Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 12/08/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

Coluna Spot – Memória
Coluna Spot – Mente
Mesmo inscrita em programa, estudante não consegue auxílio para tentar transplante de rim em SP
Artigo – Vacina da dengue
Carta do leitor – Medicamento de alto custo
CCJ da Câmara aprova PEC que limita gastos públicos por 20 anos
Mortes por dengue no tempo seco chegam a 30%

O POPULAR

Coluna Spot – Memória

Hoje tem missa de 7º dia pelo cirurgião Ivo Pitanguy na Catedral Metropolitana de Goiânia. A homenagem é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás.
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Coluna Spot – Mente

Começa hoje a Jornada Centro-Oeste de Psiquiatria e a 3ª Jornada Goiana de Psiquiatria, na sede do Cremego, comemorando os 50 anos da Associação Psiquiátrica de Goiás.
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Mesmo inscrita em programa, estudante não consegue auxílio para tentar transplante de rim em SP
Ela vem a Goiânia quatro vezes por semana para fazer hemodiálise
– TFD, bom dia!
– Bom dia! Tem como ver se uma passagem foi liberada?
– De qual paciente?
– Marina Belo Nunes de Deus.
– Não está liberando para ninguém. Ninguém está viajando.
– Tem muita gente esperando?
– Tem. Desde o mês passado.
A estudante Marina Belo Nunes de Deus, de 12 anos, é uma das que não conseguem a liberação de passagem de avião, pelo serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), para retornar a São Paulo (SP) e ser ativada na lista de espera por transplante de rim. Outros 15 pacientes, segundo a pasta, tiveram de reagendar os retornos, por causa da falta de custeio imediato do Estado para bancar as viagens.
Em conversa gravada, por telefone, na manhã de ontem, uma atendente do TFD confirmou o problema. O serviço tem 569 pacientes cadastrados com diversas doenças, para serem tratados fora do Estado, segundo a Coordenação da Regulação da Atenção a TFD e da Central de Regulação de Alta Complexidade de Goiás (Cerac-GO).
Marina faz hemodiálise quatro vezes por semana no Hospital das Clínicas (HC), em Goiânia. Ela começou o tratamento há um ano. No início do mês passado, foi a São Paulo para fazer exames em um hospital filantrópico especializado em transplante renal pediátrico. Deveria ter retornado no último dia 22. Não conseguiu porque a família dela não tem dinheiro para pagar a passagem. O retorno teve de ser remarcado para 22 de agosto. Os pais dela, uma dona de casa e um caseiro, não veem garantia de que a paciente vai viajar.
Médico nefrologista pediátrico do HC, Johnathan Santana de Freitas confirma que a família já tentou o retorno a SP várias vezes, sem êxito. “A paciente precisa retornar para ser ativada na lista de espera por transplante. Se não for, nem haverá chance de conseguir doador compatível porque as informações não estarão no sistema”, diz ele. O caso não é isolado. Em junho, O POPULAR mostrou outra família reclamando do TFD.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que a o problema já foi solucionado no início do mês, com a permissão de acréscimo de R$ 260 mil ao contrato de aquisição de passagens. Antes da liberação do crédito, acrescenta a pasta, o serviço teve de priorizar casos de urgência e os demais pacientes tiveram de remarcar a consulta. A SES informa que Marina vai conseguir o retorno.
ASES informa que, de janeiro a julho deste ano, gastou cerca de R$ 1 milhão com a compra de passagens para 260 pacientes pelo serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Em 2015, de acordo com a secretaria, houve custeio de passagens para 456 pacientes pelo TFD, no valor total de R$ 1.042 milhões.

Fique por dentro
O serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) oferece:
– Consulta, tratamento ambulatorial, hospitalar/cirúrgico previamente agendado
– Passagens de ida e volta – aos pacientes e se necessário a acompanhantes, para que possam deslocar-se até o local onde será realizado o tratamento e retornar a sua cidade de origem
– Ajuda de custo para alimentação e hospedagem do paciente e/ou acompanhante
É autorizado:
– Para pacientes atendidos na rede pública, ambulatorial e hospitalar, conveniada ou contratada do SUS
– Quando esgotados todos os meios de tratamento no município
– Só quando atendimento estiver garantido no município de destino
– Com exames completos, no caso de cirurgias eletivas
Fonte: MP-GO

3 perguntas para Eleusa Belo Nunes
Mãe da paciente Marina Belo conta as dificuldades para conseguir a passagem pelo serviço de Tratamento Fora do Domicílio.

Cleomar Almeida
1 – A senhora também já ligou no TFD. O que disseram?
Já liguei pelo menos quatro vezes para ver se havia liberação de passagem para a minha filha. A última foi na semana passada. Eles dizem que não têm previsão. Estou desesperada porque o que mais quero é ver a minha filha conseguir um transplante e ficar bem de saúde. Ela estuda em Goianésia, onde a gente mora, em uma escola estadual. Mas tem penado muito porque, agora, precisa vir quatro vezes por semana para fazer a hemodiálise. O nível de potássio dela está alto.

2 – Como é a rotina de vocês nos dias de hemodiálise?
A gente levanta às 3 horas da manhã, para vir a Goiânia. Ela faz hemodiálise durante três horas e meia. Depois, como a gente precisa voltar para Goianésia, por volta das 12 horas o carro da cidade passa no hospital e leva para a casa de apoio, porque tem de esperar para voltar com as outras pessoas.

3 – Então vocês chegam a Goianésia no final do dia.
É bem cansativo. A gente chega em casa por volta das 18 horas, numa região afastada do Centro. É o prazo de dormir para voltar depois. Ela tem hemodiálise às terças, quintas e sextas e aos sábados. Não podemos comer na casa de apoio porque a comida é salgada e ela não pode beber água. Quando tenho dinheiro, saio procurando lugar para comprar lanche ou comida. Não é possível. Alguém precisa ajudar de alguma forma. Lá em casa a gente sobrevive com um salário mínimo. Meu esposo trabalha na fazenda e, de vez em quando, vendo banana para conseguir um dinheiro a mais.
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Artigo – Vacina da dengue

Todos os medicamentos que têm o preço controlado pelo Governo passam pela Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED) que fixa o Preço Fábrica e o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Nos últimos dias, temos visto nos veículos de comunicação as pessoas reclamando do alto preço da vacina da dengue que chega a quase R$ 200. O preço estipulado pelo governo foi de no máximo R$140. Porém, o governo, por meio da CMED, fixou o Preço de Fábrica, mas não fixou o Preço Máximo ao Consumidor, alegando que a comercialização do produto ainda é pioneira no Brasil.
Ocorre que temos por parte da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos experiência na determinação das margens de lucro oficiais de medicamentos que vão de vitaminas até medicamentos utilizados para tratamento de câncer, fibromialgia e esclerose múltipla. Portanto, questionamos o porquê de não ter ocorrido a fixação de um Preço Máximo ao Consumidor para este produto e o governo ter deixado as clínicas determinarem apenas qual o custo do serviço para aplicação da vacina, de igual forma ao que acontece na farmácia.
Diante desta discussão, temos ainda um paradigma a ser encarado e quebrado: por que as farmácias não podem aplicar a vacina se a Lei 13.021/14, no artigo 7, diz que as farmácias de qualquer natureza poderão dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o perfil epidemiológico de sua região demográfica?
Nós do Sindicato dos Farmacêuticos entendemos que se as vacinas da dengue estivessem também disponíveis nas farmácias, isto criaria uma concorrência saudável entre as empresas e certamente reduziria consideravelmente o custo final ao consumidor.
Nos perguntamos: por que o tratamento diferenciado para uma vacina que é um instrumento de manutenção e preservação à saúde em detrimento da legislação que regulamenta o preço máximo dos medicamentos ao consumidor final? Os medicamentos têm margens de lucro oficial e por que não determinar o mesmo critério para a vacina e exigir a sua aplicação também nas farmácias comunitárias brasileiras?
As farmácias têm uma função social e devem ser inseridas neste contexto, promovendo saúde e gerando concorrência entre as empresas. Além disso, se as doses forem encontradas e aplicadas nas farmácias, as pessoas terão mais acesso ao produto que tem como objetivo promover saúde e imunizar a sociedade como um todo e não apenas aqueles que têm melhor poder aquisitivo e podem pagar um alto valor pelas três doses.
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Carta do leitor – Medicamento de alto custo
Quatro meses, esse é o tempo que o medicamento Sutant, de 50 mg, está faltando no Centro de Distribuição de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. Tal medicamento é para o tratamento contra o câncer, para impedir que a doença volte. Cada cartela custa no mercado de medicamentos R$ 22.155,00. São centenas de pessoas em todo Estado que tiveram que cancelar seus tratamentos diários e que deveriam ser ininterruptos. Por saber da seriedade da Secretaria Estadual de Saúde, pedimos que o problema seja resolvido o mais rápido possível.
Márcio Manoel Ferreira- Jardim Novo Mundo – Goiânia
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JORNAL OPÇÃO
CCJ da Câmara aprova PEC que limita gastos públicos por 20 anos

Um auditório lotado de parlamentares e servidores acompanhou a votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
A Câmara de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal aprovou, nesta terça-feira (9/8), a admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos da União. A sessão, com mais de seis horas, não discutiu o mérito da PEC, mas sua constitucionalidade.
A PEC, enviada pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), foi aprovada por 33 votos a favor e 18 contra. Agora, será instalada uma comissão especial para que os debates sobre a proposta tenham continuidade.
A Proposta de Emenda Constitucional propõe limitar o aumento dos gastos públicos de um ano à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos. A medida é defendida pelo atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que a anunciou ainda no primeiro dia do governo interino.
Representantes de sindicatos de servidores públicos e de movimentos sociais acompanharam toda a sessão da CCJ. O temor dos grupos é que, ao limitar o aumento dos gastos do governo, a proposta acabe retirando recursos da saúde e educação e congele o reajuste dos servidores e concursos públicos.
Assim que a sessão foi aberta, Psol, PT e Rede apresentaram vários requerimentos pela retirada da matéria da pauta e todos foram recusados. Em seguida, os debates se prolongaram por horas, com forte embate entre deputados a favor e contra a PEC.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) afirmou que o governo quer acabar com a saúde, com a educação e a segurança pública, já que vai congelar por 20 anos todos os investimentos públicos. “Não querem mais serviços públicos por concurso porque querem contratar terceirizados apaniguados”, acusou.
Segundo o líder do Psol, Ivan Valente (RJ), o intuito da PEC é instituir um ajuste fiscal permanente. “O governo interino golpista quer ficar mais vinte anos. O povo não vai aguentar tanto arrocho salarial”
Já o deputado Danilo Forte (PSB-CE), favorável à admissibilidade da PEC defendeu que os opositores da matéria eram irresponsáveis por recusarem a continuidade do diálogo. “Nesse texto não tem nada de fim de concursos públicos, nesse texto não se diminui os recursos públicos para educação, nesse texto se garante as conquistas sociais. O que se quer preservar é exatamente um teto para os gastos, para não se incorrer na irresponsabilidade do governo passado, que gerou desemprego e inflação”, afirmou.
Nelson Marchezelli (PTB-SP) defendeu ainda que a medida é necessária para o Brasil se organizar economicamente para sair da crise. “O país precisa mudar o enfrentamento da despesa pública. Fazer aumento da dívida pública sem ter uma consequência de fazer seu pagamento mantém essa roda viva da criação de despesas”, afirmou o parlamentar.
Manifestações
Os manifestantes que ocuparam a sala do colegiado se manifestaram contra a PEC. O deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) criticou as manifestações contrárias e solicitou que as pessoas fossem retiradas do plenário da comissão.
“Eu conquistei meu direito (de me manifestar) nas urnas. As galerias de plenário não são para desocupados. Vagabundo é quem trabalha menos e coloca mais gente aqui”, criticou o deputado.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) protestou contra a fala do parlamentar. “Peço que retirem das notas taquigráficas as palavras de baixo calão, porque representa quebra de decoro”, afirmou Rosário. “Então, encaminhe ao Conselho de Ética. Eu reafirmo: são vagabundos”, rebateu Marchezan.
Tramitação
Assim que for instituída, a comissão especial que discutirá a PEC 241 terá, no máximo, 40 sessões para apresentar e votar um parecer sobre seu mérito. Depois, a proposta será discutida e votada no plenário da Câmara em dois turnos e, se aprovada, segue para o Senado. Para sua aprovação na Câmara, precisa de voto de pelo menos 308 deputados em cada turno. (Com informações da Agência Brasil)
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O HOJE
Mortes por dengue no tempo seco chegam a 30%

O armazenamento inadequado de água é o principal fator dos casos de dengue no período

O clima tipicamente seco do Cerrado é sentido com mais intensidade durante os meses de junho a agosto, quando o inverno traz valores baixos de umidade, alcançando níveis extremos em algumas regiões do Estado. Nesse contexto, ao contrário do que se imagina, casos de dengue são registrados em números altos para o período, cerca de 300 ocorrências por semana em todo o território estadual. A porcentagem de óbitos alcança a margem de 30 a 35%, contra 70% no período chuvoso.
De acordo com o coordenador-geral de Ações Estratégicas em Dengue da Secretaria da Saúde, Murilo do Carmo, houve uma redução de 18% dos casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado, mas não de mortes. Por se tratar de um período seco, o número de óbitos registrados torna-se mais preocupante e requer um olhar especial para a situação, tanto das autoridades quanto da população.
Armazenamento
Um fator problemático da questão está no armazenamento inadequado da água, feita por moradores de regiões do Estado em que não há distribuição efetiva de água, ocasionando a sua falta. “Essa característica peculiar favorece a proliferação do mosquito Aedes em municípios pequenos, que não são atendidos pela Saneago, não possuem concessionária própria de saneamento e sofrem com a estiagem”, informa Murilo.
Dessas localidades, destacam-se o entorno do Distrito Federal e regiões metropolitanas de Goiânia, onde as caixas d’água não são vedadas corretamente. Ainda de acordo com Murilo, existem alguns municípios dormitórios no entorno do DF que possuem grande número de quitinetes e “barracões” para aluguel que ficam vazios e esquecidos por muito tempo, acumulando focos em vasos sanitários e nas caixas que armazenam água.
Óbitos
Somente este ano, cerca de 98 mortes estão sendo investigadas sob a suspeita de dengue. Apesar da porcentagem, o coordenador Murilo do Carmo não soube precisar quantas mortes já foram confirmadas este ano e que ainda existem óbitos do ano passado que podem ter sido ocasionados pela dengue que cabe à investigação do comitê responsável.
Campanha
Desde janeiro deste ano, quando a campanha Goiás Contra o Aedes iniciou os trabalhos, cerca de 10 milhões de imóveis foram visitados no Estado. A cada 100 casas, 4 continham focos da dengue. Segundo Murilo, o intenso trabalho contribuiu para a redução dos focos. Para que a diminuição continue, Murilo orienta: “caso algum morador presencie criadouros do Aedes Aegypt, é importante que ele se reporte aos controles setoriais do seu município e solicite um agente”.
Vacina
Desde o fim de julho já está disponível no Estado a primeira vacina contra a dengue, mas apenas na rede particular de saúde. O valor da dose chega a R$ 300 reais e não há previsão de disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVAC) recomendou às instituições que aplicam a vacina, a suspensão das doses até que fosse feita uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para discutir a alta cobrança da dose e do serviço prestado.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação