Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• É preciso estimular registros de erros médicos
• Artigo – Hospitais paulistanos: fatos e lendas
• Governo rebate críticas de Caiado sobre saúde
• Nota Secretaria da Saúde


SAÚDE BUSINESS 365

É preciso estimular registros de erros médicos
Para David Bates, presidente da ISQua, cultura de registro de falhas é necessária para avaliar e criar soluções para eventos adversos

É preciso estimular uma cultura de registro de erros ou quase falhas médicas, quando padrões não forem seguidos ou adotados, encorajando a avaliação e o desenvolvimento de soluções para eventos adversos, antes que eles ocorram. Esta é a opinião de David Bates, médico e presidente da International Society for Quality in Healthcare (ISQua), em entrevista publicada na revista Acreditação em Saúde, do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), segundo o qual “cada organização deve providenciar um mecanismo simples que permita um relato sem culpa para melhorar a qualidade e segurança do tratamento prestado aos pacientes”.

Chefe da divisão de medicina geral do Brigham and Women’s Hospital, nos EUA, Bates diz na entrevista que infecções associadas ao sistema de saúde são o principal fator nocivo para a saúde mundial, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. Opina ainda sobre o desenvolvimento das instituições de saúde na América Latina: segundo ele, o cuidado e os recursos dos grandes hospitais já se igualam aos de qualquer outro lugar do mundo, mas em “áreas rurais e em hospitais de pequeno porte são frequentemente limitados”.

Bates estará no Brasil entre 5 a 8 de outubro, para a 31ª Conferência mundial da ISQua. Na entrevista, o médico defendeu o cadastro único do paciente, inclusive entre as redes públicas ou privadas. Segundo ele, um sistema de intercâmbio de informações que acompanhe o paciente traz grandes benefícios, o que já acontece em algumas regiões do Brasil, como São Paulo.

A entrevista exclusiva está na sétima edição da revista Acreditação em Saúde, que pode ser acessada (em pdf) no site da CBA: http://www.cbacred.org.br/noticias/2014/07/08.asp
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O POPULAR

Artigo – Hospitais paulistanos: fatos e lendas

Aeroporto Santa Genoveva, o comandante anuncia a todos que a decolagem está autorizada. É o aviso de que não só chegaremos a São Paulo em aproximadamente uma hora, mas que todos os equipamentos eletrônicos devem ser desligados. Arrancado do hipnotismo do meu tablet, começo a observar as pessoas em volta, tentando adivinhar o motivo da viagem de cada uma. Alguns são óbvios: o casal em lua de mel, o executivo voltando para casa e o conterrâneo que busca tratamento em um dos grandes hospitais étnicos da capital paulista. Sobre o último, tenho algo que gostaria de refletir com vocês, não só como médico e empresário da área hospitalar, mas como filho e sobrinho que algumas vezes fez essa viagem também como o parente esperançoso.
Quando criança, acompanhei meu pai em muitas viagens, que na época chamava de turismo médico-hospitalar. De alguns países, só conheço hospitais, hábito que mantive na vida adulta, tendo feito residência e pós-graduação em grandes e famosos hospitais do Brasil e do mundo, e digo isso com um único propósito: embasar e dar credibilidade ao que afirmarei a seguir. Fatos e lendas se misturam, não raro, carregados de emoções, por experiências pessoais, familiares ou de amigos próximos. O que é fato sobre esses grandes hospitais paulistanos?
São estruturas excepcionais, recheadas da mais alta tecnologia e profissionais extremamente qualificados e capazes, não devendo em nada a hospitais do mesmo porte nas grandes cidades do mundo, com números impressionantes, como mais de 6 mil funcionários, corpo clínico com mais de 10 mil médicos e equipamentos de milhões de dólares.
Somam-se aos fatos, algumas lendas que podem parecer banais à maioria, mas, acreditem, já ouvi e não apenas uma vez. “O índice de infeção desse hospital é zero!” “Lá não ocorre erro médico há anos!” E até: “Fulano estava praticamente morto, foi para lá e dois dias depois estava andando e conversando, pronto para receber alta!”
Essas lendas de banais não têm nada, pois criam a ilusão e expectativa de que nessas estruturas não só se encontrarão bons tratamentos, mas milagres aos borbotões. A decisão de ir ou levar um parente para se tratar em São Paulo é, na maioria das vezes, baseada em muita reflexão e racionalidade, mas não deixa de ser repleta de emoções e tensões, e, nesse momento, fatores importantíssimos podem ser minimizados ou até mesmo esquecidos.
Ficar doente é sempre traumático e sofrido, mesmo cercado de amigos e parentes. Agora, imaginem isso a centenas de quilômetros de casa e só. A falta desse apoio familiar, não raro, gera depressão e angústia.
Outro fator pouco considerado é que certos tratamentos são longos e certas complicações relativamente comuns e, quando acontecem, colocam o paciente que buscou tratamento fora de Goiânia em um dilema: corro e pego o avião de volta para São Paulo para ver meu médico ou procuro alguém aqui para tratar apenas as complicações de um tratamento que é de outro profissional? A capital paulista está aqui do lado quando viajamos a negócios ou turismo com tempo e planejamento. Quando se trata de uma patologia grave, às vezes, simplesmente não dá tempo. Muitos já agravaram o quadro ou mesmo morreram esperando a UTI aérea que estava em outro deslocamento chegar.
Não vou nem focar no custo que todo esse deslocamento pode acarretar e que já levou à falência várias famílias, porque nessa hora queremos “o melhor” e isso não tem preço, mas tem um custo às vezes impagável.
Levantamentos informais de colegas que vivem e exercem a profissão em São Paulo revelam que Goiânia é porcentualmente o maior exportador de pacientes para os grandes hospitais da terra da garoa. Isso não quer dizer que pessoas não saiam de outras capitais para ter uma segunda opinião ou mesmo se tratar em São Paulo. Isso certamente acontece, mas com frequência muito menor que na nossa capital e a única explicação a existência de instituições que desfrutam da confiança dos pacientes em suas capitais. Precisamos disso em Goiânia, a partir de uma cobrança maior da clientela por estruturas mais seguras e resolutivas, quanto do reconhecimento desta mesma clientela quando as encontra, não aceitando um tratamento de qualidade inferior que algumas operadoras que só pensam em cortar custos tentam lhe empurrar goela a baixo, dizendo que os hospitais são todos iguais.

Haikal Helou é médico e presidente em exercício da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
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O HOJE
Governo rebate críticas de Caiado sobre saúde
Secretário de Saúde comentou considerações do deputado feitas em entrevista ao Programa O HOJE de Frente com o Poder
Flávia Guerra

O secretário de Estado da Saúde, Halim Antônio Girade, comentou, ontem, as declarações feitas pelo deputado federal Ronaldo Caiado, presidente regional do Democratas, ao programa O HOJE de Frente com o Poder, veiculado no domingo. Na ocasião, Caiado, que é candidato ao Senado na chapa encabeçada por Iris Rezende (PMDB), criticou a falta de médicos no interior do Estado e tratou como “maquiagem” a gestão hospitalar realizada por Organizações Sociais (OSs). Para o secretário, que se manifestou por nota, Caiado demonstra grave desconhecimento sobre a situação da saúde pública estadual.
De acordo com Girade, apenas duas gestões do Estado de Goiás fortaleceram a regionalização do atendimento à saúde, a de Henrique Santillo (1987-1990) e a do governador Marconi Perillo. “Os números comprovam isso”, diz o texto. Segundo o auxiliar, Henrique Santillo construiu dez hospitais regionais no Estado de Goiás. “Como secretário da Saúde de então, pude inaugurar quatro dessas unidades”, lembrou. A falta de atendimento médico no interior do Estado foi um dos pontos mais criticados por Caiado na entrevista concedida ao jornalista Murilo Santos.
Em sua resposta, Girade aponta que as gestões do PMDB, que se seguiram após a gestão de Santillo, fecharam os hospitais regionais e os repassaram aos municípios. A consequência foi a incapacidade em atender tamanha demanda. “Não foram capazes de, sozinhos e com poucos recursos, administrar as unidades. Assim, chegamos ao quadro atual, em que as unidades estão totalmente sucateadas, em função da dificuldade que os municípios têm em administrá-las”, disse. “O modelo de regionalização da saúde planejado e executado por Santillo, foi destruído pelo PMDB”, alfinetou o secretário.
Comentando as críticas feitas pelo democrata sobre a falta de atendimento em unidades de saúde do interior, Girade cita os Hospitais de Urgências da Região Sudoeste (Hurso), Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) e Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), construídos na gestão tucana. O secretário citou ainda a construção do Hospital de Uruaçu, em andamento, com 260 leitos, sendo 40 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo o auxiliar, a atual administração assumiu a responsabilidade de concluir a construção dos hospitais regionais de Águas Lindas e de Santo Antônio do Descoberto. “É leviana a declaração de que Goiás não tem hospitais regionais”, emendou.
Sobre as críticas tecidas pelo senadoriável à falta de leitos de UTI, Girade afirmou que os leitos no interior foram ampliados para 94, em Anápolis, Nerópolis, Goiás, Itumbiara, Rio Verde, Jataí, Santa Helena e Aparecida de Goiânia. “Além dos leitos, estamos adquirindo equipamentos para as unidades de saúde no interior, como aparelhos de raios X; eletrocardiógrafos, desfibriladores e ultrassom obstétrico”, relatou. Como parte das ações para aprofundar a regionalização da saúde pública estadual e facilitar o acesso da população a exames ambulatoriais, o secretário enumera a construção de seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) nas cidades de Goiás, Formosa, Goianésia, Posse, Quirinópolis e São Luís de Montes Belos. Na entrevista ao O HOJE, Caiado criticou a falta de médicos especialistas nos municípios.
“A despeito dos resultados alcançados pelo atual governo, causa-nos preocupação o desconhecimento e desinformação sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) por parte de um senadoriável, principalmente sendo ele um profissional da área de saúde, deveria se preparar melhor para debater sobre o tema”, discorre o secretário. Para o secretário, Caiado demosntra desconhecimento também sobre o Serviço de Atendimento de Urgência (Samu). “Quando ele fala de um paciente com traumatismo em São Miguel do Araguaia, que precisa ligar para Goiânia atrás de vaga, demonstra profundo desconhecimento”, completa. “Informamos ao candidato que Goiás tem 100% de cobertura do Samu, um dos poucos do Brasil com essa efetividade”, concluiu.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Nota Secretaria da Saúde
Ao contrário das críticas do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, o governo de Goiás tem investido em ações para a regionalização dos Serviços de Saúde no Estado, pois acredita que a descentralização é o caminho para garantir à população do interior maior acesso aos serviços de média e alta complexidade, sem precisar se deslocar para a Capital. Para isso, o governo criou a Rede Hugo e está construindo hospitais de urgência na Capital e no interior – Hugo 2, hospitais de Uruaçu, de Santo Antônio do Descoberto e de Águas Lindas. A Rede Hugo, formada por dez unidades localizadas em diferentes regiões de saúde do Estado, vai organizar o atendimento de urgência e emergência e dinamizar o fluxo de pacientes, proporcionando acesso a serviços de pronto atendimento na média e alta complexidades, mas também na baixa, conforme regulação.
O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) é outro projeto do governo de Goiás para a descentralização dos serviços. As primeiras seis unidades já estão em construção e a proposta é que cada região de saúde do Estado tenha uma unidade. Os AME são centros de diagnóstico de média complexidade e orientação terapêutica que reúnem cerca de 20 especialidades médicas, para atendimento aos pacientes encaminhados pela rede básica de saúde.
Sobre os leitos de UTI em Goiânia, é importante esclarecer que os únicos leitos de UTI da rede própria da prefeitura estão localizados na Maternidade Dona Íris. Todos os demais leitos de UTI pertencem à rede estadual ou estão em hospitais particulares conveniados. Como Goiânia tem gestão plena, ela regula os leitos da Capital, inclusive os situados nos hospitais do Estado. O governo de Goiás, além de aumentar o número de leitos de UTI em suas unidades próprias, ampliou a oferta de leitos no interior com o Plano de Fortalecimento da Atenção Hospitalar Regionalizada, que atende 18 municípios goianos e ainda na rede conveniada nos municípios de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia, através do cofinanciamento das diárias de leitos.
Cabe informar ainda que apesar de atender os pacientes do interior, os municípios pactuam com Goiânia, ou seja, as prefeituras do interior financiam com recursos federais, as suas demandas em Goiânia, para a atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Vale lembrar que hoje as unidades hospitalares de saúde do Estado de Goiás estão entre as melhores do País.
(Halim Antonio Girade, secretário de Estado da Saúde)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação