um pouco mais os recursos das campanhas eleitorais, acrescentando mais R$ 1,8 bilhão, totalizando R$ 3,8 bilhões.
Além da saúde, sobrou também para as áreas de infraestrutura e desenvolvimento regional (corte de R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação, saneamento, e educação (R$ 280 milhões).
O novo montante irá ainda à votação do relatório final da Comissão Mista do Orçamento. Depois, o plenário do Congresso analisará a proposta em sessão prevista para o dia 17 de dezembro.
Em suas redes sociais, João Gabbardo dos Reis, secretário executivo do Ministério da Saúde, demonstrou de onde sairão os recursos que vão engordar o fundo eleitoral: R$ 79,7 milhões, da formação de profissionais da atenção primária; 68,9 milhões, do Programa Farmácia Popular; R$ 39,5 milhões, dos pacientes com doenças hematológicas; R$ 37,8 milhões, da saúde indígena; R$ 28,9 milhões, da Rede Sara Kubitschek.
Tem mais: R$ 22,3 milhões vão sair dos serviços ambulatoriais e hospitalares; R$ 8,9 milhões, do Inca (Instituto Nacional do Câncer); R$ 6,8 milhões, da Fiocruz; R$ 6,6 milhões, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia; R$ 4,5 milhões, da Funasa e R$ 3 milhões, do Instituto Nacional de Cardiologia.
Não custa lembrar que o SUS já sofre os efeitos da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos em saúde por 20 anos. O orçamento da saúde previsto para 2020, de R$ 123 bilhões, teria R$ 9 milhões a mais sem o impacto da emenda.
Menos recursos em um sistema já cronicamente subfinanciado pode ser catastrófico. Um estudo que envolveu pesquisadores brasileiros e ingleses projetou 20 mil mortes a mais de crianças até 2030 caso persistam as medidas de austeridade na saúde.
Outra análise publicada na revista BMJ Saúde Global, em 2018, alerta para o risco de reversão das conquistas obtidas pelo SUS e a ampliação das desigualdades de saúde no Brasil, prejudicando a cobertura universal e agravando a pobreza.
Ainda dá tempo de reagir e impedir que o SUS perca meio bilhão em 2020. Afinal, o que é mais importante para você, leitor? Que sejam mantidos os recursos previstos para as unidades básicas de saúde e hospitais, para a compra de remédios e tratamentos oncológicos e cardiológicos, para cirurgias ortopédicas, terapias de reabilitação e ações de combate às endemias ou ajudar os políticos a encherem o cofrinho eleitoral com quase R$ 4 bilhões?
Cláudia Collucci
Jornalista especializada em saúde, autora de Quero ser mãe e Por que a gravidez não vem
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A TRIBUNA

ANS adia atualização de procedimentos a planos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) adiou a publicação do novo rol de procedimentos médicos que deve ser oferecido pelas operadoras de planos de saúde para o segundo semestre de 2020.0 anúncio estava previsto para janeiro do ano que vem.
A mudança no cronograma ocorreu devido à necessidade de implementação de uma resolução normativa que trouxe alterações nas regras – como definição e informações mais claras e transparentes – sobre a escolha das novas coberturas que passarão a ser obrigatórias no País, de acordo com a agência reguladora.
Até julho serão feitas reuniões para avaliação e análise de sugestões de procedimentos (exames e cirurgias, por exemplo) a serem incluídos na listagem.
Atendimentos que envolvam novas tecnologias são um dos pontos principais desses debates. Mas ainda não há sinalização de quantos e quais atendimentos serão incluídos.
Vale ressaltar que o rol de procedimentos é alista de referência básica para a cobertura mínima obrigatória dos planos privados no Brasil e ela passa por reformulações a cada dois anos, sempre no mês de janeiro.
"O adiamento traz um impacto para usuários, porque eles vão ter de esperar mais para ter acesso a determinados procedimentos, como os destinados a diagnósticos, o que poderia antecipar o início de tratamentos", avalia a advogada especialista em Direito do Consumidor, Maria Inês Dolci.
DEMANDA JUDICIAL
Segundo a supervisora da Fundação Procon de São Paulo, Maria Lacerda, as negativas de cobertura por falta de inclusão no rol podem gerar um aumento do número de ações na justiça. "Quando a ANS posterga algo, há aumento na demanda judicial. É o que acaba acontecendo".
A alteração também poderá resultar em reajustes maiores para o consumidor, uma vez que haverá atendimentos com tecnologia mais avançada, estimam os especialistas.
"Indiretamente há um aumento, porque esses custos devem ser considerados entre os fatores considerados pela ANS na hora de compor o índice de reajuste", diz Maria lacerda.
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AGÊNCIA BRASIL

Saúde e IBGE vão coletar dados sobre população infantil

Formalizado ontem um termo de Cooperação Técnica de Pesquisa em Saúde de Base Domiciliar Nacional que possibilitará a coleta de informações relevantes sobre a saúde da população e a capacidade do SUS, com foco na Atenção Primária à Saúde

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) formalizam ontem,9, um termo de Cooperação Técnica de Pesquisa em Saúde de Base Domiciliar Nacional que possibilitará a coleta de informações relevantes sobre a saúde da população e a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na Atenção Primária à Saúde (APS).
De acordo com o ministério, serão destinados R$ 30,1 milhões para o convênio, de forma a viabilizar a realização de três pesquisas: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) e a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS).
"Esta será a maior pesquisa do mundo, em termos de atenção primária", disse o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, ao anunciar a parceria. "Estamos resgatando o IBGE como o maior avaliador do SUS", complementou ao destacar que as bases de dados serão disponibilizadas a toda a comunidade científica brasileira.
Segundo a representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, esses dados serão relevantes porque muitas coisas mudaram tanto nas regiões brasileiras como nos sistemas de informação do país. "Essas informações servirão para a avaliação de políticas públicas, bem como para a adoção de novas políticas".
A PNAD Contínua tem previsão de ser iniciada em 2020 e abranger cerca de 210 mil domicílios. A ideia é obter dados mais apurados sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) e sobre o desenvolvimento infantil, possibilitando um "diálogo intersetorial" com outras políticas públicas – caso do Marco Legal da Primeira Infância, desenvolvido pelo Ministério da Cidadania.
"Nessa pesquisa, serão incorporados dois módulos para abordar a saúde da população infantil. Um deles vai avaliar a qualidade da APS na perspectiva do cuidado à criança, com a inserção do PCATool-Brasil [modelo de avaliação da qualidade de serviços que se baseia na mensuração de aspectos de estrutura e processo dos serviços de saúde] em sua versão infantil", informou por meio de nota o MS.
O outro módulo inclui o desenvolvimento infantil, por meio do instrumento de avaliação do projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (PIPA).
Saúde
Já a PNDS, feita pela última vez em 2006, atualizará as informações sobre a saúde da mulher e da criança "para construção de séries históricas e estudos comparativos em nível nacional e internacional". Para tanto, a pesquisa contará com "instrumentos para avaliação da atenção primária, porta de entrada do SUS, em relação ao cuidado oferecido à população".
Essa pesquisa será iniciada no primeiro semestre de 2021. Por meio de entrevistas domiciliares com visitas a 110 mil domicílios, ela fornecerá dados e indicadores relevantes para o contexto da saúde da mulher e da criança, com foco em reprodução, amamentação e saúde nutricional.
Tendo por base dados obtidos pelo IBGE, a iniciativa pretende incluir "assuntos relevantes para a avaliação do momento atual do SUS". Para tanto, será resgatada a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária, que teve a última edição em 2009. A previsão é de que nesse caso a pesquisa abranja cerca de 100 mil estabelecimentos de saúde no 2º semestre de 2021.
Pesquisa
Segundo o Ministério da Saúde, essa pesquisa será feita via ligações telefônicas, com o objetivo de atualizar o "perfil da capacidade instalada do SUS, considerando os subsistemas público e privado, além de permitir conhecer o perfil da força de trabalho em saúde e da oferta e uso dos equipamentos médico-hospitalares".
Também será criado um módulo específico para avaliar as estruturas das unidades de saúde familiar, no âmbito da atenção primária à saúde, "permitindo a conexão com o novo e-SUS AB [estratégia de qualificação da gestão da informação] e a base Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)".
A presidente do IBGE, Suzana Leite, destacou que a parceria representa uma sinergia entre ministérios e instituições, na busca por dados precisos, relevantes e frequentes para cidadãos e governos. "Será uma modernização de dados, inteligência e tecnologias relativas ao país."
Frase
"Essas informações servirão para a avaliação de políticas públicas, bem como para a adoção de novas políticas"
Socorro Gross
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PORTAL G1

Médica é condenada por homicídio após diagnosticar refluxo em paciente que morreu de problemas cardíacos, em Goiânia

Segundo o processo, a vítima não fez exames complementares para receber o diagnóstico correto. Herdeiros vão receber R$ 20 mil de indenização por danos morais e materiais.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Uma médica foi condenada por homicídio culposo após diagnosticar um paciente que apresentava dores no peito e no abdome como má digestão. O homem de 32 anos morreu de problemas cardíacos no sofá de casa, três horas depois de receber alta e prescrição de remédios para refluxo gástrico. O caso aconteceu em março de 2017, no atendimento de emergência de um hospital em Goiânia. Segundo o processo, a vítima não fez exames complementares para receber o diagnóstico correto.
A sentença da juíza Maria Umbelina Zorzetti é de outubro deste ano, mas divulgada na segunda-feira (9) pelo Tribunal de Justiça de Goiás. A magistrada fixou pagamento de danos materiais e morais aos herdeiros da vítima em R$ 20 mil e prestação de uma hora diária de serviços comunitários. O homem deixa dois filhos.
A magistrada entendeu que a tese da defesa da médica que pediu absolvição por ausência de provas vão contra os elementos colhidos no processo e que "comprovaram com segurança que a acusada agiu com culpa e foi a responsável pelo resultado morte da vítima". Segundo a juíza, a médica não observou os protocolos de atendimento conhecidos para dores torácicas.
O advogado da médica foi procurado e disse que não vai comentar a decisão. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), também procurado, não informou se a médica é investigada em processo administrativo disciplinar interno e não vai se pronunciar sobre a sentença.
Atendimento
Segundo o processo, o paciente procurou o pronto socorro de um hospital no dia 31 de março deste ano, com dores leves na região do coração e recebeu o primeiro atendimento. A médica que fez o primeiro atendimento também foi denunciada por homicídio, mas foi absolvida pela juíza porque seguiu o protocolo correto de atendimento e pediu exames de sangue e eletrocardiograma, que não detectaram, à época, indícios de infarto ou outro problema cardíaco.
Com o aumento das dores no peito e no abdome após o primeiro atendimento, a vítima procurou outro hospital, onde recebeu o diagnóstico de má digestão e a alta hospitalar. O paciente morreu três horas depois sentado no sofá de casa.
O laudo da autópsia cadavérica constatou que a causa da morte foi a ruptura de dissecção da aorta, lesão que faz com que o sangue invada as camadas mais internas da aorta e, assim, diminui a irrigação dos órgãos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação