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DESTAQUES
Brasileiros em quarentena não têm sintomas do novo coronavírus
Ministério da Saúde debate valor das bolsas de residência
Parecer CFM nº 24/19 recomenda parâmetros para unidades de terapia intensiva e cuidados intermediários
PORTAL G1
Brasileiros em quarentena não têm sintomas do novo coronavírus
Os brasileiros que estavam em Wuhan, na China, onde começou o surto, e a equipe de resgate estão isolados na base aérea de Anápolis, em Goiás, e passam por exames.
Brasileiros em quarentena não têm sintomas do novo coronavírus
Os brasileiros trazidos da China já estão em quarentena há mais de 30 horas e sem nenhum sintoma da doença.
As 58 pessoas, os repatriados e a equipe de resgate, chegaram à Base Aérea de Anápolis às 6h05 de domingo (9) e foram direto para o hotel onde vão passar os próximos 18 dias.
Nesta segunda-feira (10), receberam orientações da equipe médica e passaram por avaliações, como medição de temperatura, pressão e frequência cardíaca. O estudante Vítor Campos disse que já está adaptado à rotina.
"O segundo dia aqui já foi um pouco mais dinâmico e ativo, porque depois do primeiro dia de descanso, nós já acordamos, socializamos uns com os outros, e depois do almoço tivemos uma orientação sobre a base, o que fazer, quais os serviços. O serviço é exemplar, ainda mais comparando com outros amigos meus que estão em quarentena em outros países, eu acho que nós estamos de nota dez. Para falar a verdade, existem vários serviços disponíveis, desde internet, televisão, uma comida ótima, muito gostosa mesmo, e todo tipo de serviço, desde apoio não só de saúde, mas também psicológico e religioso", contou.
O Laboratório Estadual de Goiás, na capital Goiânia, começou a analisar as amostras de material, como a saliva coletada de todas as pessoas que estão na quarentena. O laboratório vai verificar se há presença de algum vírus de doença respiratória, entre eles o novo coronavírus. O resultado dos exames deve sair na quarta (12).
O Brasil não tem nenhum caso confirmado de coronavírus e o número de casos suspeitos caiu para sete. De acordo com o Ministério da Saúde, três em São Paulo. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul têm um caso suspeito cada um. Ao todo, 32 casos suspeitos já foram descartados no país.
Em Brasília, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diz que o momento ainda é de vigilância.
"Eu acho que é possível esse vírus chegar ao Brasil, eu acho que é provável que chegue. A gente tem que estar muito vigilante para que, se chegar, a gente possa organizar o tratamento dessa pessoa e minimizar a transmissão para os eventuais contatos que possam surgir", avaliou.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde debate valor das bolsas de residência
Além da questão financeira, também foi abordado a qualidade de vida dos profissionais residentes e dos serviços prestados à população
O Ministério da Saúde convocou, na última quinta-feira (06/02), em Brasília (DF), uma reunião com representantes do Ministério da Educação (MEC), parlamentares e entidades de classe para apresentar propostas e traçar possíveis cenários de correção no valor das bolsas de Residência em Saúde. O encontro foi motivado pela da necessidade de valorizar os profissionais que cursam residência de saúde no país, corrigindo a defasagem ocorrida ao longo dos últimos quatro anos nos valores das bolsas de residência.
O diretor do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde, da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (DGTES/SGTES), Alessandro Vasconcelos, representando a Secretaria Mayra Pinheiro, explicou que atualmente o valor da bolsa é de R$ 3.330,43. Uma das propostas é que seja feita a reposição das perdas financeiras relativas ao período 2016-2020 estimada em 14,21%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
"A reunião foi convocada para darmos sequência aos trabalhos de aperfeiçoamento das Residências. Reconhecemos a defasagem no valor das bolsas e sabemos da importância dos residentes como força de trabalho dentro do SUS e da responsabilidade de escolha pela formação especializada. Já temos um estudo sobre a possibilidade de fazer a correção de perdas salariais e a proposta já está em andamento", revelou Alessandro.
Para a conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rosylane Rocha, o valor pago aos residentes, somado à extensiva carga horária de trabalho, tem refletido na saúde do profissional e acarretado a baixa procura pela qualificação e especialização. "Muitos médicos já saem das faculdades com uma dívida de financiamento enorme. O valor atual das bolsas não reflete as necessidades do profissional, que além de trabalhar 60 horas por semana ainda tem uma carga horária extensiva de estudos e plantão. Nossos profissionais estão adoecendo e isso acaba prejudicando a qualidade do serviço prestado à população", considerou Rosylane.
Os programas de Residência em Saúde têm como objetivo apoiar a formação de especialistas em regiões e áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2019, foram ofertadas 9.613 bolsas para Residência Médica e 5.076 para Residência em Área Profissional, ambas destinadas ao primeiro ano de atuação profissional.
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CFM
Parecer CFM nº 24/19 recomenda parâmetros para unidades de terapia intensiva e cuidados intermediários
As unidades de terapia intensiva (UTI) e de cuidados intermediários (UCI) devem estabelecer critérios de qualidade e definir competências na composição das equipes. É isto que orienta o Parecer nº 24/19, do Conselho Federal de Medicina (CFM), afim de prevenir distorções éticas e garantir segurança no tratamento intensivo dispensado aos pacientes criticamente enfermos.
O parecer é resultado de ampla discussão da Câmara Técnica de Medicina Intensiva do CFM sobre a Resolução nº 7/10 (RDC 7), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recebeu vários questionamentos referentes ao exercício profissional e dimensionamento de equipes de UTI.
De relatoria do então conselheiro federal Hermann von Tiesenhausen, o documento delimita três níveis de cuidado, descreve as características próprias de cada unidade segundo o grau de complexidade e gravidade da condição de saúde, além de detalhar a habilitação exigida e as atribuições da equipe, dos coordenadores e dos médicos responsáveis técnicos.
“Essas unidades devem funcionar em espaço físico com estrutura de suporte tecnológico adequada e contar com recursos humanos dimensionados e apropriadamente qualificados para a função e com protocolos e gestão de processos que garantam assistência segura e de qualidade ao paciente grave, como preconizam resoluções da Anvisa e as Resoluções CFM nº 2.056/13 e 2.153/16”, pontua Tiesenhausen.
Responsável técnico – O Parecer CFM nº 24/19 indica que a coordenação e a supervisão da unidade e do grupo multiprofissional cabem à equipe médica, composta por coordenador e/ou responsável técnico, intensivista diarista (rotina) e plantonista, cada um com responsabilidades e atuação específicas. O responsável técnico também deve ser intensivista.
Nas UCI, a equipe multidisciplinar deve ser a mesma descrita para as UTI, variando apenas o seu dimensionamento. O médico coordenador nas duas modalidades de internação pode acumular a função de diarista/rotina e visita horizontal nas UCI. A especialidade também é considerada para composição da equipe. A UTI/UCI Pediátrica, por exemplo, deve ter como responsável técnico um pediatra com habilitação em medicina intensiva pediátrica; já a UTI Neonatal, um médico especialista em pediatria com área de atuação em neonatologia ou em medicina intensiva pediátrica. O parecer estabelece que, na UTI Pediátrica, a proporção ideal de médicos é de um diarista e um plantonista para cada 10 leitos, enquanto na UCI Pediátrica ou Neonatal a proporção é de um plantonista para cada 15 leitos.
Além de ressaltar que médicos, enfermeiros e fisioterapeutas plantonistas devem estar disponíveis 24 horas por dia, o Parecer CFM nº 24/19 também destaca a necessidade de outros profissionais para compor a equipe multidisciplinar, como assistente social, farmacêutico, fonoaudiólogo, nutricionista, odontologista e psicólogo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação