Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/03/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Dengue – Goiânia é 3º no País em casos chopard replica watches
• Secretaria confirma sete mortes no Estado
• Artigo – Dengue, uma luta de todos
• Editorial – Urgência urgentíssima

 

O POPULAR
Dengue – Goiânia é 3º no País em casos

Cristiane Lima

Relatório divulgado ontem pelo Ministério da Saúde aponta Goiânia como a terceira cidade do Brasil em notificações de casos de dengue, ficando atrás de São Paulo e Catanduva (SP). Os dados da capital goiana que constam no documento são da sexta semana epidemiológica, que vai até o dia 13 de fevereiro, quando se registrou 7.608 casos. Atualmente, Goiânia já conta com mais de 15 mil pessoas infectadas somente em 2015. Foi na sexta semana epidemiológica que a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) assumiu que a capital vive uma epidemia. Aparecida de Goiânia também aparece no ranking feito pelo POPULAR com base nos dados do Ministério da Saúde. Está em novo lugar com 2.969. Atualmente são mais de 3,2 mil casos.
Apesar de Goiânia e Aparecida estarem dentro de um nível “aceitável” do LIRAa, os altos índices de notificações fizeram o Ministério da Saúde colocar os dois municípios em estado de alerta. Mas as secretarias de saúde das duas cidades informam que, apesar de índices perto do adequado, ações de intensificação no combate ao mosquito têm sido implantadas.
Diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim destaca que o índice do LIRAa da Capital está dentro de um valor aceitável: 1,4%. Da amostra de casas avaliadas, o ideal é que o número de residências infestadas esteja abaixo de 1%. De 1 a 3,9%, a situação é de alerta. Acima de 4%, a situação é de risco. “Apenas o LIRAa não nos basta. Apesar desse índice estar baixo, estamos em situação de epidemia de dengue há duas semanas e precisamos do apoio da população no combate ao mosquito”, destaca.
Outros municípios, como São José dos Campos (SP) e Betim (MG) também enfrentam a mesma situação de Goiânia. Apesar de ter índices baixos no LIRAa (as duas cidades tem índices abaixo de 1%, com 0,9% e 0,7%, respectivamente), figuram entre as quinze cidades em alerta pelo número de notificação da doença. Em São José dos Campos, ações estão sendo intensificadas. A secretária de saúde da cidade Eliane Mendonça informou que a última medida adotada na cidade foi a aquisição de um drone para checar possíveis focos do mosquito em residências fechadas. Em Goiânia, conforme O POPULAR mostrou nesta semana, a SMS estuda adotar a mesma medida.
Na cidade de São Paulo, os números da doença ainda serão atualizados, mas a secretaria de saúde da cidade informou que tem implantado ações para combater o avanço da doença. Entre as ações, intensificação do programa “Cata-bagulho” (retirando entulho e objetos descartados irregularmente nas ruas), palestras em escolas e bairros, instalação de telas em caixas d’água, limpeza de beira de córregos e arrastão (atividade de bloqueio com fumacê e orientação aos moradores).
Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo concentra, sozinho, mais da metade dos casos de dengue registrados em todo o país. Em números absolutos, o número de mortes é 35. Essa quantidade já é três vezes maior que o registrado no mesmo período de 2014, quando foram nove óbitos. Em todo o País, o número de mortes caiu de 76 para 52 até agora. Em Goiás, no relatório constam 5 mortes confirmadas, mas o número oficial já chega a 7.
Os dados foram divulgados ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em entrevista coletiva. Ao todo, constam no relatório 224,1 mil casos de dengue no país. O aumento é de 162%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 85,4 mil casos. Na comparação com 2013, segundo o ministério, houve redução de 47%, ano em que foi registrado 425,1 mil casos da doença – o pior da história. Também houve redução de 9,7% nos registros de casos graves. Em 2015, foram confirmados 102 casos de dengue grave.

Secretaria confirma sete mortes no Estado
Novo relatório atualizado da Secretaria Estadual de Saúde (SES) aumenta para sete o número de mortes confirmadas por dengue em Goiás. Além de mais uma morte em Goiânia, teve uma em Brazabrantes e outra em Morro Agudo. Além destas, há mais 11 sendo investigadas.
Ao todo são 36,5 mil casos, mas esse número deve aumentar porque muitos casos – principalmente os das últimas semanas – costumam ser acrescentados em boletins futuros.
Para se ter uma ideia dessa defasagem, a oitava semana epidemiológica apareceu com 2.964 casos registrados no boletim da semana passada e 5.148 no boletim divulgado ontem.
Mesmo os dados da primeira semana – de janeiro – continuam sendo atualizados: passaram de 2.318 no penúltimo boletim para 2.367 no atual.
Ainda no relatório da SES, Goiânia e Aparecida estão no topo com 15.062 e 3.251. Anápolis alcançou 1.048 e pulou de quinto para terceiro lugar no ranking de casos. Jataí assumiu a quarta posição, com 986 registros. Ceres está em quinto, com 846, Pirenópolis em sexto, com 765 e Crixás em sétimo, com 654.
Na sequência vem Rubiataba, com 561 casos, Goiatuba, com 545, e Goianira, com 506. Segundo a SES, todos os 246 municípios goianos passaram a informar os dados sobre a doença.
Estabilização
A SES aponta que o registro de novos casos está se estabilizando em todo Estado. Entretanto, em Goiânia, a diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, aponta que estudos de outras epidemias mostram que a tendência é de que na 12ª semana haja estabilização dos casos.
“Se não estivermos nessa fase, estamos chegando no momento da estabilização”, comentou Flúvia.
Mas ela aponta que, certamente a cidade está próxima de atingir o momento mais crítico da doença.
Em Goiás, a SES informa que foram 5.268 notificações na quinta semana; 4.886 na sexta; 4.335 na sétima; 5.148 na oitava; e 3.081 na nona. A secretaria lembra que os números relativos às duas últimas semanas ainda podem ser atualizados, por conta de notificações enviadas com atraso pelos municípios.

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Artigo – Dengue, uma luta de todos
A Prefeitura de Goiânia investe cerca de R$ 32 milhões por ano em ações plurais para combate ao mosquito transmissor da dengue e da chikungunya. Buscamos continuamente maior eficácia no controle vetorial e em patamares que justifiquem cada centavo que é aplicado pelo poder público para converter aumento de investimento em redução de índices de doenças provocadas pelo Aedes aegypti. Além dos R$ 32 milhões, há outros recursos destinados ao tratamento das doenças do inseto decorrentes. E a demanda por verba ascende a cada ano porque acompanha o crescimento dos nossos esforços, assim como a elevação no número de casos.
Criamos uma força-tarefa que atua em âmbitos preventivo e combativo nas regiões que registram maiores incidências de focos do transmissor. Já estivemos no Norte, Noroeste e no Sudoeste de Goiânia, líderes no ranking de casos de dengue, com ações que incluem limpeza de ruas, residências e lotes baldios; serviço tapa-buraco, orientação à população e vistoria em todas as residências e estabelecimentos comerciais. Uma medida que urge porque, apesar de todas as outras que a Prefeitura realiza sistematicamente, registramos números preocupantes de dengue, já temos caso de morte e confirmação de chikungunya. Uma ação que esteve em três regiões, mas que será levada a toda a cidade, sobretudo com foco na conscientização a respeito do papel de cada um nessa guerra que travamos contra o mosquito.
Paralelas à força-tarefa, outras ações são adotadas em toda a capital. Há um esforço concentrado para aprimoramento do nosso sistema de vigilância epidemiológica e para reversão dos índices que hoje temos. A força-tarefa e outras medidas adotadas pela Prefeitura de Goiânia fazem parte do Plano de Contingência de Dengue que temos em execução. Um plano que norteia nossas ações, mas que não é definitivo porque precisa ser adaptável aos novos cenários refletivos das mutações do vetor, e também não é suficiente, porque o combate efetivo à dengue está diretamente relacionado ao esforço entre os poderes e à participação ininterrupta de cada cidadão.
Como não há uma vacina preventiva, tratamento etiológico e quimioprofilaxia efetivos contra as doenças, a alternativa disponível é o combate a esse vetor que tem tanta facilidade de proliferação e multiplicidade de ambientes reprodutivos, sobretudo em espaços urbanos. Podemos, enquanto poder público responsável pelo bem-estar dos cidadãos, nos embasar em conhecimentos científicos, em recursos técnicos e tecnológicos disponíveis para, de forma possível e factível, reduzir a letalidade da doença. Podemos aprimorar nossas medidas para prevenir epidemias de grandes dimensões. Podemos elaborar e executar estratégias de assistência a casos suspeitos. Podemos nos valer de condições socioeconômicas e políticas existentes para reduzir as taxas. Mas a erradicação da dengue e da chikungunya, um objetivo mais ambicioso, e as reduções da mortalidade e da incidência, algo muito plausível, estão diretamente relacionadas ao papel desempenhado individualmente pelo cidadão.
No que nos cabe, não fugimos à nossa responsabilidade. Não economizamos investimentos, não medimos esforços, não estamos e não vamos ficar inertes. Temos plena disposição para realinhar estratégias em busca de avanços significativos nas nossas políticas de saúde e nas ações de combate ao Aedes aegypti. Mas precisamos do engajamento da população. Não apenas de parte, mas de todos os goianienses, a quem conclamo a assumir conosco esse desafio.
Cerca de 90% dos focos estão dentro das residências. Estão em plantas, geladeiras, lajes, banheiros, ralos, entre uma infinidade de ambientes propícios à reprodução. Eliminar o mosquito é simples. Depende de vistoria em locais que acumulam água. Mas é uma fiscalização que precisa ser diária e não basta fazer só ela. É preciso mobilizar vizinhos. Defender que a rotina seja conjunta. O combate à dengue precisa estar na pauta do dia. Delibere com os outros moradores da região. Alerte sobre os índices de infecção. Compartilhe as formas de prevenção. Faça reuniões periódicas na vizinhança. Pondere sobre os efeitos da doença para a saúde, para a qualidade de vida e para a economia, afetada desde o âmbito público, com aumento das despesas para tratamento, ao privado, em decorrência de afastamento de funcionários. Cobre mais envolvimento dos meios de comunicação nessa causa. Conscientize de que o controle só é efetivo se a participação for coletiva.
O número de casos de dengue é diretamente proporcional ao nosso senso de coletividade e à valoração da cidadania. Reduzir a incidência do Aedes aegypti é possível, desde que estejamos juntos, poderes públicos e cidadãos. A dengue precisa ser entendida como uma luta de todos os cidadãos, no sentido mais humano deste substantivo.
Paulo Garcia, médico, é prefeito de Goiânia
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Editorial – Urgência urgentíssima
Um bebê de 1 ano e 10 meses, de Rio Verde, tornou-se nesta semana mais uma vítima visível da falta de leitos em UTI para pacientes com queimaduras. Existem apenas três leitos disponíveis para atendimento pelo SUS no Estado, enquanto há uma média mensal de cinco pacientes graves.
A falta de UTIs em Goiás não ocorre apenas com pacientes vítimas de queimaduras. É generalizada. A liberação de um leito em Goiânia depende da avaliação do quadro de cada paciente. Isso resulta numa fila de espera diária com pelo menos 34 pessoas, conforme revelou reportagem deste jornal no domingo. Há casos em que o paciente chega a aguardar dias pelo leito.
Isso quer dizer que diariamente surgem casos como o do bebê de Rio Verde ou do casal de Aragarças que chegou a Goiânia com boa parte dos corpos queimados e ainda assim foi mandado de volta à cidade de origem. A maioria, entretanto, fica invisível e seu sofrimento, sem solução.
Ontem a coluna Giro informou que o governo pretende entregar as obras do Hugo 2, que já estão atrasadas, até o dia 15 de abril. O hospital tem 80 UTIs, 21 salas de cirurgia e uma ala apenas para pacientes com queimaduras. Portanto, terá condições de atender à demanda reprimida, mas para isso precisará funcionar a contento. O governo afirma que o atendimento será gradual e sua capacidade plena de atendimento só será alcançada em julho. Claro, se nada mais atrasar.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação