ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Conheça a rotina de médicos que trabalham no setor de emergência
• Postos de saúde de cidades do Entorno têm problemas na estrutura e falta de remédios
• Artigo – Um perigo chamado zika
• Editorial – O culto à beleza
• Acreditação hospitalar x engajamento do corpo clínico
• Artigo – O direito a morrer com dignidade
• Sem estrutura no interior, IML apela para funerárias
• Vendedora de 35 anos morre após cirurgia plástica
• Mulher morre ao fazer cirurgia plástica em Goiânia
• Artigo – Judicialização e saúde
• Municípios de Goiás poderão repor vagas do Mais Médicos
TV GLOBO/FANTÁSTICO
Conheça a rotina de médicos que trabalham no setor de emergência
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/10/conheca-rotina-de-medicos-que-trabalham-no-setor-de-emergencia.html (11/10/15)
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TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Postos de saúde de cidades do Entorno têm problemas na estrutura e falta de remédios
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/postos-de-saude-de-cidades-do-entorno-tem-problemas-na-estrutura-e-falta-de-remedios/4532691/ (12/10/15)
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SAÚDE BUSINESS
Acreditação hospitalar x engajamento do corpo clínico
Um produto ou serviço ganha muito mais valor e credibilidade quando é avaliado por autoridades isentas. Para conquistar o reconhecimento que eleva seus diferenciais competitivos, instituições de saúde como hospitais e laboratórios têm considerado adotar boas práticas internacionais com vistas à obtenção da acreditação. No Brasil, problemas relacionados à gestão e engajamento do corpo clínico ainda precisam ser superados para que isto se torne realidade.
Considerada como o processo mais completo a ser adotado pelas instituições de saúde que desejam ter seus processos de qualidade e de segurança atestados, a acreditação é uma tendência internacional que contribui positivamente com a imagem e reputação da instituição acreditada. Além disto, graças à adoção das melhores práticas para obtenção do reconhecimento, as instituições ampliam a melhoria de seus processos de qualidade, com benefícios à segurança do paciente, como a redução da infecção hospitalar e distribuição segura de medicamentos.
Para André Medici, Economista-Sênior para Saúde do Banco Mundial, a acreditação está intimamente ligada a processos de gestão. “É a melhoria da gestão que vai garantir que a melhoria da qualidade, a segurança dos pacientes e a gestão de riscos possam ser efetivamente compatibilizadas”, defende Medici.
Base do processo de acreditação, a gestão das instituições de saúde no Brasil ainda se depara com o desafio do engajamento do corpo clínico para a execução das melhores práticas. Segundo Maria Manuela dos Santos, Superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), este quadro é retrato de uma mudança ainda em curso experimentada pelos profissionais da saúde. “O hospital teve uma grande mudança nos últimos 10 anos. Ele deixou de ser uma ‘casa de aluguel’ para ser uma instituição que discute e que define o que o médico deve fazer. A partir daí, os médicos tiveram que se adaptar ao que acontece dentro das instituições e não mais atuarem livremente”, explica Manuela.
De acordo com Maria Carolina Moreno, Superintendente da ONA (Organização Nacional de Acreditação), 99% das instituições de saúde atendidas pela Organização enfrentam dificuldade para o engajamento do corpo clínico. “Se o grupo médico não se envolver, não existe mudança cultural. É preciso definir estrategias para que o corpo clínico participe do processo desde o começo”, explica Carolina. Para ela, fazer com que o profissional enxergue valor no processo apresentado pela gestão está entre os pontos centrais do processo.
Mara Márcia Machado, Diretora Executiva do IQG – Health Services Accreditation, corrobora a questão da gestão como ponto central das discussões para a conquista da acreditação. “Um novo modelo de gestão é condição necessária para que a transformação de um setor ocorra”, conclui Márcia.
*Elaine Martins, especial para Saúde Business (10/10/15)
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O POPULAR
Artigo – Um perigo chamado zika
Estamos prestes a entrar em mais um período chuvoso e com ele o alerta para dois problemas. Um deles é a dengue, recorrente nesse período e que este ano bate recorde com mais de 70 mil notificações em Goiânia. Outra situação que pode agravar essa situação é vírus da zika, que tem sintomas semelhantes à dengue, mas que pode estar relacionado a uma síndrome rara que provoca paralisias graves. O transmissor da zika é o Aedes aegypti, que tem sua proliferação favorecida pela água parada.
A possibilidade de epidemia de mais uma doença espalhada pelo mosquitoAedes aegypti deixa em alerta as autoridades de saúde. Por parte da população é preciso conscientização com relação à limpeza da cidade e de suas residências para evitar a água parada. Em várias partes do país, principalmente na Bahia, as autoridades sanitárias já notificaram milhares de casos de zika. A doença foi identificada e isolada pela primeira vez em 1947.
O vírus zika provoca sintomas bem semelhantes à dengue, como febre, dores na cabeça, no corpo e nas articulações. Além disso, de forma menos recorrente, causa diarreia, náusea e mal-estar. Os especialistas em saúde afirmam que os sintomas do zika são mais brandos aos efeitos da dengue e a chikungunia. No entanto, o que traz preocupação são as complicações posteriormente ao tratamento da doença. Reportagem exibida recentemente no Jornal Nacional mostrou que na Bahia – onde foram notificados os primeiros casos de zika no Brasil e também ocorreu em julho passado uma tríplice-epidemia (dengue, chikungunia e zika) – a doença pode estar relacionada ao aumento de uma síndrome rara, a de Guillain Barré.
A síndrome é causada por vírus ou bactérias que atacam o sistema nervoso e provocam paralisia que começa a atingir inicialmente os pés, sobe pelo corpo até chegar ao rosto. Em alguns casos a síndrome pode provocar até mesmo uma paralisia respiratória. Ainda conforme a mesma a reportagem, o mais comum é ocorrer um caso de Guillain Barré a cada mil habitantes, mas na Bahia houve um aumento considerável, principalmente em pessoas tratadas com o vírus do zika. Até agora já foram notificados 55 casos de Guillain Barré, 29 deles já confirmados pelo Ministério da Saúde.
Em Goiânia dois casos de zika estão em investigação. O vírus não é considerado grave, mas essa relação da doença com a síndrome de Guillain Barré, mesmo que ainda não comprovada, nos deixa em alerta. Na Bahia já foram notificados somente este ano mais de 32 mil casos de zika.
O período de chuva em Goiânia ainda não se intensificou e atualmente as notificações de dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti caíram em relação ao início do ano. Mas não podemos descuidar do combate ao mosquito.
O trabalho de prevenção é importante à medida que o zika assim como a dengue, não tem uma medicação especifica para seu tratamento. A doença é combatida a medidas que os seus sintomas vão surgindo.
Cida Garcêz (SDD) é vereadora em Goiânia (13/10/15)
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Editorial – O culto à beleza
O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking dos países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo e ultrapassou os Estados Unidos em 2013, segundo dados do International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS).
Goiás, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), chegou a ser o terceiro Estado em número de intervenções realizadas, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. Só que qualquer procedimento cirúrgico é um risco e a busca pela beleza física pode virar tragédia.
Na sexta-feira morreu em Goiânia mais uma jovem depois de submeter a três cirurgias plásticas. Há um ano, ocorreu a morte de uma jovem médica, de 28 anos, após se submeter a uma cirurgia de lipoaspiração. Também na mesma época, morreu uma mulher de 39 anos, após aplicação de suposto hidrogel no bumbum por uma falsa biomédica. Os exemplos são muitos e o mais conhecido deles são as vítimas do ex-médico, Marcelo Caron, acusado de provocar a morte de seis pacientes, quatro em Goiás e duas no Distrito Federal.
O culto à beleza é uma marca desta época e não seria um problema se essa procura fosse de forma equilibrada, sem colocar em riscos a própria saúde. No entanto, o que se percebe é que a procura pelo corpo perfeito está se transformando em um objetivo de vida e motivo único de realização pessoal. Neste caso vira um problema de saúde pública.(12/10/15)
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Artigo – O direito a morrer com dignidade
Quando estamos bem de saúde não paramos para pensar em como é bom poder ir e vir e fazer o que costumamos fazer sem outras preocupações que aquelas do nosso dia a dia. Mas quem, por exemplo, já teve cólicas renais e passou por esses momentos intermináveis de dor sabe como é bom, depois da agonia, não sentir mais nada. Pouco pensamos no que nos poderia esperar ao termo das nossas vidas, a não ser levados por alguma experiência pessoal – como a agonia e morte de algum familiar ou pessoa muito próxima.
Aquelas frequentes notícias ou matérias sobre o mal de Alzheimer podem levar-nos a pensar sobre como seria bom podermos terminar os nossos dias tendo completo controle sobre o que queremos ou não queremos fazer e em condições de ver, ouvir, interagir e comunicarmos normalmente com aqueles que nos rodeiam. O ideal seria morrer por causas naturais e de forma relativamente rápida e pacífica, sem uma agonia prolongada nem causando sofrimento aos nossos parentes. Mas existe a probabilidade de que não seja assim. Surge aí a questão: sabendo que vamos terminar nossos dias sem ter controle sobre quase nada, sem poder comunicar-nos, talvez sem entender nada de nada, sofrendo dores dilacerantes e cada vez mais agudas, temos o direito a não querer nos submeter – e submeter os nossos parentes – a isso?
No ano passado, a decisão da jovem Brittany Manyard, que lutou pelo direito a morrer depois de saber que um tumor no cérebro ia levá-la a uma morte lenta e insuportável, levantou a discussão sobre o direito a morrer nos Estados Unidos. Como na Califórnia, onde vivia não havia a possibilidade legal de fazê-lo, mudou-se para Oregon, Estado em que a lei permite que a pessoa com uma doença terminal, que lhe produziria invalidez e sofrimentos insuportáveis, solicite comprimidos que provocariam uma morte rápida e sem dor. Brittany Manyard faleceu assim, como queria, em novembro.
Quando meu pai teve um derrame e foi internado houve um determinado momento em que sua situação se agravou. Os médicos me pediram autorização para levá-lo à Unidade de Tratamento Intensivo, onde permaneceria inconsciente. Ele estava com as defesas muito baixas, mas consciente. Decidi por ele e disse aos médicos que não, que ele não faria essa escolha. Imaginei que, sabendo que poderia morrer, ele teria preferido morrer ao lado do único filho. Superou a crise, embora morresse um par de meses depois. O problema é: quem tem o direito dessa escolha? Penso que, como decidiram os legisladores da Califórnia há poucos dias, o paciente. Ele deve decidir se quer se submeter pelo sofrimento sem esperança de recuperação, e morrer da pior forma possível, ou não.
Apresenta-se uma questão ética extremamente complexa. O governador da Califórnia, Jerry Brown, ao assinar a lei, disse: “Não sei o que eu faria se fosse ter uma morte prolongada e dores dilacerantes. Tenho certeza, no entanto, de que seria um conforto ser capaz de considerar as opções d esta lei. E não negaria esse direito aos outros”.
Por minha parte, gostaria de poder exercer o direito a não querer terminar meus dias como um ente sem consciência, sem poder me comunicar ou decidir sobre absolutamente nada. Mas não é simplesmente por egoísmo. Não gostaria de provocar esse sofrimento aos meus filhos ou a minha mulher, submetendo-os ao suplício de ter de lidar com um ser que não é mais quem foi, que não pode nem se comunicar, e que, eventualmente, morrerá em pouco tempo. Mas, por outro lado, me ponho na situação dos filhos. Eu mesmo não tive a coragem de enviar meu pai para um lugar do qual os próprios médicos me disseram que dificilmente sairia vivo. Quis que vivesse esperando por um milagre – milagre que não veio. Tive esse direito? Fiz de tudo para que vivesse, e minha consciência está tranquila. Se, pelo contrário, meu próprio pai – que não foi consultado – tivesse pedido ir para a UTI sabendo que nela ele morreria, teria eu respeitado seu pedido? Não sei.
E os médicos, podem ser obrigados a ministrar a droga que mataria um doente terminal, que pediu para morrer, mesmo contra suas convicções? Muitos dirão que cabe a Deus decidir. Eu não vi meu pai sofrer. Se tivesse visto, se ele tivesse pedido a gritos para lhe livrar de dores insuportáveis, como eu teria reagido? Quanta dor de um ser querido estamos em condições de suportar sem agir? Não sei, e penso que muito poucas pessoas sabem.
Gonzalo Armijos é coordenador de pós-graduação do câmpus cidade de Goiás da UFG. (11/10/15)
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Sem estrutura no interior, IML apela para funerárias
Exames cadavéricos são feitos por peritos em espaços particulares em cidades goianas
Rosana Melo
A falta de estrutura ou a inexistência dela para o funcionamento de um Instituto Médico Legal (IML) em cidades do interior de Goiás abrem espaço para que exames cadavéricos sejam realizados em funerárias ou em clínicas de preparação de corpos. A prática não é ilegal, mas revela a necessidade de investimento na Polícia Técnico-Científica (PTC) no Estado.
São 14 regionais da PTC no estado para o atendimento aos 246 municípios. Em algumas regionais, como a de Uruaçu, por exemplo, apenas um escritório da PTC funciona em uma casa sem estrutura para a realização de exames periciais.
Em Uruaçu, o núcleo regional da PTC é responsável pelo atendimento a 29 municípios, tendo apenas 16 funcionários. São dois legistas e quatro peritos, além de servidores comissionados. Mortes violentas, resultantes de acidentes, homicídios e latrocínios são submetidos a necropsia em uma das duas funerárias da cidade, a Serpos e a Pax.
As duas se revezam semanalmente nos plantões e não há contrapartida para a funerária quanto ao serviço prestado em suas instalações.
Uma atendente da funerária disse ao POPULAR que os servidores do Instituto Médico Legal (IML) apenas utilizam as instalações e o corpo fica à disposição da família depois, sem a necessidade dos serviços póstumos serem contratados na funerária.
Apesar da falta de compromisso na contratação, existem apenas duas funerárias da cidade. “O serviço acaba ficando para a funerária mesmo, que pratica o preço que ele achar melhor pelo serviço, dependendo da cara do cliente”, contou auxiliar de autopsia Eliete Ribeiro de Sousa Jackson, que é diretora do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO).
A rotina de Uruaçu também é encontrada em Mineiros, onde a falta de um prédio adequado para o funcionamento do IML faz com que necropsias sejam realizadas em uma das duas funerárias da cidade: a Cristo Rei e a Real Pax.
Na cidade também há um revezamento nos plantões das duas funerárias. Uma funcionária da Funerária Cristo Rei disse que dependendo do plantão, os funcionários do IML local usam as dependências da clínica de preparação de corpos da funerária. “Não recebemos nada por isso. É uma cortesia que fazemos porque o IML aqui não tem estrutura para fazer os exames”, contou.
Em Itumbiara, terceira cidade citada pelo Sinpol-GO sem estrutura adequada de funcionamento do IML, os corpos também são necropsiados em uma funerária. O IML da cidade está em construção e deve ficar pronto até o final do ano.
O 12º Núcleo Regional da Polícia Técnico-Científica, com sede em Itumbiara, atende aos municípios de Água Limpa, Bom Jesus de Goiás, Buriti Alegre, Cachoeira Dourada, Goiatuba, Panamá e Itumbiara.
Segundo o site da PTC, neste núcleo trabalham 13 servidores, sendo 2 médicos legistas e três peritos, além de papiloscopistas, identificadores e pessoal comissionado. Os números, segundo o site são de 2010.
Secretaria fala em parceria com prefeituras
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) informou, por meio de nota, que a Superintendência da Polícia Técnico-Científica firmou parcerias com prefeituras e funerárias para a realização de necropsias em salas adequadas nos municípios que não possuem núcleos próprios do IML. “As parceiras são feitas sem ônus para o Estado e estão em perfeito acordo com a legislação vigente”.
Em Uruaçu, onde há um núcleo da PTC, o município foi incluído no programa do governo federal para instalação de unidades do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), mas a execução depende do cronograma da União.
O SVO, contudo, tem como atribuição legal a verificação da causa da morte natural, em casa ou em unidade hospitalar, para que o município saiba que doença mata seu cidadão e possa trabalhar na profilaxia, como em casos de epidemias, por exemplo. Não é obrigação ou função do SVO necropsiar corpos vítimas de violência.
“Essa obrigação é do governo estadual. A atribuição é dos IMLs é determinar quem é responsável pela morte violenta da vítima para efeito de investigação criminal”, explicou a sindicalista.
A SSPAP informou ainda que está em fase final a liberação de um financiamento de R$ 8 milhões para investimentos na estrutura dos Institutos Médicos Legais do Estado e que os recursos serão usados para o término das obras dos IMLs de Itumbiara e Aparecida de Goiânia. A verba será utilizada também para a construção do IML de Águas Lindas de Goiás.
A reestruturação do IML de Luziânia, segundo a assessoria da SSPAP, aguarda a liberação de recursos federais e estaduais para que a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) defina o cronograma da obra. Parcerias estão em andamento para a construção e adequação de unidades da PTC em Catalão, Morrinhos e Campos Belos de Goiás.
De acordo com nota da assessoria, o governo de Goiás já autorizou a convocação de médicos legistas, peritos criminais e auxiliares de autopsia aprovados no último concurso e que já fizeram o curso de formação.
Para a auxiliar de autopsia e sindicalista Eliete Jackson, a deterioração dos IMLs no interior do estado são reflexo da falta de investimentos do governo na PTC.
Ela teme que os IMLs passem a ser administrados por Organizações Sociais (OS) como sinalizou o governador Marconi Perillo em evento no final do mês passado. (11/10/15)
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Vendedora de 35 anos morre após cirurgia plástica
Valéria Souza da Silva passou por 3 procedimentos cirúrgicos ao mesmo tempo e família cobra uma resposta para causa da morte. Médico quer exames
Andreia Bahia
“Só quero entender o que aconteceu e saber de que minha irmã faleceu.” O desabafo é de Keithy Sousa da Silva Nascimento, irmã mais nova da vendedora Valéria Souza da Silva, de 35 anos, que morreu na madrugada de sexta-feira, depois de fazer uma cirurgia plástica múltipla na Clínica Performance. Ela faleceu na UTI do Hospital Renaissance, para onde foi transferida na tarde de quinta-feira, cerca de duas horas após concluída a cirurgia realizada pelo médico Marcos Teixeira. No atestado de óbito consta “óbito a esclarecer por necropsia de cirurgia plástica multipla”. Valéria se submeteu a três cirurgias ao mesmo tempo, abdominoplastia, lipoescultura e mamoplastia com implante de prótese.
Segundo Keithy, após o término da cirurgia, por volta das 15 horas, Valéria não retornou ao quarto e ela foi informada que a irmã havia sofrido uma queda de pressão ao ser transferida de uma maca para outra e que seria levada para outra clínica porque na Performance não havia os equipamentos que ela precisava. Quando Keithy chegou ao Renaissance, no fim da tarde de quinta-feira, o médico da UTI lhe informou que o estado dela era gravíssimo. Os rins já haviam parado e ela seria submetida a uma diálise. Valéria morreu às 2hs05 de sexta-feira e o hospital só vai se pronunciar sobre o caso na terça-feira.
Na Performance, clínica que Valéria escolheu porque foi informada pelo médico que havia UTI no local, a família da vendedora foi informada que ela havia assinado um termo assumindo que conhecia os riscos da cirurgia. Valéria deixa três filhos, duas meninas de 16 e 14 anos e um garoto de 8.
Médico pede exames toxicológicos
O médico Marcos Teixeira disse, em entrevista ao POPULAR, que somente a necropsia feita no Instituto Médico Legal (IML) poderá esclarecer a causa da morte de Valéria Souza da Silva. O resultado do exame deve sair em 30 dias. O médico informa que pediu também que o instituto faça exame toxicológico no corpo para saber se houve alguma interação medicamentosa que possa explica o fato de Valéria, apesar de respirar normalmente, não ter acordado da anestesia. Segundo o médico, um exame preliminar feito no IML não detectou nenhum tipo de lesão, trombose, embolia ou perfuração.
Outra paciente de Teixeira, a dentista Kessia Souza Figueiredo, que se submeteu as mesmas cirurgias que Valéria em julho desde ano, também teve problemas no procedimento. Ela teve um infecção gravíssima que a levou a ficar internada em uma UTI por 20 dias. O corte da abdominoplastia ainda não cicatrizou e ela gastou R$70 mil em tratamentos. Sobre esse caso, o médico diz ser natural que algumas cirurgias deem problema. (11/10/15)
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Mulher morre ao fazer cirurgia plástica em Goiânia
Irmã da vítima disse que o médico mentiu ao dizer que a clínica tinha toda estrutura necessária para fazer a operação
A vendedora Valéria Souza da Silva, 35 anos, morreu ao fazer uma cirurgia plástica na quinta-feira (9), em Goiânia, segundo familiares. Ela teria tido complicações operatórias e na Clínica Performance, onde ela fez a cirurgia, não tinha UTI, ainda segundo parentes.
Já a Clínica Performance explicou que possui os equipamentos de UTI, mas que o quadro clínico da vendedora se agravou por causas desconhecidas e inesperadas. Por isso, a equipe médica decidiu transferir a mulher para um hospital com mais recursos para tentar reverter o quadro clínico dela.
Érica Souza da Silva, irmã da vítima, disse que o médico mentiu ao dizer que a clínica tinha toda estrutura necessária para fazer a operação. Valéria fez a operação para colocar silicone nos seios, fazer uma lipoescultura e abdominoplastia.
Ainda de acordo com Érica, o médico responsável disse que a paciente teve uma queda de pressão e uma complicação e que tinha sido transferida para outra clínica com UTI. A irmã da vítima contou também que os médicos da clinica para onde Valéria foi transferida, disseram que a mulher já chegou sem sinais vitais.
A família registrou o caso no 5º Distrito Policial, mas os agentes informaram que o caso será investigado pelo 8º DP de Goiânia. (10/10/15)
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Artigo – Judicialização e saúde
O aumento progressivo das ações judiciais para custear medicamentos e realizar procedimentos em Goiás tem sido motivo de muita preocupação da Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado.
Só este ano, a Saúde prevê um gasto de R$ 90 milhões para a compra de medicamentos e a oferta de cirurgias. Esse valor já superou tudo o que foi gasto com as mesmas despesas em 2014, ou seja, R$ 42,8 milhões. Em que pese tal medida administrativa de atenção à saúde, fato é que o Estado tem percebido o aumento progressivo de ações judiciais para custear medicamentos e realizar procedimentos em Goiás.
Com efeito, há estudos de impacto do orçamento, o que nos mostra que a escalada de gastos com a judicialização vai comprometer, brevemente, a oferta de outros serviços também essenciais. Isso porque a demanda é crescente e os recursos limitados.
É fundamental esclarecer que no tocante à oferta de medicamentos (a maior queixa de ações na Justiça) que a Secretaria de Estado da Saúde cumpre, integralmente, seu papel junto à sociedade, na oferta global de componentes que são contemplados pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito do SUS, os quais são dispensados pela Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. Do mesmo modo, tem-se buscado o atendimento nos hospitais públicos estaduais para ampliar a oferta de procedimentos cirúrgicos aos necessitados.
O que se deve almejar, nesse cenário, que se torna cada vez mais complexo, é o equilíbrio das decisões judiciais. O melhor passo seria, talvez, buscar previamente pareceres da Câmara Técnica do Judiciário, órgão que atua no Tribunal de Justiça, sobre a eficácia do tratamento prescrito antes de proferir uma decisão.
Esse órgão conta com médicos e farmacêuticos disponíveis para prestar assessoria técnica à Justiça para que alternativas sejam tomadas para atender o cidadão com a mesma qualidade e necessidade ao tratamento de saúde reclamado, porém com a oferta de serviço mais próxima do que o Estado pode oferecer.
Existem, por exemplo, medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde que são análogos a muitos que são pedidos em juízo e não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por que, então, não oferecer um componente especializado, que pode ser concedido, gratuitamente, em substituição a outro que o Estado precisa comprar ou importar?
Podemos citar, ainda, uma série de outros componentes, que estão em fase de testes, e sem eficácia comprovada. Nesse contexto, notamos que o entendimento entre os Poderes Executivo e Judiciário será o melhor caminho para o desafio do Estado em oferecer saúde de qualidade, de forma que se mantenha o atendimento necessário sem comprometer a universalidade do serviço e o orçamento possível.
Alerte Martins de Jesus é chefe da Advocacia Setorial da SES-GO (10/10/15)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Municípios de Goiás poderão repor vagas do Mais Médicos
Prefeituras com vagas ociosas têm até o dia 15 de outubro para aderir. Inscrições dos médicos começam na terça-feira (13)
Profissionais de medicina terão nova oportunidade para participar do Programa Mais Médicos. Foram publicados, esta semana, editais para reposição das vagas desocupadas desde o último processo de seleção, realizado em julho. Em Goiás, 10 municípios possuem 12 postos não ocupados no momento, e devem aderir ao edital entre esta sexta-feira (9/10) e o dia 15 de outubro, para confirmar se está mantida a necessidade dessas vagas. Já os médicos podem se inscrever na seleção entre os dias 13 e 18 deste mês. Os editais fazem parte da política de reposições trimestrais implementada pelo Ministério da Saúde a partir deste ano.
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a importância dos editais de reposição para a continuidade da prestação dos serviços nas unidades básicas de saúde. "Nãoé incomum médicos que estejam no Programa serem aprovados na residência médica. receberem uma proposta de emprego ou passarem em um concurso, por exemplo. Isso é uma realidade na profissão médica, que tem um mercado de trabalho aquecido, com mais oportunidades do que médicos para ocupá-las. O importante é termos garantida a reposição dessas vagas rapidamente, e é isso que esses editais trimestrais garantem: que as prefeituras fiquem o mínimo de tempo possível com vagas ociosas", esclarece.
Neste edital de reposição, 323 municípios de todas as regiões poderão preencher 410 vagas ociosas. Apenas serão ofertadas para escolha dos profissionais as vagas confirmadas pelos municípios, que devem fazer essa opção pelo site do Mais Médicos. Os postos em aberto que não forem solicitados neste momento ou que estão suspensos temporariamente pela coordenação do Programa poderão ser disponibilizados nas próximas seleções, a depender da manifestação do município ou da regularização da situação que levou o suspensão.
MÉDICOS
Os médicos deverão se inscrever na seleção entre os dias 13 e 18 de outubro através do site do Mais Médicos, preenchendo o cadastro e apresentando a documentação exigida. Eles também devem optar peia modalidade de participação desejada: receber pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por no mínimo 12 meses: ou permanecer no município por até tiês anos e fazer jus a benefícios, como auxílios moradia e alimentação, custeados pelas prefeituras.
Em seguida, os profissionais inscritos deverão indicar, a partir dia 20, até quatro cidades de diferentes perfis onde desejam atuar conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrerão somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios. Quem não conseguir alocação terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade, a ser ofertada em novembro.
Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas nos editais anteriores, nesta ordem: ter título de Especialista em Medicina de Família eComunidade; ter experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família: ou ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância. Saúde. Saúde da Família e Saúde Indígena), do VERSUS, do ProUni ou do FIES.
Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento, e ter maior idade. Não poderão ingressar neste edital candidatos que participaram das chamadas anteriores do Mais Médicos e que tenham sido desligados por descumprimento de normas do Programa.
Caso as vagas não sejam preenchidas, o edital será aber-to aos brasileiros que se formaram no exterior e. em seguida, aos profissionais estrangeiros. A previsão é que os primeiros profissionais brasileiros selecionados nesta etapa iniciem as atividades no início de novembro. O próximo edital está previsto para janeiro de 2016.
SOBRE O PROGRAMA
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país.
No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país. que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Destas, 5.306 vagas de graduação já foram autorizadas (3.616 privadas e 1.690 públicas) e 7.742 vagas de residência. (10/10/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação