Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/04/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Justiça determina prisão de tenente coronel suspeito de matar médico em Goiânia
• Campanha de vacinação contra gripe H1N1 começa em Goiânia e outros 78 municípios de Goiás
• Estado deve R$ 40 milhões e atrasa entrega de remédios
• Dia Mundial da Saúde luta para combater obesidade

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Justiça determina prisão de tenente coronel suspeito de matar médico em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/justica-determina-prisao-de-tenente-coronel-suspeito-de-matar-medico-em-goiania/4949715/

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Campanha de vacinação contra gripe H1N1 começa em Goiânia e outros 78 municípios de Goiás
http://g1.globo.com/goias/bom-dia-go/videos/t/edicoes/v/campanha-de-vacinacao-contra-gripe-h1n1-comeca-em-goiania-e-outros-78-municipios-de-goias/4950058/
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O POPULAR

Estado deve R$ 40 milhões e atrasa entrega de remédios
Em débito com laboratórios, SES lista 26 medicamentos que não são entregues no prazo a pacientes de doenças graves e gravíssimas

Cleomar Almeida

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás tem uma dívida de R$ 39,9 milhões com um grupo de 15 laboratórios fornecedores de medicamentos a pacientes. Os dados são confirmados pelo superintendente de Gestão e Planejamento da pasta, Oldair Marinho. Ele admite que o descontrole nas contas já faz o Estado atrasar a entrega de 26 medicamentos para tratamentos de pessoas com várias doenças, como câncer e epilepsia, consideradas graves.
O superintendente atribui o débito às decisões judiciais que obrigam o Estado a fornecer medicamentos para pacientes. “Não havia nenhuma divida, originada agora pelo aumento exponencial das demandas judiciais referentes a medicamentos importados, pagos em dólar”, alega. Reportagem do POPULAR de ontem revela que, nos últimos dez anos, saltou de 29 (2006) para 4.303 (2015) o número de pacientes que só receberam tratamento ou medicamento da SES por ordem do Judiciário goiano ou com ajuda do Ministério Público e Defensoria Pública estaduais.
O almoxarife de obras Márcio Nunes Cardoso, de 40 anos, aguarda aflito para conseguir, na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, unidade administrada pela SES, o remédio para o tratamento de sua mãe, Maria do Carmo Ferreira, de 65, portadora de câncer na medula óssea. Já conseguiu decisão judicial.
Pressionada pelas contas no vermelho, a pasta negocia a dívida com os laboratórios. “As negociações são cotidianas a fim de definir com cada fornecedor a melhor negociação. O objetivo é sanar o quanto antes, para garantir o atendimento aos pacientes”, acentua Marinho.
O prazo estipulado para negociação é até o dia 20. O superintendente também aponta “o corte de recursos da União no valor de 18 bilhões este ano para o Sistema Único de Saúde (SUS)” como um dos fatores de agravamento da dívida na saúde pública estadual.
Apesar de Marinho negar falta de recursos do Estado para o setor, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) admite, em nota, que “os repasses para investimentos não têm obedecido uma frequência nos últimos meses,” explicando que a frustração de receitas ao longo de 2015 e 2016 se deve à crise econômica nacional. O envio de recursos por parte da Sefaz obedece a cronograma mensal e, ao emitir ordens de pagamento, quita débitos de custeio a remédios.
A nota ainda diz que “tem sido enviada todos os meses quantidade de recursos para a manutenção e continuidade dos serviços prestados à SES”, mas não cita os valores repassados e as parcelas em atraso. “A previsão de normalização do envio de tais recursos é de que ocorra à medida em que o cenário econômico no País volte à normalidade”, continua o texto.

Ministério da Saúde diz que faz repasses

Em nota, o Ministério da Saúde rebate o governo de Goiás, dizendo que tem feito os investimentos necessários para o setor. “Em cinco anos, mais de R$ 9,4 bilhões (foram enviados) para todo o Estado de Goiás para o custeio e investimento dos serviços de saúde próprios e contratados pelas secretarias estadual e municipais de Saúde, às quais competem gerenciar a verba e distribuir para a rede de saúde conveniada para execução dos serviços, além dos repasses diretos aos prestadores de serviços do SUS, como hospitais universitários e farmácias que participam do programa Farmácia Popular.”
A nota também informa que, entre 2011 e 2015, houve um incremento de 53% no volume de recursos enviados pelo Ministério da Saúde a todo o Estado, passando de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,3 bilhões. “A gestão do SUS é compartilhada entre o governo Federal, Estados e Municípios. É responsabilidade de cada um dos entes aportar recursos próprios na saúde pública”, diz.
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O HOJE
Dia Mundial da Saúde luta para combater obesidade

O Dia Mundial da Saúde foi comemorado no último dia 7 de abril, e talvez um dos maiores desafios de saúde pública, atualmente, seja diminuir o número de adultos e crianças com sobrepeso ou obesidade. No Brasil, segundo divulgado pela Associação Brasileira para o Estudo da  Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), mais de 50% da população adulta está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade. Dentre as crianças, esse número seria de 15%.
Os hábitos alimentares atuais – com o consumo excessivo de alimentos industrializados e açucarados – e a carência da prática de exercícios físicos são os principais vilões do aumento do número de pessoas acima de seu peso ideal. “Se a gente fosse estipular uma fórmula mágica para resolver esse problema, seria manter uma alimentação saudável, com consumo adequado de frutas e verduras, e praticar atividade física”, afirma a médica endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Mariana Santos.
No início deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ampliou as indicações para que pessoas com obesidade moderada possam fazer a cirurgia bariátrica, popularmente chamada de “redução de estômago”. A lista de comorbidades associadas como diabetes, dislipidemia, apneia do sono e hipertensão arterial foi ampliada, totalizando 21 novas indicações, dentre as quais estão asma grave, problemas ortopédicos como o desgaste dos joelhos ou hérnia de disco, disfunção erétil, infertilidade masculina e feminina e até depressão.
Para a endocrinologista, a ampliação da lista é um ganho para a sociedade de forma geral, mas vale lembrar que a cirurgia bariátrica não é uma intervenção de cunho estético. A depressão, por exemplo, é uma comorbidade que merece uma avaliação muito cautelosa. “São muitos os casos de pacientes que criam uma expectativa muito grande em torno da cirurgia de redução de estômago e ficam depressivos após o procedimento, porque se acostumar a comer menos não é uma tarefa fácil”, afirma Mariana.
Comorbidades ortopédicas

Segundo o médico ortopedista, especialista em quadril e membro das Sociedades Brasileiras de Ortopedia/Traumatologia e Quadril (SBOT e SBQ) Fernando Portilho Ferro várias são as doenças que podem acometer um paciente acima do peso ideal, visto que as articulações não se tornam mais fortes e o tecido gorduroso adicional é um “peso morto” que não contribui para agregar nenhuma estabilidade ou proteção às articulações. As doenças mais comuns são artrose dos quadris, joelhos, ombros e coluna lombar, hérnia discal lombar e trombose venosa profunda. Pessoas com índice de IMC acima de 30 têm um risco oito vezes maior de necessitar de cirurgia de prótese total do joelho e também aumenta o risco de dores crônicas difusas sem causa específica como a fibromialgia.
“No consultório, é comum estar diante de algum paciente com problemas causados pela obesidade. Explico que a cirurgia pode ser a única forma eficaz de tratamento, à medida que as dores pioram, mas, infelizmente, muitos pacientes não conseguem perder peso, mesmo diante da possibilidade de poder evitar uma cirurgia”, conta o médico. Para ele, a lista anterior de comorbidades era mais vaga e agora diagnósticos mais específicos foram elencados. “Acho que isso facilita a discussão e evita atritos com planos de saúde. Na prática, não acredito que teremos grandes mudanças na frequência de indicação de cirurgias para esses pacientes”, pontua Fernando.
Quanto à recuperação, o especialista salienta que, infelizmente, a maioria das lesões ortopédicas secundárias à obesidade são irreversíveis, porque a cartilagem é um tecido muito resistente, porém com péssima capacidade de regeneração. “Mesmo assim, vale a pena tentar emagrecer. Pacientes com artrose leve que perdem peso costumam observar menos crises de dor e menor dependência de analgésicos além de adiar a necessidade de uma cirurgia. Obesos que já têm artrose grave e precisam de cirurgia também se beneficiam da perda de peso, pois o processo de reabilitação pós-cirurgia é menos penoso e diminui o risco de complicações. Além disso, a durabilidade da prótese aumenta”, finaliza o ortopedista.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação