Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/12/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

HSPE utiliza IA em raios-X de tórax e reduz tempo de diagnóstico em mais de 90%

Como o setor saúde deve se preparar para a reforma tributária

Future Health Index 2024 revela desafios críticos e inovações no setor de Saúde

Nísia Trindade diz ser contra criação de agência para avaliar novos remédios na saúde pública e privada

Justiça determina intervenção estadual na Saúde de Goiânia

“Tardia”, diz Sindsaúde sobre intervenção estadual determinada pela Justiça

Sem receber, profissionais da Santa Casa de Anápolis ameaçam paralisar se dinheiro da prefeitura não cair na conta

Dia do Cirurgião Plástico: Presidente da SBCP-GO aproveitou a data para alertar a população sobre a importância de buscar um especialista

SAÚDE BUSINESS

HSPE utiliza IA em raios-X de tórax e reduz tempo de diagnóstico em mais de 90%

Ferramenta permite a identificação de até 75 achados de imagem, oferecendo suporte preciso aos médicos.

Uma nova tecnologia de inteligência artificial (IA) aplicada a exames de raios-X de tórax está transformando o diagnóstico médico no Brasil. A ferramenta, que reduz o tempo de obtenção dos resultados em mais de 90%, destaca regiões de maior probabilidade de alterações na imagem, oferecendo suporte crucial aos profissionais de saúde. Este projeto, amplamente reconhecido por publicações científicas, é considerado uma das melhores soluções disponíveis no mercado. 

O Hospital Servidor Público Estadual (HSPE) é pioneiro na implantação dessa tecnologia no sistema público, graças a uma parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi). A cooperação reduziu o tempo de processamento do raio-X de tórax no pronto-socorro de uma hora para apenas cinco minutos, permitindo a análise de até 75 achados de imagem para diagnósticos mais assertivos. 

Impacto no atendimento e democratização da tecnologia 

O HSPE realiza cerca de 5 mil exames de imagem por mês. Em setembro de 2024, foram feitos 2.038 raios-X de tórax utilizando a nova tecnologia. Anteriormente restrita a poucos hospitais privados, a ferramenta agora está disponível no sistema público a um custo acessível, viabilizando avanços tecnológicos em benefício dos usuários do convênio Iamspe. 

Além de acelerar os diagnósticos, o projeto busca identificar patologias precocemente, reduzindo o tempo de permanência dos pacientes em serviços de emergência. Há planos para expandir o uso da tecnologia para outros setores do hospital, elevando o padrão da saúde pública. 

Benefícios da AI no diagnóstico 

De acordo com Osvaldo Landi Júnior, gerente médico de Inovação & Dados da Fidi, a IA traz benefícios substanciais para a radiologia, incluindo redução de erros, diminuição de custos e maior precisão nos diagnósticos. Ele explica que a implementação da ferramenta envolveu validação rigorosa do algoritmo, integração dos sistemas da Fidi e envio automatizado de exames para análise. 

“A radiologia se beneficia de atualizações em tempo real, automação de tarefas repetitivas e análises proativas que ajudam a gerenciar leitos hospitalares e evitar sobrecarga nas redes de saúde”, ressalta Landi Júnior. 

A tecnologia utilizada no HSPE tem diferenciais importantes, como aprovação pela Anvisa, FDA (EUA) e CE (Europa), além da capacidade de validar exames normais sem necessidade de revisão médica, agilizando ainda mais o fluxo de trabalho. 

IA e o futuro da medicina 

Werlley Januzzi, cardiologista e responsável pelo pronto-socorro do HSPE, destaca a importância da radiografia de tórax para diagnósticos de condições como pneumonia, tuberculose, câncer de pulmão e doenças cardíacas. “A rapidez e precisão na análise dessas imagens são essenciais para garantir um tratamento eficaz e oportuno”, afirma. 

O projeto exemplifica o potencial da IA em transformar o setor de saúde, integrando tecnologia de ponta ao atendimento público. Radiologistas da Fidi estão disponíveis no hospital para oferecer suporte especializado, garantindo diagnósticos rápidos e intervenções mais eficientes. 

“Acreditamos em um futuro onde médicos e equipes clínicas estejam equipados com informações suficientes para tomar decisões melhores e oferecer cuidados superiores”, conclui Januzzi, ressaltando que a iniciativa é um marco na integração entre tecnologia e saúde. 

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MEDICINA S/A

Como o setor saúde deve se preparar para a reforma tributária

Com a emenda constitucional da reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República no final de 2023, as novas medidas entram em vigor em 2026. Assim, as empresas têm o ano de 2025 para se preparar, o que não será uma tarefa fácil. Para alguns setores, como negócios e pessoas jurídicas na área médica, a reforma significa mudanças profundas na cultura de compras, precificação, finanças e contabilidade.

O alerta é do advogado tributarista Lucas Augusto Les, Head Jurídico da Mitfokus, fintech especializada em contabilidade para a área da saúde. Em sua avaliação, empresas desse setor têm a seguinte lição de casa para os próximos meses: reavaliar o regime tributário em que estão enquadradas (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real); medir os impactos da reforma tributária em seus negócios; e mapear um plano de implementação para os próximos oito anos, período de transição entre o atual e o novo modelo.

“São esses os três passos básicos”, orienta. Esse trabalho demandará assessoria especializada e o uso de soluções tecnológicas de automação para apuração de dados, análises e tomada de decisões. “Não dá para fazer isso com planilhas”, adverte. Confira, a seguir, os desafios e dicas do advogado Lucas Augusto Les, com foco em negócios na área médica:

De acordo com o especialista, acabou a era da gestão contábil, fiscal e financeira superficial ou improvisada. Os setores financeiro, de compras, contábil e de tecnologia precisarão atuar de forma integrada, com dados, processos e balanços coerentes e alinhados. “Hoje, em 90% dos casos, o balanço financeiro não reflete a realidade contábil, sendo apenas uma obrigação acessória cumprida. Isso não será mais aceitável”.

O advogado ilustra: “Com a reforma, ao realizar a compra de insumos hospitalares, por exemplo, a empresa poderá gerar créditos tributários, o que impactará tanto o financeiro quanto o contábil”. A apuração de tudo isso exigirá tecnologia avançada e automação para evitar incoerências e perdas.

As mudanças trazidas pela reforma afetam diretamente a tributação da área médica de diversas maneiras.

Por exemplo: o novo imposto criado – Imposto sobre Valor Agregado (IVA), dividido em Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – substituirá tributos que hoje incidem diretamente sobre serviços de saúde. A CBS substituirá PIS/Pasep e Cofins, enquanto o IBS eliminará o ISS (municipal) e o ICMS (estadual).

Outra mudança: se hoje as alíquotas variam de município para município (e de estado para estado), com o IVA Dual haverá uma alíquota única. Além disso, a alíquota do IVA para a saúde será 60% menor que a alíquota de referência.

A apuração do IVA será feita no local da prestação do serviço para a área da medicina, independentemente do local da sede da pessoa jurídica. Serviços prestados de forma remota terão outro regramento.

A reforma tributária abrange os regimes de Lucro Presumido, Lucro Real e Simples Nacional, criando uma nova configuração para o Simples. Agora, haverá o Simples Nacional com regime regular de IVA e o Simples Nacional tradicional, como o conhecemos hoje. Contudo, mesmo com essas alterações, negócios da área de saúde enquadrados no Simples podem ser impactados indiretamente. Segundo Lucas Augusto Les, empresas passarão a priorizar fornecedores que permitam a geração de créditos tributários, o que poderá influenciar as relações comerciais no setor..

O Head Jurídico da Mitfokus explica: a reforma institui o instrumento do crédito tributário nas compras realizadas. Assim, uma clínica, consultório ou hospital poderá gerar créditos ao adquirir insumos ou, ainda, contratar serviços/profissionais tributados. Porém, isso não se aplicará se o fornecedor for do Simples Nacional Tradicional, já que esse regime não prevê tal instrumento.

Como resultado, a tendência é que compras e contratações sejam realizadas com empresas enquadradas no Lucro Real. Na outra ponta, fornecedores médicos no Simples precisarão reduzir seus preços para compensar a ausência de créditos ao comprador ou migrar para o Lucro Real, a fim de evitar serem preteridos.

A precificação deverá ser mais detalhada. Hoje, o cálculo do preço inclui o produto ou serviço, além da carga tributária embutida. Com a alíquota única e os créditos tributários, esses valores precisarão ser claramente distinguidos.

Ademais, a reforma introduz o split payment, uma tecnologia que permitirá o recolhimento de tributos pela Receita Federal no momento do pagamento de uma transação de compra ou serviço. Isso será uma mudança significativa em relação ao modelo atual, no qual o recolhimento ocorre 30 dias após o pagamento.

Por fim, a substituição do modelo atual pela reforma tributária será gradual, com um período de transição até 2033. Durante esse tempo, as regras antigas coexistirão com as novas, exigindo uma gestão contábil, fiscal e financeira automatizada e especializada em saúde – do contrário, o risco de pagar mais imposto do que o devido será elevado, adverte o advogado.

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Future Health Index 2024 revela desafios críticos e inovações no setor de Saúde

O Future Health Index 2024, estudo global com líderes do setor de saúde, aponta suas prioridades e perspectivas. Em sua nona edição, o levantamento explora como os líderes de saúde veem a capacidade de suas organizações de fornecer cuidados oportunos e de alta qualidade a todos. O relatório foca nas lacunas que impedem isso, além de examinar maneiras de superá-las. Esta edição, baseada em uma pesquisa quantitativa proprietária realizada em 14 países, incluindo o Brasil, é apoiada por entrevistas qualitativas em quatro desses países: Cingapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Este ano, o estudo, que contou com quase 3 mil respondentes, revela uma crise crescente na força de trabalho da saúde, desafios na acessibilidade ao atendimento e o impacto positivo das inovações tecnológicas, com um foco crescente no monitoramento remoto de pacientes.

Principais apontamentos da Pesquisa global:

1. Crise de Pessoal:

Longas esperas pelo lado dos pacientes e a falta de profissionais estão tornando cada vez mais difícil para as pessoas obterem os cuidados de que precisam quando precisam. Encontramos essa pressão no acesso aos cuidados não apenas em regiões remotas e rurais, mas também em áreas metropolitanas.

Aproximadamente 66% dos líderes de saúde relatam um aumento significativo em burnout, estresse e problemas de saúde mental entre os profissionais da área. A carga de trabalho excessiva está resultando em um aumento na rotatividade e na necessidade urgente de novas estratégias para atrair e reter talentos. A escassez de pessoal está afetando tanto os cuidadores quanto os pacientes, com mais de 1 em cada 3 líderes acreditando que parcerias externas são necessárias para atrair e reter funcionários qualificados.

2. Desafios no Atendimento:

A pesquisa revela que 77% dos líderes de saúde apontam atrasos no atendimento como um problema crítico, com os principais desafios sendo o aumento das listas de espera para consultas (60%), tempos de espera mais longos para tratamentos e procedimentos (57%) e acesso limitado ou retardado a triagens, diagnósticos e cuidados preventivos (54%).

Esses atrasos têm um impacto significativo sobre os pacientes, resultando em piores resultados de saúde, menor qualidade de vida e custos mais altos a longo prazo. A escassez de pessoal agrava ainda mais a situação, com muitos profissionais sobrecarregados e trabalhando além de seu escopo profissional, o que pode comprometer a segurança do paciente.

Um depoimento de um líder de saúde nos Estados Unidos destacou que, nos departamentos de emergência, devido à falta de pessoal, os pacientes podem esperar até 12 horas para serem atendidos, aumentando o risco de complicações e comprometendo a qualidade dos cuidados.

3. Monitoramento Remoto de Pacientes:

À medida que a adoção do atendimento virtual se torna mais comum, o monitoramento remoto de pacientes está se consolidando como uma ferramenta essencial. Atualmente, 50% dos líderes de saúde implementam soluções de monitoramento remoto para gerenciamento de doenças crônicas, 44% para adesão à medicação e 43% para monitoramento pós-operatório. Para os próximos três anos, 40% planejam expandir para cuidados em telestroke, 36% para saúde materna e fetal e 35% para monitoramento pós-operatório. O monitoramento remoto está se provando uma solução eficaz para oferecer cuidados fora dos ambientes clínicos convencionais e aliviar a pressão sobre o time de atendimento hospitalar.

4. Inovações Tecnológicas:

A automação e a inteligência artificial estão emergindo como soluções chave para melhorar a eficiência e a qualidade dos cuidados. 89% dos líderes de saúde observam um impacto positivo do atendimento virtual na redução da escassez de pessoal e no aumento da capacidade de atendimento. A automação está sendo priorizada em áreas como agendamento de consultas, documentação clínica e manutenção de equipamentos, com planos para ampliar sua implementação nos próximos anos.

5. Desafios Financeiros:

A pesquisa revela que 96% das organizações de saúde enfrentam desafios financeiros, os quais impactam diretamente a qualidade do atendimento. Adicionalmente, 86% dos líderes estão priorizando a sustentabilidade do ambiente, implementando estratégias para reduzir o impacto ecológico. A interconexão entre a saúde ambiental e a saúde humana é reconhecida, com muitos executivos buscando soluções tecnológicas sustentáveis ​​que ajudem a reduzir o custo do cuidado.

Destaques Adicionais:

Não Deixar Nenhum Paciente para Trás: Apesar dos avanços no atendimento virtual, 66% dos entrevistados destacam a importância da acessibilidade e conectividade com a internet. Há uma preocupação crescente com a divisão digital e a necessidade de alfabetização digital para garantir que todos os pacientes possam se beneficiar dessas tecnologias.

O Potencial dos Insights Baseadas em Dados: Líderes de saúde acreditam que os insights baseados em dados podem melhorar a qualidade do atendimento, ajudar a otimizar planos de tratamento e reduzir listas de espera. No entanto, desafios como a precisão dos dados e a interoperabilidade ainda precisam ser superados.

Adoção de IA na Saúde: A implementação de IA está crescendo, com 33% dos líderes já usando IA para monitoramento remoto de pacientes e 41% planejando implementá-la nos próximos três anos. A IA generativa, em particular, está se destacando como uma área promissora, com 85% dos líderes planejando investir nessa tecnologia nos próximos três anos.

Sustentabilidade Ambiental: 71% dos líderes de saúde definiram ou planejam ter metas para descarbonização e monitoramento de emissões. Estratégias como reciclagem, economia de água e redução do uso de energia são comuns, e a adoção de modelos de assinatura para tecnologia está em crescimento.

E no mercado brasileiro?

Melhorar a pontualidade e a qualidade do atendimento que exige um esforço coletivo

No Brasil, a pesquisa do Future Health Index 2024 destaca que 44% dos líderes de saúde acreditam que melhorar a coordenação de cuidados e a implementação de modelos de cuidado baseados em valor requer parcerias externas. Essas parcerias, que incluem instituições governamentais, empresas de tecnologia da saúde e provedores de TI, são vistas como essenciais para garantir um atendimento mais pontual e de qualidade para os pacientes.

Além disso, quando questionados sobre quais aspectos requerem parcerias externas para melhorar os cuidados de saúde, os executivos brasileiros destacam as seguintes áreas:

Esses dados sublinham a necessidade de colaborações estratégicas para enfrentar os desafios e promover um sistema de saúde mais eficiente e acessível no país.

Barreiras ao atendimento virtual permanecem

Apesar dos avanços na adoção de tecnologias de cuidados virtuais no Brasil, 69% dos líderes de saúde ainda identificam a acessibilidade à tecnologia e a conectividade à internet nos ambientes de saúde como barreiras críticas. Além disso, a alfabetização digital dos pacientes continua sendo um desafio significativo para a expansão eficaz dessas tecnologias.

Quando perguntados sobre os fatores críticos de sucesso para a entrega de cuidados virtuais, além das considerações financeiras, os líderes de saúde destacam:

Esses fatores refletem as principais áreas que precisam ser abordadas para garantir a eficácia e a ampliação dos cuidados virtuais, sublinhando a necessidade de uma abordagem integrada para superar os desafios existentes e melhorar a qualidade do atendimento.

Líderes de saúde precisam de melhor integração de dados

A pesquisa revela que 92% dos líderes de saúde no Brasil afirmam que sua organização enfrenta desafios de integração de dados que impactam na capacidade de fornecer cuidados de alta qualidade e em tempo hábil. Esses desafios incluem dificuldades na interoperabilidade entre plataformas e na conectividade de dados dos pacientes, o que limita a capacidade de tomar decisões clínicas informadas e de melhorar os resultados de saúde.

Quando perguntados sobre onde vêm as maiores oportunidades para que insights baseados em dados melhorem a capacidade de suas organizações de fornecer cuidados oportunos e de alta qualidade, os líderes de saúde destacam:

Esses resultados indicam que, para muitos executivos, a análise de dados pode ser uma ferramenta crucial para enfrentar desafios atuais e melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados prestados.

Sobre a Pesquisa

O relatório Future Health Index 2024 explora como os líderes de saúde veem a capacidade de seus hospitais em fornecer cuidados oportunos e de alta qualidade a todos. Uma pesquisa quantitativa foi realizada com quase 3.000 líderes de saúde de 14 países (Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Países Baixos, Polônia, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos). Isso foi complementado por oito entrevistas qualitativas com líderes de saúde, duas de cada um dos seguintes países: Cingapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. As etapas de pesquisa quantitativa e qualitativa foram realizadas entre dezembro de 2023 e março de 2024.

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FOLHA DE S.PAULO

Nísia Trindade diz ser contra criação de agência para avaliar novos remédios na saúde pública e privada

Ministra participou de seminário no STF, chamado por Gilmar Mendes, que já defendeu ideia

A ministra da Saúde, Nísia Trindade , disse ser contra a criação de uma agência única de avaliação e incorporação de novos tratamentos que atenda tanto a saúde pública quanto a privada. Ela defende a centralização do trato do tema na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), ligada à pasta.

Nísia participou nesta segunda-feira (9) de um seminário no STF (Supremo Tribunal Federal), com a presença dos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, relatores dos casos que definiram regras de fornecimento de remédios fora do SUS (Sistema Único de Saúde). Gilmar Mendes já disse ser favorável à criação desse órgão .

“Não defendo uma agência única, eu creio ter sido muito clara numa visão de fortalecimento da Conitec como referência e de colaboração também com o setor suplementar para que tenhamos fortalecido os princípios de acesso a uma saúde de qualidade da nossa população, mas que não possa ser refém de altos custos de medicamentos, custos com frequência muito mais elevados do que aqueles pagos em países com mais avanços econômicos e com melhor situação econômica do que nosso país”, disse.

Essa agência já foi mencionada pelo ministro Gilmar Mendes como uma estrutura para unificar os trabalhos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) , que libera um novo medicamento para uso no país, e da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), ligada ao Ministério da Saúde e que decide se o novo remédio tem custo efetivo para ser ofertado no SUS .

A ideia de uma agência única de avaliação e incorporação de novas tecnologias já foi debatida em vários fóruns da saúde suplementar nos últimos anos, mas nunca prosperou no âmbito do Executivo ou do Legislativo.

Nísia se manifestou nesta tarde de forma contrária à ideia. A Conitec, defendida por ela, é um órgão colegiado de caráter permanente, integrante da estrutura do Ministério da Saúde, e com o objetivo de assessorar pasta sobre incorporação, exclusão ou alteração pelo SUS de tecnologias em saúde, e na constituição ou alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.

O seminário do STF foi chamado para dar seguimento a um acordo com a União e os Estados que culminou em uma decisão inédita do tribunal. A partir de agora, medicamentos não ofertados pelo SUS não poderão mais ser obtidos por via judicial , exceto em casos muito específicos, por exemplo, situações em que a eficácia e a segurança estejam comprovadas e em que não há outra opção de tratamento.

“Hoje, vários mecanismos são discutidos para pensarmos as incorporações de tecnologia. Em todos eles podemos pensar em avanços. É o caso da discussão sobre compartilhamento de riscos entre todos, mas sem uma visão de base sobre a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde, envolvendo aí também nossa visão cooperativa e colaborativa com a saúde suplementar, nós não conseguiremos avançar nesse objetivo”, disse a ministra.

O encontro reuniu ainda a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), Aloizio Mercadante, a conselheira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Daiane Nogueira de Lima e a médica cardiologista e professora titular da USP Ludhmila Hajjar, além de especialistas e representantes de setores ligados à saúde.

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A REDAÇÃO

Justiça determina intervenção estadual na Saúde de Goiânia

Desembargadores acataram pedido do MPGO 

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou a intervenção do governo estadual na gestão da Saúde de Goiânia. A decisão foi tomada pelo órgão Especial do TJGO, em sessão extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (9/12). Os desembargadores aprovaram o pedido de intervenção do Ministério Público de Goiás, protocolado pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres na última sexta-feira (6).

No pedido, o MPGO aponta a necessidade de uma ação urgente para sanar problemas financeiros e administrativos, com foco em garantir a continuidade dos serviços. O relator do pedido no TJGO, desembargador Jerônymo Pedro Villas Boas, afirma em seu voto que a gestão municipal se mostrou totalmente ineficiente e sem a proatividade e vigilância necessárias quanto aos problemas enfrentados pelos pacientes na saúde pública.

Conforme a decisão do TJGO, a intervenção deve durar até o dia 31 de dezembro, quando encerra o mandato de Rogério Cruz. Com a determinação da Justiça, Cabe agora ao Governo de Goiás nomear um interventor para assumir a gestão da Saúde municipal e promover as mudanças necessárias.


Entre os episódios recentes que motivaram o pedido de intervenção, destacam-se prisões de integrantes da cúpula da Secretaria Municipal de Saúde em uma operação do MPGO, além do pedido de demissão da secretária substituta e de auxiliares em menos de uma semana. Esses episódios expuseram irregularidades graves na área da Saúde na capital, gerando impacto direto nos serviços prestados à população.

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“Tardia”, diz Sindsaúde sobre intervenção estadual determinada pela Justiça

Gestão da rede municipal terá interventor

Diante da decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) em nomear um interventor do governo estadual na gestão da Saúde de Goiânia, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) se manifestou e disse, nesta segunda-feira (9/12), que considera a resolução positiva, porém tardia.

“Trata-se de um esforço para mitigar os graves problemas que afetam tanto a população quanto os trabalhadores da saúde. A decisão pode representar um passo importante para a reorganização do sistema municipal, a fim de garantir o mínimo de estabilidade e continuidade no atendimento”, disse a entidade em nota. 

A deliberação foi do órgão Especial do TJGO, que, em sessão extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (9/12), aprovou o pedido de intervenção do Ministério Público de Goiás (MPGO), protocolado pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres na última sexta-feira (6/12).
 

“Reiteramos que lamentamos profundamente uma intervenção tão tardia, restando apenas 20 dias para o término do mandato do atual prefeito. Essa demora resultou no agravamento da crise que há tempos aflige a saúde pública de Goiânia, com atrasos salariais, escassez de insumos, condições precárias de trabalho e uma sobrecarga insustentável para os profissionais da saúde, que têm desempenhado suas funções em meio a esse cenário desolador”, segue o Sindsaúde no documento enviado para a imprensa. 

A entidade destaca ainda, a necessidade urgente de que o plano de gestão seja elaborado de forma criteriosa e implementado com responsabilidade pelo novo prefeito, Sandro Mabel (UB), “garantindo soluções definitivas e duradouras para os problemas estruturais que comprometem o funcionamento da saúde municipal.”

“Além disso, é imprescindível que o interventor nomeado pelo governador priorize o diálogo constante e aberto com as entidades sindicais, como o Sindsaúde, para que os problemas enfrentados pelos trabalhadores sejam devidamente apresentados, compreendidos e resolvidos”, frisa a nota. 

“O Sindsaúde reforça a importância de se garantir condições dignas de trabalho e a valorização dos profissionais da saúde, que desempenham um papel essencial para assegurar o acesso da população a serviços de qualidade. Apesar das adversidades, esses trabalhadores têm se dedicado incansavelmente para atender à população com comprometimento e humanidade, mesmo em condições extremamente desfavoráveis”, finaliza o documento. 

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PORTAL 6

Sem receber, profissionais da Santa Casa de Anápolis ameaçam paralisar se dinheiro da prefeitura não cair na conta

Profissionais estão sem receber os meses de outubro e novembro e ameaçam paralisação do serviço

Profissionais das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, pediátrica e adulta da Santa Casa de Anápolis cogitam suspender o recebimento de novos pacientes encaminhados pela regulação municipal a partir da meia-noite desta terça-feira (10).

A paralisação seria motivada pelo atraso no pagamento dos salários de outubro e novembro, mas ainda não ocorreu porque a direção da unidade de saúde está negociando prazos com os profissionais. Além disso, órgãos como o Conselho Regional de Medicina (CRM) precisam ser informados com antecedência.

À Rápidas, a diretora-executiva da Santa Casa, Irmã Marinêz Arantes da Silva, afirmou que os débitos totalizam cerca de R$ 11 milhões. Esses valores incluem verbas destinadas pelos governos Municipal, Estadual e Federal, que não foram repassadas à unidade de saúde.

Deste montante, R$ 1,9 milhão são oriundos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Anápolis, R$ 7,6 milhões referem-se a emendas parlamentares, e o restante se divide em valores menores que compõem a soma total.

Segundo a diretora-executiva, o secretário de Economia e Planejamento, Oldair Marinho, justificou que há dinheiro em caixa, mas que a liberação depende da aprovação de um projeto de lei pela Câmara. A proposta visa aumentar a suplementação orçamentária de 38% para 50% em 2024, o que adicionaria R$ 259 milhões ao orçamento deste ano.

No entanto, vereadores consultados pela Rápidas afirmaram que essa argumentação não passa de uma tentativa de pressão para aprovar o projeto, rejeitado pelo Legislativo na última quarta-feira (04).

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CONGRESSO NEWS

Dia do Cirurgião Plástico: Presidente da SBCP-GO aproveitou a data para alertar a população sobre a importância de buscar um especialista

No sábado, 7 de dezembro, foi celebrado o Dia do Cirurgião Plástico, uma data de grande relevância para destacar a importância desses profissionais na realização de procedimentos estéticos e reparadores.

Em Goiás, há 318 cirurgiões plásticos ativos, registrados no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Para obter o registro de especialista, o profissional precisa cursar seis anos de medicina, três anos de cirurgia geral e outros três de cirurgia plástica, totalizando 12 anos de estudos.

Em um momento em que os cuidados com a imagem e a saúde estética estão cada vez mais em foco, é fundamental ressaltar a importância de se submeter a esses procedimentos apenas com profissionais habilitados e qualificados.

“O cirurgião plástico é o médico especializado que passou por um extenso processo de formação, o que proporcionou a ele competências técnicas e científicas para realizar intervenções que envolvem tanto a saúde quanto a estética dos pacientes. O rigor dessa formação é indispensável para garantir resultados seguros e eficazes, minimizando riscos à saúde do paciente”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás (SBCP-GO), Fabiano Calixto Fortes de Arruda.

Em entrevistas à imprensa, o presidente aproveitou o Dia do Cirurgião Plástico para reforçar a orientação à população para que sempre busque médicos especialistas quando for realizar cirurgias e procedimentos estéticos invasivos. Os pacientes também devem ficar atentos à segurança do local onde o atendimento será feito. “Lipoaspiração, por exemplo, não pode ser realizada em consultório”, orienta,

Para saber se o médico é especialista, basta acessar o site da SBCP-GO ( www.sbcpgoias.org.br /) ou do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás ( www.cremego.org.br ) e clicar em busca por médicos.

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Assessoria de Comunicação