Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/09/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Termina prazo para correção de problemas no Cais

Transição da gestão Hugo é acompanhada pelo MP-GO e MPT

Após constatação de irregularidades, SMS afirma que problemas no Cais de Campinas foram reparados

Médicos criticam informações sobre tratamento com células-tronco de Michael Schumacher

Processadas por aborto: mulheres são denunciadas por médicos e familiares

 

RÁDIO CBN

Termina prazo para correção de problemas no Cais
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=64859202
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JORNAL OPÇÃO

Transição da gestão Hugo é acompanhada pelo MP-GO e MPT

Por Luiz Phillipe Araújo

Órgãos se reuniram com representantes das duas OS’s em processo de transição de gestão
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recebeu nesta quinta-feira, 12, reunião de acompanhamento da transferência de gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
A intenção do evento, de acordo com o MP, é garantir a manutenção dos serviços no hospital nesse período. No mês passado, a transferência chegou a ser suspensa, mas decisão foi reformada na justiça e Organização Social inicia processo para assumir o hospital.
O encontro contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS), que assumirá a unidade, além de representante do Instituto Haver, atual gestora do Hospital.
A reunião sobre sucessão na gestão levantou as preocupações de cada segmento, em diálogo que terá continuidade nos próximos dias.
  
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MAIS GOIÁS

Após constatação de irregularidades, SMS afirma que problemas no Cais de Campinas foram reparados
Em fiscalização realizada em junho deste ano, Cremego solicitou à secretaria uma série de adequações a serem feitas na unidade
O prazo para correção dos problemas no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) do setor Campinas, em Goiânia, terminou nesta quinta-feira (12) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que eles foram resolvidos. As irregularidades foram constatadas em junho deste ano. Dentre os apontamentos estão escassez de materiais, insumos e medicamentos, poucos médicos em plantão e até mesmo infiltrações, mofo e cupins em alguns ambientes.
Segundo o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), desde 2012 há constantes fiscalizações na unidade de saúde. “Após várias notificações aos gestores da saúde e sem que medidas fossem adotadas para sanar os problemas na unidade que é uma referência em atendimento pediátrico na capital goiana, o Cremego aprovou, em agosto de 2018, a interdição ética total do exercício profissional no Cais”, informa o órgão. “Mas, a medida foi suspensa por uma liminar da Justiça antes de entrar em vigor”, acrescenta.
Depois da fiscalização em junho deste ano, o Conselho encaminhou o relatório da vistoria ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) a um juiz que, em 2018, havia suspendido a liminar de interdição. Também foram acionados a Prefeitura de Goiânia e para Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para que fizessem os reparos. Desta forma, o Centro seguiu funcionando. Contudo, o Conselho fez recomendações a serem cumpridas até esta quinta-feira (12).
Ao Mais Goiás, a SMS esclarece que “tem feito todo o possível para suprir o défict de médicos no Cais Campinas e demais unidades de saúde do município”. E que entre os meses de maio e setembro 147 médicos foram contratados. Além disso, editais de credenciamento estão abertos.
“Especificamente nesta quinta-feira, 12, nove médicos estão atendendo no Cais Campinas, sendo quatro clínicos e cinco pediatras”, informa a secretaria. A respeito da permanência de pacientes na unidade por mais de 24 horas, a SMS afirma que isso ocorre nos casos onde há necessidade de internação e até que haja liberação de vagas na rede conveniada de hospitais. Já em relação a questão estrutural, a pasta informa que os problemas já foram sanados.

Segundo o Cremego, na última fiscalização foram constatados os seguintes déficits:
– Poucos médicos nas escalas de plantão
– Escassez de materiais
– Escassez de medicamentos e insumos para exames
– Permanência de pacientes por mais de 24 horas no setor de emergência
– Longa espera por atendimento médico
– Infiltrações, mofo e cupins em alguns ambientes

Confira a nota da SMS na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que tem feito todo o possível para suprir o défict de médicos no Cais Campinas e demais unidades de saúde do município. De maio a setembro foram contratados 147 médicos em diversas especialidade. Esclarece ainda que os editais para credenciamento continuam  abertos. Especificamente neste quinta-feira, 12, nove médicos estão atendendo no Cais Campinas, sendo quatro clínicos e cinco pediatras. A respeito da permanência de pacientes na unidade por mais de 24 horas, a SMS informa que isso ocorre nos casos onde há necessidade de internação e até que haja liberação de vagas na rede conveniada de hospitais. Quanto a demora no atendimento no Cais, a SMS esclarece que isso ocorre por causa da grande procura pela unidade que está situada numa área centralizada. Informa também que 85% dos pacientes atendidos na unidade são classificados como ficha verde, casos mais simples que poderiam ser atendidos na atenção básica, onde sobram vagas. Sobre a questão estrutural, os problemas foram sanados com o reforço no trabalho de manutenção. A SMS Informa ainda que não há falta de medicamentos e insumos para exames
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DIÁRIO DA MANHÃ

Médicos criticam informações sobre tratamento com células-tronco de Michael Schumacher
Profissionais da área neurológica questionam, pois os resultados dos testes para lesões no cérebro não foram satisfatórias

Desde que sofreu um acidente de esqui, em 2013, as notícias sobre o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher são diversificadas a cada ano. A última dando conta de um tratamento que o ex-piloto foi submetido com a injeção de células-tronco e que ele estava consciente passou a ser questionada por médicos ingleses.
A informação do tratamento com células-tronco foi divulgada pelo jornal “Le Parisien”, que informou que o piloto, de 50 anos, deu entrada em um hospital de Paris para fazer o tratamento, mas nada foi confirmado. Em entrevista à um outro veículo de comunicação, a diretora do Centro de Pesquisa sobre Coma do Instituto Neurológico de Milão, na Itália, Matilde Leonardi, questionou a postura e a informação divulgada sobre o possível tratamento.
A médica afirmou em suas declarações que não existem tratamentos experimentais com células-troncos que tenha um efeito positivo com pacientes em estado de consciência mínima como Michael Schumacher. Em relação as notícias, a diretora do centro de pesquisas afirmou que os responsáveis estão apenas alimentando falsas esperanças e iludindo as famílias dos pacientes.
Médica de Centro de Pesquisas Italiano afirmou que tratamento de Michael Schumacher com células-troncos não existe
Para a médica há uma precipitação em relação aos tratamentos com células-tronco, pois ainda não é possível confiar em uma solução de problemas neurológicos e de medula com o tratamento. “Esperamos que sim, mas o tratamento ainda não existe, pelo menos por enquanto. Infelizmente, os estudos feitos com células-tronco para doenças que afetam o cérebro e a medula não surtiram os efeitos esperados”, explica Leonardi.
Na mesma linha de raciocínio que a médica italiana, o professor Brendon Noble, da Fundação Britânica de Células-Tronco, não acredita que um suposto tratamento de Michael Schumacher divulgado tenha a ver com lesões neurológicas, mas sim para tratar algum tipo de infecção.
“É improvável, pois foi há muito tempo. A menos que tenha existindo algumas complicações. Parece irreal para mim. Mas eu definitivamente não descarto isso, apenas nãos sabemos”, explicou o professor.
Por outro lado, o cirurgião da Clínica Regenerativa de Londres, Nima Heidari, afirmou que mesmo que o tratamento seja verídico, o mesmo dificilmente seria aprovado na Inglaterra, pela demorada na tramitação do processo para o tratamento.
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UOL

Processadas por aborto: mulheres são denunciadas por médicos e familiares

Uma mulher grávida sai de casa no Rio de Janeiro, toma um ônibus rumo a uma clínica de aborto e não volta. Um casal é preso ao lançar um bebê prematuro -após uma tentativa frustrada de aborto- em um córrego, no interior de São Paulo. Gestantes tomam medicamentos abortivos, sofrem hemorragia e são denunciadas ilegalmente ao chegarem em hospitais.
Universa teve acesso exclusivo a detalhes dessas histórias a partir do registro de 85 processos criminais por aborto no país. Os dados foram obtidos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, o BNMP, e correspondem a processos registrados entre 2012 e 2017. O número não representa todos os casos em curso na Justiça brasileira, mas, a partir deles, é possível observar que pessoas são processadas por interromper ou participar da interrupção de uma gestação no Brasil.
"Fiz um aborto clandestino, fui hospitalizada e agredida por enfermeiros" Grávida, ela teve hemorragia e foi presa no hospital, acusada de aborto Mourão diz que aborto é decisão da mulher. "Minha opinião como cidadão"
No Brasil, o aborto é permitido apenas em três situações: quando a gestação resulta de um estupro, em caso de risco de vida para a mãe e quando o feto é anencéfalo. Nos demais casos, pode dar cadeia. A mulher que realiza o próprio aborto pode ser condenada a até três anos em regime fechado. Já quem realiza o procedimento com o consentimento da gestante tem pena máxima de quatro anos.
Entre os casos encontrados pela reportagem, São Paulo e Rio de Janeiro registram os maiores números. No estado paulista, são 37 casos. No Rio, 15.
Medo da denúncia
Um dos casos registrados foi o de Anikécia Lima de Paiva, que, junto com o companheiro, José Luiz Gonçalves, teve prisão decretada por provocar um aborto em uma mulher de 28 anos no Rio de Janeiro. Em 2017, Anikécia transportou Carolina de Souza Carneiro até uma clínica de aborto em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O procedimento teve complicações que levaram à morte da moça. E o casal foi acusado por prática de aborto, seguido de morte e ocultação do cadáver.
Em um outro caso registrado na Justiça, Delza Aparecida foi condenada a sete anos de prisão, por oferecer remédios abortivos a um casal em Bauru, no interior de São Paulo, em 2006. A interrupção, porém, não deu certo. Na ocasião, a mãe e o pai foram presos por lançar o bebê prematuro em um córrego. Apesar das circunstâncias, a criança sobreviveu.
Segundo a defensora pública Paula Sant'Anna Machado, do núcleo de proteção ao direito das mulheres da Defensoria Pública de São Paulo, clínicas e facilitadores de aborto clandestinos são buscados por mulheres que têm medo de sofrerem denúncia ao fazer um aborto. "Mulheres que não têm dinheiro sabem que há risco de saírem algemadas do hospital após terem complicações por fazer o aborto sozinhas", explica Paula.
Em 2017, a Defensoria Pública de São Paulo pediu habeas corpus para interromper processos por aborto contra 30 mulheres somente no estado de São Paulo –56% delas já tinham um ou mais filhos. A maioria foi denunciada por agentes de saúde ao dar entrada em hospitais após o aborto. Esse tipo de delação é proibido pelas entidades médicas. Outras mulheres foram denunciadas por testemunhas ou familiares.
"No levantamento, descobrimos que foram estipuladas fianças que variavam de R$ 700 a R$ 3.000, que são valores altos para elas", diz a defensora.
Presa em flagrante
Alguns casos encontrados por Universa no Banco Nacional de Mandados de Prisão se encaixam nesse perfil. Casos como o de Francisca*, nascida em Aiuba, no Ceará, morava em um barraco, na beira de uma rodovia, na zona oeste paulistana.
No dia 7 de dezembro de 2010, Francisca, então com 20 semanas de gestação, ingeriu um remédio abortivo, e uma testemunha ligou para a polícia para relatar o fato. Dentro do barraco, ela assumiu o aborto e indicou aos policiais onde estava o feto. Os policiais a prenderam em flagrante. Durante o processo, o juiz atendeu ao pedido da defesa e determinou que ela respondesse ao processo em liberdade.
Outro caso registrado como processo criminal por aborto foi o de Margarete, moradora da periferia de Itapevi, na Grande São Paulo.
Margarete estava grávida pela quinta vez e não tinha condições financeiras para criar mais um filho, explica o advogado de defesa do caso. Para evitar a gravidez, a empregada doméstica ingeriu medicamento que provoca aborto e sofreu uma hemorragia. No hospital, foi denunciada por um agente de saúde.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Margarete. E a defensoria pública paulista entrou no caso e acionou um escritório de advocacia para defendê-la.
"Nós argumentamos que seria mais uma criança no mundo para sofrer. Ela se viu sem saída e, aí, cometeu o ato", explica o advogado Marcus Borges.
Neste caso, a defesa também argumentou que os agentes de saúde quebraram o sigilo médico. Segundo o Conselho Regional de Medicina, os médicos não podem denunciar casos de abortamento –intencionais ou não. Eles podem ser advertidos, ter o registro de trabalho suspenso por tempo limitado ou ter a permissão para trabalhar revogada.
Aborto foi tema de discussão
No ano passado, a descriminalização do aborto foi tema de uma audiência pública no Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Saúde calculou que, entre 2008 e 2017, o SUS gastou R$ 486 milhões para tratar de mulheres que tiveram complicação por aborto feitos de maneira intencional.
Segundo a Defensoria Pública de São Paulo, de 30 processos criminais por aborto abertos em 2017, apenas 7 foram trancados pela Justiça após os pedidos de habeas corpus. "Enquanto o direito reprodutivo da mulher não for reconhecido como um direito individual e enquanto o Estado controlar o corpo da mulher, vamos continuar a encarar a morte de mulheres", diz a defensora pública.
* Nome usado para preservar a identidade da indiciada
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação