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DESTAQUES
Como a Funcional usa dados para que planos de saúde sejam mais eficientes
A disputa pelos 5 bilhões de reais da Geap
Ainda é cedo para prever fim da epidemia de coronavírus, afirma OMS
ANS assina acordo de cooperação para projeto-piloto de cuidado integral à saúde
Ingoh promete recorrer à justiça para reverter suspensão parcial do atendimento pelo Ipasgo
EXAME.COM
Como a Funcional usa dados para que planos de saúde sejam mais eficientes
Com 15% de todos os clientes de planos de saúde no Brasil em sua base, empresa busca fazer a ponte com RHs e farmácias para melhorar a gestão
Em um cenário de gastos crescentes com planos de saúde dentre os clientes, as empresas e as próprias operadoras , o médico Ricardo Ramos acredita que a solução está na boa análise de dados.
Foi com base nesse preceito que Ramos, formado na década de 1990 na prestigiada Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, decidiu há mais de uma década deixar parcialmente de lado a mão na massa da medicina e seguir rumo à gestão de saúde, e, sobretudo, à tecnologia.
Nos últimos cinco anos, o médico está à frente da vice-presidência de inteligência de dados da Funcional Health Tech, empresa fundada em 2000 que vende ferramentas de gestão para planos de saúde, farmácias e departamentos de Recursos Humanos.
Seu desafio acaba de dobrar de tamanho nesta semana. A Funcional concluiu a aquisição do grupo Strategy/Prospera, conforme divulgado em primeira mão a EXAME. A aquisição fez a empresa passar de 3,5 milhões para 7 milhões de clientes vinculados a seus planos de saúde parceiros, com a chegada dos cerca de 100 planos de saúde clientes da Strategy/Prospera.
A Strategy/Prospera tem mais de 20 anos no mercado e oferece soluções tributárias e somadas a inteligência artificial para que os planos de saúde se adequem às regulações da ANS.
Com a aquisição, o número de clientes da Funcional passa a representar 15% das mais de 40 milhões de pessoas que são clientes de planos de saúde vinculados à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reguladora do setor. Entre os planos de saúde clientes da funcional estão operadoras como Sompo Seguros, Unimed Fortaleza, Unimed Ribeirão Preto, Uniodonto Campinas.
A compra da Strategy/Prospera faz parte do plano da Funcional de investir mais de 50 milhões de reais em 2020, com o objetivo de consolidar a presença da empresa no mercado de tecnologia de saúde. A empresa também está com 50 vagas abertas, 30 delas para a área de tecnologia.
Para o futuro, um dos principais diferenciais do braço de dados da Funcional na integração com a Strategy/Prospera será pensar em novos produtos em conjunto, diz Ramos. A mesma empresa pode desejar comprar tanto os produtos de regulação da Strategy quanto nossa estratégia conjunta de inteligência de dados, diz Ramos. Raquel Marimon, presidente do grupo Strategy/Prospera, segue à frente da operação da empresa. Nossas complementariedades possuem grande potencial transformador no setor de saúde, completa Marimon.
A busca pela eficiência
O braço de dados é um dos três segmentos da Funcional, que transaciona por ano mais de 10 bilhões de reais. A empresa vende também serviços de gestão e tecnologia para farmácias e planos de saúde, além de seguro medicamento para o departamento de Recursos Humanos de empresas. Em 2019, a companhia faturou 130 milhões de reais, com projeção de chegar a 150 milhões de reais em 2020.
A frente de seguro medicamento foi a primeira na empresa, no começo dos anos 2000. São empresas que já tinham assistência médica, seguro de vida, e passaram a oferecer também seguro medicamento, diz Ramos. No portfólio de clientes corporativos, estão os RHs de gigantes como BR Distribuidora, Coca-Cola, Estácio, LOreal, Klabin, entre outros.
Para oferecer medicamentos cada vez mais baratos aos conveniados do seguro, a empresa começou a fazer parcerias com centenas de farmácias hoje, são mais de 70.000 farmácias parceiras em todo o Brasil.
Com o tempo, as próprias farmácias também começaram a demandar outros tipos de serviço, e a Funcional passou a oferecer ferramentas de gestão dos descontos no varejo. Atualmente, é comum ir a uma farmácia e obter um desconto vinculado ao plano de saúde e ao seu perfil de gastos, e a Funcional é capaz de fazer essa gestão.
Dados, para que te quero?
Ramos aponta que frequentemente os RHs das empresas ou os planos de saúde gastam esforços (e recursos) em colaboradores que não precisam daquela ação. Ao ter uma boa gestão dos dados, é possível direcionar o investimento de forma mais certeira.
Um piloto com a Nestlé, por exemplo, conseguiu aumentar em 25% a adesão a tratamento de medicamentos e fez cair em 7,5% os custos com assistência médica. Além do seguro para compra de medicamentos, a Funcional atuou com dados e ajuda em gestão junto ao RH e o plano de saúde da empresa para entender o perfil de doenças e necessidades dos colaboradores. Um dos mecanismos que mais usamos aqui é usar machine learning [aprendizado de máquina] para que a tecnologia nos diga qual população vai mais se beneficiar de uma ação preventiva, diz.
O setor de saúde também passa por discussões mais aprofundadas com o início da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que entra em vigor em agosto deste ano e estabelece regras mais rígidas para que dados sejam compartilhados entre empresas. Ramos aponta que a Funcional já faz, historicamente, adaptações para manter a segurança dos dados de seus clientes.
Planos também não conseguem, por exemplo, contabilizar de forma precisa os custos de um cliente no longo prazo, diz Ramos. Às vezes, o cliente opera em um hospital A, mais barato, mas a cirurgia fica mal feita e dá problema ao longo dos próximos 12 meses. Conseguimos simular com mais precisão o custo caso a cirurgia tivesse sido feita no hospital B, que, embora mais caro, exigiu menos manutenção e geraria um cliente mais satisfeito, afirma.
A Funcional consegue ainda atuar em prevenção de fraudes que fica hoje entre 18% e 23% de todos os processos de saúde. Envolvem, por exemplo, a compra de equipamentos, remédios ou exames que não são necessários. A Funcional tem um algoritmo que batizou de Lupa: a tecnologia identificou que, em média, 12% de todas as transações que passam pela base da empresa precisariam de uma auditoria mais estreita.
O serviço oferecido pela companhia nunca foi tão necessário. Ao mesmo tempo, a concorrência nunca foi tão apertada. Uma série de startups também vêm apresentando serviços parecidos aos da Funcional, de inteligência de dados a ferramentas de gestão. Das mais de 380 startups com serviços de saúde (as chamadas health techs) mapeadas pela Distrito, de inteligência sobre startups, cerca de 87% foi criada nos últimos cinco anos.
A seu favor, a Funcional tem mais de 20 anos de relacionamento com os clientes. A empresa também consegue atuar de forma independente, o que pode fazer planos de saúde terem mais confiança em compartilhar dados. Para além das startups, uma das maiores concorrentes é a gigante Optum, empresa de tecnologia da United Health, dona da operadora de plano de saúde Amil e que fatura mais de 200 bilhões de dólares no mundo. O fato de sermos independentes é um grande diferencial em nosso grau de confiabilidade, diz Ramos.
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CORREIO BRAZILIENSE
A disputa pelos 5 bilhões de reais da Geap
"Onde está o grande golpe? Na galinha dos ovos de ouro, na administração de 5 bilhões de reais sem ninguém para fiscalizar. Porque quem fiscaliza os milionários contratos da Geap são os conselheiros e se todos forem do governo eles vão contratar, fiscalizar e pagar"
Um general, 5 coronéis, 3 altos funcionários da Casa Civil estão numa batalha sangrenta para vencer as eleições na maior operadora de plano de saúde do Brasil, a Geap.
A operadora que já teve mais de 700 mil beneficiários, hoje com pouco mais de 300 mil, mas com uma arrecadação de 5 bilhões (cinco bilhões) de reais ano é no momento motivo de disputa para as eleições no conselho de administração (Conad).
O Conad é o órgão maior da Geap, composto por 3 membros indicados do governo e três eleitos entre os beneficiários.
Tem ainda a Geap um conselho fiscal (Confis) composto por dois membros indicados do governo e dois eleitos pelos beneficiários.
O diretor deveria, segundo o estatuto, ser indicado pelo Conad – profissional com notório saber e prova títulos na área de saúde.
Os membros indicados do governo deveriam ser dos ministérios com maior número de beneficiários.
No atual governo o indicado a diretor veio da Casa Civil, um general
Os indicados do Conad também vieram da Casa Civil
Os conselheiros indicados do governo, com seu grupo de "administradores", mudaram as regras do jogo às vésperas da eleição.
Com várias mudanças no estatuto tentam inviabilizar a participação das entidades de classe representativas dos servidores, associação e sindicatos.
Criaram uma comissão eleitoral composta somente de empregados da Geap.
O regimento eleitoral foi rejeitado pelos três membros eleitos, no entanto os indicados aprovaram com o voto de minerva, onde não se entende que o presidente do conselho vote e detenha o voto de minerva.
O regimento não permite mais apresentação de chapa como sempre foi. Será por voto individual onde cada beneficiário terá direito a dois votos: um para o conselho fiscal e outro para o conselho de administração, onde os candidatos eleitos serão um total de 10 (dez).
Onde está o grande golpe? Na galinha dos ovos de ouro, na administração de 5 bilhões de reais sem ninguém para fiscalizar. Porque quem fiscaliza os milionários contratos da Geap são os conselheiros e se todos forem do governo eles vão contratar, fiscalizar e pagar.
Os beneficiários não terão voz na hora dos aumentos abusivos, recentemente foi aprovado um de 12,54%, enquanto a inflação do período foi 4,5%. Os beneficiários não poderão fiscalizar a rede de profissionais contratados, médicos, dentistas, clínicas, hospitais e outros profissionais de saúde.
Com os aumentos abusivos aos beneficiários e uma tabela abaixo do mercado teremos dupla evasão, os beneficiários indo inchar mais ainda o SUS, por não suportar o peso da contribuição, sem perspectiva de aumento salarial. E os profissionais por entenderem que os outros planos tem tabelas mais atraentes.
Enquanto isso nossos administradores têm a chave do cofre para gastar 5 bilhões de reais como melhor aprazível lhes parecer e ainda com salário mensal de mais de 40 mil reais, auxílio moradia e passagens aéreas.
Nos tacharam de "Parasitas", mas não vamos permitir sermos chamados de ignorantes, ou estúpidos, ou idiotas, ou mentecaptos, ou intercepto, ou imbecillis (frágil, vunerável).
Vamos à luta, não ao AI 5, implantado na nossa antiga patronal, dos servidores, na nossa atual Geap dos servidores.
Vamos à justiça, buscar o direito dos servidores públicos e beneficiários da Geap
*Paulo César Regis de Souza – vice-presidente executivo da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência e da Seguridade Social
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FOLHA DE S.PAULO
Ainda é cedo para prever fim da epidemia de coronavírus, afirma OMS
Cláudia Collucci
São Paulo
Ainda é "cedo demais" para prever o fim da epidemia do novo coronavírus, que já deixou mais de L300 mortos e 60 mil infectados na China e em cerca de 30 países, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (12).
"Acho que hoje é cedo demais para tentar prever o fim dessa epidemia", disse Michael Ryan, chefe do departamento de emergência da OMS.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o número de novos casos relatados na China se estabilizou durante a última semana , m as o dado deve ser interpretado com extrema cautela. "Essa epidemia pode ir em qualquer direção" alertou.
A OMS realizou uma conferência na terça (11) e na quarta-feira (12), em Genebra, que reuniu centenas de especialistas em epidemiologia de todo o mundo, inclusive do Brasil, para revisar os meios de combater a doença, agora chamada de covid-19.
Entre as prioridades discutidas estão acelerar pesquisas para o desenvolvimento de remédios e vacinas capazes de conter o coronavírus e garantir o acesso a dados e novas tecnologias aos países mais necessitados.
"Esse surto é um teste de solidariedade política, financeira e científica. Precisamos nos unir para combater um inimigo comum que não respeita Fronteiras, garantir que tenhamos os recursos necessários para encerrar esse surto e trazer nossa melhor ciência para encontrar respostas compartilhadas para problemas comuns", disse Tedros.
Para Yazdan Yazdanpanah, presidente da Colaboração em Pesquisa Global para a Preparação de Doenças Infecciosas, parceira da OMS, o acesso equitativo será fundamental. "Precisamos garantir que o compartilhamento de dados cheguem aos mais necessita dos, em particular nos países de baixa e média renda." Também se discutiu porque as pessoas não estão aderindo às normas da OMS, por que elas estáo exagerando, fazendo coisas loucas", disse à Folha a infectologista Anna Sara Levin, diretora da divisão de moléstias infecciosas do Hospital das Clínicas de São Paulo que participou da reunião.
Durante a reunião, foram analisadas as possibilidades de vacina e vantagens que se tem entre um ou outro tratamento. "Está todo mundo ainda inventando na beira do leito. Precisamos de pesquisas para mostrar quais são as melhores práticas", disse Anna.
As discussões do encontro formarão a base de um roteiro de pesquisa, mapeando todos estudos necessários.
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Blog do Cláudio Lima
Docway foca na telemedicina em 2020
A startup segue como plataforma para intermediar atendimento domiciliar de médicos, mas pretende se consolidar como uma grande referência nacional em orientações e triagens via vídeo
Com 4 milhões de vidas em sua carteira, a Docway espera realizar entre 35 e 40 mil atendimentos em 2020.
A startup promove, por meio de sua tecnologia, o encontro entre médicos e pacientes, inclusive à distância, realizando triagens e orientações por meio de vídeos.
Atualmente, a plataforma está presente em 440 cidades do país e conta com mais de 4,6 mil profissionais cadastrados para o atendimento domiciliar e telemedicina, com serviços de teleorientação e teletriagem.
O CEO da Docway, Fabio Tiepolo, conta que o foco da empresa para 2020 será ampliar o conhecimento da telemedicina tanto para os atuais clientes quanto para novos. "Vamos manter a qualidade e investimentos no atendimento domiciliar.
É um grande diferencial, inclusive em relação à teleorientação e teletriagem. Temos uma grande rede de médicos espalhados pelo Brasil, que mitigam os riscos inerentes à telemedicina", explica Tiepolo.
"Vamos continuar treinando e capacitando médicos para que tragam a propedêutica para a telemedicina e refletir qualidade, visando o melhor atendimento para os nossos pacientes", reforça.
Segundo Tiepolo, o público tem aderido e avaliado de forma positiva as orientações via vídeo. "É muito esclarecedor o atendimento via vídeo, já que o médico tem condições de fazer boas avaliações e tirar, de fato, as dúvidas que os pacientes trazem. Obviamente, acaba dando conveniência para todo mundo, inclusive pessoas que não querem ou não podem sair de casa para ir ao consultório por uma dúvida, melhorando o acesso ao sistema de saúde", relata o CEO da Docway.
Atendimento viável no mundo
No início de 2019, a Resolução 2.227/18, do Conselho Federal de Medicina (CFM), entrou em vigor, autorizando as teleconsultas, telecirurgias e telediagnósticos, entre outras formas de telemedicina.
Na sequência, a medida foi revogada e segue em discussão no âmbito do CFM, aguardando uma nova regulamentação. Atualmente, está em vigor a antiga regra, a Resolução 1.643/02, que autoriza a telemedicina como um meio de orientação dos pacientes. "Esperamos que as discussões sobre a nova regulamentação saiam neste ano.
Atualmente, a teleorientação é restrita, porém a regulamentação vigente permite o uso de ferramentas importantes, que trazem benefícios consideráveis ao público", diz Tiepolo.
Entre as vantagens da telemedicina, estão, por exemplo, a facilidade de acesso a serviços após o horário normal de funcionamento e a redução do incômodo do paciente e família com locomoção até centros médicos. A telemedicina pode, ainda, quando totalmente aprovada, promover serviços como agendamento de consultas e prescrição de remédios e renovação de receitas médicas. Existe uma urgência em aumentar a evidência das aplicações de tecnologias ligadas à telessaúde, já que as clínicas e pacientes estão cada vez mais familiarizados com o uso de ferramentas tecnológicas para facilitar o dia a dia.
Toda essa tecnologia engloba, por exemplo, consultas em tempo real com especialistas em áreas como clínica geral, pediatria, médico da família e geriatria; atendimentos primários por telefone ou vídeo; prescrição e monitoramento da adesão, gerenciamento de tratamentos a longo prazo; tecnologia de transferência de dados e imagens de radiografia; cuidados com ferimentos; e consultas especiais realizadas por videoconferência e transmitidas com segurança por imagens em alta resolução.
Em países onde já é uma realidade, a telemedicina apresenta números muito interessantes e empolgantes. Uma pesquisa realizada pela consultoria Towers Watson mostrou que o potencial de economia da telemedicina nos Estados Unidos seria de US$ 6 bilhões por ano para as empresas.
Na Inglaterra, um programa de telemedicina, que envolveu 6 mil pacientes (sendo 3 mil deles com diabetes, problemas cardiológicos ou pulmonares) e 238 médicos, apontou benefícios para todos os envolvidos.
Uma redução de, ao menos, 8% nas tarifas e um potencial de queda de 45% nas taxas de mortalidade; de 20% nas admissões por emergências; de 14% nas consultas eletivas; e de 15% no atendimento a acidentes e emergências.
Segundo o CEO da Docway, trata-se de um avanço inegável para a medicina brasileira, adotado por muitos países. "É uma ferramenta de acesso à saúde e redução de custos. Também consegue otimizar o tempo médico e dar sustentabilidade aos sistemas de saúde público e privado, gerando benefícios para todos os envolvidos", diz.
Um relatório do Market Reports estima que a telemedicina global deve crescer de US$ 21,9 bilhões em 2017 para US$ 40,6 bilhões até o fim de 2024, com uma taxa de avanço anual de 9,19%. "Já temos um sistema 100% operacional, mas ainda estamos aguardando a regulamentação para colocá-lo para rodar.
Por enquanto, estamos apostando em teletriagens e orientações, que fazem uma grande diferença quando uma pessoa não sabe se deve ou não ir a um posto de atendimento. E a gente percebe que cresce cada vez mais o número de pessoas que evitam esse deslocamento desnecessário", completa Tiepolo.
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ANS
ANS assina acordo de cooperação para projeto-piloto de cuidado integral à saúde
Na terça-feira, 11/02, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) assinou o acordo de cooperação para o projeto Cuidado Integral à Saúde. O acordo foi firmado com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, com o Institute Healthcare Improvement (IHI) e com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
O evento, realizado no auditório do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, foi aberto pelo diretor-presidente do hospital, Paulo Bastian, que frisou a importância deste passo para a sociedade: ganhos em equidade de tratamento, além do profissional certo para cada caso, eliminado riscos para o paciente e desperdícios para a operadora de planos de saúde.
O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, relembrou o caminho percorrido até a chegada a este momento de lançamento da fase colaborativa do projeto, que é "uma medida efetiva e concreta para a mudança da atenção à saúde". Rodrigo também agradeceu aos parceiros e à equipe de técnicos da ANS que trabalharam pela concretização desse projeto.
Após as saudações iniciais, o documento foi assinado pelas quatro entidades. Em seguida, o presidente da SBMFC, Daniel Knupp, fez uma apresentação sobre a relevância do modelo de atenção primária e como a insustentabilidade do setor pode impactar também a saúde pública, sobrecarregando-a.
Na sequência, Ana Paula Cavalcante, gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial, falou sobre a implementação do projeto-piloto de Cuidado Integral à Saúde. "O que a ANS pretende é estimular a troca do modelo vigente por um modelo que já é consagrado internacionalmente", explicou a gerente, informando que as operadoras poderão verificar no site da ANS as formas de adesão ao projeto.
Fernando Faraco, representante do IHI, abordou a metodologia a ser aplicada no projeto e frisou a necessidade de engajamento das equipes atuantes para se alcançar um resultado positivo. Fernando falou ainda sobre o uso de indicadores e medição mensal para que os resultados sejam percebidos, impedindo que as equipes fiquem desmotivadas.
Encerrando as apresentações, Leonardo Piovesan, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicou sobre as inovações que o modelo traz para o setor de saúde suplementar. Rodrigo Aguiar fez o encerramento do evento convidando as operadoras a aderirem ao projeto para que as mudanças no setor sejam reais e benéficas para os usuários de planos de saúde.
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JORNAL OPÇÃO
Ingoh promete recorrer à justiça para reverter suspensão parcial do atendimento pelo Ipasgo
Por Lívia Barbosa
“Medida cautelar tem por elemento a prevenção e proteção, além de garantir a eficácia do processo viabilizando a decisão final”, defende Ipasgo
O Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH) se manifestou, por meio de nota, sobre a suspensão parcial do atendimento de novos pacientes do Ipasgo. No documento, o instituto se mostra indignado e surpreso com a suspensão, “uma vez que no último dia 7 de fevereiro de 2020, uma liminar na justiça determinou que o órgão apresente imediatamente toda produção de provas (até mesmo pericial ou de vistoria) relativo ao Processo Administrativo Disciplinar em que o Ingoh responde perante ao Ipasgo”.
Segundo o Ingoh, a juíza responsável pela decisão ainda afirmou que a não concessão ao atendimento da liminar (em até 10 dias) acarretaria em “prejuízo de difícil reparação” ao instituto. “Para nós, a ação do Ipasgo é contrária ao que foi determinado pela justiça. Neste caso, é imprescindível que a justiça questione os motivos que levaram o órgão público a tomar tal decisão, o que fere o princípio constitucional de garantia à ampla defesa, ao mesmo tempo em que cerceia o direito do paciente decidir onde quer realizar o seu tratamento”, argumenta.
“O Ingoh reforça ser o maior interessado nas investigações, apurações e decisões que garantam que todos os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível”, traz outro trecho da nota.
Ainda de acordo com o instituto, o atendimento continua sendo prestado aos pacientes que já fazem acompanhamento no Ingoh. “Aos pacientes novos que mesmo com a decisão unilateral, prematura, e desrespeitosa à justiça, tomada pelo Ipasgo, e que pretendem realizar tratamento em nossa unidade, o Ingoh esclarece que recorrerá à justiça para que seus direitos sejam respeitados”, completa.
O que diz o Ipasgo
Para o Ipasgo, a suspensão temporária foi feita com base nos processos da Operação Metástase, da Polícia Civil e dos laudos de busca e apreensão realizados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.
“A gravidade das condutas apontadas até o momento pelas investigações policiais fez com que o Ipasgo tomasse a medida cautelar de forma imediata, seguindo a Lei 13.800/2001, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Goiás, em seu artigo 45, tem-se que em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado”, afirma em nota.
“A medida cautelar tem por elemento a prevenção e proteção, além de garantir a eficácia do processo viabilizando a decisão final. O Ipasgo reforça que medida é temporária até que haja decisão final no processo que investiga os fatos”, complementa.
Sobre a liminar cita pelo Ingoh, determinando que o órgão apresente imediatamente toda produção de provas relativo ao Processo Administrativo Disciplinar, o Ipasgo afirma que não foi notificado e desconhece seu teor.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação