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DESTAQUES
Hospital Araújo Jorge informa que fila ocorreu devido a reforma no ambulatório, em Goiânia
Vereadores cobram saída de Fátima Mrué da Secretaria Municipal de Saúde
Médica diz estar arrependida após rasgar receita de paciente de 72 anos por ele ter votado no PT
Exame de consciência
Artigo – Um modelo de sucesso
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Hospital Araújo Jorge informa que fila ocorreu devido a reforma no ambulatório, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/hospital-araujo-jorge-informa-que-fila-ocorreu-devido-a-reforma-no-ambulatorio-em-goiania/7080578/
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JORNAL OPÇÃO
Vereadores cobram saída de Fátima Mrué da Secretaria Municipal de Saúde
Por Mayara Carvalho
Alegação é a péssima situação da saúde da capital e a falta de capacidade da chefe da pasta
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (10/10), os vereadores da Câmara Municipal voltaram a cobrar do prefeito Iris Rezende (MDB) a saída de Fátima Mrué da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A alegação dos vereadores é a péssima condição da saúde pública da capital. O vereador Elias Vaz (PSB) foi quem levantou a discussão e lembrou que, apesar da promessa de que a Saúde melhoraria em 90 dias, a situação continua a mesma.
“Falavam que era por questão eleitoral. Então eu falo aqui, a eleição já passou, secretária você tem que sair daí, a senhora não tem capacidade pra estar a frente da Secretaria de Saúde. O prefeito tem que contratar gente que não tem capacidade pra fazenda dele, agora pra administração pública ele tem que contratar gente capacitada. Prefeito, tem que tomar atitude nessa questão. Eu não consigo entender o tipo de compromisso que o prefeito tem com ela”, discursou.
Os vereadores Cabo Senna (PRP), Anderson Sales (DC) e Felisberto Tavares (PR) também engrossaram o pedido e exigiram a saída da secretária.
O vereador Delegado Eduardo Prado (PV) ressaltou que deve entregar na próxima semana o relatório final da CEI das Obras Paradas e adiantou que a secretária será responsabilizada.
“Não apresentei o relatóRio antes pra não dizerem que eu estava utilizando isso como palanque pra minha campanha. Mas quero adiantar que a secretária não apresentou os documentos solicitados, cometendo mais uma vez crime de responsabilidade e será responsabilizada”.
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O POPULAR
Médica diz estar arrependida após rasgar receita de paciente de 72 anos por ele ter votado no PT
"Respondi na inocência. Nem sabia quem era o candidato dela", disse o idoso
Médica pede desculpas e se diz arrependida depois de ter rasgado a receita de um idoso porque ele disse que votou no candidato do PT, Fernando Haddad. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Na última segunda-feira (8), o paciente de 72 anos procurou atendimento por volta das 7h30 em um hospital público de Natal (RN) e foi atendido pela infectologista Tereza Dantas. O aposentado contou que, após receber a receita, a médica perguntou em quem ele tinha votado e ele respondeu que votou em Haddad.
Imediatamente a infectologista respondeu: "Pois então, não dou mais a receita" e rasgou. Segundo o paciente José Alves de Menezes, outras pessoas viram a cena. "Me senti ofendido. Passei vergonha na frente de todo mundo. No início, achei que era brincadeira e até ri", lembrou o idoso.
"Respondi na inocência. Nem sabia quem era o candidato dela", disse José. O idoso procurou a direção do hospital e conseguiu outra receita. No entanto, também registrou queixa na ouvidoria da unidade, além do boletim de ocorrência na Polícia Civil.
A infectologista confessou que rasgou a prescrição que tinha passado ao paciente e disse ao G1 que está arrependida e agiu por impulso. "Eu realmente rasguei [a receita] porque ele não votou no meu candidato. Fiz errado, não tenho dúvidas", disse Tereza.
A médica ainda disse que pediu perdão a Deus. "Pedi que ele me ajudasse a tirar de mim essa mágoa. Eu nunca gostei de extremismos e estava me transformando em algo que não gosto. Não deveria ter feito isso, eu sei", lamentou a profissional.
A vice-coordenadora do Sindicato da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), Simone Dutra, afirmou que o setor jurídico da entidade está preparando uma denúncia ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Exame de consciência
A análise psiquiátrica de alguns políticos revoltados e por que perderam as eleições
Em entrevista ao Diário da Manhã, o médico psiquiatra Marcelo Caixeta, articulista do DM e autor de vários livros, entre eles 'A Mente de Maquiavel' e 'A Mente de Marx', traça um perfil psicológico daqueles políticos que perderam as eleições em Goiás e de suas convicções políticas. Para Caixeta, muitos vão entender 'a derrota como uma punhalada de morte em sua alma, pois sua alma é aquela atividade. Para o médico psiquiatra, "hiperativos vivem da atividade, não podem parar. É como andar de bicicleta, se parar, cai". De acordo com Caixeta, muitos são extremamente dependentes da vaidade, das "liturgias do cargo", do orgulho, precisam disso para sua 'adrenalina', para seu prazer.
"E o Brasil é um país muito "monarquista" neste sentido. Já viu como a Sociedade, o povo, tratam os políticos?", questiona Marcelo Caixeta.
* ENTREVISTA
Diário da Manhã – Nós, aqui da Redação do DM, temos observado a intensa revolta, ansiedade e mesmo reações depressivas de vários políticos tradicionais que perderam as eleições. Como o senhor analisa isso?
Marcelo Caixeta – Geralmente quem vai para a política têm muita energia, um temperamento forte, muitos são hiperativos, são muito sociáveis, muitos reativos, preocupados, alguns mesmo com algum transtorno afetivo ou do humor. Tais pessoas muito intensas, muito ativas, jogam todas as fichas naquilo que estão fazendo. Inclusive, muitos deixam os aspectos mais "normais" da vida, como relacionar-se com a família, com amigos, com a Igreja, com os funcionários, e deixam isso para entregarem-se integralmente aos projetos políticos. Não entenderão a derrota como mais um "percalço da vida", como as pessoas normais. Irão entender a derrota como uma punhalada de morte em sua alma, pois sua alma é aquela atividade. Hiperativos vivem da atividade, não podem parar. É como andar de bicicleta, se parar, cai.
Diário da Manhã – Por que não conseguem dedicar-se normalmente ao trabalho, à família, à igreja e etc?
Marcelo Caixeta – Há pessoas , como eu disse acima, que são hiperativas, ou hipertímicas (temperamento forte para o lado da atividade , da alegria, do contato social), e que acham a "vida normal" sem graça. Outros pensam muito , preocupam muito, são um pouco obsessivos, e esta obsessão se transforma em necessidade de controle, em necessidade de dominação, e antevem que, na política, poderiam dar vazão a este desejo de poder. Querem poder, influência, mando, controle, mas , por outro lado, não têm a estabilidade emocional suficiente para construírem o seu "próprio império", suas próprias iniciativas. Estes dias mesmo, um famoso político goiano disse, mais ou menos assim: "não nasci para ser empresário, não nasci para construir nada, tudo que eu boto a mão não dá certo, nem um carrinho de pipoca; eu nasci para criticar, para legislar, para reclamar, para falar, para denunciar; não nasci para administrar nada". Resumiu muito bem o que eu disse.
Diário da Manhã – Este tipo de personalidade não acaba sendo ruim para o governo ou mesmo para o povo?
Marcelo Caixeta – Há seus problemas, de fato. Mas por outro lado, sua hiperatividade, seu excesso de energia, os torna capazes de amealhar demandas de grandes parcelas da população ou de grandes parcelas da Sociedade Civil. O problema é que, por causa dos problemas psicopatológicos apontados acima, muitos não sabem como utilizar este material, não têm estabilidade psicológica suficiente para isso. Talvez isso explique porque, no Brasil, o Governo, apesar de cobrar cada vez mais imposto, cada vez se desobriga mais das funções de Estado. São pessoas que estão lá não como espírito administrativo, gerencial, organizacional, mas sim estão lá apenas para criticar a Sociedade, apenas para criar Leis restritivas para a Sociedade, apenas para criar mecanismos de controle e extorsão da Sociedade. Não estão lá para construir, por um simples motivo : não sabem construir. Construir alguma coisa, sobretudo num país onde o empresário é extremamente cobrado, penalizado, como no Brasil, exige uma altíssima estabilidade emocional, um alto controle e organização, senão não dá conta. Estando o Estado, os Governos, tão cheios de pessoas instáveis, sem capacidade organizacional, não é de se estranhar que os serviços públicos sejam cada vez mais precários, apesar de toda a propaganda e apesar dos recursos crescentes que a eles são alocados .
Diário da Manhã – O senhor poderia dar exemplos concretos disso que está falando?
Marcelo Caixeta – Vamos pegar um exemplo banal dentro da área que eu milito há quase 40 anos. Em 1981,ano que comecei a trabalhar com psiquiatria hospitalar, havia aproximadamente 1750 leitos hospitalares públicos de psiquiatria. Naquela época a carga tributária em cima do cidadão estava em aproximadamente 23% . Pois bem, quase 40 anos depois, temos aproximadamente 220 leitos psiquiátricos públicos em Goiânia, com uma carga tributária aproximada de 37 % nas costas do cidadão. Ou seja, em resumo: o Governo deixou de prestar assistência em 90% dos casos mas aumentou a cobrança pelos serviços em quase 50%. E querem mais poder, querem mais impostos, querem mais controle sobre a sociedade. Em momento algum jogam a toalha e dizem : somos incompetentes para cuidar de qualquer coisa que seja, temos é de deixar a Sociedade Civil cuidar das coisas. Não conseguem fazer um mea culpa de sua incapacidade gerencial, incapacidade esta que, como mostrei acima, tem profundas raízes psiquiátricas (hiperatividade, instabilidade, frieza emocional, "esperteza velhaca", etc).
Diário da Manhã – Mas sendo "hiperativos", não deveriam ter uma tendência maior para "virar o disco", ou seja, começarem outra coisa depois de terem perdido as eleições? Os hiperativos não são instáveis com tudo? Não teriam facilidade para começar outra coisa?
Marcelo Caixeta – Há uma classe de hiperativos, chamados de " obsessivo-hiperlaborais" , que são mais organizados, mais obsessivos, do que aquele hiperativo comum, que tende a ser desorganizado mesmo. E , como o nome indica, tendem a ser um pouco obsessivos, e esta obsessividade os torna ansiosos ou preocupados. Muitos não irão se recuperar facilmente daquele "modus vivendi" que a política lhes dava. Muitos são extremamente dependentes da vaidade, das "liturgias do cargo", do orgulho, precisam disso para sua "adrenalina", para seu prazer. E o Brasil é um país muito "monarquista" neste sentido : já viu como a Sociedade, o povo, tratam os políticos ? Ao contrário da Europa, onde são cidadãos comuns, aqui no Brasil, são incensados por onde passam, o povo olha para eles com atitudes embevecidas, com olhares suplicantes, com salamaleques e rapapés de todos os tipos. Isso vicia, e retirá-los da política é como dar-lhes um tratamento para síndrome de abstinência.
Diário da Manhã – Então, seria como se estes políticos que não foram eleitos estivessem numa "síndrome de abstinência" ?
Marcelo Caixeta – Exatamente. Pessoas hiperativas, bipolares, com algum transtorno ansioso, de humor, afetivo, podem ter tendências a se viciarem em determinadas atividades, seja comer, fumar, transar, ter poder, fazer política , estar o tempo todo articulando, fazendo esquemas, armando maracutaias. Quando isso acaba, perdem o chão, sobretudo porque não cultivaram atividades laborais construtivas, não cultivaram relações sociais, familiares, comunitárias, sadias e preenchedoras. Neste sentido eles são muito materialistas, ligados ao aqui-e-ao-agora, sem muito material intelectual, sem muito material afetivo, relacional, familiar, religioso, sem muita estabilidade da alma. Vivem naquela agitação, não conseguem parar de andar de bicicleta.
Diário da Manhã – Este tipo de comportamento que o senhor. diz que eles têm repercute nas atividades do governo e na estruturação do Estado?
Marcelo Caixeta – Sim, pode ver que , no Brasil, a política não tem ideologia, não tem intelectualidade, não tem organização metodológica, é tudo uma bagunça, é feita na base do "eles gostam de mim porque tenho carisma", ou do "eles votam em mim para que eu lhes arranje benesses no Estado ou para que eu os proteja do Estado". Esta superficialidade organizacional da política, superficialidade ideológica, metodológica, superficialidade de planejamento, tudo isso reflete a inconstância psicológica da mente do político brasileiro. Por causa destas instabilidades, muitos não têm atividades prazerosas fora do Estado, não conseguem gerir uma empresa, não conseguem auferir prazer intelectual em nada, prazer religioso, prazer afetivo na família, nada. Aliás, de modo geral, abandonaram tudo isso para dedicarem-se à política, virou um vício . A derrota é um tipo de "cura" para este vício, mas muitos não estão preparados para esta "cura".
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Artigo – Um modelo de sucesso
Há pessoas que, em nome de um pseudolegalismo, acabam se mostrando defensoras do pior para os mais necessitados.
Todos, indistintamente, sabem da excessiva burocracia que existe no serviço público brasileiro. Ações, por mais simples que sejam, levam meses para serem concretizadas.
Apesar de afetar diretamente aqueles que precisam destas ações, quando elas ocorrem em setores que não envolvem diretamente a vida, podem ser justificadas sua demora. No entanto, na saúde isto não pode ocorrer, porque vidas que estão envolvidas.
Nunca passei por dilema tão grande quando assumi, em 2011, a Secretaria Estadual de Saúde. A excessiva burocracia interna, a falta de expertise do órgão e também os níveis burocráticos dos órgãos revisores, faziam com que os processos de compras de medicamentos e insumos levassem em média 540 dias para serem concluídos; resultando no colapso total do atendimento na rede de hospitais do Estado.
Em 2012, começamos a transferência da administração da rede hospitalar do Estado para as Organizações Sociais. O resultado foi imediato na melhoria da infraestrutura dos hospitais e no atendimento à população. A própria mídia e o Ministério Público sentiram a imediata diminuição das reclamações dos usuários. Fizemos pesquisas entre os usuários e familiares, e, constatamos média de satisfação de 90% no atendimento.
Existe no Brasil uma entidade independente chamada ONA (Organização Nacional de Acreditação). A ONA analisa e acompanha a qualidade do serviço prestado em hospitais particulares e públicos. Certifica os hospitais por excelência no atendimento ao usuário em níveis de excelência: ONA 1 (simples), ONA 2 (intermediário) e ONA 3 (The Best).
Pois bem, em 2011, não existia hospital público acreditado pela ONA em Goiás. Em 2018, temos seis hospitais (Crer, HGG, Hugo, HDT, Hurso E Ernestina-Pirenópolis/GO) certificados pela ONA. No Brasil, entre públicos e privados, apenas 12 hospitais têm ONA 3. Doze! Sendo que dois são de Goiás, o Crer e o HGG.
Mas quando nós presenciamos uma recessão no país, com consequências para todos os estados da federação, inclusive Goiás, com atraso de repasses em várias áreas, devido à queda na arrecadação, o questionamento é sobre o modelo de OS e não sobre a superação das dificuldades.
Ninguém disse que precisava acabar com o modelo de tornozeleira eletrônica pelo fato da empresa que monitora desligar o sistema. No entanto, uma administração tão complexa como a de um hospital, que precisa de todos os esforços para continuar prestando serviço de qualidade, acusam o modelo de OS.
Os órgãos de controle têm o direito e a obrigação de fiscalizar, acompanhar e até punir, mas não contestar um modelo que deu certo.
(Antonio Faleiros, médico)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação