Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10 A 12/11/12

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Coluna Giro – PEDIRÁ AUMENTO
A equipe do organização social Idetech, que administra há oito meses o HGG, afirma que vai discutir na renovação do contrato anual os valores repassados, atualmente em R$ 5,6 milhões mensais.

AMPLIAR ATENDIMENTO
A OS defenderá o maior repasse para ampliar o pessoal do hospital. Com o valor vigente, diz que será possível apenas manter o atual atendimento. (11/11/12)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Saúde mental
Procurador da República Ailton Benedito de Sousa instaurou Inquérito Civil Público para apurar supostas ações e omissões ilícitas de gestores do SUS em Goiânia e Aparecida de Goiânia na fiscalização do modelo assistencial em saúde mental aplicado pelos hospitais psiquiátricos conveniados com os municípios.
Direitos Humanos
Nas unidades, haveria “internações irregulares” que configurariam “grave violação dos direitos humanos de pessoas com transtornos mental”. (10/11/12)
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O HOJE
Novembro: atenção à saúde do homem

Eles não gostam de ir ao médico, mas os que têm mais de 50 anos devem fazer exame de próstata anualmente
Angélica Queiroz

Os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. A cada três mortes de adultos no Brasil, dois são homens. Os dados do Ministério da Saúde se devem, principalmente, ao fato de que a população masculina do País não tem o hábito de ir ao médico preventivamente. Salvo exceções, eles só pisam no consultório em último caso ou quando as mães ou esposas forçam a barra. Quando o assunto é o exame para detectar o câncer de próstata, a situação é ainda pior. A maioria tem vergonha ou receio do exame de toque retal. Novembro é o mês internacional de conscientização e este ano está se popularizando no País o movimento Movember, que busca alertar a população masculina sobre a importância do exame e da prevenção contra a doença.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no País, perdendo apenas para o câncer de pele, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que estima que em 2012, no Brasil, sejam detectados mais de 60 mil novos casos, ou seja, 62 a cada 100 mil homens devem ter a doença. O médico urologista do Atalaia Medicina Diagnóstica, Paulo Sakuramoto, ressalta que o melhor caminho é sempre a prevenção e que a orientação é que o exame de toque retal seja feito anualmente pelos que têm mais de 50 anos. Nos homens mais jovens, de 15 a 35 anos, é importante a orientação para o autoexame da bolsa escrotal, como forma de avaliar a presença de algum nódulo.
Sakuramoto lembra que os casos de câncer de próstata aumentam a cada ano no País. Segundo ele, de cada 10 homens acima de 50 anos no Brasil, pelo menos um tem ou vai ter a doença.  “A gente não sabe se o ambiente tem alguma influência sobre isso. O fato é que a incidência tem aumentado bastante, talvez porque estamos conseguindo mais diagnósticos”, afirma. Segundo o médico, quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem chances de cura acima de 90%. Já nas fases mais avançadas, a doença é bastante grave. “Em alguns estágios, a chance de cura, infelizmente, é praticamente zero. Por isso a gente insiste tanto que é importante fazer exames preventivos”, explica.

Preconceito
O urologista acredita que muitos homens não procuram o exame – que é gratuito na rede pública – por falta de conhecimento, mas que a maioria sabe da necessidade de fazer a prevenção anualmente, mas tem preconceito com o exame de toque.  “Pelo menos 50% não procuram o exame por vergonha ou porque os amigos vão fazer piada. Isso é resultado dessa cultura machista latina e também do fato de que eles acreditam que o câncer de próstata não vai acontecer com eles. O problema é que essa doença pode acontecer com qualquer um”, afirma.
Sakuramoto lembra que nos Estados Unidos e em países da Europa mais homens estão deixando o preconceito de lado e, por causa disso, as taxas de cura nesses locais estão cada vez mais altas. “O Brasil está melhorando. Mas precisa melhorar mais”, completa. O médico também destaca que as esposas e mães têm papel fundamental nesse sentido. “Pelo menos 60% procuram pelo exame porque as esposas incentivam ou obrigam. Eles chegam e dizem: ‘Minha mulher me mandou vir aqui,’” conta, bem-humorado.
O coordenador de escola Nilson Francisco de Sousa, de 53 anos, confessa que ficava um pouco constrangido quando precisou fazer o exame. “Fiz só um vez quando um médico indicou”, conta. No entanto, um fato recente mudou sua cabeça: o pai está com câncer de próstata. “Eu pensava que essa doença nunca chegaria até mim ou até alguém próximo a mim. Agora vi que não é bem assim e que é mesmo extremamente necessário fazer esse exame ao menos uma vez ao ano. Meu pai tinha feito há cinco anos, não tinha dado nada”, relata.
Nilson conta que quando o pai começou a sentir dores descobriu que os sintomas só começam quando a doença está mais avançada. Agora ele não só vai fazer o exame regularmente como também está orientando todos os amigos e parentes a fazerem o mesmo. “Percebi que pode acontecer com qualquer um”, diz. O coordenador usa bigode, símbolo mundial da campanha Movember. O fato não passa de coincidência, mas Nilson se diz feliz de incentivar o exame de mais uma forma. “Eu apoio totalmente essa causa”, diz.

Movember
O movimento mundial Movember ocorre no mês de novembro desde 2003, quando começou na Austrália. Este ano, o Movember está se tornando popular também no Brasil, onde recebeu o nome de Movember Brasil. Assim como o Outubro Rosa visa conscientizar sobre a prevenção do câncer de mama, o Movember visa alertar sobre a prevenção do câncer de próstata. O símbolo do Movember é um bigode preto e a palavra se originou pela junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e november (novembro, em inglês).

Em seus 10 anos de existência, o movimento já teve a adesão de um milhão de homens em 10 países e arrecadou cerca de US$ 174 milhões em festas e eventos, dinheiro esse destinado a pesquisas sobre o câncer de próstata e programas de saúde dos países participantes. Para aderir ao movimento basta se cadastrar no site oficial e não raspar o bigode durante o mês de novembro inteiro. O responsável pela campanha no Brasil é Marlon Stefenon, que cuida da fanpage no Facebook e quer integrar o Movember brasileiro ao calendário oficial em 2012. (12/11/12)

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Mãe de 51 anos vai dar à luz duas netas
A dona de casa emprestou a barriga à filha, que não tem útero, e está no 7º mês de gravidez de gêmeas
Lyniker Passos

A dona de casa Maria da Glória acreditava ter tido sua última gestação convencional há três décadas. Mas, em maio, com 51 anos de idade e 11 quilos mais magra, ela pôde reviver a sensação de gerar uma criança. Dessa vez em dobro e de uma maneira completamente diferente. Maria da Glória, em um gesto de amor, emprestou sua barriga para a filha, Fernanda Medeiros, 33 anos, que perdeu o útero ainda adolescente devido a uma deficiência no órgão.
A gravidez aconteceu em maio, e foi o primeiro caso de substituição realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), através do Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento é conhecido popularmente como “barriga de aluguel”, o recurso consiste no empréstimo do útero de uma mulher para outra que não possa gerar um bebê devido a um problema médico que impeça ou contra-indique a gestação pela doadora genética.
Grávida de sete meses e de duas meninas, Emanuele e Júlia, ela considera o empréstimo um presente à filha, que sempre sonhou ser mãe. “É uma sensação que não tem explicação. A emoção é diferente porque, afinal, estou gerando minhas netinhas”, disse. Maria será avó pela segunda vez. Mãe de três filhos, a gestante já tem um neto de 9 anos.
Determinada em realizar o sonho da filha, Maria da Glória se preparou por pelo menos dois anos devido às exigências do tratamento. “Perdi 11 quilos, estava com 61 e engravidei pesando 50 quilos devido recomendação médica.” Ela contou que passou por acompanhamento nutricional, mas que também fazia caminhadas e frequentava a academia de ginástica três vezes por semana. “Fica tudo fácil quando a gente quer”, afirmou.
“Grávida de coração”
Fernanda Medeiros contou, por telefone – a família reside em Santa Helena de Goiás –, que a esperança de ser mãe reacendeu após assistir uma reportagem na televisão. “Foi ainda em 2005, mas não conseguimos, pois o procedimento era feito só em São Paulo. Não deu certo e a gente esqueceu.” Ela está casada há 11 anos com Allen Luiz Martins Paiva, pai das gêmeas. “Uma pessoas maravilhosa que Deus colocou na minha vida.”
Porém, foi em 2011, durante uma visita ao ginecologista, que ela soube que o sonho estava mais próximo. “Desde o começo do ano estou grávida de coração”, considerou. A gravidez por substituição só foi possível na segunda tentativa. A conquista não foi rápida. “Mas para quem não tinha esperança o tempo não foi importante. Às vezes percebia pacientes reclamando por esperar alguns minutos para ser atendido, e para mim aquilo não fazia diferença. A minha única preocupação era que desse certo.”
O parto está programado para o dia 20 de janeiro. “Minha mãe está grávida de 38 semanas e está tudo muito bem resolvido, passamos por acompanhamento psicológico para que tudo aconteça como o recomendado.” Após o nascimento das crianças, os bebês vão ficar aos cuidados de Fernanda. “Minha mãe já se dedicou muito a mim.” Ela disse que a mãe apenas gerou. “Devo conseguir licença-maternidade, já estou com processo na Justiça”, informou. (10/11/12)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação