Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/04/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Como Serviço Social Autônomo, Ipasgo ganhará 879 novos procedimentos médicos

Saúde vai credenciar 57 mil equipes para reforçar unidades básicas

CFM proíbe prescrição médica de anabolizante para fins estéticos

Elevador de clínica cai com 3 adultos e um bebê em Aparecida de Goiânia

Testes moleculares podem detectar os causadores de infecções respiratórias

Deputada do PT diz que usuários do Ipasgo temem privatização

Artigo – O sacerdócio da medicina acabou

Retratada em série, jovem que morreu de doença rara lutou por remédios

Piso Salarial da Enfermagem: data de pagamento do piso da enfermagem foi confirmada? Veja o que diz deputado

A REDAÇÃO

Como Serviço Social Autônomo, Ipasgo ganhará 879 novos procedimentos médicos

Em um novo encontro para debater as alterações no regime jurídico do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), o presidente do órgão, Vinicius Luz, anunciou que a transformação para Serviço Social Autônomo (SSA) virá acompanhada por uma importante mudança na tabela da entidade: cobertura de 879 novos procedimentos médicos. Durante a reunião, que ocorreu nesta terça-feira (11/4), o governador Ronaldo Caiado também falou sobre o futuro da autarquia, garantindo que “o Estado vai continuar cumprindo suas responsabilidades.”

A alteração da personalidade jurídica foi uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE). Com isso, o órgão deixaria de ser uma autarquia estadual e se transformaria em um SSA, o que, segundo Luz, daria mais agilidade para o dia a dia do instituto. Além disso, a alteração também permitirá a inclusão de pais, irmãos e outros parentes como dependentes dos titulares. 

Em relação às decisões administrativas, Caiado esclareceu que a partir da alteração jurídica, o instituto passará a ser gerido por uma diretoria executiva composta por presidente, chefe de gabinete e diretores, com apoio de dois conselhos, um de administração e outro fiscal. No entanto, a nova personalidade jurídica não significa a privatização, ou seja, o Estado continua como controlador. “O Estado vai fazer parte, ao mesmo tempo, do comando e da presidência da nova entidade”, disse o governador. 


Audiência pública

O encontro desta terça-feira (11/4) vem logo após uma audiência pública, realizada ontem (10/4) pela diretoria do instituto. Deputados estaduais, representantes da Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), da Secretaria de Estado da Administração (Sead) e do próprio instituto participaram das deliberações. 
 

Na ocasião, Vinicius Luz lembrou que além de pôr fim à inadequação contábil apontada pelo TCE, diferenciando os recursos privados, já que as receitas são provenientes dos salários de servidores e de dependentes, da receita estatal, o SSA sanaria outros problemas, como a vinculação das despesas, inclusive a decorrente da folha de pagamento dos servidores, a possibilidade de contingenciamento e a sujeição ao teto de gastos. 

A solução apresentada pelo Ipasgo consta na minuta do projeto de lei divulgada na última quinta-feira, 30 de março. O conteúdo passa por apreciação e análise, inclusive por meio de uma consulta pública virtual, antes de ser formalmente encaminhado para a Alego. A versão final, que será apresentada ao parlamento, será resultado das ponderações feitas ao longo da audiência pública, bem como das sugestões recebidas por meio do site e das redes sociais do Ipasgo, de entidades que representam os servidores públicos e de manifestações realizadas durante as reuniões a respeito do assunto. 

SSA

Se consumada a alteração de regime jurídico dentro da solução proposta pela instituição, o Ipasgo passa a ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil. 
 

Para os 596 mil usuários, um dos principais benefícios dessa mudança é a ampliação do rol de serviços prestados. Com o ingresso na ANS, o Ipasgo passa a oferecer 879 procedimentos médicos que hoje não integram a tabela, bem como a outros oito atendimentos odontológicos, 1.758 medicamentos e 740 Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), insumos utilizados em intervenções médicas, odontológicas, de reabilitação, diagnósticas ou terapêuticas.

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Saúde vai credenciar 57 mil equipes para reforçar unidades básicas

O Ministério da Saúde informou que irá credenciar 57 mil equipes para reforçar e ampliar o atendimento nas unidades básicas, consideradas a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o ministério, o credenciamento das novas equipes irá zerar a fila de pedidos pendentes de municípios feitos até janeiro deste ano. No total, 3,8 mil municípios serão atendidos e mais 33,8 milhões de brasileiros passarão a ter atendimento médico na rede pública. Para as contratações, será liberado montante de R$ 1,6 bilhão ao ano.

Os profissionais de saúde serão deslocados para o Mais Médicos, saúde da família (1,4 mil), agentes comunitários (30 mil), programa de assistência odontológica (3,6 mil equipes), atenção primária (2,9 mil) e consultórios de rua (30). Segundo o ministério, 47 equipes serão credenciadas para atender populações ribeirinhas.

“Esse primeiro atendimento, realizado nas Unidades Básicas de Saúde, é responsável pelo acompanhamento da situação de saúde da população, prevenção e redução de doenças. Nesse contexto, preencher os vazios assistenciais que deixaram de ser atendidos pelo governo anterior é uma forma de resgatar o direito e o acesso da população brasileira à saúde”, diz nota divulgada pela pasta.

Os estados e municípios terão 90 dias para efetivarem o credenciamento das equipes. O prazo para gestores locais do SUS apresentarem novas solicitações é de 40 dias.

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AGÊNCIA BRASIL

CFM proíbe prescrição médica de anabolizante para fins estéticos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição médica de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes com finalidade estética, para ganho de massa muscular ou melhora do desempenho esportivo. Segundo a entidade, a decisão foi tomada em razão da inexistência de comprovação científica suficiente que sustente o benefício e a segurança do paciente. A resolução foi publicada nesta terça-feira (10/4) no Diário Oficial da União.

A medida destaca a inexistência de estudos clínicos randomizados de boa qualidade metodológica que demonstrem a magnitude dos riscos associados à terapia hormonal androgênica em níveis acima dos fisiológicos, tanto em homens quanto em mulheres, além da ausência de comprovação científica de condição clínico-patológica na mulher decorrente de baixos níveis de testosterona ou androgênios. 

Riscos 

Por meio de nota, o conselho alerta para os riscos potenciais do uso de doses inadequadas de hormônios e a possibilidade de efeitos colaterais danosos, ainda que com o uso de doses terapêuticas, especialmente em casos de deficiência hormonal não diagnosticada apropriadamente.  

Dentre os efeitos adversos possíveis estão os cardiovasculares, incluindo hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio; aterosclerose; estado de hipercoagulabilidade; aumento da trombogênese e vasoespasmo; doenças hepáticas como hepatite medicamentosa, insuficiência hepática aguda e carcinoma hepatocelular; transtornos mentais e de comportamento, incluindo depressão e dependência; além de distúrbios endócrinos como infertilidade, disfunção erétil e diminuição de libido. 

De acordo com o CFM, a percepção é corroborada pelas sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia, de Medicina do Esporte e do Exercício, de Cardiologia, de Urologia, de Dermatologia, de Geriatria e Gerontologia e pelas federações brasileiras de Gastroenterologia e das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, que emitiram nota conjunta cobrando a regulamentação do uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.  

Entenda 

A resolução do conselho regulamenta que a prescrição médica de terapias hormonais está indicada em casos de deficiência específica comprovada, de acordo com a existência de nexo causal entre a deficiência e o quadro clínico, cuja reposição hormonal proporcione benefícios cientificamente comprovados, sendo “vedada ao médico a prescrição de medicamentos com indicação ainda não aceita pela comunidade científica”.   O uso de terapias hormonais com a finalidade de retardar, modular ou prevenir o envelhecimento permanece vedado.  


A publicação prevê a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes como justificada para o tratamento de doenças como hipogonadismo, puberdade tardia, micropênis neonatal e caquexia, podendo ainda ser indicada na terapia hormonal cruzada em transgêneros e, a curto prazo, em mulheres com diagnóstico de desejo sexual hipoativo. 

O Conselho Federal de Medicina também define que, no exercício da medicina, ficam proibidas a prescrição e a divulgação de hormônios anunciados como bioidênticos em formulação nano ou com nomenclaturas de cunho comercial sem a devida comprovação científica de superioridade clínica para a finalidade prevista, assim como de moduladores seletivos do receptor androgênico para qualquer indicação. A vedação está de acordo com o entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Abuso 

Segundo o conselho, é crescente o número de pessoas utilizando esse tipo de medicação de forma ilícita. O CFM relata ainda um aumento na administração do hormônio do crescimento (GH) de forma abusiva por atletas, amadores e profissionais, como droga ergogênica, motivo pelo qual o hormônio foi incluído na lista de substâncias anabolizantes da Anvisa e no rol de drogas proibidas no esporte pela Agência Mundial Anti-Doping. 

“Drogas ergogênicas tendem a melhorar o desempenho físico retardando a fadiga, impulsionando o ganho de massa muscular (propriedade anabolizante) e a quebra de gordura (propriedade lipolítica)”, destacou o CFM. 

A resolução determina, também, que permanece proibida ao médico a adoção experimental de qualquer tipo de terapêutica não liberada para uso no Brasil sem a devida autorização dos órgãos competentes e sem o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, que devem estar devidamente esclarecidos  

A restrição também se estende à realização de cursos, eventos e publicidade com o objetivo de estimular o uso ou fazer apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular ou de melhora na performance esportiva. 

“Esse item assume relevância diante da proliferação de atividades de extensão, educação continuada e pós-graduação sobre terapias hormonais cuja base é o treinamento de profissionais para prescrição de hormônios e outros tratamentos ainda sem comprovação científica”, concluiu o conselho. 

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JORNAL OPÇÃO

Elevador de clínica cai com 3 adultos e um bebê em Aparecida de Goiânia

Segundo os bombeiros, a criança não se feriu com a queda do equipamento do segundo andar do prédio

Um elevador caiu com três pessoas e um bebê na tarde desta terça-feira, 11. O acidente aconteceu em uma clínica odontológica em Aparecida de Goiânia. O prédio onde fica o estabelecimento possui dois andares e está localizado em frente ao 45º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Jardim Buriti Sereno.

O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) foi acionado e resgatou as vítimas do elevador, que despencou do segundo andar. Imagens mostram que o elevador ficou entre o piso térreo e o poço do equipamento. O tenente Marcelo Ribeiro disse que uma das vítimas é a proprietária da clínica.

Segundo ele, a mulher quebrou as duas pernas, um homem quebrou uma das pernas e uma jovem de 20 anos, que estava com o bebê no colo, torceu o tornozelo. Já a criança não apresentava ferimentos.

Todos foram encaminhados para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) e para o Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG). A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) ainda não foi acionada para a perícia.

Os nomes das vítimas não foram revelados, por isso, não foi possível entrar em contato com as unidades de saúde para saber o estado de saúde. A clínica, até o momento, não se manifestou sobre o acidente. 

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O HOJE

Testes moleculares podem detectar os causadores de infecções respiratórias

Seguir orientações médicas fazem toda diferença na hora de evitar as doenças respiratórias inerente à época

Com a chegada da nova estação, é comum o surgimento de doenças relacionadas ao sistema respiratório por conta da mudança de temperatura. Depois de uma temporada de chuvas intensas, o Estado de Goiás passou a vivenciar dias de muito sol e calor, com algumas pancadas de chuva. A população goiana tem sentido e o sistema de saúde da Capital relata um aumento na procura por exames específicos. A situação atual é, um aumento de casos de viroses, superlotando os prontos socorros.

As mudanças de temperatura favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria Covid-19, que ainda não está totalmente controlada. Além dessas, doenças como sinusite, rinite e crises de asma e bronquite aumentam consideravelmente. A transmissão dessas doenças ocorre muito por conta do confinamento e permanência em espaços fechados e com pouca ventilação, o que facilita a circulação de microrganismos. Por isso os cuidados devem ser redobrados nesta época.

Uma alternativa para auxiliar no diagnóstico de viroses respiratórias como gripe, bronquiolite e Covid-19, que geralmente apresentam sintomas muito parecidos, é a realização do teste de Painel Molecular de Vírus Respiratórios. O diretor técnico de um laboratório em Goiânia, Nelcivone Soares de Melo, explica que com tantas semelhanças entre as doenças e diferentes tratamentos possíveis, é importante identificar com qual delas a pessoa está infectada, para que ela siga as orientações do médico.

“Os painéis moleculares para infecções respiratórias são uma alternativa aos métodos tradicionais de cultura bacteriana e sorologia, que podem levar dias ou até semanas para fornecer um diagnóstico preciso. Com esses testes moleculares, os médicos podem obter resultados em algumas horas, o que permite um tratamento mais rápido e eficaz da infecção. Além disso, esses painéis podem detectar múltiplos patógenos respiratórios em uma única amostra, aumentando a eficiência diagnóstica”, afirma.

O diretor afirma que houve aumento da procura por esse tipo de teste em sua unidade, que pode ser realizado em pessoas que apresentam sintomas ou até mesmo assintomáticas, mas que desconfiam por ter tido contato com alguém com sintomas. “Geralmente no início do outono é comum observar um aumento na incidência de infecções respiratórias. Como as pessoas ainda ficam com o receio de estarem com o vírus da Covid-19, muitas procuram o laboratório para realizar o exame e receber o diagnóstico correto”.

Com o painel viral, é possível saber exatamente qual vírus ou bactéria está causando os sintomas no paciente. Com a vantagem de que os resultados saem em até 12 horas, assim o agente causador da infecção é identificado e as estratégias de tratamento do paciente poderão ser elaboradas de forma específica e rápida. Nos laboratórios, existem dois tipos de exames: um mais completo que identifica 24 patógenos causadores de infecções respiratórias, além do mini-painel, que detecta até 4 patógenos, entre eles o Coronavírus SAR-CoV-2; Vírus Influenza A, Vírus Influenza B e Vírus Sincicial Respiratório.

Orientações primordiais

Em ambientes fechados, o contágio por vírus de transmissão respiratória é bem maior. “Todos devem manter o local ventilado, o que minimiza a chance de o vírus ser transmitido entre as pessoas, permanecer no ar por algumas horas e cair nas superfícies, contaminando muito mais gente”, explica o infectologista Marcos Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), reforçando a importância da vacinação da gripe.

Além disso, outra via de infecção são as mãos, as quais também demandam uma atenção especial. Os especialistas orientam a devida higienização com água e sabão, movimentando e esfregando todas as partes da mão como as palmas, o dorso, o espaço entre os dedos e os punhos “A higiene das mãos é indispensável para a prevenção da transmissão de vírus respiratórios e por doenças causadas por bactérias, fungos e outros vírus”, complementa Cyrillo.

Segundo Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Respiratória da Sociedade Brasileira de Infectologia, outra dica é em relação ao uso de máscara. “Isso é estratégia essencial para a prevenção da transmissão dos vírus respiratórios fazendo com que haja a diminuição das infecções”, alerta. Outras orientações dos especialistas se referem à hidratação nessa época do ano, a alimentação adequada, a manutenção de atividades físicas regulares, além do uso de roupas apropriadas. Evitar o choque térmico é muito importante e pessoas com imunidade baixa são mais suscetíveis às doenças respiratórias. “Caso haja um sintoma mais intenso é fundamental procurar rapidamente o serviço médico”, completa Otsuka.

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MAIS GOIÁS

Deputada do PT diz que usuários do Ipasgo temem privatização

Parlamentar participa de audiência pública na Alego para debater mudanças nas regras do insituto

Mesmo com as repetidas explicações do governo estadual de que não há riscos de privatização, a deputada estadual Bia Lima (PT) relata que os servidores públicos temem por prejuízos se a mudança das regras do Ipasgo seja realmente concretizada.

A mudança de regime jurídico do Ipasgo para Serviço Social Autônomo (SSA), proposta pelo governo estadual, pode colocar em risco a saúde de 600 mil servidores, segundo ela.

Bia participou da audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia de Goiás, com a participação de parlamentares, entidades representativas dos servidores públicos, usuários do Ipasgo, além do presidente e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Saulo Mesquita e Celmar Rech, respectivamente. O tema discutido foi a privatização do Ipasgo.

O assunto provoca acalorados debates, como sempre ocorre com o Ipasgo

Para a parlamentar, a medida “significa aumentos anuais, sem possibilidade de discussão com os servidores e com reajustes salariais desproporcionais às cobranças”.

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O SUL

Artigo – O sacerdócio da medicina acabou


Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.

O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A história da medicina, imprecisa, começou há milhares de anos com os Hindus, Egípcios, Babilônios e Gregos. Nas suas raízes sempre houve magia e religião. Os primeiros médicos eram encarados como sacerdotes divinos. Os deuses credenciavam aqueles homens a arte de curar.

Na verdade, eles eram sacerdotes e filósofos. O maior exemplo desta realidade era o Grego Hipócrates, considerado o pai da medicina.

A filosofia perdeu o espaço para as normas científicas, mas a cultura do sacerdotismo continuou impregnada ao ato médico até recentemente.

A carreira de estudos do médico é a mais longa de todas. A faculdade de medicina no Brasil dura 6 anos em período integral. Nos dois primeiros anos aprendemos disciplinas elementares: Anatomia e fisiologia.

No terceiro e quarto ano, já em contato supérfluo com o paciente, aprendemos especialidades básicas clínicas e cirúrgicas.

Nos dois últimos anos, no internato, nos hospitais, aprendemos, com contato íntimo como lidar e tratar os pacientes. Dependendo da especialidade, a residência médica pode durar de 3 a 5 anos. Para finalizar o mestrado e doutorado são necessários no mínimo mais 4 anos.

No total são 14 anos de estudo! Nas universidades federais para se tornar pesquisador ou professor é a exigência mínima necessária.

No passado recente, até 1970, após o ensino de 2º grau, o aluno podia escolher entre o clássico e o científico. Os médicos pertenciam ao 2º grupo.

Era consenso que era difícil passar no vestibular de medicina. O candidato deveria ter elevado QI e ser muito estudioso.

Entretanto para ser um bom médico ainda era necessário ser talentoso, disciplinado, dedicado e ainda saber lidar e gostar de gente!

Infelizmente tudo isso acabou! Qualquer um pode se tornar médico no Brasil. Basta apenas ter dinheiro para pagar uma das 231 faculdades de medicina privada.

As mensalidades variam de 8 a 15 mil reais e não é necessário nem fazer vestibular. Virou um fantástico negócio de 12 bilhões. Após moratória de cinco anos, que proibia a abertura de novas faculdades de medicina, já foram concedidas aproximadamente 200 liminares para abertura de novos cursos.

No dia 06/04/2023 portaria do MEC determinou abertura de novas vagas de cursos de medicina por meio de “chamamentos públicos”

Infelizmente também para o descrédito da medicina brasileira, o perfil, a qualificação e a formação do candidato a médico piorou bastante.

Isto decorreu devido a principalmente a três fatores:

A desintegração da educação caseira e familiar. A deficiente educação escolar básica que atingiu índices vergonhosos e constrangedores. E o terceiro: A perda do comprometimento do jovem médico com a arte da medicina.

Na filosofia de vida dos jovens de hoje há mais direitos que deveres. Esqueceram que na medicina é necessário entrega, determinação e devotamento. A cura e o bem-estar do paciente são as metas a serem atingidas. A qualquer hora e a qualquer custo!

Hoje os alunos de medicina fazem coisas impensáveis tempos atrás.

O juramento de Hipócrates diz: “Amarei meus mestres como meus próprios pais” Hoje, ambos são desacatados e desrespeitados. Incompreensivelmente faltam as aulas!

Frequentemente estão olhando o celular ou trocando mensagens. Cumprem apenas o currículo básico. Se afastaram dos estágios extracurriculares. Hoje até o inimaginável abandono da residência ocorre, pois consideram que o aprendizado em tempo integral é um trabalho escravo.

Por isso estamos muito incertos a respeito da medicina do futuro. A única certeza, e de maneira irreversível, é que o sacerdócio na medicina acabou!!

Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário

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PORTAL UOL

Retratada em série, jovem que morreu de doença rara lutou por remédios


Respirar não era fácil para Beatriz Anjo Valentim. Para se manter viva, a pedagoga carioca precisava tomar uma combinação de remédios a cada três horas.

Diagnosticada aos 20 anos com uma doença rara, ela não podia sair de casa sem um nebulizador, aparelho que usava para inalar medicações de seis a nove vezes ao dia. Tudo para manter sob controle os sintomas da HAP (hipertensão arterial pulmonar).

Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL Beatriz conviveu sete anos com a doençaPulmão com “pressão alta”. Mais comum em mulheres com idade entre 20 e 40 anos, a rara enfermidade faz com que a pressão arterial nos pulmões seja mais alta do que o normal, o que dificulta a passagem do sangue pelas artérias pulmonares. Sobrecarregado, o coração vai, aos poucos, parando de funcionar.

Não há cura para a condição e o quadro é progressivo. Mas o tratamento pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

No Brasil, cerca de 100 mil pessoas têm HAP, segundo a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia). Beatriz conviveu sete anos com a doença.

Ela deu um depoimento sobre o diagnóstico e seus desafios para a série ‘Viver é Raro’, que estreou na Globoplay no dia 31 de março. Poucos meses após a gravação do documentário, a jovem morreu em decorrência de complicações associadas à condição.

“Sua alegria de viver e ativismo seguem inspirando muitas famílias que convivem com a HAP”, diz uma mensagem ao final do 4º episódio, dedicado à história da carioca, que também era embaixadora da Abraf (Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas).

Seus pais contaram a VivaBem que a pedagoga morreu aos 27 anos, no último dia 13 de março, após sofrer uma parada cardíaca e duas convulsões, consequência do agravamento da doença.

Era difícil não encontrá-la com um sorriso no rosto, dizem eles, embora suas circunstâncias não fossem as melhores. Os sintomas típicos da doença incluem fadiga, limitação para atividades físicas diárias, dores no tórax, tonturas, convulsões, e eventualmente, eliminação de sangue pela tosse.

Ao longo do tratamento a jovem ainda enfrentou obstáculos para ter acesso a alguns medicamentos – situação comum entre brasileiros que têm HAP.

“Pacientes com HAP geralmente são jovens que estão no auge de suas histórias e, de repente, a doença se torna o centro de suas vidas, porque ela é grave, progressiva, exige acompanhamento médico e várias medicações de alto custo, que são uma luta para ter acesso pelo SUS ou pelo plano de saúde”, diz o cardiologista Thiago SanT’Anna Coutinho, um dos médicos que acompanhou o caso de Beatriz no Rio de Janeiro.

Beatriz foi diagnosticada com HAP aos 20 anos de idade Imagem: Arquivo pessoal Quem era Beatriz?A carioca é descrita pelos pais como uma jovem “alto astral, cheia de energia e fé em Deus”.

Era apaixonada por pedagogia, comida e viagens.

Com a ajuda da fé e de acompanhamento psicológico, dizia que encarava a doença com leveza.

Tenho uma vida, uma vida que tem uma limitação. Mas sempre falo ‘a HAP não vai te definir como pessoa’. Você é uma pessoa, e a HAP tá com você, então vá no seu passinho de tartaruga, mas vá. Beatriz Anjo Valentim em trecho da entrevista à série ‘Viver é Raro’

Era cristã protestante e ativa nos movimentos da igreja. Antes do diagnóstico, fazia parte do grupo de coreografias.

O hospital era sua segunda casa. Diferentemente da maioria dos jovens de sua idade, ela sentia muito cansaço físico e com frequência era internada – a mais longa se estendeu por quatro meses. Uma das consequências disso foi que a então estudante precisou atrasar o término da graduação.

Se formou em pedagogia pela UERJ em 2022. Segundo sua orientadora, que descreve a aluna como “dedicada e de relacionamento ímpar com quem quer que seja”, o sonho da jovem era seguir a área da pedagogia hospitalar. Antonia Lucia Marins diz que Beatriz queria auxiliar crianças e jovens que, como ela, passavam mais tempo no hospital do que na escola.

Para não sobrecarregar seu coração mais do que a própria doença já o fazia, Beatriz não podia tomar mais de 1 litro de água por dia. Ela também consumia uma quantidade limitada de sal.

Em seu perfil no Instagram, gravava vídeos compartilhando informações sobre a HAP e sua experiência com o tratamento. “Hoje acordei com preguiça de vir na fisioterapia, mas levantei e vim”, diz ela no vídeo mais recente. “Às vezes é assim: a gente tem que lutar contra nós mesmos pra fazer o que é bom pra gente.”

Coração ‘musculoso’ e dificuldades no acesso a medicamentosO coração é dividido em lado direito e esquerdo. Enquanto o lado direito bombeia sangue para o pulmão, o lado esquerdo leva sangue oxigenado para o restante do corpo. No caso de pessoas com HAP, contudo, a pressão nas artérias pulmonares é tão alta que esse fluxo acaba sendo impedido.

“Imagine que o coração do lado direito tem que vencer essa pressão alta, tem que ter força para poder bombear sangue contra o sistema que está resistente. E o coração vai se adaptando, porque não tem como ele não bombear o sangue, então o órgão vai ficando mais musculoso, vai aumentando de volume, dilatando e dilatando cada vez mais”, explica Coutinho.

O tratamento é feito a partir de uma associação de medicamentos, a chamada terapia combinada, cujo objetivo é dilatar e diminuir a pressão nos vasos pulmonares.

O acesso ao tratamento para a HAP, contudo, ainda é “muito heterogêneo” no país, aponta Jaquelina Ota-Arakaki, pneumologista responsável pelo setor de circulação pulmonar do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp. “Em São Paulo, por exemplo, a gente já tem acesso à terapia combinada há muito tempo, com medicações de 3 classes, mas em outros estados, não”, diz a médica.


Presidente da Abraf, Flavia Lima diz que o desabastecimento de medicamentos em algumas regiões do país, como Brasília e Rio de Janeiro, é fonte de preocupação para os pacientes que convivem com a doença rara.

“Em 2019, fizemos uma pesquisa com os pacientes e foram expostos seis problemas que eles classificaram numa escala de 1 a 6, sendo 1 o problema que mais preocupa e 6 o que menos preocupa. Entre os temas que mais preocupam, a falta de medicação foi o maior deles. O principal medo era justamente ficar sem tratamento”, afirma Lima.

A mãe de Beatriz conta que a filha ficou sem receber um dos medicamentos durante 45 dias no ano de 2018. “Ela ficou sem a bosentana, que custa R$ 5.000, porque faltou o remédio no Riofarmes [a farmácia do governo do estado do Rio de Janeiro], e, por isso, precisou ficar internada durante todo esse período, para tomar os remédios no hospital”, diz Tania.

A interrupção do tratamento é considerada prejudicial para a evolução da doença.

“É importante que os gestores entendam que essa medicação não pode ser interrompida, porque são vasodilatadores e, se você suspende isso, volta tudo para trás, então vai ter uma sobrecarga cardíaca”, diz a pneumologista Ota-Arakaki.

“É a mesma coisa que um diabético, se ele parar de tomar insulina, a glicemia vai lá para cima”, afirma a médica, acrescentando que, sem acesso aos remédios, os pacientes também acabam passando mais tempo hospitalizados.

Em 2021, a Abraf publicou um vídeo-manifesto de pacientes com HAP denunciando a falta de medicamentos na Riofarmes. Procurada por VivaBem para comentar sobre o assunto, a Secretaria de Estado de Saúde do RJ não se manifestou.

A expectativa de Ota-Arakaki e de Flavia Lima é que o acesso ao tratamento se torne mais uniforme após a implantação de um novo protocolo do SUS para pacientes com a doença, que foi aprovado pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no ano passado. A aprovação ainda não foi registrada no Diário Oficial.

Beatriz Anjo Valentim junto com os pais Tania e José e o marido Joel Imagem: Arquivo pessoal ‘Ela não precisava ser animada, ela que me animava’Beatriz só conseguiu ter acesso definitivo aos medicamentos depois de levar o caso à Justiça. Os pais dela afirmam que, em fevereiro deste ano, receberam uma liminar definitiva para que o plano de saúde custeasse o tratamento.

Uma intervenção paliativa também ajudou a manter a pedagoga longe do hospital no ano passado.

“Como ela teve uma progressão da doença no último um ano e meio e estava com baixo peso, não conseguiria suportar o transplante de pulmão, então uma alternativa foi fazer septostomia atrial, que é basicamente criar um ‘atalho’ dentro do coração para o sangue escoar e sobrecarregar menos o lado direito”, explica Coutinho.

O cardiologista de Beatriz conta que ela também foi encaminhada para um centro de reabilitação pulmonar – o objetivo era preparar a jovem para um futuro transplante.

Com o tratamento multidisciplinar, que também envolvia sessões diárias de fisioterapia, a pedagoga conseguiu tocar projetos e fazer uma das coisas que mais gostava: passear. “No Carnaval, ela pediu para irmos para Ribeirão Preto para ela ver uma tia que gostava muito. Ela nadou no rio, comeu pastel, se divertiu”, relembra seu pai José Luiz Anjo, 52.

A leveza com que a carioca encarou a doença também impactou seus médicos. “É claro que ela sofria com o prognóstico da doença. Tinha dias em que estava triste, chorando, que não queria saber de visita. Mas na maior parte das vezes que a gente interagia, ela estava sorrindo, fazendo planos, sonhando”, diz Coutinho.

No caso da hipertensão arterial idiopática, que não tem origem conhecida – caso de Beatriz- , a expectativa de vida após o diagnóstico gira em torno de 6 a 10 anos – ela viveu 7.

“Era uma pessoa que não precisava ficar o tempo todo animando ela, ela já era muito animada”, diz Joel Pinto Valentim, 35, com quem a pedagoga estava casada há quase uma década. “Era ela que me animava”.

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JORNAL DO COMMÉRCIO

Piso Salarial da Enfermagem: data de pagamento do piso da enfermagem foi confirmada? Veja o que diz deputado


Uma possível data para pagamento do piso salarial da enfermagem foi divulgada pelo deputado federal Mauro Benevides (PDT).

Em publicação nas redes sociais, o deputado confirmou que teria uma reunião nesta terça (11) com o Governo Federal para decidir sobre a implementação do piso da enfermagem no país.

A implementação do piso da enfermagem vem se arrastando desde 2022 e a categoria espera uma definição concreta do Governo Federal e do Supremo Tribunal Federal.

POSSÍVEL DATA PARA PAGAMENTO DO PISO FOI CONFIRMADA?

De acordo com o deputado, a data para que a categoria da Enfermagem receba o piso seria no próximo dia 12 de maio, quando é comemorado o Dia da Enfermagem.

“E a gente espera que até o dia 12 de maio, que é o dia da Enfermagem brasileira, o presidente Lula possa dar essa grande notícia”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda aguarda a decisão do STF, que travou o processo alegando uma fonte de custeio para implementação do valor para a categoria.

Entenda o motivo da suspensão da lei do piso da enfermagem

Arcabouço fiscal não afetou o pagamento do piso da enfermagem

O arcabouço fiscal do Governo Federal não deverá afetar a implementação do piso salarial da enfermagem. As novas regras fiscais foram anunciadas no início de março deste ano e garantem que o valor destinado ao piso não será afetado.

Isso por que todos os gastos com saúde e educação foram removidos da nova regra, e o orçamento reservado para o pagamento dessas áreas não será alterado.

Qual o valor do piso salarial da enfermagem?

R$ 4.750,00 para enfermeiros;

R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem;

R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

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Assessoria de Comunicação