ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
O POPULAR
Coluna Giro – OSs
Um dos pontos da reunião mensal da SES com os órgãos de controle foi a comunicação. A avaliação é de que a sociedade “precisa ser mais bem informada sobre a intensa e rigorosa fiscalização” dos contratos com as OSs.
Aliás…
A SES publicou chamamento público para contratar a OS que administrará o Credeq de Aparecida.
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Mais Médicos
Profissionais criticam estrutura
Médicos do programa federal chegam a comprar medicamentos e mobília para trabalhar
Galtiery Rodrigues
Os profissionais selecionados pelo programa Mais Médicos para trabalhar em Goiânia estão enfrentando dificuldades impostas pela falta de estrutura e de servidores auxiliares, como agentes de saúde e técnicos de enfermagem. A situação chega ao ponto dos médicos tirarem dinheiro do próprio bolso para suprir demandas básicas, como comprar cadeiras mais seguras para suportar pacientes obesos, macas, remédios antitérmicos, gel transdutor para passar na barriga das gestantes e até pagar a fotocópia de receituários na lan house do bairro, quando eles acabam. O argumento para isso é que se forem solicitar e esperar pela Prefeitura, pode demorar demais e o paciente não ser atendido como deve.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) admite que os prédios das unidades são antigos e precisam passar por reformas e inovação do mobiliário. Do total de 130, 60 foram listados em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a prefeitura e o Ministério Público de Goiás (MP-GO), no dia 10 de dezembro do ano passado, como sendo aqueles que precisam passar por reparos imediatos. Desses, pelo menos 20 são os chamados Centros de Saúde da Família (CSF), onde os médicos do programa atuam. O prazo dado para o poder público cumprir as recomendações é de 24 meses, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia, em caso de atraso.
Cansados de testemunhar diariamente as consequências da falta de estrutura, os médicos relataram ao POPULAR algumas situações vividas. No CSF do Parque Tremendão, Região Noroeste, a médica investiu mais de R$ 2 mil para equipar o próprio consultório. Ela comprou duas cadeiras, uma mesa, uma maca e trocou o ar condicionado, que estava sem funcionar. Antes disso, havia uma cadeira velha, cujo encosto se soltou, ficando a barra de ferro exposta e mesmo assim continuou e continua sendo utilizada, porque ela foi transferida para outro consultório. “É muito estreita e frágil. Não aguenta um paciente obeso. Já fiquei sem examinar um paciente com medo dele cair”, expressou a médica, que pediu para não ter o nome divulgado.
A profissional, cuja especialidade é em Saúde da Família, alvo do programa Mais Médicos, diz que fez isso por dois motivos: primeiro, pelos pacientes, porque ela deseja seguir atuando na área, mesmo após o fim do programa, e pretende criar um vínculo com a comunidade. E, segundo, para se resguardar enquanto médica. “Tudo que acontece, o paciente tende a reclamar do médico. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) nos responsabiliza, porque foi eu que aceitei trabalhar nessas condições. Depois, se eu não examino ou deixo, por exemplo, passar um câncer por falta de atendimento, quem se prejudica sou eu. O processo é em mim”.
REMÉDIOS
Em outra unidade, no CSF do Jardim Curitiba 3, também na Região Noroeste, a médica relata já ter retirado dinheiro do próprio bolso para bancar a compra de antitérmicos para crianças, gel transdutor para fazer pré-natal das gestantes e até cadeado para o armário de medicação controlada. “É difícil, mas se chega uma criança com febre e não tem remédio, você acaba comprando para não deixa-la passando mal. Da mesma forma, com as gestantes. Afinal, é sua responsabilidade saber se aquele bebê está bem e respirando normalmente”, relatou. As famílias que procuram esses locais, normalmente, são carentes e não possuem dinheiro para comprar a medicação.
No CSF do Conjunto Vera Cruz 1, Região Oeste, a médica informa que falta materiais como hidróxido de potássio, substância utilizada no exame de prevenção para saber se as mulheres tem um corrimento causado por bactérias, e até paracetamol, bastante receitado nessa época do ano, quando surgem muitos pacientes com suspeita de dengue. Ela diz ainda não ter pago do próprio bolso para comprar remédios para a unidade, mas já teve vontade. Medicamentos muito usados como losartana, hidroclorotiazida, enalapril e glibenclabina, este indicado para diabéticos, estão em falta.
Déficit de material é pontual, diz secretaria
Em resposta ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que a falta de insumos, medicamentos e outros materiais são pontuais em algumas unidades e resolvidos de acordo com a disponibilidade da secretaria. Os processos de licitação, principalmente os que se referem à compra de remédios, são frustrados, porque as empresas que ganham a licitação não cumprem os compromissos, por isso é comum a falta. As fornecedoras são notificadas, multadas, mas ainda assim é preciso abrir novo processo para a aquisição. O CSFs do Curitiba 3 e do Tremendão estão na lista para serem reformados e a unidade do Conjunto Vera Cruz 1 será trocada por uma nova, a depender dos trâmites burocráticos de licitação e contratação de empresa para realizar a obra.
A SMS informou ainda que os processos de convocação dos aprovados no último concurso estão em andamento nos órgãos de controle interno, mas a nomeação só será possível quando o orçamento da Prefeitura for aprovado na Câmara Municipal. Sobre o kit, a secretaria informa que a entrega doi feita à unidade e não ao médico, com o intuito de auxiliar no primeiro atendimento.
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Ausência também de auxiliares
No dia a dia, os médicos sentem falta de amparo e da presença de profissionais auxiliares, como agentes de saúde e de enfermagem. Eles são imprescindíveis, porque são parte integrante das equipes de saúde da família, ajudam muito nas visitas domiciliares e atendimentos de urgência. O déficit de servidores dessa categoria é de 400 agentes de saúde e 30 agentes de enfermagem.
Recentemente, a Coordenação de Urgências da SMS enviou aos Centros de Saúde da Família (CSF) um kit com materiais de urgência e emergência, dentre eles medicamentos e instrumentos para entubar o paciente, quando necessário. Os médicos, no entanto, ironizam o envio do kit, porque, além de não ser uma incumbência dos profissionais do Mais Médicos, é o tipo de procedimento que só se faz na presença de auxiliares. “Estou sem técnica de enfermagem e sem enfermeira padrão desde outubro e, por isso, tenho que fazer todos os atendimentos sozinha”, diz uma médica.
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Dependência química
Aumenta procura por auxílio-doença no INSS
Goiás mantém média de variação maior que a nacional nos últimos cinco anos e é o sétimo estado em número de benefícios
Vandré Abreu
A cada ano os números de auxílio-doença para usuários de droga emitidos em Goiás pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aumentam. Apenas no ano passado, 2.611 benefícios foram concedidos pelo INSS, número 6% maior do que no ano anterior. O Estado é o sétimo na lista de auxílios emitidos a usuários, em lista encabeçada por São Paulo (42.649) e Minas Gerais (20.411). Em todo o Brasil, foram 134.642 benefícios concedidos.
Do total de auxílios-doença concedidos aos dependentes químicos em Goiás no ano passado, 928 se referem a transtornos mentais e comportamentais gerados pelo uso de drogas, sendo que 459 pessoas receberam o benefício federal por usar múltiplas drogas, 181 por ser dependente de cocaína e 274 pelo uso exacerbado de álcool. Para ter acesso ao benefício, o usuário necessita passar por todos os trâmites do INSS e, normalmente, é levado pela família.
No caso, é necessária a autorização de uma perícia médica e de atestados e exames que comprovem a dependência e a incapacidade para o trabalho. Segundo o assistente social e assessor do Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (Geed), Roberto Vilaverde, o aumento da concessão do auxílio-doença se dá em razão de que há alguns anos ninguém tinha a informação de que era possível recebê-lo. Havia a dificuldade até mesmo de reconhecer a dependência como doença. “Hoje, se o médico atesta a dependência o usuário pode receber o auxílio.”
A gerente da agência da Previdência Social de Goiânia, Maria Luzeni dos Santos afirma ser notório o aumento da procura do auxílio nos últimos anos. “O contato começa quase sempre com um familiar, já que o doente já se encontra internado. É avaliada a invalizez da pessoa, em que normalmente se constata os distúrbios mentais e o desequilíbrio.” O valor recebido pelo beneficiário é de acordo com o salário e a média tem variado entre R$ 900 e R$ 1.100. “Mas a gente sabe que há casos com pessoas de salários melhores.” O tempo estimado para análise do processo é de 90 dias.
Vilaverde relata que o avanço do uso de drogas na sociedade culmina no déficit no mercado de trabalho, já que o usuário piora o seu rendimento. “A principal característica é a mentira. A pessoa passa a mentir muito, não consegue produzir e a faltar muito no trabalho, especialmente na segunda-feira.” O assistente social reforça ainda que as próprias empresas não conseguem auxiliar ou orientar o trabalhador em relação às drogas.
O uso do dinheiro do auxílio-doença pago pelo governo federal deve ser ligado ao tratamento do usuário, segundo o assessor do Geed Roberto Vilaverde. Essa questão, no entanto, deve ser bem amarrada, já que o doente perde o controle sobre o uso do dinheiro. “É um caso a se pensar, que devemos sentar e trabalhar sobre quem deve controlar esse auxílio para que ele não acabe servindo e contribuindo com o próprio uso da droga.” Vilaverde afirma que ainda não se sabe quem tem essa responsabilidade, se a família, o médico ou o Estado.
Comurg inicia este mês programa para funcionários
A Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) iniciou um projeto no fim do mês passado para tratar de seus servidores que usam drogas ou possuem casos na família. O projeto pertence ao Programa Servidor Cidadão, coordenado por Valquíria Bessa. Segundo ela, o problema não atinge apenas a Comurg, mas que a empresa sabe que há servidores usuários de droga. “Vamos de encontro ao problema, na tentativa de ganhar a confiança do trabalhador, que é o primeiro passo.”
Valquíria explica que a iniciativa não se deu apenas pelo número de funcionários afastados pelo envolvimento com drogas, mas sim porque o problema causa um mal-estar em todos os aspectos, já que o afastamento sobrecarrega os demais servidores. “Os próprios colegas e os chefes vão nos auxiliar neste problema, pois podem nos indicar quem o possui. A pessoa muda quando começa a usar droga, especialmente com relação às faltas, e fica mais agressiva.” O projeto deve ter início ainda neste mês.
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AGÊNCIA ESTADO
Governo diz que 4 cubanos já deixaram o Mais Médicos
No total são 89 médicos faltosos no programa
Brasília – Quatro cubanos deixaram o Programa Mais Médicos e não voltaram para o seu país, informou nesta terça-feira, 11, o Ministério da Saúde. O chefe da Pasta, Arthur Chioro, disse que, de sexta-feira, dia 7, para cá, houve registro de três intercambistas que deixaram de comparecer ao serviço, entre eles, Ortelio Guerra, que nesta segunda-feira, 10, postou nas redes sociais que já estava nos Estados Unidos.
Ao todo, são 89 profissionais considerados faltosos no programa, sendo 80 brasileiros e 9 estrangeiros, dos quais quatro são cubanos. Nesta quarta-feira, 12, será publicado no Diário Oficial da União um comunicado requisitando o retorno desses profissionais ao programa.
Eles terão 48 horas para se apresentar, caso contrário, serão formalmente desligados. Questionado sobre o número de profissionais que abandonaram o programa, Chioro disse não estar preocupado. Ele afirmou que o índice de desistência é considerado baixo.
O ministro também afirmou não estar preocupado que o Brasil seja usado como uma porta de saída de cubanos que desejam deixar o sistema do seu país. "A nossa relação é uma relação de cooperação. Eles vêm ao Brasil e vão por livre e espontânea vontade", disse Chioro.
Na semana passada, a médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que trabalhava no programa na cidade de Pacajá (PA), já tinha deixado o trabalho e pedido abrigo na liderança do DEM na Câmara dos Deputados.
A decisão foi tomada depois que a médica teve conhecimento de que o Ministério da Saúde repassa mensalmente para os médicos que atuam no programa o equivalente a R$ 10 mil. Recrutada por meio de um convênio firmado entre Organização Pan-Americana (Opas) e Cuba, Ramona disse receber o equivalente a US$ 400.
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Cubana que desertou receberá R$ 3 mil em novo emprego
Ramona Rodrigues trabalhará na AMB
Brasília – A médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que deixou o programa Mais Médicos na semana passada e pediu asilo ao Brasil, receberá R$ 3 mil de salário em seu novo emprego em Brasília, como assessora administrativa da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB), uma das entidades que se opõem ao programa federal.
Como integrante do Mais Médicos, Ramona recebia US$ 400 no Brasil, além de outros U$ 600 que eram depositados em uma conta em Cuba e que só podiam ser utilizados quando a médica voltasse ao país natal. Somados os dois valores, a cubana ganhava o equivalente a R$ 2.407.
O restante da bolsa de R$ 10 mil paga pelo Brasil ficava com o governo da ilha caribenha. O anúncio do novo salário foi feito na tarde desta terça-feira, 11, pelo presidente da AMB, Florentino Cardoso. "Ela terá registro em carteira, com todos os benefícios, como vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, 13.º salário e férias. Ela vai trabalhar em condições dignas, não será um trabalho escravo como o que ela estava sendo submetida", disse.
Segundo Cardoso, os benefícios devem chegar a R$ 1 mil. No entanto, a médica não receberá auxílio-moradia, benefício previsto no programa Mais Médicos. "Ela está procurando um lugar para ficar e está vendo de dividir com outras pessoas, por uma escolha dela, que se sente mais segura", disse Cardoso.
O presidente da AMB afirmou que Ramona começa a trabalhar nesta quarta-feira, 12, mas que ainda não optou como cumprirá sua jornada de trabalho. "Ela pode fazer seis horas corridas ou oito horas com intervalo para o almoço", explicou.
Cardoso disse ainda que a entidade vai ajudá-la a se preparar para o exame Revalida caso ela queira continuar no País e trabalhar como médica.
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TV ANHANGUERA
Pacientes que precisam de atendimento psiquiátrico encontram dificuldades, em Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/pacientes-que-precisam-de-atendimento-psiquiatrico-encontram-dificuldades-em-goiania/3141122/
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PORTAL G1
Família de homem com suspeita de AVC luta para conseguir vaga em UTI
Paciente está internado em Cais de Goiânia desde o último sábado (9).
Parentes afirmam que estado é grave; secretaria diz que tenta transferência.
A família de Fredson Pereira Ramos, 35 anos, pede ajuda para conseguir uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia. O homem está internado no Centro de Apoio Integral à Saúde (Cais) Novo Mundo, desde o último sábado (9), com suspeita de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). O estado de saúde é grave e ele está inconsciente, segundo os parentes.
A esposa de Fredson, a dona de casa Lucélia Tenório, conta que o marido começou a passar mal depois de jogar uma partida de futebol. Ao chegar em casa, pediu para ser levado a um posto de saúde. “Ele estava sentindo muita dor no pescoço e na cabeça. Eu olhei para ele e ‘minava’ suor do rosto dele, que estava muito pálido. Ele também dizia que sentia o corpo paralisando”, relatou a mulher.
Cunhado do paciente, Leandro Tenório diz que Fredson está inconsciente e respira com a ajuda de aparelhos. “Ele não conversa, não tem sentido nenhum. Se ficar aqui [no Cais], ele vai morrer”, afirma.
Os parentes dizem que o estado do homem piora a cada dia e ele precisa ser transferido com urgência. A esposa faz um apelo desesperado: “Ele está entre a vida e a morte. Os médicos dizem que já fizeram tudo o que pode ser feito para salvar a vida dele e que agora ele precisa de uma UTI. Eu peço socorro, pelo amor de Deus, pois é a vida de um ser humano que está ali dentro”.
Os médicos do Cais foram procurados pela reportagem, mas não foram autorizados a gravar entrevista pela Secretaria Municipal de Saúde. Em nota, a pasta informou que está sendo feita uma busca por vagas em UTI na capital e que Fredson deve ser transferido ainda nesta terça-feira (11).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Quando o choque elétrico é remédio
Médico sugere o uso de choques elétricos para tratar doenças, como depressão, e busca voluntários para o tratamento.
http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20140212&p=5
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SAÚDE BUSINESS WEB
Artigo – Tendências para o mercado de saúde no Brasil
Consolidação de players no setor de saúde suplementar e laboratórios deve chegar aos hospitais em breve, avaliam consultores
Nos últimos anos, o setor de saúde brasileiro passou por várias mudanças. Além da consolidação do número de players, mudanças significativas de market share entre as diversas empresas do segmento aconteceram.
O exemplo mais recente, apenas em se tratando de seguros, foi a aquisição da Amil pela gigante americana United Health. No segmento de laboratórios de diagnóstico e análises clínicas, o DASA, maior empresa do segmento, é o resultado de várias aquisições tipo roll-up implementada desde sua abertura de capital na Bolsa de Valores, em 2004. Ainda nesse segmento, o Laboratório Fleury, outro gigante da indústria, atualmente à venda, vem instigando a cobiça de todo tipo de investidores, tais como fundos de private equity e players estratégicos, tanto nacionais quanto internacionais.
Ao que tudo indica, essa onda de consolidação também terá reflexos no segmento hospitalar. Deverá ser um instrumento bastante utilizado, uma vez que, por exemplo, essas instituições busquem obter economias de escala, no intuito de resistir, previamente, às potenciais quedas de faturamento provenientes de mudanças na indústria e em seus cenários micro e macroeconômicos. Nessa linha, um dos players mais ativos é a Rede D’or de hospitais, parceira do Banco BTG, que faz aquisições nesse segmento desde 2010.
As sinergias resultantes da fusão ou aquisição no setor de saúde, além dos benefícios óbvios advindos da eliminação de redundâncias tanto operacionais quanto administrativas, seja nos departamentos, nos produtos ou nos serviços, possibilitam que a nova entidade ou novo hospital musculatura para aproveitar, ainda, outros quatro fatores determinantes.
O primeiro deles é a economia de escala. Ao considerar que, por exemplo, o novo hospital possuirá várias instalações e será capaz de oferecer diferentes tipos de serviço aos segurados e pacientes, ele terá maior poder de negociação junto às companhias seguradoras, em busca de melhores taxas e formas de recebimento. Dessa forma, poderá aumentar suas margens de lucro e obterá uma vantagem competitiva significativa frente a seus concorrentes.
A economia de escala também será refletida na área de suprimentos, uma vez que a entidade deverá desfrutar de descontos e condições de pagamento mais atraentes, por conta do aumento no volume dos pedidos de compra.
O recrutamento de colaboradores e médicos é o segundo fator. O processo terá maior êxito, pois esses profissionais estarão mais dispostos à trabalhar em uma instituição maior, mais bem equipada, e que provavelmente oferecerá melhores condições de trabalho com remunerações mais atraentes. Eles também desfrutarão de benefícios mais relevantes, os quais a entidade resultante poderá oferecer em virtude de seu novo porte.
O fator financeiro é outro determinante. O acesso ao capital é uma das principais razões pelas quais os hospitais menores são adquiridos. Instituições que, historicamente, se esforçavam para levantar apenas financiamentos bancários podem agora utilizar a alavancagem, instrumento que apenas uma instituição mais robusta é capaz de acessar através do mercado de capitais.
Novamente, é válido citar como exemplo recente a Rede D’or, que vendeu os edifícios onde funcionam seus hospitais para o fundo imobiliário canadense NorthWest. Essa engenharia financeira, conhecida como desmobilização, permite que a rede concentre seu capital totalmente na operação hospitalar, bem como nas novas possíveis aquisições. Mais além, o acesso ao capital com custo competitivo também possibilita que a nova entidade implemente reformas e expansões que permitirão ao hospital gerar e manter sua vantagem competitiva vis-à-vis seus concorrentes.
A profissionalização é o quarto fator determinante. Historicamente, no Brasil, médicos se uniam no intuito de construir novos hospitais. Atualmente, muitas dessas instituições cresceram e se tornaram significativas em tamanho, com a conquista de notoriedade em seus campos de atuação e de pesquisa.
Do ponto de vista administrativo, entretanto, essas mesmas instituições se tornaram engessadas, uma vez que diversos acionistas atuam na gestão do negócio. Esse fato ficou ainda mais evidente na medida em que as gerações posteriores de acionistas também vieram a participar da gestão.
Hoje, muitas dessas instituições acreditam que a venda para cadeias hospitalares profissionais seja a solução de seus problemas de gestão.
* Benjamin Yung e Victor Yung são especialistas no segmento de reestruturação financeira e diretores da consultoria Estratégias Empresariais
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AGÊNCIA SAÚDE
Ministério propõe novos protocolos para tratamento para crianças com HIV
Documento em consulta pública considera avanços no tratamento de crianças e adolescentes infectados pelo HIV
Um novo protocolo de tratamento clínico para infecção pelo HIV de crianças e adolescentes foi lançado pelo Ministério da Saúde em consulta pública na sexta-feira (7). A nova proposta recomenda que o início do tratamento em recém-nascidos expostos deve ser feito com AZT (Zidovudina) por quatro semanas. Esta indicação é aplicada aos filhos de mães soropositivas que foram acompanhadas desde o pré-natal.
Já no caso das gestantes que não receberam antirretroviral durante a gravidez é recomendado aos bebês a utilização de AZT (Zidovudina) por quatro semanas, acompanhado de Nevirapina em três doses. Antes, a recomendação era de uso do AZT durante seis semanas.
Outra mudança é a indicação do início do tratamento para crianças de um a cinco anos, com carga viral superior a 100 mil cópias (quantidade de HIV que circula no sangue, considerada alta e que sugere o progresso da doença nas crianças). Também é recomendado o início de tratamento para todas as crianças com idade superior a cinco anos com CD4 acima de 500. A contagem de linfócitos T CD4+ (CD4) indica como está a resposta do sistema imunológico ao vírus, permitindo ao médico monitorar a saúde de paciente que toma os antirretrovirais. Antes, o critério considerado era a contagem de CD4.
O protocolo, que apresenta novas propostas para aperfeiçoar o atendimento e tratamento dessa população no país, ficará em consulta pública por um período de 30 dias (até 9 de março) e será finalizado ainda neste primeiro semestre. A faixa etária considerada para o protocolo é de recém-nascidos até os 13 anos.
Desde o final da década de 1990, o Ministério da Saúde publica recomendações para tratamento de crianças e adolescentes infectados pelo HIV e aids, baseadas nas evidências científicas vigentes. Periodicamente, há a atualização com a inclusão das informações sobre os avanços ocorridos nas orientações para o tratamento e acompanhamento das crianças expostas e infectadas pelo HIV.
A partir de 2012, os antigos consensos terapêuticos passam a ser elaborados na forma de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados em portaria, após período de 30 dias de consulta pública, em que a sociedade pode inserir as suas contribuições ao documento.
O novo protocolo define com maior clareza a primeira linha de terapia antirretroviral TARV. Além disso, o documento amplia as recomendações sobre diagnóstico, manejo da falha terapêutica, adesão, revelação diagnóstica, toxicidade, coinfecções, infecções oportunistas e abordagem aos adolescentes.
O texto completo da proposta do novo protocolo encontra-se disponível no endereço eletrônico: www.saude.gov.br/consultapublica. A validação das proposições recebidas e elaboração da versão final consolidada do protocolo será coordenada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, que deve finalizar o documento ainda neste primeiro semestre.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação