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DESTAQUES
Bolsonaro assina medida provisória que extingue o Dpvat
ANS avalia propostas de atualização do Rol de Procedimentos
Goiás realiza um transplante de rim por dia em outubro
“Tratar a obesidade inclui cuidar da saúde mental”, diz nutricionista
UOL
Bolsonaro assina medida provisória que extingue o Dpvat
O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje (11) medida provisória (MP) extinguindo, a partir de 1º de janeiro de 2020, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, o chamado Dpvat. De acordo com o governo, a medida tem por objetivo evitar fraudes e amenizar os custos de supervisão e de regulação do seguro por parte do setor público, atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Pela proposta, os acidentes ocorridos até 31 de dezembro de 2019 continuam cobertos pelo DPVAT. A atual gestora do seguro, a Seguradora Líder, permanecerá até 31 de dezembro de 2025 como responsável pelos procedimentos de cobertura dos sinistros ocorridos até a da de 31 de dezembro deste ano.
"O valor total contabilizado no Consórcio do Dpvat é de cerca de R$ 8,9 bilhões, sendo que o valor estimado para cobrir as obrigações efetivas do Dpvat até 31/12/2025, quanto aos acidentes ocorridos até 31/12/2019, é de aproximadamente R$ 4.2 bilhões", informou o Ministério da Economia.
De acordo coma pasta, o valor restante, cerca de R$ 4.7 bilhões, será destinado, em um primeiro momento, à Conta Única do Tesouro Nacional, em três parcelas anuais de R$ 1.2 bilhões, em 2020, 2021 e 2022.
"A medida provisória não desampara os cidadãos no caso de acidentes, já que, quanto às despesas médicas, há atendimento gratuito e universal na rede pública, por meio do SUS [Sistema Único de Saúde]. Para os segurados do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], também há a cobertura do auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e de pensão por morte", acrescentou o ministério.
A MP extingue também o Seguro de Danos Pessoais Causados por Embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (DPEM). Segundo o ministério, esse seguro está sem seguradora que o oferte e inoperante desde 2016.
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ANS
ANS avalia propostas de atualização do Rol de Procedimentos
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por intermédio da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO), iniciou nos dias 4 e 5 de novembro as reuniões de análise das propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde (ciclo 2019-2020). Na ocasião foram avaliadas as primeiras sugestões de tecnologias em saúde que foram submetidas no processo de atualização do Rol e consideradas elegíveis.
Na abertura dos encontros, o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Rogério Scarabel, falou da importância da nova metodologia aplicada na atualização do Rol. "Iniciamos aqui o ciclo de debates sobre a atualização do Rol de procedimentos com uma nova metodologia que se iniciou neste ano. É uma oportunidade única para tiramos dúvidas e apresentamos nossas preocupações sobre o tema, para que assim se realize o melhor alinhamento e se faça a melhor entrega de resultados para a sociedade", destacou Scarabel.
Em seguida, a gerente-geral de Regulação Assistencial, Carla de Figueiredo Soares, seguiu com a condução da reunião destacando a proposta dos encontros. "Trata-se do primeiro ciclo de reuniões com as novas regras estabelecidas pela Resolução Normativa Nº 439, que agregam importantes princípios e pilares para o processo de atualização do Rol. É um novo procedimento que nos trará muitos aprendizados e nos ajudará na análise das propostas sugeridas", afirmou Carla.
Além da diretoria da ANS, participaram das atividades os membros da Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), os autores das propostas elegíveis e representantes de entidades representativas do setor. Ao todo foram avaliadas doze sugestões que levaram em conta a viabilidade econômica, vantagens e fragilidades, além das formas de execução dos projetos. Foram analisados os seguintes procedimentos:
"Lembro que esta é a primeira de muitas reuniões que iremos realizar para definir a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Com essas análises pertinentes, esclarecedoras e de alto nível, teremos ainda mais fundamentos para seguirmos com o processo e as avaliações", ressaltou Carla.
As reuniões para análise técnica seguem até maio de 2020, sendo que as próximas estão previstas para os dias 18 e 19 de novembro.
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O HOJE
Goiás realiza um transplante de rim por dia em outubro
Leandro de Castro
Em outubro, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), realizou 31 transplantes de rins. O quantitativo equivale à média de um transplante por dia. O número é 121% maior que no mesmo período do ano de 2018, que quantificou apenas 14 transplantes do órgão. Os dados são da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO) vinculada à SES.
Somando agosto, setembro e outubro deste ano, 81 pessoas receberam um novo rim. Se comparado com o ano passado, em que o Estado realizou 39 transplantes no somatório dos três meses, 2019 teve um crescimento de 107% no número de transplantados neste último trimestre.
Para a gerente da CNCDO, Katiúscia Christiane Freitas, os dados são positivos e já são reflexos dos investimentos que o Governo de Goiás tem realizado na saúde. “Esse crescimento é resultado do incentivo que o Estado tem realizado em todas as instituições, promovendo campanhas de conscientização e investimentos em saúde. Este ano já realizamos 67 campanhas e capacitações sobre o processo de doação de órgãos e transplantes, sensibilizando pelo menos quatro mil pessoas diretamente”, destaca.
De janeiro a outubro, o Governo de Goiás promoveu ações diversas em diferentes locais para conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos. Palestras e cursos de formação e atualização realizados em ruas, praças, shoppings, escolas, universidades, estádio de futebol, hospitais e outras instituições públicas e privadas.
Tempo de espera é menor
Os dados revelam ainda a redução significativa no tempo de espera na fila pelo órgão, quase 50% em relação aos anos anteriores; 68% dos transplantes renais de 2019 foram realizados com receptores com menos de 12 meses de inscrição no Cadastro Técnico Único do Sistema Nacional de Transplantes. Desses, 47% esperaram menos de seis meses.
A professora aposentada Luzia Maria Preda, 63 anos, ficou poucos dias na fila. Ela esperou apenas nove dias para ser chamada e realizar o procedimento. Luzia se preparava para dormir quando recebeu uma ligação que mudaria toda a sua vida: era a Central de Transplantes informando sobre o aparecimento de um rim compatível. Mais do que depressa Luzia e a filha Cecília Preda, 29, se deslocaram para o Hospital Geral de Goiânia (HGG) para submeter à internação para os procedimentos de transplante.
“Na hora, nem ela nem eu acreditamos. Foi tudo muito rápido e tem aquela história de achar que demora demais, que nunca vai chegar a nossa vez, mas foi totalmente diferente”, conta sobre o chamado rápido para a cirurgia de transplante. O sentimento foi inexplicável, uma alegria que nunca imaginei sentir. Ainda hoje estou meio nas nuvens, sem acreditar que isso realmente aconteceu”, enfatiza Cecília.
Luzia fazia hemodiálise há 18 meses. “Assim quando minha mãe soube que os rins já não funcionavam mais, ela foi informada da possibilidade do transplante. A primeira opção era eu ser doadora. Ficamos esse um ano fazendo todos os exames, e ela terminou o check up antes de mim. Então, o médico informou que minha mãe já entraria na fila porque poderia acontecer de ela conseguir um rim antes que eu estivesse com tudo finalizado para doar. E assim aconteceu, em apenas nove dias a Central ligou para ela”, conta.
A professora fez a cirurgia para receber o novo rim no sábado (2/11), todo o procedimento foi um sucesso. “Foi excelente desde o momento da chegada, da cirurgia, o pós-transplante. Eu e toda minha família ficamos encantadas com o atendimento. Fui muito bem atendida, muito bem tratada por toda equipe, inclusive a percepção era de estar em um hospital de primeiro mundo”, diz Luzia.
Emocionada, a filha Cecília afirmou que a mãe renasceu após o transplante. “Nem sei como eu poderia agradecer à família do doador essa atitude. É estranho pensar que a morte de uma pessoa pode significar o ‘renascimento’ de outra. Nunca pensei que um desconhecido poderia fazer algo tão grandioso pela nossa família. Doar órgãos é com certeza a mais bela demonstração de amor genuíno pelo próximo”, afirma.
O rim é o órgão mais transplantado em Goiás. De janeiro a outubro deste ano foram realizados um total 737 transplantes no Estado, sendo 465 de córneas, 174 transplantes renais, 51 de esclera, 13 de tecido músculo-esquelético, 59 de medula óssea e seis de fígado. Em Goiás o Hospital Geral de Goiânia (HGG) é responsável por 75% dos transplantes de rins e está entre os dez hospitais que mais transplantam o órgão no País.
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A REDAÇÃO
“Tratar a obesidade inclui cuidar da saúde mental”, diz nutricionista
Ansiedade e depressão influenciam na doença
Goiânia – O estresse e a depressão já foram colocados como as doenças do século, mas o que poucas pessoas sabem é que a saúde mental não tem apenas implicações psicológicas, mas também físicas.
“80% dos pacientes que chegam ao meu consultório se definem como ansiosos ou estressados e a grande reclamação é a incapacidade de administrar o tempo. Isso reflete a rotina de vida atual, na qual a maioria das pessoas quer ser bem sucedida e produtiva, mas acaba sedentária por não poder ‘perder tempo’”, afirma a nutricionista e Líder Coach em Nutrição, Janaína Macedo.
A rotina agitada e o estilo de vida que a maioria das pessoas leva causa desequilíbrios comportamentais que impactam a qualidade e quantidade dos alimentos que consumimos. Isso, é claro, gera consequências diretas na saúde e no peso.
As pessoas com sobrepeso ou obesidade tendem a ficar frustradas e depressivas, o que aumenta ainda mais a compulsão pela comida e bebidas alcoólicas como refúgio. E a mudança do hábito alimentar exige muita força de vontade para sair do piloto automático, além de orientação profissional, motivação e disciplina.
Como o estresse influencia na obesidade?
“O estresse é bem subjetivo e tem a ver com a sensação de falta de controle das tarefas diárias e de como o paciente se harmoniza com as condições do dia a dia. Ele causa desequilíbrio na produção do cortisol, hormônio muito útil que nos coloca em alerta. Com a produção de cortisol desregulada, ele deixa de controlar os níveis de açúcar no sangue e causa aumento de gordura abdominal e acúmulo de gordura no fígado, além de reduzir o metabolismo basal e causa dificuldade na perda de peso, mesmo comendo pouco. O excesso de cortisol também diminui a produção de testosterona, causando cansaço crônico e libido baixa. . O açúcar em excesso desregula a microbiota intestinal e o sistema imunológico”, explica Janaína.
E o que fazer para desestressar?
No consultório, Janaína percebe que a maioria das pessoas ainda não sabe o que fazer para desestressar. “Alguns falam que vão à academia ou vão tirar tempo para si e muitos falam que precisam de férias. Mas tirar férias uma vez por ano não é suficiente para regular o estresse do ano todo. O que ensino aos meus pacientes vai além da alimentação. Digo que todos os dias ele precisa dar para si mesmo um tempo mínimo de presente e passar informações boas para suas células, nem que sejam 15 ou 30 minutos por dia. Qualquer exercício físico ajuda nisso e indico também trabalhar a espiritualidade, pois a fé gera resiliência e reduz os danos oxidativos ao organismo”, finaliza.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação