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DESTAQUES
Técnica em enfermagem é indiciada por troca de bebês em hospital de Trindade
Nova CPMF: Governo planeja cobrar 0,4% de imposto sobre saque e depósito em dinheiro
Gerenciamento de dados dos pacientes vira aliado na prevenção
Casos de dengue crescem 599% e ministério antecipa campanha
Lottenberg, como já era esperado, deixa a presidência da Amil
Amil faz parceria com a Justiça para redução de processos
PORTAL G1
Técnica em enfermagem é indiciada por troca de bebês em hospital de Trindade
Delegada disse que a profissional era a responsável pelo berçário e trocou as roupas levadas pelas famílias para vestir os recém-nascidos. Caso comoveu o país.
Uma técnica em enfermagem foi indiciada, nesta terça-feira (10), como sendo a responsável pela troca dos bebês no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), na Região Metropolitana de Goiânia, segundo informou a delegada Renata Vieira. Os bebês foram devolvidos aos pais biológicos há pouco mais de um mês, após exames de DNA.
“A indiciada é a técnica de enfermagem responsável pelo berçário. Depois de ouvirmos mais de dez pessoas, analisarmos todos os prontuários e visitarmos o Hutrin, concluímos que o erro aconteceu na hora de vestir os bebês, e ela que é a responsável por isso”, afirmou a delegada.
O G1 não teve acesso ao nome da profissional indiciada para tentar contato com ela ou com a defesa. Segundo a delegada, ao ser ouvida, a funcionária negou que tenha errado no procedimento adotado no Hutrin para vestir os bebês.
“Nós acompanhamos o trabalho dela no Hutrin. Ela fez como normalmente faz. Coloca a roupa do bebê no balcão, enquanto é dado o banho”, afirmou Renata.
À TV Anhanguera, a nova Organização Social (OS) que administra o Hutrin informou que assumiu a gestão no dia 25 de agosto e está trabalhando para melhorar a assistência prestado na unidade hospitalar, não comentado sobre o caso específico. O G1 não conseguiu localizar os administradores anteriores.
Desde o início das investigações, no fim de julho, a Polícia Civil afirmou que os bebês trocados tinham sido vestidos com as roupas um do outro após o banho dado pela funcionária da maternidade. De acordo com a delegada, a troca aconteceu mesmo com os bebês de Pauliana Maciel Aguiar de Sousa e Aline de Fátima Bueno Alves identificados corretamente pelas pulseiras.
Ao ser levado para a enfermaria, o bebê colocado ao lado de Aline vestia a roupa escolhida por ela, no entanto, se tratava do filho da Pauliana. O mesmo erro ocorreu com o recém-nascido da outra mãe.
“O bebê da Pauliana estava com a roupa do bebê da Aline [e vice-versa], mas a identificação do bebê na pulseira estava certa, só que do lado da mãe errada”, disse a delegada.
Segundo a mãe de Aline contou à polícia em depoimento, a roupa que o bebê da filha deveria estar era muito específica, já que foi vestida também por um outro neto da mulher logo após o nascimento.
A delegada disse que a técnica de enfermagem foi indiciada no Art. 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê penalidade para quem não identificar corretamente o bebê e a mãe após o parto.
“Concluímos que foi na modalidade culposa a troca [quando não há intenção]. Agora, vamos enviar nesta quarta o inquérito do caso à Justiça”, disse Renata.
Pulseiras trocadas
As investigações apontam ainda que as pulseiras se soltaram e uma delas caiu no chão. Segundo a delegada, foi acompanhante de uma outra mulher que estava na enfermaria que achou a pulseira no chão.
A avó de um dos bebês informou à polícia em depoimento que chamou uma funcionária da maternidade para avisar que achou estranho as pulseiras estarem trocadas.
“Eu tive acesso a pulseira que era para estar no bebê da Pauliana e caiu. Ela estava ainda lacrada e mostra que estava grande e por isso se soltou do pé do menino”, disse a delegada.
Para a delegada, o erro não aconteceu no centro no cirúrgico mesmo uma das mães afirmando que chegou a ser levada para o parto como se fosse a outra e depois teve que esperar.
Descoberta
Após a alta hospitalar, as mães levaram os bebês trocados para casa. Aline retornou para Santa Bárbara de Goiás, a 27 Km da maternidade de Trindade, onde mora com o marido Murillo Praxedes Lobo.
Já Pauliana foi para casa em Trindade, onde reside com o marido Genésio Vieira de Souza. Os dias se passaram e o casal percebeu que o bebê não se parecia com eles e começou a desconfiar que algo de errado poderia ter acontecido.
Os dois resolveram fazer um exame de DNA, quando o recém-nascido estava com 13 dias de vida. O resultado comprovou que o bebê não era o filho biológico do casal.
O casal, então, resolveu procurar à polícia. No dia do parto, 9 de julho, 16 crianças nasceram na maternidade.
Ligação telefônica
A conexão entre as duas mães começou ainda no quarto da maternidade, quando Pauliana pediu a Aline o celular dela emprestado para avisar ao marido que estava indo para a sala de parto.
Foi o registro dessa ligação que, dias depois, ajudou, segundo as famílias, a chegar mais perto do desfecho sobre a troca dos bebês.
Pauliana contou que logo lembrou de Aline e falou para o marido que ela e a outra mulher tinham sido as últimas duas a terem os filhos naquele dia.
Eles logo lembraram do telefonema feito por Pauliana para o marido no celular da Aline. Genésio achou o número no registro de ligação e resolveu telefonar para a jovem e contou a história. Até então o outro casal nem desconfiava.
Mas logo as famílias começaram a trocar fotos dos bebês e Aline e o marido, Murillo Lobo também passaram a suspeitar do possível erro do hospital. Assim como o outro casal, eles procuraram a delegacia.
Confirmação e destroca
Os bebês José Miguel e Murillo Henrique foram devolvidos aos seus pais biológicos no dia 1º de agosto deste ano, após a divulgação dos exames de DNA que comprovaram a troca.
Até a troca, as duas famílias estavam morando juntas na casa de Pauliana, em Trindade, para facilitar a transição e eventual devolução dos bebês, caso o exame de DNA apontasse que de fato havia ocorrido a troca. Uma mãe estava ajudando a outra nas tarefas com os dois meninos.
Mesmo após a destroca as famílias seguem convivendo e fizeram até juntas mesversário dos meninos durante as comemorações do Dia dos Pais.
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JORNAL OPÇÃO
Nova CPMF: Governo planeja cobrar 0,4% de imposto sobre saque e depósito em dinheiro
Por Elisama Ximenes
Além disso, pode-se cobrar 0,2% sobre pagamentos no débito ou no crédito. Propostas podem vir em projeto de reforma tributária enviada pelo Planalto
A proposta de reforma tributária do Governo Federal pode incluir uma cobrança de 0,4% de imposto sobre saques e depósito em dinheiro. A cobrança seria parte do que vem sendo chamado de “Nova CPMF”.
Além disso, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estuda cobrar uma alíquota inicial de 0,2% sobre pagamentos no débito e no crédito. Isso tanto para quem está pagando, quanto para quem está recebendo.
Assim como a taxação sobre saques e depósitos, o percentual sobre pagamentos no débito ou crédito é apenas uma alíquota inicial. Isso significa que elas podem aumentar.
Segundo o Ministério da Economia, a ideia é substituir aos poucos a tributação sobre salários considerada pela pasta como nociva à geração de empregos no País. O secretário especial adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, frisa, ainda, que essa taxação pode substituir, inclusive, o IOF.
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O ESTADO DE S.PAULO
Gerenciamento de dados dos pacientes vira aliado na prevenção
Leitura e monitoramento correto das informações dos pacientes podem ser a chave para uma medicina mais preventiva e preditiva
As empresas da área da saúde contam com um volume muito grande de informações que poderia ser útil para antecipar o cuidado e gerar um uso mais eficiente e econômico do sistema como um todo. A melhor forma de fazer isso é uma das discussões mais frequentes em relação à modernização dos serviços de saúde. Os dados do paciente já são uma forma de diagnósticos por si só, segundo Gustavo Gusso, diretor médico da Nexa Digital, que participou do painel O uso do tecnologia para antecipação do cuidado. "Se ele faz mais ou menos exames, se procura mais ou menos o pronto-socorro, se monitora ou não sua condição de saúde. Você não precisa fazer tantos exames para descobrir que uma pessoa tem risco de internar, por exemplo. Os dados já trazem esses diagnósticos", afirma.
O atual modelo de saúde, em que o sistema permanece em uma atitude passiva à espera que o paciente o procure, deve mudar. Com base no histórico de cada indivíduo, é possível gerar informações que sirvam de alerta para os problemas antes que eles aconteçam. "O paciente faz um exame de diabetes completamente descompensado. Será que esse resultado chegou ao médico? Quantas vezes ele repetiu esse exame em um ano? Se eu cruzar esses e outros dados, posso constatar que a pessoa vai ter uma complicação. Se isso não for sinalizado, perdemos a oportunidade da prevenção", comenta Otávio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula.
A perspectiva dos especialistas é que essa mudança de visão traga mais poder para os indivíduos, que terão mais acesso às informações sobre a própria saúde. "Vamos ter muitos insights para os pacientes e para os médicos baseados em dados. Isso vai gerar um nível de responsabilidade para o paciente maior do que ele tem hoje", espera Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa e um dos participantes do evento. As pessoas terão mais consciência do seu estado de saúde – sabendo, por exemplo, que o exame realizado recentemente está muito diferente do seu histórico ou que o cruzamento de dados sobre sua pressão arterial indica um perfil de risco. "Com Al e a análise de dados, você torna o indivíduo mais senhor da sua situação. O paciente vai ser o CEO da saúde dele", resume Gebara.
Mas como desenvolver estratégias para que as informações possam ser efetivamente revertidas em novas condutas? Essa tem sido uma das discussões entre os especialistas da área. "Temos feito parcerias e conversas com as operadoras e com os médicos, para entender como transformar esses dados em ações para melhorar a vida das pessoas", declara o vice-presidente da área médica da Dasa.
Além disso, o cuidado com a privacidade e o uso ético e legal das informações são pontos de atenção. "Essa é uma questão muito importante. São dados privados. Não podemos pegá-los e mandar para terceiros", alerta Gebara. Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, sancionada no ano passado, traça os limites do uso dessas informações. É preciso uma autorização expressa do indivíduo para que a coleta de dados ocorra, e a ampla informação sobre como empresas públicas e privadas tratam esses dados. "Acreditamos que foi uma excelente iniciativa. A lei protege muito o paciente dentro da nossa realidade. Leva em conta e respeita a privacidade e o dado do paciente", conclui Gasparetto.
CONHEÇA ALGUMAS APLICAÇÕES QUE PODEM TRAZER BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES
Compartilhamento de dados
A chamada interoperabilidade realiza uma interação de dados de diversas instituições de saúde: hospitais, laboratórios, clínicas, farmácias. Assim, o histórico do paciente fica completo e não somente com informações de determinado local que ele frequentou, o que permite mais precisão.
Histórico de exames
As empresas de medicina diagnostica poderão analisar todo o histórico de exames de um paciente e criar informações que sejam úteis para a prevenção e a melhora da qualidade de vida. É uma forma de se antecipar aos problemas. Além disso, os médicos podem receber esse histórico junto ao exame solicitado, o que permite uma visão mais ampla da saúde do paciente.
Acompanhamento em tempo real
Os dados vitais dos pacientes internados podem ser monitorados e avaliados de forma permanente pelos algoritmos, inclusive com o cruzamento de informações do histórico desses indivíduos. Isso pode evitar complicações por altas precoces, exames e até cirurgias desnecessárias.
Tecnologias vestíveis
As wearables também são formas de monitorar e fornecer dados de saúde. Os aparelhos colhem informações e a própria pessoa pode dar mais detalhes sobre a sua rotina e, se desejar, compartilhar com sua equipe médica.
Inovação impulsiona qualidade e eficiência na área da saúde
Evento em São Paulo debateu estratégias para aplicar as novas tecnologias à medicina, o que reduz custos e estimula a excelência, além de aproximar médicos e pacientes
M ais qualidade e eficiência na medicina são questões urgentes e que dependem em grande parte da inovação. A chegada de novas tecnologias já causou mudanças profundas em diversas áreas, e a saúde está dando passos importantes nessa evolução. Mas a mudança de patamar precisa chegar rápido – e permitir que esse novo momento aconteça será fundamental para todo o setor.
A gestão desses avanços tecnológicos foi discutida no Fórum Estadão Think Inovação e Excelência Médica como Diferencial, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Dasa. Importantes nomes da medicina se reuniram semana passada, no Cubo Itaú, em São Paulo, para discutir rumos, desafios e perspectivas do setor. "Implementar uma cultura digital não é fácil, leva tempo, mas ver isso acontecendo dentro da Dasa é espetacular. O que a gente quer é ver os pacientes sendo beneficiados", declarou Romeu Domingues, presidente do conselho da Dasa. "Não vai ser a Dasa sozinha que vai transformar o setor, seremos todos nós juntos. Precisamos integrar os serviços, trabalhar em conjunto para melhorar a saúde no País", complementa o diretor-geral, Carlos de Barros.
Uma das mudanças mais urgentes e que deve trazer profundos impactos na rotina de médicos, pacientes e de todos os agentes envolvidos no ecossistema de saúde é um melhor gerenciamento dos dados. Esse foi o tema discutido no primeiro painel do dia, Os desafios do uso de dados em saúde e as mudanças na relação médico-paciente. A tecnologia permite reunir e gerenciar dados para extrair informações que podem ser a chave para uma medicina mais preditiva e preventiva. "O dado pode ser uma das grandes ferramentas para fazer com que a estrutura da saúde seja mudada. Temos hoje uma medicina reativa, e ele vem para tornar a medicina mais proativa", avalia Rafael Canineu, diretor médico de Value-Based na Dasa e um dos integrantes do painel.
"Precisamos ver o paciente como um filme, não como uma fotografia. Se eu olho um exame isolado, posso achar que ele não está bom, mas esse mesmo resultado no contexto histórico do paciente pode ser considerado excelente. A integração dos dados evita que a gente peça exames desnecessários e faça diagnósticos precipitados e incorretos", afirma Otávio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula e participante do painel, que também contou com a presença de Teresa Veloso, diretora técnica e de relacionamento com prestadores da SulAmérica, e Claudia Cohn, membro do conselho da Associação Brasileira de Medicina Diagnostica (Abramed).
Ainda que os benefícios de usar os dados já estejam bastante visíveis e compreendidos, reunir essas informações e fazer com que elas sejam efetivamente úteis para médicos e pacientes é um dos principais entraves. "O grande desafio hoje é como conectar os diferentes players do mercado. Os dados existem, mas eles não transacionam de um lado para o outro. Essa fragmentação vai gerando um custo adicional que o setor não tem aguentado nos últimos tempos", diz Teresa. "Não adianta ter informação sem continuidade. Precisamos garantir a rastreabilidade da história do paciente. Já na identificação, ter algo que possa percorrer todos os sistemas da interoperabilidade e que garanta esse histórico em toda a cadeia", complementa Claudia.
Empoderamento do cliente
As consequências da aplicação de tecnologias como big data e analytics estão sendo sentidas além dos consultórios médicos ou das salas de exame. A gestão das empresas de saúde e toda a jornada do paciente – que envolve desde a marcação de consultas até a compra de medicamentos em uma farmácia – também estão sendo postas em xeque. "Como conduzir essa transformação é um desafio para todos nós, mas a tecnologia está com a gente o tempo todo. Não há como fugir. Saber como usá-la é o que vai nos diferenciar", relata Teresa Sachetta, da Américas Serviços Médicos.
Como a transformação digital ajuda a gestão e o atendimento na saúde foi o tema do segundo painel do dia, que, além de Teresa, teve a presença de Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa; Joel Formiga, coordenador de inovação digital da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; e Cleber Morais, diretor-geral da Amazon/AWS Brasil.
Melhorar a experiência do paciente é um dos desafios de quem presta serviço de saúde. "Hoje, podemos usar o celular para chamar um transporte, comprar uma passagem de avião e fazer check-in, fazer transições bancárias, mas até há pouco tempo não tínhamos uma ferramenta totalmente digital para agendar um exame médico. A Dasa tem trabalhado muito nisso, em garantir uma melhor jornada para o paciente", diz Gasparetto. "Todos os setores estão vivendo essa transformação que começa pelo empoderamento do cliente. A mudança vai acontecer e vai ser rápida", complementa Morais.
Ferramenta para auxiliara prevenção
Uma prevenção mais direcionada e efetiva e diagnósticos mais rápidos e precisos devem ser alguns dos grandes diferenciais que a aplicação da inteligência artificial e da correta análise de dados podem trazer para a medicina. O uso da tecnologia para antecipação do cuidado foi o tema do terceiro painel do evento. A mesa foi formada por Gustavo Gusso, diretor da Nexa Digital; Leonardo Vedolin, diretor médico da Dasa; Rodrigo Lopes, CEO do Grupo Leforte; e Rogério Sugai, diretor médico da Salesforce. "O desafio maior é fazer com que a informação abundante que temos hoje oriente a conduta de maneira mais adequada", afirma Vedolin.
Nesse processo, é fundamental munir o paciente de informações e torná-lo cada vez mais ciente e responsável pela sua saúde. "Quando temos um paciente que vai muito ao pronto-socorro, por exemplo, precisamos usar a análise de dados para entender o motivo disso. A partir daí conseguimos orientá-lo a buscar uma ajuda mais adequada. Precisamos pensar no tratamento matricialmente", afirma Lopes.
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Implementar uma cultura digital não é fácil, leva tempo, mas ver isso acontecendo dentro da Dasa é espetacular. O que a gente quer é ver os pacientes sendo beneficiados"
Romeu Domingues, presidente do conselho da Dasa
Farmácias têm papel fundamental na medicina baseada em prevenção
Evento discutiu tendências do setor. Tecnologia está transformando esses estabelecimentos em um elo cada vez mais importante do sistema de saúde
A evolução tecnológica representa um grande desafio às farmácias, mas traz também um mundo de oportunidades. Esta é a síntese dos dois dias de intensa programação do sexto Abrafarma Future Trends, o maior evento da cadeia farmacêutica do País, organizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) nos dias 3 e 4 de setembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. "A proposta central é ajudar nossos associados a entender para onde o mundo está caminhando e dar a eles ferramentas para que desenvolvam suas estratégias", diz o presidente do Conselho Diretivo da Abrafarma, Eugênio De Zagottis.
Foram mais de 4 mil participantes em cada um dos dias, entre representantes das afiliadas e de fornecedores das redes. "Quando mostramos as tendências a esse público amplo e qualificado, é como jogar uma pedra no meio de uma lagoa. As ondas vão reverberando, e todo o planejamento das empresas é influenciado", descreve o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Um dos consensos resultantes das discussões é que, para sobreviver no novo cenário, as farmácias não poderão continuar sendo apenas entregadoras de medicamentos. "É preciso se conectar profundamente a cada cliente para conhecer suas necessidades", afirmou um dos palestrantes, Cláudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil e do Conselho do Hospital Albert Einstein.
Relação de confiança com os pacientes
Uma das oportunidades nesse sentido está na interface com os pacientes crônicos – 90 milhões de brasileiros que, além de medicamentos, precisam fazer regularmente exames de controle. Boa parte das 400 mil mortes provocadas anualmente no País por AVC e doenças cardiovasculares, agravos da hipertensão e do diabetes, poderiam ser evitadas com um acompanhamento regular, que muitas vezes deixa de ser feito por dificuldades de acesso dos pacientes ao sistema de saúde. As farmácias se tornaram aptas a propiciar esse tipo de atendimento a partir da aprovação da Lei Federal 13.021, em 2014. Desde então, 2.900 farmácias de todo o País afiliadas à Abrafarma já instalaram salas de atendimento em que são oferecidos diversos serviços, a exemplo de exames em pacientes crônicos (hipertensão, diabetes, colesterol), controle de peso e combate ao tabagismo. Isso contribui para desafogar hospitais, postos de saúde, clínicas e consultórios sem substituir o trabalho médico: se um exame detecta valores alterados, o paciente é encaminhado ao especialista.
Os representantes do governo no evento demonstraram alinhamento com essa visão. "As farmácias têm importância fundamental para a política de saúde que projetamos para o País nos próximos anos", enfatizou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo. Ele destacou a grande capilaridade das farmácias e a relação de confiança já construída com a população como trunfos para que o atendimento primário de saúde possa efetivamente chegar a todas as partes do País. "Há 30 milhões de brasileiros que não aparecem no sistema de saúde e precisam ser incluídos. As farmácias podem ser essa porta de entrada", ressaltou Araújo.
0 presidente em exercício da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Renato Porto, lembrou as projeções de aumento dos custos da saúde no Brasil. "De acordo com um estudo da McKinsey, saltará em 20 anos de 9% para 25% do PIB, se as medidas necessárias não forem tomadas", disse. Um passo essencial, considera Porto, é usar a tecnologia a favor da redução dos custos. "Se, por um lado, os avanços tecnológicos provocam aumentos de custos na alta complexidade, permitem também ações preventivas mais eficazes e uma maior precisão dos cuidados com a saúde", diz. Estima-se que um terço dos gastos com saúde no País poderiam ser cortados, sem perdas de qualidade no atendimento, com controles que evitassem redundâncias e desperdícios.
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TECNOLOGIA A SERVIÇO DA PREVENÇÃO
FARMÁCIAS FAZEM PARTE DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE
Os dados ainda são pouco trabalhados na área de saúde no Brasil por causa, principalmente, da falta de integração dos sistemas do governo com os de outros segmentos – processo que vem sendo tratado como prioridade no Ministério da Saúde, assegurou Araújo. As farmácias certamente têm uma grande contribuição a dar também nesse aspecto: só as 25 redes filiadas à Abrafarma, responsáveis por 45% das vendas do setor no Brasil, emitem 950 milhões de cupons fiscais por ano – é como se toda a população brasileira passasse quatro vezes por ano por esses estabelecimentos.
O professor de genética e ciências genômicas Joel Dudley, vice-presidente executivo da área de Saúde de Precisão do Mount Sinai Hospital, de Nova York, demonstrou como o big data já pode revolucionar a saúde. O hospital tem um banco de dados biológicos de 80 mil pacientes que concordaram em fornecer todas as suas informações médicas, coletadas ao longo dos anos. O cruzamento intensivo de dados e a aplicação de algoritmos de inteligência artificial permitiram identificar a maior propensão desses pacientes a determinadas doenças. "Já chegamos ao ponto de estimar, com alto nível de acerto, quais pacientes poderiam apresentar doenças como diabetes ou câncer dentro dos 90 dias seguintes", descreve Dudley. "Precisamos implantar a cultura da prevenção ", concordou Dráuzio Varella na palestra de encerramento do evento. "E prevenção se faz atacando a atenção primária. Nesse sentido, não parece razoável continuar desperdiçando o grande potencial das farmácias e dos farmacêuticos, um pessoal altamente preparado que muitas vezes fica apenas dispensando remédio." Por outro lado, num cenário em que temas como internet das coisas, telemedicina, inteligência artificial, exames automatizados, realidade virtual e realidade aumentada entrarão para valer na pauta do setor, os farmacêuticos certamente precisam voltar aos estudos. A Abrafarma tem contribuído para isso com um amplo programa de capacitação, com cursos presenciais e online que já contemplaram quase 40% dos farmacêuticos atuantes nos 7.800 estabelecimentos afiliados.
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400 mil pessoas morrem por ano de AVC e doenças cardiovasculares, agravos da hipertensão e do diabetes
2.900 farmácias de todo o País afiliadas à Abrafarma já instalaram salas de atendimento.
Este material é produzido pelo Media Lab Estadão com patrocínio da Abrafarma.
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O GLOBO
Casos de dengue crescem 599% e ministério antecipa campanha
A dengue voltou a explodir no Brasil em 2019. Até o final de agosto, já foram registrados 1.439.710 casos da doença. Isso representa um aumento de 599% em comparação ao mesmo período de 2018.
A febre chikungunya também avançou: 76.742 ocorrências, 69,3% a mais do que o verificado ao longo do mesmo intervalo de tempo do ano passado.
Já a zika registrou crescimento de 47,1%: 9.813 casos até 24 de agosto de 2019, contra os 6.669 do mesmo período de 2018.
Dada a gravidade do quadro, o Ministério da Saúde vai antecipar a campanha de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Normalmente, as ações publicitárias contra a proliferação do Aedes aegypti são veiculadas a partir de novembro, quando o calor e a chuva costumam castigar mais.
A nova campanha, que irá para as ruas semana que vem, tem como mote a pergunta: "E você? Já combateu o mosquito hoje?".
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BLOG DO CORRETOR
Lottenberg, como já era esperado, deixa a presidência da Amil
A Amil, que vem promovendo uma longa reestruturação, passa agora o bisturi no laço que liga Claudio Lottenbert à função de CEO da operadora.
Sucesso no comando do Hospital Albert Einstein, Lottenberg não emplacou na presidência da Amil e sua cabeça estava à prêmio havia alguns dias.
Até os corretores não viam a hora de esse dia chegar.
E chegou.
Foi em uma pessoa que trabalhou por décadas ao lado de Edson Bueno, que a americana foi buscar a solução.
José Carlos Magalhães, atualmente no comando da UnitedHealth, no Chile, será anunciado nesta quarta-feira (11), como o novo presidente da UnitedHealth Group, controladora da Amil.
De acordo com a coluna Radar, de Lauro Jardim, Lottenberg, na Amil desde 2016, agora passa a chairman.
Pelo fato de José Carlos Magalhães ter trabalhado por décadas ao lado de Godoy, os corretores esperam que o novo presidente estabeleça uma relação melhor com o mercado.
Alguma coisa vai acontecer.
O tempo dirá.
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JORNAL DA REGIÃO
Amil faz parceria com a Justiça para redução de processos
Com o objetivo de enfrentar a alta taxa de litigiosidade e incentivar a solução amigável de conflitos, o Tribunal de Justiça de São Paulo celebrou, acordos de cooperação com entidades do setor de saúde privada – Associação Brasileira de Medicina (Abramge) e Amil -, que se comprometeram a trabalhar para a instalação do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) – Setor de Saúde Privada, e com a empresa do setor de tecnologia Samsung, que aderiu ao programa "Empresa Amiga da Justiça".
O presidente da Corte paulista, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, agradeceu a presença das três entidades participantes e disse ser um momento muito importante para o Tribunal de Justiça. "A solução amigável de conflitos é tão antiga quanto a história de todos os povos e compõe, hoje, uma política judiciária nacional. O Código de Processo Civil prevê soluções consensuais de conflito, que são como um arsenal de medidas necessárias e indispensáveis à pacificação da sociedade brasileira", afirmou.
O coordenador do Cejusc Central, juiz Ricardo Pereira Junior, citou a importância do setor da saúde dentro do sistema judiciário paulista e afirmou que a aproximação entre os dois é natural. "As iniciativas de solução de conflito têm-se mostrado muito efetivas no Estado. Hoje, temos cerca de 250 Cejuscs instalados e agora iremos inaugurar esse centro temático na área da saúde, o que representa um grande avanço. Agradecemos, também, à Samsung, que é uma grande parceira nos casos de conciliação", completou.
O Cejusc – Setor de Saúde Privada funcionará no 2º andar do Fórum João Mendes Júnior e concentrará as sessões de conciliação e mediação cujo objeto do litígio verse exclusivamente sobre questões de direito à saúde que se refiram às partes. Para o cumprimento do acordo, tanto a Abramge quando a Amil, comprometem-se a participar das sessões de mediação e conciliação, com prepostos treinados em práticas de composição e com efetiva capacidade de negociação para a solução amigável de conflitos.
Representando o presidente da Abramge, o diretor-executivo Antonio Laskos celebrou o convênio firmado. "A Abramge representa mais de 150 empresas associadas e estamos muito felizes em dar início a esse projeto, firmado após meses de trabalho conjunto", declarou. Em seguida, o diretor jurídico da Amil, Eduardo Sampaio da Silva Oliveira, agradeceu ao TJSP e à Abramge por proporem um método de resolução de conflitos num setor tão importante quanto o da saúde. "Precisamos buscar a solução amigável de conflitos como a primeira solução para a pacificação."
O objetivo do "Empresa Amiga da Justiça" é incentivar a iniciativa privada a explorar métodos alternativos de solução de conflitos, como a conciliação e a mediação, e aprimorar seus serviços de atendimento ao consumidor. No termo firmado, a Samsung se comprometeu a aumentar em 1% o número de acordos a cada seis meses, tendo por base a média semestral de 2 mil conciliações. Durante a solenidade, a diretora jurídica da empresa, Adriana Mori, afirmou que a iniciativa foi um passo além na valorização do consumidor e do sistema judiciário, duas práticas já implantadas no dia a dia da Samsung.
A juíza assessora da Presidência (Gabinete Civil) Camila de Jesus Mello Gonçalves relembrou que o Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus), projeto do TJSP com o apoio de setores da área da saúde, fornece aos magistrados notas, pareceres e respostas técnicas com fundamentos científicos que auxiliam na decisão de ações, como pedidos de procedimento médico ou fornecimento de remédios. Tais documentos são emitidos por especialistas que atuam nas instituições conveniadas da rede NATS e, eventualmente, por profissionais de saúde do próprio TJ. "O presidente Pereira Calças tornou efetivo o NAT-Jus em São Paulo, auxiliando a fluidez do sistema judiciário", destacou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação