Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/07/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Saúde diz que infecção atingiu clínica de hemodiálise onde 36 passaram mal
• Compra de medicamentos genéricos representa economia para pacientes
• Hemodiálise: Água pode ser causa de mal estar
• Institutos de defesa do consumidor vão entrar na Justiça contra 'planos populares'
• Reclamações sobre rede prestadora são maioria entre usuários de planos de saúde


TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Saúde diz que infecção atingiu clínica de hemodiálise onde 36 passaram mal
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/saude-diz-que-infeccao-atingiu-clinica-de-hemodialise-onde-36-passaram-mal/5158005/

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Compra de medicamentos genéricos representa economia para pacientes
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/compra-de-medicamentos-genericos-representa-economia-para-pacientes/5156136/

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O POPULAR
Hemodiálise: Água pode ser causa de mal estar
Trinta pacientes relataram problemas após sessões de tratamento em clínica da capital. Idosa deve deixar UTI hoje, quando também serão divulgados resultados de exames
Pablo Santos
Dois fatos que estão previstos para hoje são esperados pela família da aposentada Denísia Reis da Silva, de 72 anos, internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde a semana passada após passar por uma sessão de hemodiálise na Nefroclínica, no Jardim América, em Goiânia.
Denísia, que sofre de doença renal crônica, é uma das mais de 30 pacientes que passaram mal após sessão de hemodiálise feita no local. No momento em que foi notado o problema, 36 pessoas faziam o tratamento no local. Seis delas, entre elas a aposentada, ficaram internadas após o tratamento. A filha de Denísia, a trabalhadora rural Ediene Xavier da Silva, aguarda pela saída da mãe da UTI, o que deve ocorrer no fim da manhã de hoje. O medo é que ela pegue uma infecção hospitalar e sua saúde piore.
O outro ponto é a divulgação dos exames feitos na clínica para tentar descobrir o que ocorreu. A principal suspeita é de que a água utilizada para o procedimento pudesse estar com bactérias, que teriam sido passadas para os pacientes. “Estamos pensando em todos os fatores, que podem ser a água, o soro, a clorexidina…”, diz Alessandra Vitorino Naghettini, uma das proprietárias da clínica e que também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Ela comenta que casos como os que ocorreram na semana passada são esporádicos. Mas chamou a atenção o fato de terem ocorrido em uma sequência tão grande. Após os casos, a clínica suspendeu os atendimentos até descobrir o motivo de os pacientes terem passado mal após os procedimentos.
O presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) – Regional Goiás, Ciro Bruno Silveira Costa, também aguarda os resultados dos exames que deverão ser divulgados hoje e acredita que o caso tenha sido uma fatalidade. “Conheço as médicas e conheço a estrutura da clínica, que talvez seja uma das melhores de Goiás. Estamos todos muito surpresos. Elas estão trazendo gente de fora para descobrir o que aconteceu”, diz Costa, ao citar as proprietárias da clínica.
Ele cita ainda a rigidez da fiscalização realizada nas clínicas de diálise, em que são vistoriados vários pontos da rede de distribuição de água. “Tem que se fazer exames de água todo mês.”
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Flúvia Amorim, diz que também aguarda os resultados dos exames, que estariam sendo feitos pela própria vigilância e pela clínica, para saber o que aconteceu e apontar possíveis responsabilidades. Cabe à Vigilância em Saúde a fiscalização das clínicas de diálise da cidade.
A reportagem tentou falar com a assessoria de imprensa da Saneago na tarde de ontem para saber se a empresa já teria feito exames da qualidade da água fornecida à clínica, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição na noite de ontem.
Demanda crescente por procedimentos
Presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) – Regional Goiás, Ciro Bruno Silveira Costa diz que a demanda por diálise – hemodiálise e diálise peritoneal – é crescente e pode se tornar um problema caso não seja tratada com seriedade. Dados da SBN apontam que o número de novos pacientes em programa de diálise tem aumentado ano a ano. Em 2012, 28.680 pacientes começaram a fazer o procedimento, enquanto no ano passado este número já era de 36.571. A estimativa é de que 112.682 pessoas faziam tratamento dialético, contra 42.557 em 2000. Ele pondera ainda que o número no País é baixo se comparado com outros países até mesmo da América do Sul, o que demonstraria que muitas pessoas morrem por falta de tratamento adequado.
O problema, ainda segundo ele, é a dificuldade de atualização dos valores pagos pelo sistema público de saúde, que, no caso da hemodiálise, não é reajustado há quatro anos. De acordo com Costa, a defasagem estaria em torno de 40%. Com isso, clínicas estariam se descredenciando do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por outro lado, os atendimentos pelos planos de saúde estariam mantendo o equilíbrio financeiro das clínicas. “Tem se mantido, mas, se não resolverem, temo pelo futuro.”
5 perguntas para Ediene Xavier
Pablo Santos
Filha de uma das pacientes que passaram mal na clínica relata como sua mãe foi parar na UTI.
1 – Como foi o dia da internação?
Às 6 horas ela estava boa. Geralmente ela sai às 11h10 e me liga, mas nesse dia ela não ligou. Liguei às 11h30. Meu irmão atendeu e disse que tinham passado um medicamento e ela estava dormindo. Foi para casa e deu quase 40° de febre. Ligamos na clínica e eles disseram que havia tido um problema mas que já tinham resolvido. Ela estava com calafrio e dor nos ossos. Fui pessoalmente na clínica para pedir uma explicação e eles disseram que suspeitavam da água.
2 – E depois?
Na noite de terça para quarta-feira ela passou mal e fomos para a Nefroclínica. A pressão estava em 6 por 4, levaram ela e a encheram de aparelho, remédio e injeção. Não me falaram nada, mas eu vi a correria, eles indo atrás de uma UTI em hospital. Ela está lá de quarta-feira até hoje (ontem).
3 – Mas deve sair?
É bom eles darem alta para não ficar na UTI e correr o risco de pegar uma infecção hospitalar. Amanhã ela deve descer para o quarto. Não quero que ela faça mais hemodiálise lá na clínica.
4 – Há quanto tempo ela está em tratamento?
Tem três anos que ela faz já. Quinze dias antes de fazer esta última, ela já havia saído da UTI porque falaram que ela tinha uma bactéria no pulmão. Foi a mesma coisa desta vez. Ela entrou bem e saiu desse jeito. Ficou internada no Lúcio Rebelo, fez as sessões de hemodiálise lá e se recuperou. Ela fazia todos os dias lá e não tinha problema.
5 – Vocês pretendem tomar alguma medida?
Vamos esperar ela melhorar, mas eles não podem liberar (o atendimento) até saber o que aconteceu. Não sei o que vamos fazer. Eles nos atenderam muito bem, nos deram muita atenção, mas eles não podem liberar.
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O ESTADO DE SÃO PAULO

Institutos de defesa do consumidor vão entrar na Justiça contra 'planos populares'
Lígia Formenti
BRASÍLIA – A proposta feita pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, de criar no País planos de saúde com oferta menor de serviços e com mensalidades mais baixas, o chamado “plano popular”, além de críticas, poderá provocar uma batalha judicial. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), afirmaram, em nota, que vão ingressar na Justiça contra a medida tão logo ela seja apresentada.
“É uma sugestão fora de propósito, que vai apenas beneficiar operadoras de saúde”, afirmou a presidente do Conselho Diretor do Idec, Marilena Lazzarini. Em carta enviada ao ministro, o instituto afirma que a medida intensificaria o cenário de descaso aos consumidores.
Marilena observa que os planos de saúde já cometem abusos, como a negativa de atendimentos e a redução drástica da rede credenciada, o que limita acesso aos serviços. “Isso somente vai piorar”, disse. Para ela, a proposta tem um potencial de provocar um efeito em cascata, limitando a oferta de serviços para todos os tipos de planos de saúde. “A lei atualmente já prevê um mínimo de atendimento, o necessário para garantir a saúde e segurança do usuário”, completou. “Reduzir esse patamar é sentenciar o usuário a ter um atendimento que não atende às necessidades.” Ela observou que, na assistência, não há como fazer uma previsão sobre quais serviços uma pessoa vai ou não necessitar. “Há imprevistos, urgências. Isso irá para o Sistema Único de Saúde”, disse Marilena.
Barros apresentou durante uma audiência no Senado a sugestão de planos de saúde com uma cesta de serviços menor do que o mínimo atualmente previsto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Para o ministro, a estratégia ajudaria a aumentar o número de pessoas a ter planos de saúde o que, avalia, desafogaria a demanda para o Sistema Único de Saúde. A ideia foi duramente criticada por advogados, sanitaristas e integrantes do Conselho Nacional de Saúde.
Na nota, Idec e Abrasco afirmam ser falso o argumento de que planos populares aliviariam o SUS. “Ele ignora que, no momento de recessão, desemprego e inflação, o que a população mais precisa é de proteção social”, diz o texto.
Idec e Abrasco também criticaram a proposta do ministro de reduzir as penalidades firmadas contra irregularidades cometidas por planos de saúde. Barros, como informou o Estado, classificou as multas como “exageradas” e disse que planos não deveriam ser considerados como inimigos. De acordo com Barros, um plano que deixa de cumprir uma obrigação de R$ 100 hoje é multado por R$ 50 mil.
“O que ele esqueceu de ponderar é que somente uma ínfima parte das recusas de atendimento, dos abusos cometidos são denunciados e viram alvo de processos na ANS”, disse Marilena. “Ao se perdoar, reduzir multas, o que se fará é apenas incentivar abusos.” Ela lembrou ainda que não se pode considerar, no momento da fixação da multa, apenas o valor do procedimento negado. “Ele está descumprindo um contrato. E às vezes, ao se negar um atendimento de R$ 100, você coloca em risco a saúde e a vida do paciente.”
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O GLOBO

Reclamações sobre rede prestadora são maioria entre usuários de planos de saúde

RIO — A maioria das reclamações recebidas pelas ouvidorias das operadoras de planos de saúde em 2015 referiu-se à rede prestadora (39%), enquanto que 25% dizem respeito à cobertura assistencial, 14% a questões administrativas, 13% a assuntos financeiros e 9% ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). É o que aponta o Relatório Estatístico e Analítico do Atendimento das Ouvidorias das operadoras de planos de saúde relativo a 2015, divulgado nesta segunda-feira, pela Ouvidoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O estudo apresenta os principais temas reclamados pelos beneficiários da saúde suplementar, bem como suas principais queixas a respeito da rede credenciada e cobertura de procedimentos.

O tema 'rede prestadora' refere-se à rede credenciada, marcação, agendamento e descredenciamento de rede; assuntos de cobertura assistencial se referem aos procedimentos de saúde, autorização, negativa de cobertura e/ou atendimento; questões administrativas dizem respeito a relação comercial, corretores, contrato e cancelamento de planos; enquanto temas financeiros estão relacionados a reajuste, boletos, cobranças e reembolso.

Apesar de rede prestadora ser o tema mais frequente das reclamações, entre as operadoras das modalidades Administradora, Cooperativa Médica e Seguradora predominaram temas administrativos (57,2%), cobertura assistencial (36,4%) e financeiros (38,9%), respectivamente.

Pelo relatório da ANS, observa-se que os reclamantes mais frequentes possuem contrato do tipo Coletivo Empresarial, Individual/Familiar e Coletivo por Adesão (36%, 31% e 29%, respectivamente). As Administradoras apresentam predomínio de reclamações oriundas de Plano Coletivo por Adesão (99,6%); as Seguradoras e Autogestões, com 62,5% e 87,8%, de Plano Coletivo Empresarial; e as Filantropias, 63%, de Plano Individual/Familiar.

Quanto às manifestações dos beneficiários, ou seja, todo tipo de consulta feita às ouvidorias, o tema mais frequente foi prestação do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), com aproximadamente 24% das demandas; seguido de rede prestadora (22,9%), cobertura assistencial (17,1%), administrativo (19,5%) e financeiro (16,1%).

Rede prestadora (rede credenciada, marcação, agendamento e descredenciamento de rede) foi o tema mais frequente entre as operadoras das modalidades Autogestão (43,7%) e Filantropia (35,7). Cobertura assistencial (procedimentos de saúde, autorização, negativa de cobertura e/ou atendimento) foi mais frequente apenas nas Cooperativas Médicas (29,5%).

As Administradoras e Seguradoras se diferem das outras modalidades, com maior prevalência para assuntos administrativos (54,9%) e financeiros (39,3%), respectivamente. Assuntos administrativos referem-se à relação comercial, corretores, contrato e cancelamento de plano; e financeiros, a reajuste, boletos, cobranças e reembolso.

Em relação ao tipo de manifestação dos beneficiários, consulta por esclarecimentos gerais foi o tipo mais frequente, com aproximadamente 50% das demandas, seguida pelas manifestações de reclamação (45%), elogio (2,8%), sugestão (1,5%) e denúncia (0,5%). Apesar de consulta ser o tipo mais frequente, entre as operadoras das modalidades Administradora, Autogestão, Cooperativa Médica, Filantropia e Seguradora prevaleceram reclamações (92,1%, 73,4%, 52%, 69,3% e 99%, respectivamente). Nessa análise o que mais chama a atenção é o fato de 99% das demandas das Seguradoras serem do tipo reclamação. Considera-se reclamação as manifestações de desagrado e protesto sobre o serviço prestado pela operadora, suas áreas e/ou prestadores.

"As ouvidorias dos planos de saúde representam a última tentativa do consumidor para resolver o problema dentro da operadora. Quando elas falham, resta ao consumidor reclamar na ANS e/ou ajuizar uma ação judicial", afirma Rodrigo Araújo, especialista em Direito à Saúde.

Ao comentar o fato de o maior número de reclamações se referir à rede credenciada, ele lembrou que a lei exige que a operadora tenha compromisso com a manutenção da rede contratada originalmente pelo cliente, sendo permitido o redimensionamento dessa rede desde que mantida a qualidade dos serviços. O problema é que, na prática, muitas operadoras criam formas de burlar essa regra:

"As empresas do setor param de comercializar alguns produtos e lançam novos planos, muito semelhantes. Nos planos que não são mais comercializados, é muito comum ocorrer um descredenciamento silencioso de prestadores de serviço e, para o consumidor não notar, esse descredenciamento é feito por especialidade. O hospital, por exemplo, não é descredenciado, mas deixa de atender algumas especialidades médicas, notadamente as que geram as despesas mais elevadas, tais como oncologia, cardiologia, neurologia e ortopedia. ssim, a operadora consegue direcionar esses pacientes para hospitais com custos menores ou para hospitais da rede própria, onde consegue administrar melhor as despesas".

Segundo o advogado, além do descredenciamento, o problema é que a operadora passa a oferecer um serviço menos abrangente, mas nem por isso cobra menos pelo serviço.

Levantamento é obrigatório

O levantamento anual passou a ser obrigatório com a Resolução Normativa n° 323/2013 da ANS, que determinou às operadoras a criação compulsória de estruturas de Ouvidoria vinculadas à entidade reguladora. O primeiro relatório contemplou apenas as operadoras de grande porte. A partir deste, todas as operadoras com registro ativo na ANS tiveram que apresentar os seus dados apurados entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2015.

O Relatório engloba um total de 744 Ouvidorias de operadoras com relato de recebimento de manifestações em 2015. Juntas, elas contabilizaram 508.141 manifestações de seus 66.7 milhões de beneficiários, resultando em uma Taxa de Demandas de Ouvidoria (TDO) de 7,6 – o que significa que esse conjunto de Ouvidorias recebeu 7,6 demandas para cada grupo de 1.000 beneficiários. Odontologia de Grupo e Autogestão são as modalidades de operadora de saúde com TDO maior que o geral, 11,8 e 8,1, respectivamente; seguidas por aquelas com TDO menor: Medicina de Grupo (6,7), Cooperativa Médica (6,6), Filantropia (6,4), Cooperativa Odontológica (3,7) e Seguradora (1,1).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação