Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/08/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DIÁRIO DA MANHÃ
Aumenta aprovação de contratação de médicos estrangeiros
Aumentou o porcentual de brasileiros que aprovam a contratação de médicos estrangeiros no Brasil. , uma das medidas previstas pelo programa Mais Médicos. Pesquisa Datafolha realizada entre quarta e sexta-feira da semana passada aponta que 54% dos entrevistados são favoráveis ao projeto do governo federal de trazer médicos para trabalhar em regiões onde faltam profissionais de saúde.
No levantamento anterior, realizado no fim de junho, o índice de aprovação era de 47%. Na ocasião, 48% dos entrevistados eram contrários ao projeto – agora, esse porcentual caiu para 40%.
O Datafolha fez 2.615 entrevistas em 160 cidades do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.
Após a primeira fase do programa, que se destinava a médicos formados no Brasil ou que já têm autorização para atuar no País, ter atendido apenas 6% da demanda dos municípios, foram abertas as inscrições para médicos que atuam no exterior.
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O POPULAR

Saúde
UPA já realiza atendimentos
Atendimento ambulatorial no final de semana é alvo de reclamação, mas já normalizou ontem
Malu Longo

Pacientes aguardam atendimento na UPA do Residencial Itaipu, na manhã de ontem

Inaugurada no sábado pelo prefeito Paulo Garcia, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Residencial Itaipu, na região Sudoeste de Goiânia, começou a funcionar no mesmo dia, mas com reclamações de usuários. Primeira grande obra do programa Mais Trabalho, Mais Saúde!, lançado pelo Município, a unidade passou a absorver usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de outras unidades, entre elas o Ciams do Novo Horizonte, já fechado para atendimentos de urgência e emergência em decorrência do início da reforma para ser transformado também em UPA. Nesta segunda-feira pela manhã o movimento da UPA estava normal.
Moradora do Jardim Caravelas, na mesma região, Raquel Heloísa procurou atendimento para a mãe diabética no sábado, logo após as 14 horas, no Ciams do Setor Novo Horizonte. “Ela caiu e estava tendo dor na perna e um zumbido no ouvido”, explicou. Na unidade, ouviu que os atendimentos estavam suspensos e que ela deveria procurar outros postos, como na Chácara do Governador e Curitiba. “Todos estão muito distantes da minha casa, por isso optei pela UPA porque fiquei sabendo que tinha sido inaugurada”. Por causa de um mutirão oftalmológico no local, o atendimento teve inicio às 19 horas. “Não tinha médico. A recepcionista estava apurada porque as pessoas estavam chegando e os médicos, um clínico geral, um cirurgião e um pediatria que estariam de plantão não tinham chegado. Saímos de lá depois das 21 horas sem conseguir atendimento”, conta Raquel.
Diretora da Coordenação de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Patrícia Antunes explica que o plantão de sábado para domingo na UPA foi normal, com o quadro previsto, um médico intensivista e outro pediatra. “Casos ambulatoriais, que não são de urgência e emergência, serão encaminhados para outras unidades. Não houve falta de médicos nem falta de atendimento. Todos os casos com o perfil de atendimento da UPA foram atendidos”, ressalta. Morador da região, Domingos Pereira elogia a construção da UPA. “Agora posso ir até a pé”, diz.
REFORMA
O Ciams do Setor Novo Horizonte, de acordo com a SMS, já está fechado para casos de urgência e emergência. Diretor da unidade, José Ismariano explica que a parte ambulatorial continua normal, com atendimento das 7 às 19 horas, podendo chegar às 21 horas em casos de avaliação de casos cirúrgicos. A SMS informa que no Ciams do Novo Horizonte os pacientes que moram nas proximidades estão sendo orientados a procurar as unidades do Bairro Goyá e do Jardim América. Já quem mora próximo à região do Residencial Itaipu, deve procurar a UPA.

IBGE vai fazer exame de urina e sangue

Rio – O IBGE deu início ontem a primeira pesquisa que vai traçar o perfil da saúde da população brasileira por meio de exames de sangue e de urina. O objetivo é usar os dados para criar estratégias de saúde pública, especialmente visando ao combate de doenças crônicas, como hipertensão, obesidade e diabetes – males que respondem por 72% das causas de mortes no País.
Durante três meses, cerca de mil entrevistadores percorrerão 80 mil domicílios, de 1.600 municípios, munidos de equipamentos para medir peso, altura, pressão arterial e circunferência abdominal. Em um segundo momento, serão coletadas as amostras para análise em laboratório.
Inédita, a Pesquisa Nacional de Saúde, desenhada durante quatro anos em parceria entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz foi iniciada primeiro em São Paulo e em outro seis Estados, entre eles Goiás, para depois se estender pelo País. Outras pesquisas já haviam coletado dados como peso, altura e pressão, mas as informações eram passadas pelos entrevistados, e não aferidas na hora, e inexistia a fase laboratorial.
A coleta será feita em casa de acordo com a conveniência do entrevistado. Os entrevistados receberão os resultados em casa e, em casos de alterações, serão orientados a se tratar.

Médicos preferem aguardar projeto final para opinarem
(Galtiery Rodrigues)

A proposta da Prefeitura de Goiânia de incentivo salarial para os médicos, ofertado de acordo com o cumprimento de metas, foi recebida de maneiras diferentes pela categoria. O projeto que seria encaminhado ontem para votação na Câmara, só ficará pronto nesta manhã e representantes da classe preferem analisar o texto final antes de se posicionarem.
O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego), Salomão Rodrigues, declara, a princípio, que tudo que visa a melhoria da assistência médica é bem vindo, e esse é o mesmo posicionamento do presidente em exercício dos Sincatos dos Médicos de Goiás (Simego), Rafael Cardoso. No entanto, Salomão ressalta que é preciso avaliar o contexto em que essa bonificação será aplicada.

Bate-boca sem fim
Desde o último sábado o prefeito Paulo Garcia e o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, estão trocando farpas sobre a saúde pública.
13 de agosto de 2013 (terça-feira)
Sobre o programa Mais Trabalho, Mais Saúde:
■ Paulo Garcia: “Tenho certeza que vamos transformar a saúde de Goiânia com o programa Mais Trabalho, Mais Saúde!”
■ Antônio Faleiros: “Se funcionar, terá todo nosso respaldo. A polêmica não interfere na qualidade do serviço prestado.”
Sobre o programa Saúde da Família:
■ Paulo Garcia: “Dentro de 90 dias, todas as regiões de Goiânia cobertas pelo Programa de Saúde da Família terão a entrega em casa do medicamento de uso continuado”.
■ Antônio Faleiros: “Goiânia, apesar de seu porte, não investiu na atenção primária. Tem baixa cobertura da Estratégia Saúde da Família”.
Sobre superlotação:
■ Paulo Garcia: “Precisamos separar o joio do trigo. Por que nossas unidades estão superlotadas. Porque atendemos o Estado todo. De cada 3 atendimentos, 2 são de fora.
■ Antônio Faleiros: “Goiás recebe R$ 942 milhões por ano do Governo Federal para a atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Desse total, 44% ficam em Goiânia, apesar de a capital ter 21,6% da população total do Estado. Os demais municípios pactuam com 52,85%”.
■ Paulo Garcia: “Não quero deixar de atender o interior, não. Goiânia vai ter de fazer porque o Estado não faz”.
■ Antônio Faleiros: “Os usuários do SUS ou vem à capital, ou utilizam a rede de hospitais estaduais, bancados pelo tesouro estadual, ou utilizam a rede filantrópica e privada por Goiânia com recursos federais. A rede privada não atende casos mais graves, o que gera sobrecarga nos hospitais estaduais”.
Sobre organizações sociais:
■ Paulo Garcia: “Nós estamos fazendo opção por preparar e qualificar o SUS, sem nenhum demérito das OS, nós sabemos como elas começam, mas não como terminam”.
■ Antônio Faleiros: “Com as OSs nossas unidades foram reformadas, abastecidas e funcionam com um custo muito menor”.
Sobre propaganda:
■ Paulo Garcia: “Não podemos mais conviver com a dissimulação e esperteza. Há uma propaganda no ar que o Estado elogia as OSs e um usuário demonstra insatisfação quando é andatendido no Cais. O locutor fala que a OS é do Estado e o Cais é do Município de Goiânia. É uma propaganda maldosa, enganosa”.
■ Antônio Faleiros: “Não vi essa propaganda, mas não é enganosa. Segundo o Instituto Serpes, que fez a pesquisa, 75% dos nossos usuários estão satisfeitos com o atendimento. No CRER chega a 98%.

Faleiros volta a rebater críticas de Paulo Garcia

O secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, voltou a rebater ontem críticas do prefeito Paulo Garcia ao modelo de gestão de saúde pública na esfera estadual. Ao lançar o programa Mais Trabalho, Mais Saúde!, o prefeito da capital atribuiu à falta de investimento do Governo de Goiás na rede estadual de saúde o excesso de ambulâncias e casas de apoio de outros municípios em Goiânia. Em entrevista coletiva ao lado dos superintendentes executivo da pasta, Halim Girade, e de Controle e Avaliação Técnica, Dante Garcia, Faleiros afirmou que preferia não ter de polemizar, por isso estava ali para mostrar números.
De acordo com o titular da SES, Goiânia, apesar de seu porte, não investiu na atenção primária, tem apenas 47% de cobertura da Estratégia Saúde da Família e nenhum hospital municipal. “A SES banca, somente com os maiores hospitais, como Hugo, HGG, HDT e HMI, R$ 258 milhões por ano e está construindo duas grandes unidades, o Hugo 2 e o Hospital da Mulher”.
Faleiros afirmou que Goiás recebe R$ 942 milhões por ano para a atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. “Desse total, R$ 414,5 milhões ficam com Goiânia, apesar de a capital ter 21,6% da população goiana. Os demais municípios participam com um montante de R$ 219 milhões, 52,85%. Ou seja, os municípios do interior financiam, com recursos federais, suas demandas na capital”.
Dante Garcia, responsável pela regulação em nível estadual, explicou ao POPULAR que quando os municípios, responsáveis pela atenção primária à saúde, falham em sua capacidade organizatória, surgem as ambulâncias e as casas de apoio. “Ao invés de os municípios regularizarem o acesso, criam um caminho paralelo que estrangula o sistema. É o viés político”. De acordo com o superintendente, a região Rio Vermelho, da qual faz parte a cidade de Goiás, já conseguiu reduzir em 34% as demandas espontâneas e qualificou o acesso somente com a regulação.
RESPOSTA
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) afirmou que “Goiânia atende usuários do SUS de todos os municípios do Estado e também pacientes de outros Estados brasileiros” e por isso “vem registrando um déficit financeiro”. A SMS afirma que por essa demanda extra investiu 23% do orçamento municipal em saúde em 2012 e 28% no primeiro quadrimestre deste ano, acima dos “15% que determina a lei.”
Ainda segundo a SMS, os pacientes do interior que estariam provocando a superlotação das unidades de saúde “deveriam ser atendidos com o apoio dos polos regionais”, de responsabilidade do Estado.
Sobre uma dívida citada por Faleiros em entrevista ao POPULAR publicada na edição de ontem, a SMS afirma que “aguardará pronunciamento judicial”, “pois também existe em questão débitos do Estado para com a Prefeitura”. De acordo com Faleiros, Goiânia deve ao Estado cerca de R$ 200 milhões referentes a serviços prestados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nos últimos seis anos.
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JORNAL OPÇÃO

Em nota, Secretaria de Saúde de Goiânia contesta informações passadas por Antonio Faleiros

Dívida de milhões é tratada como “suposta” pela pasta municipal, pois o Estado também deveria repasse de recursos ao município
Ketllyn Fernandes

As declarações do prefeito Paulo Garcia (PT) no último sábado quanto à gestão estadual da saúde, que segundo o petista acaba por acarretar na sobrecarga da rede municipal em Goiânia, repercutiram e nesta segunda-feira (12/8) o secretário de Estado da Saúde, Antônio Faleiros, convocou a imprensa para coletiva em seu gabinete.
Na ocasião ele rebateu as informações repassadas durante o lançamento do programa da prefeitura da capital Mais Trabalho, Mais Médico, como por exemplo, o fato Goiânia receber mais recursos da pasta que os demais municípios e que as cidades do interior também investem no sistema de saúde pública da capital com parte dos recursos que lhes são garantidos pelo governo federal.

Segundo Faleiros, as declarações do prefeito foram uma “tentativa de denegrir a imagem da saúde do Estado” com objetivo de “justificar as falhas que estão acontecendo no município.”
Antonio Faleiros também falou da dívida de R$ 316 milhões da Secretaria Municipal de Saúde com a pasta estadual, tendo afirmado que a Procuradoria Geral do Estado entrará na Justiça para receber o montante.

Diante da coletiva do secretário estadual, a SMS emitiu nota no início da noite em que, por sua vez, também contesta algumas informações. A pasta municipal ressalta a relação republicada mantida até então entre seus titulares e que Goiânia gasta acima do que tem em caixa para atender a demanda que chega do interior goiano e até de outros Estados.

“Reiteramos que Goiânia atende usuários do SUS de todos os municípios do Estado e também pacientes de outros Estados brasileiros. Por causa disso, o município realiza uma produção de serviços de saúde superior aos recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde e vem registrando um déficit financeiro por conta disso”, diz a nota, trazendo em seguida dados quanto ao investimento superior ao que é determinado pela lei: “(…) em 2012, Goiânia investiu 23% de seu orçamento municipal em saúde, 50% a mais do que os 15% que determina a lei. No primeiro quadrimestre de 2013 esse percentual chegou a 28%”.

Quanto à dívida, a SMS tratou o débito como suposto, uma vez que a Secretaria Estadual de Saúde também teria dívidas com o município de Goiânia. “Com relação a suposta dívida citada,  a Prefeitura de Goiânia aguardará pronunciamento judicial sobre fatos anteriores, pois também existe em questão débitos do Estado para com a Prefeitura. Doravante, o município de Goiânia e o Estado tendem a finalizar um acordo (PCEP) para a devida normatização de repasses financeiros para o Estado.“
Íntegra da nota da SMS
Sobre as declarações do senhor secretário de Estado da Saúde, Antônio Faleiros, no dia de hoje, a Secretaria de Saúde de Goiânia tem os seguintes esclarecimentos:

1.     O relacionamento da SMS com a SES é baseado nos princípios republicanos e segue as regras da gestão plena. Vale ressaltar que as secretarias municipal e estadual, por meio de seus titulares, vêm gozando de ótimo relacionamento atualmente, e isto colabora para que as políticas de saúde  sejam implantadas com êxito em prol da população;

2.      Reiteramos que Goiânia atende usuários do SUS de todos os municípios do Estado e também pacientes de outros Estados brasileiros.  Por causa disso, o município realiza uma produção de serviços de saúde superior aos recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde e vem registrando um déficit financeiro por conta disso. Em virtude desta distorção, em 2012, Goiânia investiu 23% de seu orçamento municipal em saúde, 50% a mais do que os 15% que determina a lei.  No primeiro quadrimestre de 2013 esse percentual chegou a 28%;

3.     A superlotação das unidades de saúde de Goiânia acontece por causa de usuários que vem para capital com casos simples e de alta e média complexidade, que deveriam ser atendidos com o apoio dos polos regionais.

4.     Na citada falta de atendimento no interior do Estado, quem paga a conta é Goiânia. Esclarecemos que o valor acumulado é justamente o que falta para fechar o Protocolo de Cooperação Entre Entes Públicos (PCEP) e por isso, o Ministério da Saúde ainda não o aprovou. Assim que for aprovado pelo MS, o protocolo será prontamente assinado pelo prefeito Paulo Garcia;

5.     Com relação a suposta dívida citada,  a Prefeitura de Goiânia aguardará pronunciamento judicial sobre fatos anteriores, pois também existe em questão débitos do Estado para com a Prefeitura. Doravante, o município de Goiânia e o Estado tendem a finalizar um acordo (PCEP) para a devida normatização de repasses financeiros para o Estado.

6.     A obra da Unidade de Pronto Atendimento, inaugurada no último sábado, 10, não recebeu recursos estaduais. Após o funcionamento, a unidade de saúde deverá receber o apoio de custeio do Estado para a manutenção dos serviços, conforme normas do Ministério da Saúde na ordem de 25% do total;

7.     A SMS atende pacientes de todo o Estado, por isso lançou o programa Mais Trabalho, Mais Saúde. Goiânia não se furta trabalhar com as portas de suas unidades abertas para todos os goianos. Mesmo com prejuízos financeiros, Goiânia encara esse desafio como papel de capital.

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SAÚDE BUSINESS WEB

Operadoras: novo rol trará impacto sobre reajustes
Diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin, diz que será preciso ao menos um ano para saber o número de pacientes que recorrerão aos novos tratamentos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai analisar todas as contribuições recebidas durante a Consulta Pública 53, encerrada na terça-feira (6), visando à inclusão, pelos planos de saúde, de cerca de 80 coberturas. Elas incluem procedimentos médicos e odontológicos, medicamentos, terapias e exames, além da atualização de mais de 30 procedimentos já cobertos.
A proposta destaca a inclusão de 36 medicamentos para tratamento oral domiciliar de câncer, a introdução de uma nova técnica de radioterapia e cerca de 30 cirurgias por vídeo. Após reunião do grupo técnico da agência, previsto para o final de setembro deste ano, o novo rol deverá ser concluído para publicação no dia 1º de janeiro de 2014, informou a assessoria de imprensa da ANS.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as principais seguradoras especializadas em saúde e as operadoras de medicina e odontologia de grupo no país, considera que a atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS é necessária para acompanhar a evolução da medicina.
O diretor executivo da FenaSaúde, o ex-ministro da Previdência Social José Cechin, lembrou que na área dos medicamentos neoplásicos (contra o câncer), o avanço tem sido muito rápido. “A nova edição do rol é para atualizar o que se passa na área tecnológica. Certamente, atende às aspirações dos consumidores e a ideia é que a nova medicação venha melhor a do passado”. Os 36 medicamentos abrangem 52 tipos diferentes de problemas oriundos de câncer, informou. “É um avanço bastante importante”.
A inclusão desses novos medicamentos terá, certamente, efeito sobre os custos das operadoras de planos de saúde, disse Cechin. Ele acrescentou que é difícil, porém, estimar, em princípio, esse impacto, uma vez que não se pode precisar quantas pessoas passarão a usar as novas medicações que serão cobertas. Somente um ano após a entrada em vigor do rol é que se terá noção, inclusive, do número de pacientes que terão recorrido a esse tipo de tratamento e as consequências que os novos medicamentos terão sobre a doença.
“Teremos que prestar atenção, e a própria ANS faz isso, ir acompanhando durante o próximo ano. Ao final, ela vai dizer que o impacto foi tanto e vai levar isso em conta no momento de autorizar reajustes dos planos individuais”. Nos planos coletivos, a negociação é feita diretamente entre as operadoras e as empresas que contratam os planos.
Cechin destacou que o impacto das novas coberturas vai variar de empresa para empresa. O impacto pode ser significativo para as operadoras que ainda não incluíam esses medicamentos. “O impacto difere de operadora para operadora, a depender do que ela já praticava e da incidência desse tipo de doença na sua população de beneficiários”.
Ele acredita que o número de internações para o tratamento de diversos tipos de câncer, que no ano passado somou 96,7 mil pessoas, dentro do universo de 1,9 milhão, poderá cair após a vigência do novo rol de procedimentos. “Em princípio, espera-se que venha a reduzir a internação que é feita para ministrar a medicação (contra o câncer). A expectativa é essa”. A constatação se isso é verdadeiro será feita ao longo do próximo ano, disse Cechin.
As 96,7 mil internações para tratamento de cânceres, feitas em 2012, representam 5,1% do total de internações por planos das empresas associadas à FenaSaúde, no período. Entre outros tipos de neoplasias, destacam-se 15,5 mil internações devido a câncer de colo de útero, 11,7 mil a câncer de cólon e reto, 6,4 mil a câncer de mama e 2,4 mil a câncer de próstata. O aumento das internações geradas por câncer alcançou 34,2%, em comparação a 2011. Os dados serão divulgados ainda este mês no 4º Boletim de Indicadores Assistenciais da FenaSaúde.
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Elano Figueiredo atuou em 21 ações contra a ANS
Ex-advogado da Hapvida, diretor nomeado para a agência é investigado pela Comissão de Ética da Presidência por conflito de interesses

Elano Figueiredo, novo diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi responsável por ao menos 21 processos judiciais contra a agência reguladora e o Ministério da Saúde durante o período em que representou como advogado a Hapvida. A maioria das ações buscava reverter punições aplicadas à operadora de planos de saúde, que se negou a tratar segurados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Figueiredo está sendo investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República por não ter declarado sua ligação com a Hapvida, o que representaria um conflito de interesses em sua atuação na Agência. A investigação foi aberta a pedido da Casa Civil, após reportagem do Estadorevelar que a omissão do cargo no currículo enviado ao Planalto.
O advogado foi nomeado no último dia 2 de agosto. Questionado pela reportagem, Figueiredo disse que se retirou das ações judiciais da Hapvida contra a ANS e que vai se declarar impedido de atuar nos processos administrativos da empresa que tramitam na agência.
Clamor
Após o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), é a vez do Conselho Federal de Medicina (CFM) e entidades médicas nacionais alinhadas manifestaram-se contra a nomeação de Elano Rodrigues Figueiredo para o cargo de diretor da ANS. A entidade médica também solicitou a anulação da sabatina com o advogado devido ao “grave conflito de interesse”.
Segundo o CFM, enquanto diretor da Hapvida, Figueiredo moveu ações contrárias aos direitos dos pacientes e buscou cercear o “direito de mobilização dos profissionais por honorários dignos”.
* com informações da Agência Estado

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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CFM solicita o afastamento de Elano Figueiredo da diretoria da ANS

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e as entidades médicas nacionais manifestaram-se em nota contra a nomeação de Elano Rodrigues Figueiredo para o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Elano Figueiredo foi indicado pela presidente Dilma Roussef à diretoria da agência reguladora e aprovado em sabatina na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal no dia 11 de julho. No currículo entregue ao governo, o sabatinado omitiu sua atuação como defensor jurídico de planos de saúde.
O CFM solicita a anulação da sabatina feita com Elano Rodrigues Figueiredo por grave conflito de interesse e afirma que, enquanto diretor de operadora de plano de saúde, Figueiredo moveu ações contrárias a direitos dos pacientes e buscou meios de cercear o direito de mobilização dos profissionais por honorários dignos.
Abaixo segue a nota assinada pela Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos.

NOTA DAS ENTIDADES MÉDICAS NACIONAIS

As entidades médicas nacionais, Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM), vêm a público solicitar a anulação da sabatina no Senado Federal e da consequente nomeação pelo Governo Federal do Sr. Elano Rodrigues Figueiredo ao cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) .
Conforme amplamente divulgado pela mídia, o diretor nomeado da ANS omitiu sua atividade de prestador de serviços e funcionário de plano de saúde, o que configura grave conflito de interesse para o exercício da função na agência reguladora.
Na condição de diretor jurídico de operadora de plano de saúde, além de mover ações contrárias aos direitos dos pacientes e a favor de exclusões de coberturas de atendimento, foi autor de denúncias contra entidades médicas, levadas à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, no sentido de cercear o direito de mobilização dos profissionais de medicina por honorários dignos.
Neste sentido, solicitamos à Exma. Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; ao Ilmo. Sr. Presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe; e ao Exmo. Presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, Senador Waldemir Moka, a anulação da sabatina no Senado e o afastamento imediato do Sr. Elano Rodrigues Figueiredo do cargo de diretor da ANS.
Brasília, 12 de agosto de 2013

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação