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DESTAQUES
Goiás diz que está preparado para começar imunização contra a Covid-19
Tecnologia avança durante a pandemia de coronavírus
Covid-19: Brasil soma 6,72 milhões de casos desde o início da pandemia
Anvisa prorroga por mais 4 meses validade de testes RT-PCR para Covid
Coordenadora de saúde mental do Ministério da Saúde pede demissão
O que se sabe sobre as vacinas
UK suspende aplicação da vacina Pfizer em alérgicos após reações
Vacinação contra a Covid-19 pode iniciar ainda em dezembro, diz Pazuello
Anvisa reduz em R$ 9,2 milhões preço do remédio mais caro do mundo
Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 6,5 mil mortos pela doença
TV ANHANGUERA
Goiás diz que está preparado para começar imunização contra a Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/9089145/programa/
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Tecnologia avança durante a pandemia de coronavírus
https://globoplay.globo.com/v/9089133/programa/
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa prorroga por mais 4 meses validade de testes RT-PCR para Covid
O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (09), que a Anvisa autorizou a prorrogação por mais quatro meses da validade dos lotes de testes RT-PCR que estavam para vencer agora em Dezembro, Janeiro e Fevereiro de 2021.
São cerca de sete milhões de testes que estavam em um depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e que ainda não foram distribuídos para estados e municípios. Agora com a autorização da Anvisa, terão vencimento previsto para Abril de 2021 em diante.
De acordo com a diretora da Anvisa, Cristiane Jourdan Gomes, o cenário de recrudescimento da pandemia, além das boas práticas da empresa Sygene, fabricante dos testes, foram fatores considerados pela agência reguladora para estender o prazo deles. Mas ela também disse que essa extensão de validade vem com a condição do ministério elaborar um plano de monitoramento regular para verificar eventuais riscos e falhas.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (09), os parlamentares também cobraram do Ministério da Saúde o aumento do ritmo da distribuição dos testes, atualmente em cerca de um milhão e meio por mês, para que não sejam distribuídos aos estados testes com validade próxima a esse novo vencimento.
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Covid-19: Brasil soma 6,72 milhões de casos desde o início da pandemia
Do total, 87,7% se recuperaram
Brasília – O número de casos em decorrência da pandemia do novo coronavírus desde o início chegou a 6.728.452. Entre ontem e hoje (9), as autoridades de saúde notificaram 53.453 novos diagnósticos positivos de covid-19. Com este número, a curva de casos volta aos níveis de agosto. Ontem (8), o painel do Ministério da Saúde trazia 6.674.999 casos acumulados.
As mortes por conta da pandemia atingiram 178.995. Entre ontem e hoje, foram registradas 836 novas mortes. Ontem, o painel do Ministério da Saúde sobre a covid-19 marcava 176.941 óbitos. Ainda há 2.262 falecimentos em investigação, dados relativos a ontem.
Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quarta-feira (9). O balanço é produzido a partir de informações enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Ainda conforme a atualização do órgão, há 647.946 pacientes em acompanhamento. Outras 5.901.511 pessoas já se recuperaram da doença.
Estados
A lista dos estados com mais mortes pela covid-19 é encabeçada por São Paulo (43.461), Rio de Janeiro (23.430), Minas Gerais (10.429), Ceará (9.762) e Pernambuco (9.200). As Unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Acre (742), Roraima (745), Amapá (839), Tocantins (1.190) e Rondônia (1.617).
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FOLHA DE S.PAULO
Coordenadora de saúde mental do Ministério da Saúde pede demissão
A coordenadora-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Maria Dilma Alves Teodoro, pediu demissão do cargo. A informação foi confirmada à Folha de S.Paulo pelo ministério na manhã desta quarta-feira (9).
Dilma pediu nesta terça (8) para sair do cargo de coordenadora de saúde mental. O pedido ainda tramita internamente na pasta e está em análise na Secretaria de Atenção Primária à Saúde, que abrange a coordenadoria ocupada pela médica psiquiatra.
Ainda não há um ato de exoneração publicado no Diário Oficial da União. À Folha, na noite de terça, a coordenadora limitou-se a dizer que está oficialmente de férias até o próximo dia 15. E que qualquer informação sobre um pedido de demissão deveria ser dada pela assessoria de comunicação do ministério.
Foi a assessoria que confirmou a solicitação de exoneração. “Não tenho nada a acrescentar”, disse a coordenadora, na manhã desta quarta.
Dilma é coordenadora da área desde fevereiro de 2019. Foi nomeada pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta, que deixou o governo neste ano em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus e a um conflito direto com o presidente Jair Bolsonaro.
Desde então, um segundo ministro já foi demitido, Nelson Teich, e um general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, foi colocado à frente do Ministério da Saúde.
O pedido de demissão da coordenadora ocorre em meio a uma ofensiva do governo Bolsonaro para revogar uma série de portarias que estruturam a política de saúde mental no país e que vigoram desde a década de 90.
Essas discussões passam necessariamente pela área de Dilma. Uma planilha com propostas de mudanças na política de saúde mental foi apresentada ao Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde) no último dia 3. Os detalhes da planilha foram mostrados pela Folha em reportagem publicada nesta segunda (7).
Entre as propostas estudadas, estão o fim do programa de Volta para Casa, que promove a reinserção social de pacientes com transtornos mentais; a extinção de equipes que dão suporte à transferência de moradores de hospitais psiquiátricos para serviços comunitários; e alterações no financiamento do Consultório de Rua, que atende pessoas que vivem nas ruas.
Também há previsão de mudanças na forma de funcionamento dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e de extinção dos Caps voltados exclusivamente a usuários de drogas e álcool. Outra proposta em estudo é afrouxar o controle de internações involuntárias, com mudança na comunicação prévia desses casos ao Ministério Público.
Um documento da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) embasa a lista de mudanças pretendidas. A gestão da ABP é conservadora em relação a aspectos da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial. A perspectiva de alterações na política de saúde mental provoca forte reação de grupos de pesquisa, universidades e entidades que atuam na área.
O Ministério da Saúde admite que prepara a revogação de portarias na área. Segundo a pasta, são mais de 100 portarias em vigência, “muitas obsoletas, o que confunde gestores e dificulta o trabalho de monitoramento e a efetiva consolidação das políticas de saúde mental”, afirmou a pasta por nota.
Um grupo de trabalho está discutindo novos instrumentos para a política de saúde mental. Fazem parte dele os Ministérios da Saúde e da Cidadania, o CFM (Conselho Federal de Medicina), a ABP, o Conass e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).
O objetivo, segundo o Ministério da Saúde, é garantir o cumprimento da nova política nacional de saúde mental, aprovada em 2017.
Não haverá fechamento de Caps nem dos Consultórios de Rua, conforme a pasta. Já as residências terapêuticas, que recebem pacientes vindos de hospitais psiquiátricos, podem ser transferidas ao Ministério da Cidadania, afirma a nota do ministério.?
PRINCIPAIS PROPOSTAS DE MUDANÇAS NA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL
Hospitais psiquiátricos
– Revoga mecanismos de fiscalização e estímulo a redução do tamanho dos hospitais psiquiátricos
– Extingue equipes que apoiam a transferência de moradores de hospitais psiquiátricos para serviços comunitários
Caps
– Propõe que façam apenas reabilitação, possivelmente deixando o atendimento psiquiátrico para outro serviço
– Cogita extinção dos Caps voltados aos usuários de álcool e drogas
Atendimento comunitário
– Cogita transferência dos serviços residenciais terapêuticos e o Programa De Volta para Casa para assistência social
– Extingue serviços para atendimento à saúde da população em situação de rua
Internações involuntárias
– Afrouxa controle sobre internações involuntárias, revogando portaria que determina comunicação ao Ministério Público
Gestão e articulação da política de saúde mental
– Dissolve instância que reúne os principais gestores da política de saúde mental do país.
– Revoga composição do Fórum Nacional sobre Saúde Mental de Crianças e Adolescentes.
Saúde mental indígena
– Revoga diretrizes atuais
Política de drogas
– Transfere responsabilidades para o Ministério da Cidadania
– Define abstinência como objetivo principal e redução de danos como complementar
– Interrompe distribuição de insumos para evitar transmissão de doenças durante uso de drogas
– Retira a possibilidade de atendimento de pessoas com dependência química em Caps
– Defende a criação de serviços específicos para pessoas com diagnóstico de dependência e outro transtorno psiquiátrico
– Transfere financiamento e regulação de unidade de acolhimento para o Ministério da Cidadania
Fonte: Planilha do grupo técnico do Ministério da Saúde
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O que se sabe sobre as vacinas
Saiba em quanto tempo os imunizantes fazem efeito, que reações podem causar e por que são seguros
Já no início da pandemia de Covid-19, o mundo se mobilizou para produzir a aguardada vacina que colocaria um fim aos efeitos nefastos da doença pelo mundo. Surgiram anúncios das parcerias entre laboratórios e universidades, detalhes sobre as estratégias escolhidas e, com o passar do tempo, bastidores das competições políticas mundo afora (e dentro do Brasil). Essa corrida parece estar chegando em sua reta final. Estudos estão sendo concluídos, alguns países já aprovaram vacinas, governos começaram a divulgar seus planos de vacinação e imagens da imunização de idosos, os mais afetados pela Covid-19, já circularam pelo mundo.
Quais países já começaram a vacinação contra a Covid-19? O Reino Unido se tomou, no dia 8 de dezembro, a primeira nação do mundo a aplicar uma vacina que passou por todas as fases de testes e foi clinicamente autorizada. O imunizante aprovado foi o desenvolvido pela farmacêutica americana Pfizer coma alemã BioNTech.
A China aprovou, ainda em junho, uma vacina desenvolvida no país para uso estritamente militar e, em setembro, autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac, da empresa Sinovac, para profissionais de saúde. Já a Rússia deu aval em agosto para a sua vacina Sputinik V, mas ambos os imunizantes ainda estavam em fases de testes.
Quantas farmacêuticas já divulgaram os dados de eficácia, referentes à última fase de estudos, de suas vacinas?
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford tem eficácia de 70%, segundo estudo na revista Lancet. O imunizante foi o primeiro no mundo a ter os resultados da terceira fase de testes em humanos publicados em uma revista científica.
Pfizer/BioNTech, Moderna e Sputnik V anunciaram dados de eficácia, mas não publicaram os dados (95%, 94,1% e 92%, respectivamente), assim como a estatal chinesa Sinopharm, que desenvolve uma vacina com o Instituto Wuhan de Produtos Biológicos e anunciou eficácia de 86%.
Alguma vacina contra a Covid-19 já recebeu autorização para ser usada no Brasil? Ainda não. Há farmacêuticas, porém, que já entraram com um processo chamado de “sub missão contínua” criado pela Anvisa para permitir o compartilhamento de resultados prévios, ainda durante a fase de testes. O objetivo é agilizar a análise de um futuro registro.
São elas a AstraZeneca/Universidade de Oxford, o Instituto Butantan, que tem uma parceria com a empresa chinesa Sinovac, a farmacêutica Pfizer/BioNTech e a Janssen.
Quando deve começar a vacinação no Brasil?
O Ministério da Saúde ainda não anunciou um plano detalhado de imunização, com datas. A pasta divulgou apenas quem sâo os grupos prioritários. A previsão inicial era que a campanha começasse em março, mas, nesta quarta (9) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo poderá começar a aplicar as primeiras doses em caráter emergencial já em dezembro. Paralelamente, o governo do estado de São Paulo divulgou um plano que prevê o início da vacinação no dia 25 de janeiro. Todas essas datas, porém, dependem de as vacinas receberem aval da Anvisa.
Quem deve ser vacinado primeiro no Brasil?
O Ministério da Saúde divulgou, inicialmente, quatro fases de vacinação contra a Covid-19:
1ª fase Profissionais da saúde, idosos a partir de 75 anos, população indígena equem tem mais de 60 anos e vive em asilos ou instituições psiquiátricas
2ª fase Pessoas de 60 a 74 anos
3ª fase Pessoas com doenças que elevam o risco de agravamento da Covid-19
4ª fase Professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional
Nesta quarta (9), o Ministério da Saúde excluiu a população privada de liberdade. Já o plano do governo estadual de São Paulo tem cinco fases iniciais – outras deverão ser anunciadas posteriormente:
1ª fase Profissionais de saúde e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas
2ª fase Pessoas com 75 anos ou mais
3ª fase Pessoas de 70 a 74 anos
4ª fase Pessoas de 65 a 69 anos
5ª fase Pessoas de 60 a 64 anos
As clínicas particulares vão oferecer essas vacinas?
A princípio, não. Representantes das principais fabricantes (como Pfizer, Janssen e AstraZeneca) afirmaram que as negociações estão restritas aos governos neste momento.
Segundo a ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), cumprindo-se os acordos existentes com os governos, a expectativa é de disponibilidade ao mercado particular apenas a partir do segundo semestre de 2021.
Quais e quantas vacinas o governo federal já comprou?
O Ministério da Saúde afirma que o país terá 300 milhões de doses a partir do ano que vem. São 100 milhões de doses prontas da AstraZeneca/Universidade de Oxford, 160 milhões de doses dessa mesma vacina que serão produzidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e mais 40 milhões do consórcio internacional Covax Facility. Além disso, o governo assinou uma carta de intenção para a compra de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech.
E os governos estaduais, quais acordos já fecharam?
O governo do estado de São Paulo fechou um acordo com a chinesa Sinovac, que desenvolve a vacina Coronavac. O estado deve ter 46 milhões de doses em janeiro – 6 milhões chegarão prontas da China e o restante será formulado a partir de insumos chineses no Instituto Butantan. Depois devem chegar mais 15 milhões de doses até março.
Quatro milhões de doses do imunizante devem ser disponibilizadas para outros estados. Onze estados do Brasil procuraram o governo estadual de São Paulo para negociar eventual compra da Coronavac: Acre, Pará, Maranhão, Roraima, Piauí, Mato Grosso Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul. Paraná e Bahia assinaram protocolos de intenções para realização de testes e desenvolvimento da vacina Sputnik V, da Rússia.
Há alguma vacina que seja mais adequada para o Brasil?
Especialistas afirmam que vacinas armazenadas em temperaturas de 2ºC a 8ºC são mais fáceis de serem distribuídas pelo país por poderem contar com a estrutura já construída para o Programa Nacional de Imunização.Mas cientistas e médicos dizem que nenhuma vacina pode ser descartada e que adaptações rápidas poderíam ser feitas para receber os imunizantes da Pfizer/BioNTech, que precisam ser guardados a uma temperatura de -70ºC, ou da Moderna, que precisa ser mantido a -20ºC.
Vacinas que utilizam adenovírus humanos para transportar o material genético do Sars-CoV-2 também podem não ser boas opções para o país. Cerca de 70% da população brasileira tem anticorpos contra o adenovírus humano, o que poderia pre judicar a eficácia de um imunizante que usa esse mecanismo.
O governo de São Paulo pode vacinar a população mesmo se a Coronavac não tiver aprovação da Anvisa? Segundo Daniel Dourado, médico, advogado sanitarista e pesquisador da USP, só existem duas maneiras de liberar uma vacina para uso na população: com o aval da Anvisa (com registro formal ou autorização emergencial por causa da pandemia) ou via ação judicial, caso a Anvisa demore a dar o aval. Nos dois casos, a liberação serve para o país todo, não só para São Paulo.
A possibilidade de asar uma vacina mesmo sem aval da Anvisa está na lei 13.979, de 6 de fevereiro deste ano, aprovada especificamente para o combate à Covid-19. É preciso, primeiro, que a vacina tenha registro para distribuição comercial nos EUA, na Europa, no Japão ou na China, segundo Henderson Fürst, presidente da comissão especial de bioética e biodireito da OAB Nacional. A empresa, então, pediria a autorização emergencial para a Anvisa, que teria 72 horas para responder.
De qualquer forma, o caso provavelmente acabaria no STF (Supremo Tribunal Federal), afirma Fürst.
Quem já teve Covid-19 precisará se vacinar?
Ainda nâo se sabe, mas a imunidade fornecida pelas vacinas parece ser maior do que a proferida pela infecção natural. “Não sabemos ainda a extensão da presença desses anticorpos para proteger contra as reinfecções e também não é possível afirmar que as pessoas com anticorpos no sangue não deverão se vacinar. Ainda não temos essas certezas” afirma Ester Sabino, epidemiologista e pesquisadora do Departamento de Moléstias Infecciosas e do Instituto de Medicina Tropical da USP.
A vacina impedirá que as pessoas sejam infectadas com o coronavírus ou que desenvolvam sintomas da Covid-19?
A eficácia de uma vacina é a capacidade de reduzir a chance de apessoa se infectar, mas existem diferentes tipos de proteção, como prevenir infecção, impedir a manifestação dos sintomas ou ainda prevenir contra um quadro grave.
As vacinas em fase final de ensaios clínicos e com resultados divulgados até agora foram eficazes em diminuir a proporção de casos sintomáticos da doença em até 95% (como o caso da Pfizer), e reduzir também os casos severos de Covid-19. No entanto, ainda não se sabe se elas protegem contra a infecção viral em pacientes assintomáticos.
Quais são os efeitos colaterais mais comuns das vacinas? Já houve reações no Reino Unido.
A vacina Pfizer/BioNTech, a primeira a concluir todas as rases de estudo, apresentou poucos efeitos colaterais nos testes clínicos. Os mais comuns foram reações no local da aplicação da injeção, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, dor nas articulações e febre. Efeitos graves foram raros e mais frequentes depois da segunda dose e mais comuns em adultos com mais de 55 anos.
Após o início da vacinação em massa, em 8 de dezembro, a agência regulatória do Reino Unido (MHRA) comunicou o registro de duas reações alérgicas que podem estar associadas à aplicação da vacina Pfizer/BioNTech. Segundo a imprensa britânica, dois funcionários do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, o NHS, tiveram os sintomas após receberem o imunizante. O jornal britânico The Guardian relatou que os dois funcionários carregavam dispositivos de adrenalina autoinjetável – usados para conter crises alérgicas- , o que sugere que eles possuem histórico de reações do tipo.
Há contraindicações para tomar a vacina?
A agência regulatória do Reino Unido (MHRA) emitiu um alerta temporário ao Sistema Nacional de Saúde pedindo que pessoas com histórico de reações alérgicas graves a vacinas, medicamentos ou alimentos não recebam a substância enquanto conduz uma investigação sobre dois casos de reações alérgicas para entender os motivos das manifestações. A agência afirma que a vacina da Pfizer/BioNTech não possui substâncias de origem animal, como ovo, em sua formulação.
Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Segundo relatório da FDA (agência regulatória dos EUA) sobre a vacina Pfizer/BioNTech, a única que já foi aprovada no mundo após a conclusão dos testes, houve redução do risco de Covid-19 logo após a primeira dose e ao menos sete dias depois da aplicação da segunda dose há um intervalo de 21 dias entre cada uma delas.
A vacina também reduz o risco da doença grave logo depois da primeira dose.
Dá para confiarem uma vacina produzida em um tempo tão curto?
Sim. Para serem aplicadas na população, as vacinas precisam passar por testes de segurança, e essa avaliação continua sendo bastante rígida mesmo na pandemia.
Além disso, por mais que a vacina contra a Covid-19 tenha sido produzida em menos de um ano, um tempo recorde, as tecnologias-base já estavam em desenvolvimento.
Outros fatores que ajudam a explicar a velocidade de desenvolvimento da vacina são o fluxo concentrado de investimentos das nações mais ricas do mundo e a agilidade das agências regulatórias para aprovarem o início dos testes. Ana Bottallo , Everton
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DCI ONLINE
UK suspende aplicação da vacina Pfizer em alérgicos após reações
A aplicação da vacina em pessoas alérgicas foi temporariamente suspensa
Gabriela Pereira
A Agência Regulatória do Reino Unido (MHRA) emitiu um alerta nesta quarta-feira, 9, informando que duas reações alérgicas foram registradas após a aplicação da vacina Pfizer contra a Covid-19. Por conta da ocorrência, MHRA suspendeu a aplicação de doses da vacina Pfizer em pessoas com histórico significativo de reação alérgica a vacinas, medicamentos e alimentos.
Pessoas que utilizam dispositivo auto injetáveis de adrenalina, usado para conter crises alérgicas, também não devem tomar o imunizante. O órgão, que equivale a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda recomendou que aplicação da vacina Pfizer seja feita em local onde haja a possibilidade de ofertar atendimento médico aos pacientes caso a reação for registrada
Por conta da ocorrência, MHRA suspendeu a aplicação de doses da vacina Pfizer em pessoas com histórico significativo de reação alérgica a vacinas, medicamentos e alimentos. Pessoas que utilizam dispositivo auto injetáveis de adrenalina, usado para conter crises alérgicas, também não devem tomar o imunizante.
O órgão, que equivale a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda recomendou que aplicação da vacina Pfizer seja feita em local onde haja a possibilidade de ofertar atendimento médico aos pacientes caso a reação for registrada
Caso as reações realmente tenham sido causadas pela vacina Pfizer, o Brasil pode ser diretamente impactado. Isso porque o governo brasileiro indicou na terça-feira, 8, que quer comprar do Reino Unido 70 milhões de doses do imunizante. Não se sabe, porém, como ficará a compra se houver confirmação.
O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação em massa. Nesta primeira etapa, recebem as primeiras doses apenas idosos acima de 80 anos e parte dos profissionais que atuam em unidades de saúde ou em asilos.
Após a vacinação deste grupo, as próximas pessoas serão classificadas por faixa etária para serem imunizadas. A aplicação da vacina Pfizer é feita em duas doses, em um intervalo de 21 dias. Ela precisa ser mantida em – 70°, por isso, as doses estão sendo enviadas primeiro a cerca de 70 hospitais, onde serão armazenadas. Pontos estratégicos capazes para mantê-las em ponto ideal de refrigeração serão montados.
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Vacinação contra a Covid-19 pode iniciar ainda em dezembro, diz Pazuello
Se for aprovada pela Anvisa, a vacinação contra a Covid-19 pode começar, em caráter emergencial, no final de dezembro e no mais tardar, início de janeiro de 2021
Carol Alencar Cozzatti
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que é possível começar a vacinação contra a Covid-19 em caráter emergencial da população em dezembro ou janeiro.
Segundo ministro, a única exigência está na autorização da aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e também da entrega das vacinas pelos laboratórios.
Pazuello disse ainda que, por ser em caráter emergencial, a vacinação contra a Covid-19 pode acontecer a qualquer momento, inclusive no final de dezembro.’Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, pode acontecer em janeiro, final de dezembro em doses pequenas, que são de uso emergencial’, disse o ministro.
Ele alertou ainda que o independe do laboratório e ressaltou que ‘pode acontecer com a Pfizer, pode acontecer com o Butantan, com a AstraZeneca, mas isso aí é foro íntimo da desenvolvedora?não é uma campanha de vacinação’.
Saiba quem serão os primeiros a tomar a vacina da Covid-19 no Brasil
As informações foram dadas na manhã desta quarta-feira (08) em entrevista à CNN. No dia anterior, Pazuello fez um pronunciamento para a imprensa, mas não citou detalhes sobre o Plano Nacional de Imunização, recém lançado pelo governo federal.
Aprovação da Anvisa
Um dia antes, o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que é possível começar a vacinação quase imediatamente após um registro emergencial da Anvisa e que, dependendo do avanço e diálogos dos órgãos brasileiros, o processo de vacinação possa ter início em janeiro.
‘No caso do Reino Unido, a autorização sanitária foi dada na semana passada e a vacinação começou nesta terça-feira (8)’, lembrou Murillo.
Vale lembrar que o aval da Anvisa, será concedido rapidamente caso os critérios sejam atingidos para imunizações ainda em fase de estudo.
Armazenamento da vacina
O presidente da Pfizer no Brasil disse que a empresa tem contêineres portáteis capazes de transportar até 5 mil doses da vacina em temperatura necessária (-70ºC) e armazená-las por até 30 dias.
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ÉPOCA ONLINE
Anvisa reduz em R$ 9,2 milhões preço do remédio mais caro do mundo
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo federal responsável pela definição dos preços máximos de comercialização de um medicamento no país, estipulou em R$ 2,878 milhões o valor máximo para venda do Zolgensma – conhecido como o remédio o mais caro do mundo e indicado para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME). Isso significa uma redução de 76,6% no valor que a droga é comercializada atualmente (cerca de R$ 12 milhões).
O Zolgensma é uma terapia gênica inédita e pertence ao laboratório Novartis. É vendido nos Estados Unidos por US$ 2,125 milhões. A decisão da CMED foi tomada por unanimidade na última sexta-feira (4), em uma reunião extraordinária do comitê técnico executivo e foi divulgada na segunda-feira (7) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A reunião teve a participação de representantes da Casa Civil e dos Ministérios da Saúde, da Economia e de Justiça. A partir de agora, o medicamento já pode ser comercializado no Brasil, mas a Novartis ainda pode recorrer da decisão.
A AME é uma doença genética rara, degenerativa e progressiva. Os pacientes com a doença nascem sem o gene SMN1, responsável pela produção de uma proteína que alimenta os neurônios motores, que enviam os impulsos elétricos do cérebro para os músculos. Sem essa proteína, ocorre a perda progressiva da função muscular e as consequentes atrofia e paralisação dos músculos, afetando a respiração, a deglutição, a fala e a capacidade de andar. Sem tratamento adequado, a AME pode levar à morte antes dos dois anos de idade.
O ineditismo do Zolgensma é que, apesar do alto custo, ele é aplicado em uma única infusão venosa. O remédio fornece ao paciente uma cópia sintética do gene SMN1, fazendo com que o corpo da criança passe a produzir essa proteína. Por conta do alto custo do medicamento, muitas famílias que recebem o diagnóstico de AME fazem campanhas nas redes sociais para tentar arrecadar o valor necessário para compra do remédio. Outras entram com ações na Justiça para obrigar o governo a comprar e fornecer a droga.
Pelo menos seisfamílias conseguiram na Justiça que o governo fornecesse o Zolgensma. São as bebês Marina Macedo Lima Ciminelli, Maria Lúcia Salazar Luiz PereiraeKyara Lis, de Brasília; os bebês Arthur Belo e Emily Pio dos Santos, de São Paulo e a bebê Julia Cardoso Torres, do Rio Grande do Sul. Todos já receberam a medicação, com exceção de Emily. Segundo a advogada Graziela Costa, que representa a família de Emily na ação judicial, a compra do medicamento já foi realizada e o remédio deve chegar ao Brasil nesta sexta-feira (11).
Para Graziela, que representa dez famílias que entraram com ações judiciais contra o governo federal para fornecimento do Zolgensma, a decisão da CMED é muito importante por estabelecer um preço mais justo para a medicação. ‘Na minha opinião, o preço do remédio tem de ser reduzido o máximo possível, dentro da realidade econômica do país. Com esse valor, a CMED levanta uma discussão muito importante de o quanto vale a vida, pois quem tem AME tem pressa’, afirmou.
A precificação do valor máximo do medicamento é fundamental para que haja uma discussão se ele será ou não fornecido pelo SUS. Hoje em dia, o SUS fornece o medicamento Spinraza, do laboratórioBiogen, para o tratamento de AME. O Spinraza também é um medicamento de alto custo e é uma terapia de uso contínuo e não dose única, é ministrado por meio da aplicação de seis doses no primeiro ano e três doses por ano pelo resto da vida do paciente ao custo aproximado de R$ 145 mil reais cada dose. Atua no gene SMN2, fazendo com que ele aumente a produção da proteína responsável por alimentar os neurônios motores. ‘O valor do Zolgensmacom um custo menor facilita a entrada desse medicamento no rol do SUS. A criança nascendo com AME, sendo diagnosticada e tendo direito a um tratamento com o Zolgensma, terá uma vida muito melhor’, afirmou a advogada Graziela.
ÉPOCA procurou a Novartis, mas a empresa não respondeu se havia recorrido da decisão até o fechamento desta reportagem. A Anvisa também foi procurada, mas não respondeu ainda se o laboratório recorreu.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 6,5 mil mortos pela doença
Théo Mariano
Goiânia – Goiás atingiu, nesta quarta-feira (9/12), 6.504 mortes pela covid-19 e 288.819 casos confirmados. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Segundo a pasta, foram registrados 961 infectados e 18 óbitos pelo vírus em um dia. Dentre os contaminados pela doença no território goiano, 277 mil já se recuperaram.
A SES-GO ainda informa a investigação das causas de 229 mortes. Outros 250 mil pacientes são considerados casos suspeitos do novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,25%.
O Governo de Goiás disponibiliza painel com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação