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DESTAQUES
Goiânia terá um dos maiores Centros de Tratamento de câncer do país
MS compra 100 milhões de doses da Pfizer
Grávidas ficam quase sem opção de vacina no Brasil
Cientista propõe a validação emergencial de lotes da Sputnik
Entenda os motivos apresentados pela Anvisa para negar autorização para a Sputnik V
Presidente da Anvisa diverge de Bolsonaro na CPI da Covid
Média diária de mortes por covid-19 no Brasil fica abaixo de 2 mil pela primeira vez em 55 dias
Uso de hidroxicloroquina por inalação é ‘experimental’ e só deve ser adotado em pesquisas, diz CFM
Mortalidade cai entre enfermeiros, mas saúde mental preocupa
Novo decreto contra a covid-19 em Goiânia permite festas com até 150 pessoas
Goiás ultrapassa marca de 570 mil casos de covid-19
Goiânia amplia vacinação para pessoas com comorbidades a partir de 45 anos
Goiânia, Aparecida e Anápolis suspendem aplicação da AstraZeneca em gestantes
Dia Internacional da Enfermagem será marcado por luta pelo piso salarial
Médica liga para a polícia depois de atender bebê com mais de 30 lesões no corpo
TV ANHANGUERA
Goiânia terá um dos maiores Centros de Tratamento de câncer do país
https://globoplay.globo.com/v/9507677/
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O GLOBO
MS compra 100 milhões de doses da Pfizer
Novo contrato prevê entrega das primeiras vacinas em setembro: 35 milhões serão entregues em outubro
O Ministério da Saúde divulgou ontem que fechou contrato para importar mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, a Comirnaty. As doses só começarão a chegar em setembro. Do montante, 35 milhões devem ser entregues só no mês seguinte. Ao todo, a pasta deve gastar R$ 6,6 bilhões com a aquisição dos imunizantes.
“O Ministério da Saúde informa que já assinou o contrato com a Pfizer e aguarda a assinatura do laboratório. Cabe ressaltar que há uma diferença de fuso horário, já que a sede da empresa está na Bélgica. A expectativa da pasta é receber as 100 milhões de doses contratadas a partir de setembro de 2021”, diz anota divulgada pela pasta.
A expectativa do ministro Marcelo Queiroga é imunizar metade da população brasileira com essa vacina ainda neste ano. Mais cedo, no Palácio do Planalto, Queiroga afirmou que a compra já havia sido autorizada: – Ontem, como prova disso, o presidente da República autorizou mais uma compra de 100 milhões de vacinas da Pfizer. Essas vacinas serão entregues ainda neste ano. Mais de 30 milhões no mês de setembro e as demais até dezembro – disse.
Ao todo, o governo federal já contratou 200 milhões de doses da Comirnaty. A primeira remessa, com 1 milhão de vacinas, chegou ao país em 29 de abril. Como esse imunizante deve ser armazenado a temperaturas muito baixas, de -15°C e -25°C, só foi distribuído para as capitais, já que nem todos os municípios possuem resfriadores apropriados.
Com 1,1 milhão de doses, o segundo lote começou a ser distribuído na última segunda-feira. A previsão é de que as vacinas referentes ao primeiro acordo, assinado em março, sejam entregues até setembro, quando o calendário de vacinação estará contemplando pessoas com comorbidades, incluindo gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente.
Cada pessoa deve receber duas doses do imunizante. O intervalo recomendado pela fabricante é de 21 dias entre elas, mas o governo adotou três meses, baseado em estudos no Reino Unido.
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Cientista propõe a validação emergencial de lotes da Sputnik
Em parecer para o Conselho do Nordeste, Amilcar Tanuri defende atalho para viabilizar a aprovação da vacina russa pela Anvisa
ANA LUCIA AZEVEDO
Considerando um dos virologistas mais experientes do Brasil e professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Amilcar Tanuri analisou a vacina russa contra Covid-19 Sputnik V e as objeções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à sua liberação. Ele fez um parecer apedido do Consórcio Nordeste, que reúne os governadores dos nove estados da região e teve negada a autorização para importar 29,6 milhões de doses do imunizante. Tanuri propôs medidas que, segundo ele, podem atender às exigências da Anvisa e permitir a importação da vacina emprazo condizente com a urgência da pandemia.
A cautela da Anvisa é necessária, mas avalio ser uma questão de adequação, pois a Rússia usa parâmetros diferentes dos da Europa e dos EUA. Isso não significa que a vacina do Instituto Gamaleya seja ruim ou insegura. E uma boa vacina. As questões de segurança podem ser resolvidas, se forem adotadas algumas medidas. A documentação exigida pode levar muitos meses para ser obtida, e isso custará muitas vidas – diz Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Departamento de Genética da UFRJ.
O cerne do imbróglio com a Sputnik V está na possibilidade de a vacina conter os chamados vírus recombinantes. Esses são vírus que poderíam se multiplicar no corpo humano e, talvez, causar a doença.
LOTES COM LAUDOS
Tanuri propõe que, em vez de dar uma autorização geral para a importação, o que exigiría a apresentação de estudos muito mais detalhados, a Anvisa podería autorizar a vacina em lotes acompanhados de laudos analíticos, de forma emergencial e em caráter excepcional. Cada um dos lotes teria atestadas em laudo as salvaguardas necessárias, bem mais simples e rápido.
São quatro os tipos de laudos propostos. O primeiro é o de quantidade de vírus em cada dose de lote enviado. O objetivo é assegurar que a dose tenha quantidade mínima necessária de vírus para funcionar.
O segundo é o laudo de quantidade de vírus recombinante replicante em cada dose, sendo o limite aceitável, segundo Tanuri, o de três vírus replicantes por 100 bilhões de vírus ou três vírus por dose. Essa análise asseguraria que cada lote importado tenha a quantidade máxima tolerada de vírus recombinantes replicantes em cada dose.
O terceiro é o de garantia de esterilidade microbiológica dos lotes. Essa análise asseguraria que cada lote importado não tenha outros microrganismos (bactérias, fungos e microplasmas) que ameacem a segurança de vacinados.
O quarto laudo atestaria a ausência de outros vírus nas células de produção do lote na indústria. Essa análise asseguraria que o lote de células de crescimento dos adenovírus não foi contaminado com outros vírus que possam causar problemas aos vacinados. De acordo com Tanuri, esses laudos são factíveis para o Gamaleya e sanariam a maioria das críticas feitas pela Anvisa.
Também fundamental é a farmacovigilância, isto é, a investigação de efeitos adversos.
O cientista sugere que as secretarias estaduais de saúde dos estados onde a Sputnik V for eventualmente adotada devem se comprometer a monitorar e detectar problemas e, em caso de alta taxa de efeitos adversos, o que acha improvável, interromper a vacinação.
Tanuri lembra que o imunizante foi analisado em estudo publicado na revista Lancet e mostrou eficácia de 91,6%, além de sua segurança.
Em seu parecer, Tanuri defende a excepcionalidade das medidas devido à gravidade da pandemia e à escassez de vacinas no Brasil.
– Precisamos vacinar com urgência. Temos o risco real de uma terceira onda ainda mais agressiva da pandemia e uma variante muito contagiosa circulando no Brasil, a PI – diz.
A Sputnik V, assim como as vacinas da AstraZeneca e da Janssen/Johnson & Johnson, é feita com um “vetor viral não replicante”. Isto é, tem vírus, mas eles não podem se multiplicar. A vacina russa emprega dois adenovírus geneticamente modificados, Ad5 e Ad26.
Eles foram alterados para conter o gene da proteína S do coronavírus. Essa proteína do Sars-CoV-2 é o principal alvo das células de defesa humanas. Assim, quando inoculados, eles “apresentam” a proteína S ao sistema imunológico humano e o estimulam a produzir defesas contra ela, imunizando a pessoa.
Ambos os adenovírus são considerados inofensivos. No máximo, podem provocar sintomas como os de um resfriado. Porém, para evitar que se multipliquem e tenham qualquer possibilidade de causar doença, tiveram extirpado um gene chamado El, sem o qual são incapazes de se replicar.
Eles só podem se copiar dentro de um tipo especial de célula usada para a fabricação da vacina, aHEK293. Esta célula “oferece” aos vírus o El.
Muito raramente o Ad5 pode “roubar” o gene El das células HEK293 e passar a se replicar. Esses vírus então são batizados de recombinantes e, em tese, poderíam trazer risco de doença (por adenovírus e não Covid-19) para pessoas com deficiências imunológicas.
‘PORTAS ABERTAS Ontem, no depoimento que prestou à CPI da Covid, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que não há porta fechada à Sputnik V. Ele explicou que novas informações enviadas pelo Instituto Gamaleya estão sendo analisadas: – Novos documentos foram acostados a esse processo e encontram-se sob análise. Não há nenhuma porta fechada, absolutamente, e a nossa preocupação é de não a levarmos a um rótulo de vacina que não seja boa, que seja ruim. Nós queremos, ao contrário, ter a convicção de aprovar vacinas boas, essa própria tem condição de ser – disse.
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Entenda os motivos apresentados pela Anvisa para negar autorização para a Sputnik V
Principal ponto da agência reguladora foi a falta de segurança devido à existência de vírus recombinantes no imunizante
RIO – Em 26 de abril, a Anvisa negou a autorização para a importação da vacina russa Sputnik V e apresentou uma série de motivos. A agência disse que não recebeu um estudo técnico comprovando que a vacina atendia a padrões de qualidade e tampouco encontrou relatório sobre os países onde a vacina está em uso. Também alegou que, dos países que aprovaram a Sputnik V, somente México e Argentina têm agências sanitárias no mesmo padrão que a própria Anvisa.
O presidente da agência, Antonio Barra Torres, disse nesta terça em depoimento à CPI da Covid, que, dos 58 países citados pela Rússia como usuários do imunizante, 24 ainda não tinham começado a vacinar na época da análise do pedido de liberação.
Mas os resultados do imunizante russo no México e Argentina estão entre os motivos pelos quais Amilcar Tanuri defende a Sputnik V. Segundo ele, as primeiras avaliações oficiais das agências reguladoras dos dois países indicaram uma alta eficiência da vacina e um perfil de segurança bom.
Estudo do governo mexicano diz que a Sputnik V tem sete vezes menos efeitos adversos por dose administrada do que as vacinas de mRNA (como a da Pfizer). Já o argentino, com profissionais de saúde, mostrou que a taxa de infecção de Covid-19 após a primeira dose é duas vezes menor nos inoculados com a Sputnik V em comparação a outras vacinas. Além disso, nenhum caso de morte foi registrado no estudo após a vacinação completa contra o Sputnik V.
Os técnicos da Anvisa também afirmaram que havia falhas de segurança no processo de desenvolvimento da vacina russa. O principal ponto de segurança é a presença de adenovírus replicantes recombinantes.
A Anvisa também disse que seus técnicos não puderam visitar todos os lugares de produção da vacina na Rússia e não foram autorizados a ir ao Instituto Gamaleya. A agência acrescentou que não localizou os fabricantes da matéria-prima da vacina.
O principal ponto da Anvisa, porém, é mesmo a presença de vírus replicantes recombinantes. As agências reguladoras europeias e americana toleram uma dose de vírus recombinantes menor do que a russa, e esse foi o principal motivo alegado para negar a autorização. A própria Anvisa não faz testes, se limita a analisar relatórios entregues pelos laboratórios.
A Anvisa diz que o padrão é tolerância zero de recombinantes, mas que o Gamaleya mostrou amostras com cerca de 100 partículas de vírus por dose de vacina, o que está acima dos limites internacionalmente aceitos. Uma dose de vacina de vetor viral não replicante, não importa qual, contém cerca de 100 bilhões de vírus.
A Anvisa destacou ainda que o Gamaleya não forneceu todos os dados de segurança necessários e pediu melhoria no controle de qualidade.
O instituto russo negou a falta de transparência e a questão ganhou destaque internacional porque a Sputnik V recebeu autorização para uso em 58 países e tem sido maciçamente empregada no México e na Argentina.
Tanuri explica que na ocasião do licenciamento da vacina Sputnik V pela Agência Regulatória Russa foi aprovado um limite de vírus 30 vezes maior do que o americano. Mas, em seu parecer, ele diz que ‘contudo, devido às medidas de desenho genético da vacina, durante a fase de desenvolvimento e na industrialização, os testes de vírus recombinantes sempre deram taxas não detectáveis nas doses amostradas. Assim, todos os lotes vacinais produzidos da vacina e testados pela empresa terceirizada JBC Generium não apresentaram vírus replicantes detectáveis’.
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Presidente da Anvisa diverge de Bolsonaro na CPI da Covid
Barra Torres condenou a cloroquina e defendeu o isolamento social, o uso de máscara e a vacina.
O presidente da Anvisa, Barra Torres, falou nesta terça-feira (11) por mais de seis horas na CPI da Covid e em vários momentos discordou da postura do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. Ele condenou a cloroquina e defendeu o isolamento social, o uso de máscara e a vacina.
Como testemunha, Barra Torres assumiu o compromisso de falar a verdade – e, a partir daí, não fugiu de nenhuma pergunta.
Depois de prestar solidariedade às vítimas da Covid, Barra Torres respondeu os senadores de forma direta e técnica. Uma das questões centrais do depoimento dele era esclarecer se houve algum tipo de interferência política nas decisões técnicas de combate à pandemia.
Uma das funções centrais da Anvisa é a aprovação de medicamentos e vacinas. Em abril, a agência foi criticada por negar o pedido de importação excepcional da Sputnik, que já é usada em outros países. Nesta terça (11), Barra Torres foi cobrado pela decisão. Ele repetiu que o fabricante não entregou todos os documentos necessários para garantir a segurança da Sputnik e explicou que a negativa não é definitiva e que uma nova análise depende de o fabricante entregar os dados pedidos pela agência.
‘Tão logo eles apresentem, a análise será feita – ela será feita dentro do prazo legal -, e o nosso posicionamento será firmado. É muito importante que se entenda que esse processo que fizemos de interrupção ou de negativa da autorização excepcional de importação – aí é outra questão – não deve somar a esta marca Sputnik V nenhum pensamento negativo. Isso faz parte do processo’, garantiu Barra Torres.
Ao relator da CPI, senador Renan Calheiros, do MDB, Barra Torres não hesitou em confirmar a declaração do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Bolsonaro, em que foi feita a proposta de mudar a bula da cloroquina para incluir o remédio no tratamento da Covid. Pesquisas já comprovaram a ineficácia do remédio e os riscos para os pacientes, mesmo assim, o presidente Jair Bolsonaro defende o uso da cloroquina. Barra Torres confirmou que foi contra a mudança na bula, que, na prática, nunca aconteceu: ‘a minha reação foi muito imediata de dizer que aquilo não poderia ser.’
Renan quis saber a opinião de Barra Torres sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid.
Renan: Na sua opinião técnica, há indicação para uso da cloroquina para pacientes com Covid-19?
Barra Torres: Senador, existe hoje, no Brasil, ainda, um estudo em aberto chamado Coalizão 5, que avalia dados de uso em casos leves. Até o presente momento, no mundo todo, os estudos apontam a não eficácia comprovada em estudos ortodoxamente regulados, ou seja, placebos controlados, duplo-cego e randomizados. Então, até o momento, as informações vão contra a possibilidade do uso na Covid-19, essas que falei.
Renan leu declarações de Bolsonaro contra as vacinas. Barra Torres defendeu vacinação, máscara e isolamento: ‘entendemos, ao contrário do que o senhor acabou de ler, que a política de vacinação é essencial; nós temos que vacinar as pessoas. Entendemos também que não é o fato de vacinar que vai abrir mão de máscara, de isolamento social e de álcool gel imediatamente – não vai acontecer. Nós temos, sim, que nos vacinar. Se todos nós estamos sentados aqui, nesta sala, é porque um dia, ou pai, ou mãe, ou responsável nos levou pela mão e nos vacinou, então, discordar de vacina e falar contra vacina não guarda uma razoabilidade histórica inclusive.’
O relator passou a questionar Barra Torres sobre medidas de isolamento social e lembrou que ele participou de uma manifestação em março de 2020, no início da pandemia, sem máscara ao lado do presidente Bolsonaro. Barra Torres disse que, na época, o Ministério da Saúde ainda não orientava o uso de máscaras por todos.
‘Senador, destarte a amizade que tenho pelo presidente, a conduta do presidente difere da minha nesse sentido. As manifestações que faço têm sido todas no sentido do que a ciência determina’, garantiu Barra Torres.
E afirmou que se arrependeu do mau exemplo que deu: ‘é óbvio que, em termos da imagem que isso passa, eu, hoje, tenho plena ciência de que, se pensasse por mais cinco minutos, eu não teria feito, até porque esse assunto nem era um assunto que necessitasse de urgência para ser tratado. De minha parte, digo que foi um momento em que não refleti sobre a questão da imagem negativa que isso passaria.’
O senador Randolfe Rodrigues quis saber se Barra Torres concordava com a frase do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que disse em um encontro com o presidente Bolsonaro que um manda e o outro obedece.
Randolfe: Eu lhe pergunto se o senhor compartilha da opinião de alguma autoridade da saúde, no enfrentamento à pandemia, de que a máxima em relação ao enfrentamento à pandemia ou à vacina tem de ser sempre um manda e outro obedece?
Barra Torres: Não, de maneira nenhuma. Qualquer ação de saúde é pautada por ciência, a questão hierárquica é uma outra questão, então, não é a minha filosofia.
Barra Torres negou que o presidente Bolsonaro tenha interferido nas decisões da Anvisa: ‘naquilo que tange à influenciação, ‘faça isso, faça aquilo, dê esse parecer ou não dê esse parecer’, presidente nunca, senador, nunca o fez. Nunca o fez.’
Já quase no fim do depoimento, Barra Torres foi questionado sobre uma possível reação do presidente Bolsonaro por ter sido contrariado por ele no depoimento.
Kajuru: E se, depois, o senhor tomar conhecimento que procede, que o presidente realmente ficou bufando de raiva com seu depoimento aqui na CPI. Qual seria a sua reação?
Barra Torres: Minha reação é continuar vivendo como sempre fiz, senador, não modifico em absolutamente nada, acho que as amizades existem para atravessar qualquer tipo de problema, se é que está havendo algum tipo de problema.
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FOLHA DE S.PAULO
Grávidas ficam quase sem opção de vacina no Brasil
Depois de o Ministério da Saúde afirmar que investiga o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina AstraZeneca, diversos estados suspenderam a vacinação de grávidas contra a Covid-19.
Sem poderem tomar a vacina da AstraZeneca, com falta de doses da Coronavac e pouca quantidade do imunizante da Pfizer, as gestantes ficaram praticamente sem opção.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo decidiu suspender temporariamente a vacinação contra a Covid-19 em grávidas com comorbidades. O grupo começaria a ser vacinado nesta terça (11) em todo o estado.
No Espírito Santo e na cidade do Rio de Janeiro, a vacinação de gestantes e puérperas foi suspensa até nova orientação do Ministério da Saúde. O secretário estadual de saúde capixaba, Nésio Fernandes, orientou que as grávidas que receberam doses do imunizante procurem os serviços de saúde em caso de quaisquer sintomas.
O governo de Minas Gerais alertou os 853 municípios sobre a recomendação de suspensão do uso da Oxford/ AstraZeneca em gestantes, na tarde desta terça. Em Belo Horizonte, gestantes com e sem comorbidades já vinham sendo vacinadas com o imunizante da americana Pfizer.
No Centro-Oeste, a Secretaria da Saúde de Goiás orientou todos os municípios a suspender a aplicação do imunizante em gestantes. De acordo com comunicado, a pasta aguarda o recebimento de uma nota informativa do Ministério da Saúde com mais detalhes sobre o assunto.
Em Mato Grosso do Sul, a campanha foi suspensa para grávidas e puérperas.
No Nordeste, Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte suspenderam a aplicação do imunizante nas gestantes a partir desta terça.
O governo do Ceará aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde para emitir uma nota oficial sobre o assunto. Em Fortaleza, as grávidas já estavam sendo vacinadas com doses da Pfizer.
No Piauí, a vacinação de grávidas com a AstraZeneca não foi suspensa, mas o governo orientou os municípios a exigir avaliação médica das gestantes que queiram ser imunizadas. O superintendente de Atenção à Saúde Municípios da secretaria estadual de Saúde, Herlon Guimarães, disse aguardar um documento oficial do Ministério da Saúde sobre os procedimentos a serem adotados.
O governo de Pernambuco também suspendeu a imunização com a vacina AstraZeneca. No Recife, em particular, a vacinação para esse grupo continuará normalmente, uma vez que gestantes e puérperas estão recebendo o imunizante da Pfizer.
Na Paraíba, gestantes com comorbidades vão passar a ser imunizadas com a Coronavac ou com a vacina da Pfizer.
Em Alagoas, apenas Maceió havia iniciado a vacinação de gestantes. Para elas, está sendo utilizada a vacina da Pfizer. O mesmo ocorre na região Norte, em Manaus e Belém.
Na região Sul, Santa Catarina informou ter suspendido a aplicação da vacina da AstraZeneca em grávidas e puérperas. Já o governo do Paraná informou que aguarda a orientação formal pelo Plano Nacional de Imunização.
O governo do Rio Grande do Sul recomendou a suspensão temporária da aplicação da AstraZeneca em gestantes e puérperas. A inclusão de puérperas é uma medida preventiva, diz o governo.
Em Porto Alegre, algumas grávidas chegaram a receber doses no início da manhã desta terça, quando a informação sobre a suspensão da aplicação ainda não tinha circulado.
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O ESTADO DE S.PAULO
Média diária de mortes por covid-19 no Brasil fica abaixo de 2 mil pela primeira vez em 55 dias
Com curva descendente de óbitos, País registra dado que não era visto desde o meio de março. Especialistas alertam para o alto patamar da pandemia; novos casos da doença estão em alta
A média diária de mortes por covid-19 no Brasil ficou abaixo de 2 mil pela primeira vez em 55 dias. Dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa mostram que o número ficou em 1.980 nesta terça-feira, 11, marca que não era vista desde o dia 16 de março, quando o registro foi de 1.976. A tendência tem sido de redução dos óbitos nas últimas semanas, após um pico recorde em março e abril.
Covid-19
Covid-19 no Brasil
Consórcio de Veículos de Imprensa
Nas últimas 24 horas, 2.275 novas mortes foram registradas, fazendo o total chegar a 425.711. Especialistas têm alertado que o País mantém um alto patamar de incidência da doença, uma vez que a média atual é superior a todos os registros do ano de 2020. Com a curva descendente, a média desta terça-feira é 17% menor na comparação com o dado de duas semanas atrás.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, reunidos em conjunto com as secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, em balanço divulgado às 20 horas.
O País registrou 71.018 novos casos do novo coronavírus, o que fez o total subir para 15.285.049 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. A média de novos casos diários está em 60,6 mil. Ao contrário da curva de mortes, a curva de casos está subindo: a alta foi de 6% em relação há 14 dias.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 13.847.191 pessoas recuperadas da doença e 1.009.974 em acompanhamento.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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Uso de hidroxicloroquina por inalação é ‘experimental’ e só deve ser adotado em pesquisas, diz CFM
Pacientes morreram após prática no Rio Grande do Sul e no Amazonas
BRASÍLIA – Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece como “procedimento experimental” a administração de hidroxicloroquina (HCQ) e cloroquina por meio de inalação. Na prática, a autarquia confirma que qualquer tentativa de se fazer uso dos medicamentos por esse meio fora de estudos e pesquisas cientificas – como já ocorre no País – será considerada irregular, ilegal e antiética.
Segundo o CFM, a resolução 2.292/2021, a ser publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU), define que tratamentos médicos baseados nessa abordagem podem ser realizados somente por meio de protocolos de pesquisa aprovados por Comitês de Ética em Pesquisa e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/Conep). A medida ocorre “após o CFM se debruçar sobre aventada possibilidade de a apresentação inalada desses fármacos ser uma alternativa para reduzir o risco de eventos adversos e aumentar eficácia no tratamento contra a covid-19”, informou.
De acordo com a autarquia, a utilização do medicamento por inalação “não é preconizada pelo fabricante, não havendo na literatura nenhuma informação sobre a eficácia e segurança aplicada por essa via, assim como dados sobre sua farmacocinética e farmacodinâmica nessa situação”, informa. “Essa forma de administração não caracteriza uso ‘off label’ (sem indicação na bula) da medicação, sendo necessárias pesquisas que comprovem a eficácia e segurança da HCQ, assim como a dose a ser aplicada”, completa o CFM.
O CFM destaca o parecer 4/2020, editado pelo Conselho, que estabelece critérios e condições para a prescrição via oral cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19. O documento delega ao médico e ao paciente a autonomia de decidirem, juntos, a melhor conduta a ser adotada, desde que com o consentimento livre e esclarecido firmado por ambas as partes.
“A simples dissolução de um comprimido de HCQ para produzir uma solução para inalação não deve ser considerada, em vista dos excipientes presentes no produto, que podem ser agressivos às vias aéreas, e da dificuldade de estabelecer as dosagens compatíveis com os limites da administração inalada”, aponta o conselheiro do CFM Domingos Sávio, relator da resolução 2.292/2021. “As apresentações orais de hidroxicloroquina e cloroquina de diferentes fabricantes podem ter excipientes diferentes de uma lista de excipientes para medicamentos orais recomendada pelas agências reguladoras de medicamentos. É obrigatório que estejam listados em bula, pois são de interesse dos alérgicos e diabéticos, por exemplo.”
O Conselho Federal de Medicina cita que, com as pesquisas para covid-19, vacinas foram desenvolvidas “em tempo recorde, sem precedente na história, além de avanços importantes no tratamento dos doentes críticos”, sempre sob prescrição médica. “Apesar disso, o uso da HCQ numa nova apresentação (inalada), em registro anterior em nenhuma parte do mundo, acrescenta ainda incerteza ao tratamento, pois não tem garantida sua eficácia e segurança”, pondera.
Portanto, para o relator Sávio, do CFM, uma “nova apresentação medicamentosa para uso inalatório é um processo complexo, da competência de farmacêuticos especializados em técnica farmacêutica. Esse fato não pode ser ignorado pelo médico que pretende prescrever tal produto, pois se trata de procedimento experimental e está fora de sua competência responsabilizar-se pela qualidade, pureza e segurança de um produto experimental que foi processado por outro profissional de saúde”.
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PORTAL R7
Mortalidade cai entre enfermeiros, mas saúde mental preocupa
No Dia Internacional da Enfermagem, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de SP fala sobre os desafios na pandemia Profissionais da enfermagem estão na linha de frente do combate à pandemia de covid-19
“Desesperador”. Foi este o adjetivo usado pelo enfermeiro James Santos, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), para definir o dia a dia dos profissionais durante o enfrentamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
Na linha de frente, a vacina, escudo que os protegeria da morte chegou quase um ano depois do início da transmissão do SARS-CoV-2 no país. A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira brasileira a ser vacinada contra a covid-19, no dia 17 de janeiro.
É como o dela, inclusive, o perfil da maioria dos profissionais da categoria que morreram em decorrência da doença no Brasil, segundo o Observatório da Enfermagem. Das 778 mortes registradas até maio deste ano, 67,61% foram de mulheres; e a maioria dos óbitos ocorreu entre a faixa etária de 41 a 60 anos.
Apesar dos dados do observatório também indicarem uma queda considerável na taxa de mortalidade pela doença entre os profissionais brasileiros, cerca de 93% a menos num comparativo da média móvel entre março e maio, James Santos avalia que o otimismo dos números ainda não é sentido no cotidiano da profissão.
“Isso não se reflete de forma rápida porque o profissional segue cansado mentalmente. Nós estamos vivenciando a pandemia há quase 15 meses, o desgaste mental é absurdo, temos diversos profissionais que estão afastados e sequelados em decorrência das alterações mentais”, afirma.
O desgaste mental somou-se ao colapso do sistema de saúde vivenciado pelo país durante a segunda onda de transmissão, que dura até hoje e foi responsável por mais de 200 mil mortes apenas no primeiro semestre de 2021. Convivendo com a falta de medicamentos e de oxigênio, os enfermeiros passaram a lidar também com o sentimento de impotência.
“O profissional sai de casa para ir ao seu plantão dar o melhor da assistência aos pacientes, quando ele se vê frente a uma situação de falta de oxigênio, de kit intubação, fica extremamente impotente porque não depende mais da ação dele. Aquilo já ultrapassou seu papel de cuidar, então para nós, profissionais de saúde, isso traz um impacto negativo muito grande e sobrecarrega ainda mais, porque você não consegue executar aquilo que você sabe que seu paciente precisa”, afirma Santos.
Sobre a falta de medicamentos, o presidente do Coren-SP afirma que é comum em hospitais da rede pública, mas destaca que este tipo de ocorrência implica em uma gravidade ainda maior em um cenário pandêmico.
“Isso é uma constante, a diferença é que hoje a falta das medicações causa mortes. No passado, em tempos muito próximos, a falta da medicação levava a uma piora clínica do paciente que acabava morrendo por outras causas. Hoje sabemos que a ausência de um antibiótico, de um kit intubação, vai causar uma morte muito mais rápida e isso se reflete em números alarmantes”, avalia.
Para ele, seguir as orientações para evitar o contágio e, assim, diminuir também o número de internações pela doença, é a forma com a qual os brasileiros podem contribuir para melhorar a situação dos profissionais da enfermagem.
“É muito importante que os profissionais sintam-se acolhidos pela sociedade, do ponto de vista de manter as condições de cuidado com a saúde, mantendo o distanciamento, não fazendo aglomerações, evitando que novas ondas possam surgir. O profissional de enfermagem segue muito cansado e desgastado”, disse.
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A REDAÇÃO
Novo decreto contra a covid-19 em Goiânia permite festas com até 150 pessoas
A Prefeitura de Goiânia realizou no início da noite desta terça-feira (11/5) uma coletiva de imprensa em que adiantou algumas das mudanças que serão publicadas no novo decreto municipal de enfrentamento à covid-19 que saiu esta noite.
A principal delas é a retomada do setor de eventos e de turismo. Festas infantis, de casamento e outros tipos de eventos sociais voltam a ser permitidas com um limite de 150 pessoas, sem pista de dança e respeitando regras sanitárias e limitação de 50% da lotação.
O Zoológico de Goiânia e o parque Mutirama também voltarão a abrir as portas em horários normais com limitação de público em 50% da lotação. A prática amadora de esportes está liberada em todas as quadras, campos e parques. Até então elas estavam limitadas a quatro pessoas.
Feiras, bares, restaurantes, o comércio em geral e o setor de serviços poderão funcionar em horários normais ou ampliados seguindo limitações de lotação e critérios sanitários.
Os bares e restaurantes poderão funcionar com lotação máxima de 50% da capacidade de pessoas sentadas, permitindo no máximo oito pessoas por mesa. Autoriza também apresentação de música ao vivo limitando a quatro integrantes, mas desde que respeite o critério de 2,25 m² por integrante. Fica permitido o uso de brinquedoteca mediante agendamento prévio.
Nas feiras livres e especiais, fica autorizado o funcionamento de restaurantes e praças de alimentação, o consumo de produtos no local e a disponibilização de mesas e cadeiras aos frequentadores, com a capacidade máxima de 30% de sua capacidade total.
Algumas coisas, porém, não mudam: templos religiosos continuam seguindo as regras anteriores com limites de lotação; estádios e eventos esportivos profissionais seguirão sem abertura ao público; o transporte público continuará funcionando com as atuais restrições e embarque prioritário.
O prefeito Rogério Cruz agradeceu a colaboração da população goianiense dizendo que sem ela não seria possível “iniciar a retomada do município de Goiânia, com grande prazer. Teremos uma retomada larga, com grandes benefícios para os empresários, para os comerciantes e para a população”.
Ele ressaltou que a colaboração continuada da população com os critérios sanitários é mais importante do que nunca. “A pandemia ainda não acabou. Portanto, mantenha o distanciamento, continue usando máscara. Estamos chegando a 500 mil pessoas já vacinadas, o que é muito importante para o município de Goiânia. Ainda assim, mesmo quem já tomou a segunda dose, deve usar máscara e manter o distanciamento”.
Ainda segundo o prefeito, a flexibilização vem agora seguindo determinação de decretos anteriores, que estipulavam o início da retomada quando a ocupação dos leitos de UTI na capital ficasse por mais de 5 dias abaixo de 70%. Segundo a prefeitura, a ocupação está a 64% a mais de 10 dias. “Hoje inicia-se o novo normal, e contamos com todos os goianienses”, arrematou Cruz.
Secretário de governo, Arthur Bernardes, afirmou que a flexibilização foi possível pela redução da ocupação e aumento da população vacinada e que novos decretos devem ser publicados conforme estes indicativos melhorem.
Ele também destacou medidas da prefeitura para incentivar os setores de eventos e de turismo com redução da alíquota de ISTI e ISS.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, salientou que os estádios e o transporte continuam limitados por causa das aglomerações. “A doença está aí, o vírus ainda está aí e o risco de novas variantes ainda existe”, alertou, “existe ainda a necessidade da restrição de pessoas, do distanciamento e dos cuidados sanitários”.
O novo decreto municipal passa a valer nesta quarta-feira (12/5) com validade de 14 dias.
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Goiás ultrapassa marca de 570 mil casos de covid-19
Goiás registrou 2.071 novos casos da covid-19 e 58 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (11/5). Com as atualizações, o Estado chega a 570.859 casos e 15.715 óbitos confirmados de covid-19.
Há em Goiás o registro de 544.663 pessoas recuperadas. O Estado soma 440.206 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 272.554 casos.
Além dos 15.715 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,76%, há 305 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Goiânia amplia vacinação para pessoas com comorbidades a partir de 45 anos
A Saúde de Goiânia amplia a partir desta quarta-feira (12/5) a vacinação contra covid-19 para pessoas com comorbidades ou com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) a partir de 45 anos.
A vacinação continua sendo disponibilizada em 22 pontos espalhados pela cidade.
Grávidas
Com a decisão da Anvisa de suspender a vacinação de gestantes com a vacina AstraZeneca, agora elas precisam fazer o agendamento para as 12 unidades de saúde onde há a vacina da Pfizer. Podem tomar a dose gestantes a partir de 18 anos, com ou sem comorbidades.
Síndrome de Down
Nada muda para quem tem Síndrome de Down ou é renal crônico que faz diálise. Para eles, a vacinação continua liberada para idades entre 18 a 59 anos. O atendimento a estes grupos segue sendo feito mediante agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas e realizado das 8h às 17h.
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JORNAL OPÇÃO
Goiânia, Aparecida e Anápolis suspendem aplicação da AstraZeneca em gestantes
Por Isabel Oliveira
A orientação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS) após monitoramento de efeitos adversos constantes no país
Com a repercussão da morte de uma gestante após ser imunizada com dose de vacina da AstraZeneca, no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira, 10, as Secretarias de Saúde de Goiânia, Aparecida e Anápolis emitiram nota suspendendo a aplicação do imunizante em gestantes a partir desta terça-feira, 11.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota técnica em que orienta que a bula da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz seja estritamente seguida. Nela, não consta o uso do imunizante em gestantes. Portanto, a recomendação é a suspensão imediata do uso no grupo. Apesar da existência de dois casos de morte de gestantes após a aplicação da vacina, sendo um do Rio de Janeiro, outro na Bahia, o Ministério da Saúde confirmou a investigação de apenas um deles.
Confira a íntegra das notas dos três municípios goianos:
Goiânia
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Goiânia suspendeu, a partir desta terça-feira (11/05), a aplicação da vacina AstraZeneca/Fiocruz em gestantes. A orientação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS) após monitoramento de efeitos adversos constantes no País.
Apesar de ainda não ter recebido comunicado oficial da Anvisa, a SMS recomendou imediatamente às equipes quanto à suspensão da aplicação da vacina AstraZeneca em gestantes. A Secretaria orienta que as pacientes agendem seu atendimento vacinal para as 12 unidades de saúde nas quais há aplicação de doses do imunizante Pfizer BioNTech, no aplicativo Prefeitura 24 horas.
Todas as gestantes ou puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), que integram o grupo de comorbidades no Plano Nacional de Vacinação (PNI), estão liberadas para vacinação, com idades entre 18 a 59 anos, e devem apresentar documento que comprova a gestação, documento pessoal com foto, CPF e comprovante de endereço.
As gestantes que tinham agendamento para locais distintos dos postos de saúde indicados devem cancelar o agendamento anterior e reagendar para uma das 12 unidades. Aquelas que já tomaram o imunizante Astrazeneca têm a orientação de observação de reações pós aplicação. Qualquer alteração, buscar orientação médica.
Aparecida
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que, seguindo as orientações de Nota Técnica elaborada pelo Ministério da Saúde, aplicou a vacina AstraZeneca em gestantes e puérperas com comorbidades no período de 5 a 10 de maio.
A vacinação seria ampliada para todas as gestantes e puérperas (independente da presença de doenças crônicas) nesta quarta-feira, 12 de maio. Porém, em virtude da recomendação da Anvisa, a Secretaria aguarda a chegada de uma nova remessa de vacinas, de outros laboratórios com permissão para esse público, para retomar a iniciativa.
A Secretaria esclarece que não houve registro de nenhum evento adverso entre gestantes e puérperas que receberam a imunização contra a Covid-19.
Anápolis
A Secretaria Municipal de Saúde informa que, devido à orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está suspensa a aplicação da vacina da AstraZeneca em gestantes a partir desta terça-feira, 11. A recomendação foi seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde que já está elaborando Nota Técnica sobre a suspensão.
Segundo a Anvisa, a administração em gestantes não está prevista na bula da vacina o que significa que não há estudos científicos para este grupo. A suspensão será mantida até nova orientação do Ministério da Saúde que também deverá de manifestar sobre a aplicação da segunda dose neste caso específico. Sobre as puérperas não foi recomendada nenhuma advertência, portanto, a vacinação continua.
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Dia Internacional da Enfermagem será marcado por luta pelo piso salarial
Por Marcos Aurélio Silva
Nesta semana, senadores tem se reunido com representantes dos conselhos estaduais de enfermagem para discutir a criação do piso salarial nacional da categoria que se destaca por sua importância na luta contra a Covid-19
O Dia Internacional da Enfermagem, comemorado nesta quarta-feira, 12, será marcado pelas negociações que a classe tem imposto para criação do piso salarial dos enfermeiros. Por anos, os profissionais lutam por direitos e garantias para o melhor exercício da profissão, sejam eles enfermeiros, técnicos, auxiliares ou outros profissionais dispostos na lei 7498/86. Hoje, os principais projetos de lei que lutam pela busca de direitos fundamentais para o trabalho de enfermagem são: piso salarial, a jornada de trabalho e o repouso digno.
Nesta semana, senadores tem se reunido com representantes dos conselhos estaduais de enfermagem para discutir a criação do piso salarial nacional da categoria. Um projeto em análise no Senado define o valor mínimo e também determina a jornada máxima de trabalho de enfermeiros. O governo tem resistências à votação do projeto alegando aumento de despesas.
Um grupo de senadores pede a votação nesta semana do projeto que institui o piso de R$ 7.315 para enfermeiros. Pela proposta, os técnicos de enfermagem devem receber R$ 5.120, o que corresponde a 70% do valor mínimo. Já os auxiliares de enfermagem e parteiras contariam com metade do valor, ou R$ 3.657. Segundo o projeto, o piso valerá para profissionais das redes pública e privada. Pela proposta, a jornada de trabalho será de 30 horas semanais. A relatora, senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, argumentou que há recursos disponíveis para o pagamento do piso salarial dos enfermeiros.
“A gente já mostrou que com essa reforma tributária tem sim de onde tirar os recursos e também a própria Constituição já diz no seu artigo sétimo, inciso cinco, que é possível sim, os trabalhadores têm direito a um piso salarial conforme a extensão e a complexidade do seu trabalho”, argumenta a senadora.
“Nós temos o 12 de maio [Dia Internacional da Enfermagem], que é um dia muito importante. Haverá vários debates [na semana que vem]. E é um momento importante para demarcar novas metas, novos momentos para a enfermagem no Brasil, que, aliás, neste período de pandemia, está na linha de frente. Centenas, infelizmente, de profissionais da enfermagem estão vindo a óbito exatamente porque estavam na linha de frente”, disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que também participa das reuniões com os representantes da classe.
“Conseguimos a vacinação neste primeiro momento para eles, mas muitos deles, lá atrás, infelizmente, vieram a óbito. A gente vai discutir e talvez chegar a um entendimento sobre aquilo que é razoável, aquilo que é possível para que o projeto de fato possa ser pautado, possa ser votado”, disse a senadora.
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Médica liga para a polícia depois de atender bebê com mais de 30 lesões no corpo
Por Nathália Alves
O pai da criança foi levado à delegacia e liberado após alegar que não sabia quais eram os motivos dos hematomas
Uma médica da cidade de Anápolis acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, após atender uma bebê de apenas 6 meses com cerca de 30 lesões espalhadas pelo corpo. A suspeita é de que a criança seja vítima de maus tratos. A mãe da bebê relatou que a criança começou a apresentar uma indisposição enquanto estava no colo do pai, na noite da última segunda-feira, 10, e que por isso ela teria acionado o Corpo de Bombeiros. Após o atendimento inicial por uma médica da cidade de Anápolis, a bebê foi transferida para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde se encontra internada. Ela respira com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde é grave. O pai da criança foi levado à delegacia e liberado após afirmar que não sabia quais eram os motivos das lesões. O caso será investigado.
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Assessoria de Comunicação