Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/07/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fiocruz cria observatório para discutir o SUS

Artigo – Morte súbita não tem idade

Neurocirurgiã participa de congresso na França e se prepara para trazer novidades ao Brasil

Usuário de plano de saúde confunde Liberdade de Expressão com “liberdade de cometer crime”

Casos de covid-19 e de gripe estão em queda, aponta boletim da Fiocruz

Ex-diretor da UPA de Mineiros é preso suspeito de importunação sexual, assédio e estupro

Apenas 11% dos goianos receberam imunizante bivalente contra a covid-19

Polícia faz operação contra desvios de mais de meio milhão na manutenção de carros da Secretaria de Saúde de Goiás

Relatório lista mais de 40 recomendações para o sistema de saúde do Brasil

O hospitalista deu tchau ao grupo!

MEDICINA S/A

Fiocruz cria observatório para discutir o SUS

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou o Observatório do Sistema Único de Saúde (SUS), um espaço para discutir soluções para o sistema público de saúde brasileiro. A proposta é que participem integrantes da academia, da gestão pública e também representantes de movimentos sociais e dos trabalhadores e usuários do SUS, para tratar de problemas crônicos e novos desafios. Será possível participar das atividades presencial e remotamente.

O observatório é vinculado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e tem como inspiração outros observatórios criados na área da saúde. Um deles é o Observatório Covid-19 da própria Fiocruz, que produziu monitoramentos e proposições relevantes durante a pandemia, como o acompanhamento semanal da ocupação de leitos de terapia intensiva.

O vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da Ensp/Fiocruz, Eduardo Melo, anunciou que o primeiro seminário a ser realizado pelo observatório será em 1° de setembro, com o Financiamento do SUS como tema. O evento terá parceria da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

A gente tem uma expectativa muito grande de fazer um evento que não só analise essa questão, mas elabore proposições para esse subfinanciamento crônico que a gente enfrenta no SUS, disse.

Melo destacou que o observatório poderá servir como um lugar de encontro entre diferentes pontos de vista sobre o SUS, para produzir uma visão de conjunto sobre os temas que serão abordados.

Representando o Ministério de Saúde no lançamento, o assessor especial da Saúde dos Territórios Vulneráveis Valcler Rangel ressaltou que o SUS é a maior ferramenta de defesa da vida no país, e que os debates sobre ele envolvem também questões econômicas, políticas e interseccionais, além da crise climática e a inclusão das populações e seus territórios.

A vitória cotidiana contra a destruição do SUS, contra as ameaças ambientais, contra a fome e contra a pobreza tem que ser um desafio colocado também para esse observatório. Não pode ser apenas técnico, voltado para a tecnologia, que o SUS tem muita, disse.

Além da apresentação da proposta, a Ensp/Fiocruz promoveu uma conferência inaugural com o médico sanitarista Gastão Wagner de Sousa Campos, doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O título da conferência questionava se o SUS estava sob ameaça ou diante de uma janela de oportunidade, e o pesquisador iniciou sua apresentação afirmando que, na verdade, ambas ocorrem simultaneamente.

Apesar de o SUS estar na Constituição, na lei, tem muita gente querendo retroagir à Constituição, em relação ao SUS e em relação aos direitos trabalhistas, por exemplo, disse. Ele ressaltou as ameaças políticas como as pressões para derrubar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, por parte de grupos que desejam assumir o ministério. A proposta de saúde que eles têm é de enfraquecimento do SUS, como foi nos governos [Michel] Temer e [Jair] Bolsonaro. Eles querem privatizar, terceirizar, comprar serviços. O presidente Lula disse que não vai ceder, mas é uma ameaça constante.

O sanitarista também vê uma janela de oportunidade com a nomeação de uma ministra que se declara ministra do SUS e defende seus princípios, uma vez que o ministério tem grande capacidade de articulação do sistema e de indução de suas diretrizes em outros entes federativos.

Ter o Ministério da Saúde pró-SUS, proativo, antirracista, antimachista, pelo desenvolvimento econômico, pelo meio ambiente, é muito importante, disse Sousa Campos.

Entre alguns desafios dos próximos anos, ele destacou a necessidade de dobrar a cobertura da atenção primária, que hoje chega a cerca de 50% da população brasileira. Para tal, ele defendeu que é preciso avançar em políticas como o Mais Médicos, com a adoção de concursos públicos e carreiras para equipes multiprofissionais, em vez de apenas contratações de médicos por bolsas temporárias.

Só na atenção primária, nesses próximos quatro anos, vamos precisar de R$ 5 bilhões por ano a mais, o que é super viável do ponto de vista econômico, disse.

Ele defendeu que a política de atenção primária do SUS é uma das mais sofisticadas do mundo, mas precisa ser posta em prática de forma mais ampla. Atenção primária não é para pobre, é pra todos nós, afirmou. (Com informações da Agência Brasil)

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O ATUAL

Artigo – Morte súbita não tem idade


Uma jovem de 24 anos morreu inesperadamente enquanto praticava exercícios físicos em um parque da cidade. Esse é um caso que chamamos de ‘morte súbita’.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em média, um a três em cada 100.000 atletas jovens considerados saudáveis desenvolvem uma anormalidade do ritmo cardíaco de início súbito e morrem repentinamente durante a prática de exercícios.

Homens são atingidos até 10 vezes mais frequentemente do que mulheres. Jogadores de basquete e de futebol americano nos Estados Unidos e jogadores de futebol na Europa estão entre os que correm maior risco.

Geralmente, as causas de morte súbita durante exercício são bastante diferentes entre atletas jovens e atletas mais velhos. No entanto, em todos os atletas, asma, insolação e o uso de medicamentos que aumentam o desempenho ou de drogas recreativas também podem causar morte devido a arritmias cardíacas súbitas.

Atletas jovens

A causa mais comum de morte súbita cardíaca em atletas jovens é:

Espessamento não detectado e anormal do músculo cardíaco (cardiomiopatia hipertrófica), outras doenças cardíacas, como a síndrome do QT longo ou a síndrome de Brugada, que causam arritmias cardíacas, além de aneurismas da aorta, também podem causar morte súbita em atletas jovens.

Com menos frequência, o aumento não detectado do coração (cardiomiopatia dilatada) pode estar presente em uma pessoa mais jovem que não apresenta sintomas, e a pessoa pode morrer subitamente durante ou após exercício intenso.

Anormalidades das artérias coronárias (doença arterial coronariana), especialmente quando uma das artérias adota uma via anormal pelo músculo cardíaco, em vez de acima dele, também podem causar morte súbita em atletas quando a compressão interrompe o fluxo sanguíneo ao coração durante o exercício.

Raramente, atletas jovens e magros também podem apresentar arritmias súbitas se sofrerem um golpe forte na área diretamente acima do coração (concussão cardíaca), mesmo quando não têm nenhuma doença cardíaca. Em geral, o golpe envolve um projétil que se move em alta velocidade, como uma bola de beisebol ou um disco de hóquei, ou o impacto de outro jogador.

Atletas mais velhos

Em atletas mais velhos, a causa mais comum é a doença arterial coronariana: como a cardiomiopatia hipertrófica ou doença de válvula cardíaca.

Sintomas

Alguns atletas apresentam sinais de alerta como desmaio ou falta de ar. Com frequência, no entanto, os atletas não reconhecem ou relatam esses sintomas, e o primeiro sinal é que a pessoa subitamente para de respirar e desmaia.

Triagem

Em pessoas mais jovens, os médicos não costumam fazer todos os testes, a menos que algo de anormal seja identificado no histórico da pessoa ou encontrado durante o exame físico. O uso rotineiro de triagem eletrocardiográfica (ECG) de atletas jovens não é considerado prático nos Estados Unidos. No entanto, se houver achados sugerindo um problema de coração, os médicos costumam fazer um ECG, uma ecocardiografia ou ambos os exames.

Para pessoas acima de 35 anos, os médicos também podem realizar ECG e testes de esforço físico antes de aprovarem a prática de exercícios físicos intensos.

Se uma doença cardíaca for descoberta, o atleta pode precisar encerrar sua participação em eventos esportivos competitivos e realizar exames adicionais.

Algumas pessoas com doença cardíaca grave, como cardiomiopatia hipertrófica, não devem participar de esportes competitivos. No entanto, a maioria das pessoas com doença cardíaca pode praticar esportes não competitivos. O aumento da atividade está diretamente relacionado a melhores resultados de saúde, como uma diminuição dos níveis de colesterol “ruim” (lipoproteínas de baixa densidade), prevenção de pressão arterial elevada e redução de gordura corporal. Exercício regular é incluído rotineiramente em planos de saúde para pessoas que apresentam a maioria das formas de doença cardíaca (reabilitação cardíaca).

Resumindo, a tal da morte súbita pode sim ocorrer em pessoas jovens, por isso a dica é que seja qualquer a atividade física profissional, amadora, ou apenas a academia, todos devem passar por uma avaliação clínica para saber como seu corpo e seu coração estão. A prevenção ainda é a melhor forma de não ser pego de surpresa e causar um dano irreversível ao coração ou ainda não sobreviver.

Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso (SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida , Saúde e Diagnóstico. CRMT 6194

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ISSO É GOIÁS

Neurocirurgiã participa de congresso na França e se prepara para trazer novidades ao Brasil

A médica neurocirurgiã Ana Maria Moura participou na França, nos dias 22 e 23 de junho, de um congresso mundial de neurocirurgia. O uso de inteligência artificial, robótica e resultados de estudos a curto e a longo prazo de novas modalidades neurocirúrgicas foram debatidos e apresentados no encontro, que celebrou também os 30 anos da terapia de estimulação cerebral profunda, usada, por exemplo, para reduzir os principais sintomas da doença de Parkinson.

De volta ao Brasil e a Goiás, após também visitar três hospitais e um enorme centro de reabilitação francês, Ana Maria se prepara para compartilhar o aprendizado com colegas e colocar em prática as novidades em tratamentos de distúrbios do movimento, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “Foi uma honra participar deste evento, poder aprender e trazer o que há de melhor ao Brasil”, disse ela.

Na foto, Ana Maria Moura está ao lado do professor Alim Benabid, que iniciou a fase moderna de cirurgia de implantação de eletrodos cerebral profundo em alta frequência e, com isso, descobriu o funcionamento dessa técnica para doenças com desordens do movimento, como o Parkinson, com maior efeito de melhora dos sintomas e menores efeitos colaterais do que outras técnicas já propostas.

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BLOG DO CORRETOR

Usuário de plano de saúde confunde Liberdade de Expressão com “liberdade de cometer crime”


Beneficiário reclamou de demora em resolver situação, mas operadora estava dentro do prazo

Um homem que sofria de dores e reclamou, nas redes sociais, de demora por parte do plano de saúde em autorizar cirurgia terá de indenizar a Unimed por danos morais em R$ 10 mil. Assim decidiu a juíza de Direito Fabiola Brito do Amaral, da 2ª vara de Amparo/SP.

De acordo com o relatório, o homem é guarda municipal e foi diagnosticado com lombociatalgia, sendo-lhe prescritos tratamentos cirúrgicos. O pedido foi protocolado no plano de saúde e liberados os exames, mas a cirurgia dependia de análise de auditoria médica para liberação, havendo, para isto, um prazo de 21 dias úteis.

Mas, antes de cessado o período, o cliente reclamou do plano de saúde em suas redes sociais. “Devido às burocracias da Unimed Amparo ainda não consegui acabar com meu sofrimento. O que adianta pagar convênio médico por mais de 23 anos?”

Na mensagem, ele afirma que estava passando por crise intensa de hérnia de disco, com dores terríveis, e que estava fazendo uso de medicamentos muito fortes, como morfina, mas nada resolvia. “Meu Deus até quando vou ter que ficar aguentado tanto dor e tanto sofrimento?” No post, o homem citou art. 5º da CF, segundo o qual “ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis”.

Na ação, a Unimed afirmou que a postagem se tornou verdadeiro combustível para formalização de inúmeros comentários pejorativos e negativos, e que houve extrapolação que atingiu a honra e imagem da empresa.

Dano moral

Ao analisar a demanda, a juíza observou que o homem, “em momento de cólera, talvez para amenizar sua dor (como se isso fosse necessário e surtisse algum efeito), atacou a requerente”, mesmo sabendo que o plano de saúde agia dentro dos limites impostos pela ANS.

Citou, ainda, que o médico que deu atendimento ao homem em momento algum destacou que o caso deveria ter prioridade, o que levou o caso a ser tratado como cirurgia eletiva, a qual foi autorizada antes do decurso do prazo estipulado.

Para a magistrada, foi clara a intenção do homem de “colocar os usuários dos planos de saúde em confronto com a empresa – objetivo que foi atingido em face dos compartilhamentos e comentários decorrentes”.

Por considerar que a conduta atingiu a honra objetiva da requerente, presente o ato ilícito e o dever de indenizar.

A condenação foi fixada em R$ 10 mil.

Lembrando que a liberdade de expressão não é direito absoluto, a juíza ainda determinou que o homem faça retratação, pelo mesmo meio utilizado para a ofensa, em publicação que deve ser mantida por 30 dias.

Processo: 1002621-18.2022.8.26.0022

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AGÊNCIA BRASIL

Casos de covid-19 e de gripe estão em queda, aponta boletim da Fiocruz

As infecções pelo vírus Sars-CoV-2, que provoca a covid-19, estão em queda na população adulta na maioria dos estados brasileiros, aponta o Boletim InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira, 12, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O boletim também mostra que há indícios de interrupção no aumento dos casos relacionados ao vírus Influenza A, que causa gripe.

Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) continua sendo o principal vírus identificado. Já em relação ao quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no âmbito nacional, o estudo sinaliza queda nos novos casos na tendência de longo prazo, nas últimas seis semanas, e de crescimento em curto prazo, nos últimos 21 dias. Os dados são referentes à semana epidemiológica de 25 de junho a 1º de julho.

Os estados do Acre, Amapá, Goiás, Pará e Rio Grande do Norte apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo. Os dados do boletim mostram que, no Acre, Amapá, Pará e Rio Grande do Norte, o crescimento recente está atingindo principalmente as crianças. Já em Goiás, o aumento de síndrome respiratória aguda grave está presente nas crianças e adolescentes e também entre os idosos, a partir de 65 anos.

Capitais

Nove capitais têm indícios de crescimento de casos de SRAG: Belém, João Pessoa, Macapá, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e São Luís. Na maioria, as crianças são as mais atingidas.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta que o quadro atual ainda requer cuidados. Ele alerta para a situação de estabilidade em patamares elevados verificada entre a população pediátrica em diversos estados das regiões Norte, Nordeste e Sul. “Tal cenário mantém a necessidade de atenção e ações para diminuição da transmissão de vírus respiratórios. As internações de crianças estiveram em crescimento durante um longo período e, mesmo tendo interrompido em alguns estados, mantêm números expressivos de novas internações. Isso faz com que os leitos pediátricos continuem com alta demanda”, disse Gomes.

Faixa etária

Os dados referentes aos exames de laboratório por faixa etária apontam queda nos casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) em todas as faixas etárias da população adulta. Na população de 15 a 49 anos e de 50 a 64 anos, o volume de casos positivos para influenza A nas semanas recentes é similar ao de Sars-CoV-2.

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JORNAL OPÇÃO

Ex-diretor da UPA de Mineiros é preso suspeito de importunação sexual, assédio e estupro

A Polícia Civil de Mineiros cumpriu, nesta quarta-feira, 12, um mandado de prisão preventiva contra um ex-diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O autor dos delitos, que não teve o nome divulgado, é acusado pelas práticas de importunação sexual, assédio sexual e estupro.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes eram cometidos funcionárias da unidade. As denúncias foram formalizadas no começo do mês, mas o homem, identificado sob as iniciais R.N.S, praticava os atos há alguns anos.

Foram ouvidas, até o momento, sete vítimas e duas testemunhas. Ao final, a polícia decidiu representar da prisão preventiva do investigado. A ordem judicial foi deferida, e, por diligência ininterrupta da equipe da polícia civil de mineiros fora cumprida na data de hoje.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito. O espaço segue aberto.

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A REDAÇÃO

Apenas 11% dos goianos receberam imunizante bivalente contra a covid-19

Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (MS) aponta que 656.762 pessoas receberam a vacina bivalente contra a covid-19 em Goiás. Os números correspondem a apenas 11,01% da cobertura vacianal no Estado. Pelos números, o Estado ocupa a 14ª colocação no ranking das unidades federadas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/7).

Gerente de Imunização da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Joice Dorneles considera a baixa adesão preocupante. Ela reforça que a vacina bivalente, produzida pelo Laboratório Pfizer, protege o indivíduo contra a cepa original da doença e contra a ômicron e também subvariantes. “Essas duas variantes ainda estão em circulação e podem afetar de forma grave as pessoas que não estão devidamente imunizadas”, pontua. 

De acordo com a gerente de Imunização, entre os possíveis motivos para a baixa adesão estão a falta de interesse da população nas informações oficiais baseadas em evidências científicas sobre os benefícios proporcionados pelo imunizante e  a veiculação de notícias falsas (fake news) que circulam nas redes sociais e em aplicativos de mensagens relacionadas aos efeitos adversos da vacina.

Para Joice, a aplicação bivalente é importante para a proteção do agravamento da covid-19 neste período do ano, frio e seco, que favorece o aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). A gerente explica que, nesta época, a circulação viral é maior em função da sazonalidade e, também, de as pessoas permanecerem por longos períodos em ambientes fechados, com pouca ventilação. 


A vacina bivalente está disponível nos 246 municípios do Estado desde 27 de fevereiro. Inicialmente, a aplicação do imunizante seria realizada em cinco etapas, para os grupos prioritários. Em função da baixa procura, a vacina foi liberada para todas as pessoas com mais de 18 anos que já receberam duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, e para aqueles com mais de 12 anos que apresentam comorbidades e que já tomaram duas doses da monovalente. 

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PORTAL G1

Polícia faz operação contra desvios de mais de meio milhão na manutenção de carros da Secretaria de Saúde de Goiás

São cumpridos mandados de busca e apreensão. Secretaria de Saúde informa que contribui com as investigações e que seguirá a determinação da lei quanto à penalidade que for apontada aos responsáveis.

A Polícia Civil faz uma operação contra desvios e superfaturamento de verbas na Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quarta-feira (12). Segundo a Polícia Civil, os crimes teriam acontecido nas manutenção das frotas de carros da pasta em valores acima de meio milhão de reais.

De acordo com a Polícia Civil, para apurar os supostos desvios ocorridos na secretaria, a Operação Rebimboca cumpre mandados de busca e apreensão. Ao g1 a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) informou que está contribuindo com as investigações, mas que, devido ao sigilo da apuração, apenas a Polícia Civil poderá dar detalhes nesse momento.

A secretaria ainda reforçou o compromisso com o combate a qualquer tipo de corrupção e disse que seguirá a determinação da lei quanto à penalidade que for apontada aos responsáveis.

Segundo a Polícia Civil, por determinação judicial quanto a especificidade dos fatos, o período em que ocorreram os crimes, nomes dos suspeitos ou respectivos departamentos devem ser preservados.

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SAÚDE BUSINESS

Relatório lista mais de 40 recomendações para o sistema de saúde do Brasil

Inédito no Brasil, o estudo Parceria para Sustentabilidade e Resiliência do Sistema de Saúde aponta 7 domínios centrais, entre eles governança corporativa e força de trabalho

Para que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja mais resiliente e sustentável, o Brasil precisa investir em sete domínios principais: governança, financiamento, força de trabalho, medicamentos e tecnologia, prestação de serviços, saúde da população, e sustentabilidade ambiental. Dentre esses, há mais de 40 recomendações de políticas públicas que podem ser implementadas para esse objetivo ser atingido. Essas são algumas das conclusões do relatório “Parceria para Sustentabilidade e Resiliência do Sistema de Saúde” no Brasil. O conteúdo, liderado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é resultado de uma parceria entre KPMG, Fórum Econômico Mundial, Escola de Economia de Londres, AstraZeneca e Philips, analisa pontos fortes e fracos do sistema nacional de saúde, e propõe soluções de melhoria.

“Em um mundo cada vez mais competitivo, conectado e globalizado, as organizações de saúde precisam implementar transformações profundas considerando muitos temas, como jornadas inclusivas de cuidado e uso inteligente e integrado de tecnologia para superar os inúmeros desafios do sistema de saúde. Além disso, podem fundamentar suas estratégias em decisões que considerem os domínios principais desse estudo. Somente assim, com uma visão de gestão de saúde holística e integrada, os participantes da cadeia de valor poderão mitigar riscos, superar os atuais desafios e atingir o sucesso no mercado”, afirma Leonardo Giusti, sócio-líder de Infraestrutura, Governo e Saúde da KPMG no Brasil.

Inédito no país, o relatório apresenta caminhos para garantir um progresso sustentável e equitativo em direção ao acesso e à cobertura universal de saúde em todo o território nacional. O estudo foi iniciado em agosto do ano passado por profissionais que analisaram mais de 100 documentos e envolveram mais de 20 especialistas, incluindo acadêmicos, representantes do governo, agências reguladoras e organizações públicas e privadas.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a compor o projeto e as principais recomendações do estudo para o sistema nacional de saúde estão resumidas a seguir:

1- Governança: aprimorar a regulamentação dos princípios do SUS para garantir mais acesso e cobertura; integrar informações de saúde de bancos de dados diferentes para fortalecer a resiliência do sistema.

2- Financiamento: estabelecer um aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no SUS, de 4% para 6% do PIB em 10 anos; redefinir critérios para alocar financiamento e outros recursos.

3- Força de trabalho: articular políticas de saúde e de educação para alinhar formação técnica, graduação, residência e pós-graduação aderentes às necessidades do sistema; desenvolver competências em saúde digital.

4- Medicamentos e tecnologia: fortalecer políticas tecnológicas, reduzindo a dependência em produtos de alto custo; priorizar a transformação digital para aprimorar gestão e integração nos diferentes níveis de cuidado.

5- Prestação de serviços: priorizar a atenção primária como a principal fonte de acesso para cuidados integrais; estabelecer ações emergenciais para abordar necessidades não atendidas.

6- Saúde da população: aprimorar a regulamentação de atividades comerciais que afetam a saúde, incluindo tabaco, alimentos não saudáveis e álcool; fortalecer capacidades intersetoriais que influenciam a saúde.

7- Sustentabilidade ambiental: fomentar a participação do setor em pautas ambientais e fortalecer as comunidades locais; estudar estratégias e se comprometer com a transição para fontes de energia verde.

“As medidas recomendadas para otimizar o sistema de saúde brasileiro estão entre as principais contribuições do relatório. Há várias formas de fazer isso acontecer, sendo essencial o diálogo entre as partes envolvidas, a realização de parcerias, e o monitoramento de indicadores de resultados. Importante ressaltar que o relatório foi elaborado a partir de documentos oficiais, entrevistas, grupo focal e artigos científicos”, afirma Rita Ragazzi, sócia-diretora líder do segmento de Saúde e Ciências da Vida da KPMG no Brasil.

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O hospitalista deu tchau ao grupo!

Alguns aspectos da retenção de hospitalistas são incontroláveis. Há, entretanto, uma armadilha que muito comumente gera a saída de profissionais dos grupos e que seria até mesmo prevenível, evitável: contratamos médicos sem “cabeça de hospitalista” e depois ficamos surpresos que dão tchau!

Generalistas e especialistas focais pensam diferente. O tal do mindset, como alguns gostam de falar. Normal! Humano! Esperado!

Coordenação do cuidado é um trabalho essencialmente generalista (ou deveria ser).

Colocar profissional com titulação e cabeça de especialista focal em projetos de MH é turnover anunciado. Estará sempre a um passo de sair, aguardando apenas seu lugar ao sol (o seu sol, não necessariamente melhor ou pior do que o sol do generalista por vocação).

Recentemente, em um dos tantos grupos de MH que acompanho por motivos diversos, um dos médicos da linha de frente escreveu: “Pessoal, estou saindo do grupo de acompanhamentos clínicos e me direcionando mais para a minha área de atuação” [o grifo é meu, e, para bons entendedores, já explica toda esta postagem].

Alguns poucos dias após, outros vieram na esteira do arritmologista: “Eu e o xxxxx também estamos de saída dos acompanhamentos dos pacientes clínicos, mas seguimos à disposição para apoiá-los como reumatologista e pneumologista. Desejamos sucesso ao grupo”.

Qualquer um que acompanha minimamente o movimento de MH norte-americano sabe que, quando gestores de grupos ou hospitais são perguntados sobre seus desafios e preocupações mais prementes, a retenção de médicos hospitalistas está sempre entre as do topo da lista.

E há muito tempo sabem lá que turnover é sinônimo de gastos com recrutamento. Uma vez realizado, depois que um candidato assina contrato, você precisa integrá-lo ao hospital. Gasta-se mais com o processo de credenciamento em si, mas não apenas. Será  preciso, idealmente, treinar para uso de prontuário eletrônico, além de rotinas diversas. Custo total? De acordo com a Echo, uma empresa da área, “o custo para credenciar, integrar e treinar um médico em 2016 foi de US$ 200.000 a US$ 300.000”. Uhh!

Um projeto desenvolvido por Programa de MH do estado norte-americano de Michigan teve como objetivo descrever a experiência de uma iniciativa de “estabilização da equipe”, avaliando os efeitos econômicos, na satisfação profissional, entre outros:

A rotatividade caiu. Satisfação aumentou. O envolvimento de hospitalistas com projetos de melhoria subiu. As reduções de custo incluíram a minimização do emprego de “médicos locum”, uma espécie de profissionais nômades tapa-buracos (3 milhões/ano), diminuição do tempo de permanência hospitalar (60 milhões/ano), bem como economia de recrutamento e integração (100 mil/médico).

Em uma avaliação mais recente, os custos diretos da rotatividade totalizaram US$ 6.166 por novo médico admitido, havendo uma série de custos indiretos.

Não precisamos aumentar nosso desafio no Brasil. Não há por que aproximar de Programas de MH gente sem interesse pelas funções e dimensões do metiér. Aliás, há sim! Que sejam excelentes especialistas focais! Não se faz mais medicina moderna em terrenos de alta complexidade sem trabalho em equipe por distintos tipos de médicos, a se complementarem.

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Assessoria de Comunicação