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DESTAQUES
Irmãs de Anápolis estão entre os 100 afrodescendentes mais influentes do mundo em lista reconhecida pela ONU
Família de bebê com hérnia inguinal diz que aguarda consulta e cirurgia há 7 meses, em Goiânia
Goiás se aproxima de 230 mil casos do novo coronavírus
Quebra dos contratos em saúde encarece planos e prejudica os pacientes
Britânicos fecham pubs e mantêm escolas abertas
OMS critica ideia de deixar o Sars-CoV-2 circular
Remédio para úlcera tem efeito antiviral
Acidentes no trânsito são principal causa de morte de crianças no Brasil
PORTAL G1
Irmãs de Anápolis estão entre os 100 afrodescendentes mais influentes do mundo em lista reconhecida pela ONU
Brenda e Betty Agi são fundadoras da ONG Compaixão Internacional, um centro de assistência médica, preventiva e odontológica. Nome das irmãs apareceu na lista ao lado de 8 brasileiros, entre eles os cantores Iza e Léo Santana.
Por Danielle Oliveira, G1 GO
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As irmãs Brenda e Betty Agi estão entre as 100 pessoas negras mais influentes do planeta segundo uma premiação reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Moradoras de Anápolis, a 55 km de Goiânia, elas são fundadoras de um centro de assistência médica, preventiva e odontológica.
A lista que homenageia anualmente os afrodescendentes mais influentes do mundo foi divulgada no dia 5 de outubro, após a abertura da 74ª Assembleia Geral da entidade, durante a Cerimônia de Reconhecimento e Premiação de Pessoas Mais Influentes de Afrodescendentes (MIPAD). Além das irmãs, a lista possui outros oito brasileiros, entre eles estão a cantora Iza e Léo Santana.
O nome das irmãs apareceu na categoria de trabalho humanitário e ativismo.
Há dez anos, elas estão à frente da Organização Não Governamental (ONG) Compaixão Internacional que já ajudou mais de 70 mil pessoas em 17 países. Para elas, a conquista é um impulso para continuar com o projeto.
"Nós acreditamos que cada pessoa é um universo particular, cada ação que a gente tem a gente pode mudar o mundo dessa pessoa e é isso que nos motiva, enxergar o valor de um mundo inteiro na vida de uma pessoa", disse Betty.
Filhas de um moçambicano com uma brasileira, as jovens biomédicas trocaram o jaleco por um projeto social após uma viagem que fizeram para a África, quando trabalharam como voluntárias.
“Em um final de semana específico nós fomos no Deserto Kalahari, e uma das crianças começou a chorar muito, e nós nos aproximamos dela para saber o que estava acontecendo, e nós vimos que os pés dela estavam feridos. E a medida que ela ia dançando, aquela areia quente ia entrando nas feridas dela, e ela chorava muito. E nos pedimos para ela buscar um par de chinelo, só que ela disse que não tinha. E quando nós olhamos as outras crianças, todas estavam descalças”, disse Brenda.
A partir daí, elas criaram a Compaixão Internacional, para recolher e doar chinelos para quem precisa. Em 2018, após doarem cerca de 40 mil pares de chinelos para famílias carentes, elas inauguraram duas escolas de artesanato, corte e costura na Angola. O objetivo era proporcionar uma fonte de renda para mulheres em situação de risco.
Compaixão
Ao longo dos anos de trabalho, a iniciativa foi crescendo e atualmente conta com 10 mil voluntários em vários países. Além dos chinelos, o projeto realiza oficinas de artesanato para vítimas de violência sexual, leva tratamento odontológico para comunidades pobres, promove ações de proteção à criança e ao adolescente no sertão brasileiro, e cuida de albinos africanos perseguidos pela cor.
Betty espera que essa nomeação sirva de exemplo para pessoas encararem seus desafios.“Que essa nomeação sirva não só pra nós que outras pessoas também se inspirem que tenham coragem de realmente encararem os desafios, e que o trabalho mesmo no terceiro setor hoje contribua para um Brasil melhor em todos os aspectos”, disse Betty.
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Família de bebê com hérnia inguinal diz que aguarda consulta e cirurgia há 7 meses, em Goiânia
Mãe relata que a hérnia na região genital cresce a cada dia e provoca dores na criança quando ela brinca e evacua: 'Dói ver ele chorando'. Saúde informa que ele está na lista de espera para o procedimento.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
A mãe do bebê Benjamin Silva Vitalino, de 1 ano e 4 meses, relata que espera há sete meses por uma consulta na rede pública municipal de saúde, em Goiânia, com um cirurgião pediátrico para avaliar e retirar, por meio de cirurgia, uma hérnia inguinal que cresce a cada dia no órgão genital do filho. Ana Caroliny Vitalino diz que o caroço já cresceu muito nos últimos meses e que sofre ao ver a criança sentindo dores.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou, por meio de nota, na segunda-feira (12), que, conforme relatado pela Central de Regulação "o paciente já foi avaliado e será agendada a cirurgia conforme cronologia e oferta de vagas". Questionada sobre o tempo de espera pela consulta, a pasta comentou que "vai de acordo com a disponibilidade e oferta de vagas" e que "foi feita uma avaliação médica e o mesmo aprovou para ser feita a cirurgia".
A hérnia surgiu no corpo da criança em março deste ano. Desde então, a mãe peregrina pelas redes pública municipal e estadual para conseguir a cirurgia para o filho. Quando faz contato com o posto de saúde onde solicitou o procedimento, ela relata escutar apenas desculpas que protelam o tratamento: "[Dizem que] essas coisas não estão saindo assim por causa da pandemia. É demorado porque não é de urgência", desabafa.
Segundo a mãe, médicos do Hospital Materno Infantil (HMI), da rede estadual, disseram que fariam a cirurgia só se a hérnia "prendesse e estourasse". Porém, ela acredita que "ele não aguentaria essa dor".
"Levei ao Cais de Campinas. Chegando lá, eles disseram que precisava de cirurgia e encaminharam para o Hospital Materno Infantil. Chegando no Materno, eles falaram que precisava mesmo, mas teria que ser na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porque não era de emergência", conta a mãe da criança.
O G1 também procurou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) na segunda-feira, por e-mail, para obter respostas sobre a demanda e aguarda retorno da pasta.
Hérnia do tamanho de uma "laranja"
A hérnia surgiu como um pequeno caroço ainda em março. À época, a mãe procurou atendimento médico no Centro de Atenção Integrada de Saúde (Cais) do Bairro Campinas, mas ouviu de um médico que o caroço poderia reduzir e até sumir com o tempo e que um procedimento cirúrgico não era emergencial no momento.
Mas o caroço só cresceu com o tempo. Ana Caroliny voltou ao posto de saúde, onde conseguiu um encaminhamento para o HMI. Foi feito um ultrassom na genitália da criança, que revelou a hérnia inguinal esquerda redutível.
"Quando isso começou, a hérnia era do tamanho do limão galego. Hoje ela está do tamanho de uma laranja. Quando ele se esforça ou faz algum tipo de exercício, a hérnia fica muito roxa. Antes ele não sentia dor, agora reclama até quando evacua. Doí ver ele chorando", desabafa a mãe.
Paralelamente, a família está fazendo uma rifa solidária para tentar arrecadar valores que possam adiantar o procedimento cirúrgico na rede particular de saúde.
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A REDAÇÃO
Goiás se aproxima de 230 mil casos do novo coronavírus
Théo Mariano
Goiânia – Após registrar 179 casos e 11 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, Goiás atingiu, nesta segunda-feira (12/10), as marcas de 229.088 contaminados e 5.205 óbitos pela doença. Os números foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), que aponta, ainda, 219 mil recuperados da covid-19 nos municípios goianos.
Segundo os dados da pasta, 239 mortes são investigadas para saber se a causa foi coronavírus, e outros 229 mil pacientes são considerados casos suspeitos. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,27%.
O Governo de Goiás disponibliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.
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O GLOBO
Quebra dos contratos em saúde encarece planos e prejudica os pacientes
O excesso de judicialização da saúde brasileira tem preocupado Estado, operadoras de planos, profissionais do Direito e da Saúde, gestores e a população como um todo. Isso porque o grande número de liminares concedidas no país obrigando as empresas a realizarem procedimentos que nem sempre estão previstos nos contratos dos beneficiários tem causado um perigoso desequilíbrio no mercado. Esse é o entendimento dos participantes do terceiro encontro da "Jornada Jurídica da Saúde Suplementar", que realizamos em conjunto com o Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem). O evento online foi transmitido pelos canais do YouTube do IESS e do Consultor Jurídico (ConJur).
O encontro "Mutualismo e equidade em planos de saúde: princípios e busca por equilíbrio" teve a participação do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ); de Raquel Marimon, diretora do Instituto Brasileiro de Atuária e CEO da Prospera Consultoria; do desembargador Marco Villas Boas, presidente do Copedem e diretor geral da Esmat; e de José Cechin, superintendente executivo do IESS.
"O mutualismo tem uma solidariedade limitada a uma responsabilidade", aponta o ministro Noronha. "O não cumprimento de regras ameaça o equilíbrio econômico do contrato e pode gerar um aumento das mensalidades e, consequentemente, a elitização dos planos de saúde, dificultando o acesso para quem precisa", continua. Segundo ele, esse movimento pode ser um desastre para os mais carentes porque os preços são calculados em cima do risco de cada consumidor, mas o risco judicial não está na conta.
Reforçando os pontos colocados pelo ministro, José Cechin, do IESS, reiterou que o equilíbrio do setor de saúde complementar existe quando os custos são repartidos de maneira proporcional ao risco entre os beneficiários, o que justifica a divisão dos preços por faixa etária entre os planos. "Não é possível fornecer tudo para todos o tempo inteiro. As concessões individuais afetam o equilíbrio porque não foram previstas nos cálculos atuariais que determinam o preço das mensalidades", aponta o especialista.
"O desafio do mutualismo é tornar as incertezas individuais em certezas coletivas. Toda vez que uma decisão individual é tomada em detrimento do coletivo, afeta o equilíbrio do todo", aponta Raquel Marimon. Ela ainda lembrou do importante debate sobre a incorporação de tecnologias à saúde – tema de encontro anterior da Jornada. "É fundamental que toda a incorporação seja acompanhada da análise de impacto econômico de forma mais intensa. Hoje, esse impacto é discutido depois da incorporação. E não antes, como deveria ser", completa.
Para ela, o setor tem avançado em diferentes aspectos e debates, mas ainda levará um tempo para mudanças mais sistêmicas e profundas, como da mudança de modelo de remuneração dos serviços em saúde. "Hoje se remunera pelo volume de procedimentos e não pelo benefício para a saúde do paciente", conclui.
"No Brasil, temos cerca de 47 milhões de pessoas com planos de saúde. Adicione esse montante ao SUS e veja o que acontece. Nosso dever é zelar para que as instituições cumpram seu papel, temos de zelar pelo equilíbrio econômico", enfatiza o ministro João Otávio de Noronha.
Os eventos anteriores da Jornada Jurídica da Saúde Suplementar podem ser acessados pelos canais do IESS no Facebook e YouTube e do ConJur.
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O ESTADO DE S.PAULO
Britânicos fecham pubs e mantêm escolas abertas
Premiê anuncia três níveis de alerta, de acordo com avanço do vírus, mas nenhum prevê fechamento de lojas e instituições de ensino
LONDRES
Criticado em junho por ter planejado a reabertura de zoológicos e bares, mas não a de escolas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, excluiu ontem os estudantes das restrições impostas a partes da Inglaterra em razão do novo avanço da covid-19. Desta vez, os pubs não foram poupados.
As novas diretrizes serão debatidas e votadas hoje no Parlamento e devem entrar em vigor amanhã. Johnson anunciou ainda a liberação de um novo pacote financeiro no valor de 1 bilhão de libras (R$ 7,2 bilhões) para apoiar as áreas mais afetadas pelo avanço da doença.
O sistema adotado ontem pelo governo britânico tem três níveis de alerta – médio, alto e muito alto – e inclui medidas como o fechamento de bares, academias, cassinos e casas de apostas em algumas áreas colocadas no nível de alerta "muito alto". A ideia, segundo o premiê, era simplificar e padronizar as regras.
"Não é assim que queremos viver nossas vidas, mas este é o caminho que temos de trilhar, entre o trauma social e econômico de um bloqueio total e o enorme custo humano e econômico de uma epidemia fora de controle."
Pressionado pelo rápido aumento no número de novos casos, Johnson vem evitando paralisar a economia do país. Ontem, ele afirmou que, no momento, existem mais pessoas hospitalizadas no Reino Unido do que quando o país entrou em lockdown, em março, mas ele descartou a possibilidade de medidas mais extremas. "Eu não acho que devemos ter mais um lockdown completo", afirmou.
De acordo com o primeiroministro, o governo busca alcançar o máximo de consenso possível sobre os pontos mais duros das medidas. Por isso, ele trabalhará com as autoridades locais para analisar medidas adicionais que possam ser tomadas. "Isso pode levar a mais restrições nos setores de hospedagem, lazer, entretenimento ou cuidados pessoais. Mas o comércio de varejo, escolas e universidades permanecerão abertos."
Neste momento, as áreas mais afetadas estão no norte da Inglaterra, em cidades como Liverpool – a área mais atingida do país. O modelo anunciado ontem em Londres não afetará Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que, com competências autônomas em matéria de saúde, definem suas próprias políticas contra covid.
Na área de nível médio, onde se enquadra a maior parte do país, reuniões estão limitadas ao máximo de seis pessoas e os pubs e restaurantes podem ficar abertos até 22 horas. Na região de alerta alto, as pessoas estão proibidas até de se encontrarem em casas de outras famílias. E, no nível máximo, bares e restaurantes serão fechados. Reuniões familiares também estão vetadas.
"Se deixarmos o vírus se espalhar, sofreremos não apenas um número intolerável de mortes de covid-19, mas colocaremos uma grande pressão em nosso NHS (sistema nacional de saúde) com um segundo pico descontrolado", disse Johnson, em pronunciamento. "Nossos médicos e enfermeiras não seriam capazes de se dedicar a outros tratamentos."
Andy Burnham, prefeito de Manchester, que deve permanecer na categoria 2, de alerta alto, disse que ficou satisfeito com o fato de o governo não fechar pubs e bares na região como deve acontecer em Liverpool. No entanto, ele avisou que, se a cidade chegar ao nível 3 (nível mais alto de alerta), ele pressionaria por uma compensação para empresários e trabalhadores que ficarem sem trabalhar.
A maior parte da Inglaterra (69% da população do país) está no nível de alerta mais baixo. Cerca de 28% dos ingleses entrarão no nível 2, de alerta alto. E apenas 3% – basicamente a região metropolitana de Liverpool – viverão sob as restrições estabelecidas no nível muito alto de alerta
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CORREIO BRAZILIENSE
OMS critica ideia de deixar o Sars-CoV-2 circular
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), deixar o coronavírus circular a fim de alcançar imunidade coletiva "não é uma opção". O posicionamento da agência das Nações Unidas, anunciado ontem, é uma resposta aos defensores do fim do isolamento social. A organização defende que a estratégia está fora de cogitação porque ainda não se sabe a duração dos anticorpos produzidos por quem foi infectado pelo Sars-CoV-2. Segundo os especialistas, a imunidade de rebanho só será eficaz quando for obtida por meio da vacinação das pessoas.
"Nunca na história da saúde pública a imunidade coletiva foi usada como estratégia para responder a uma epidemia, muito menos a uma pandemia. É científica e eticamente problemático", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa. "Deixar o caminho livre para um vírus perigoso, do qual não entendemos tudo, é simplesmente antiético. Não é uma opção", completou.
Ghebreyesus ressaltou que a maioria das pessoas ainda está em alto risco. "As pesquisas de soroprevalência sugerem que, na maioria dos países, menos de 10% da população foram infectadas", detalhou. Ele também ressaltou que faltam informações sobre o que acontece depois que as pessoas são curadas e que há casos de indivíduos que foram infectados novamente. "A maioria das pessoas desenvolve uma resposta imunológica nas primeiras semanas, mas não sabemos se essa resposta é forte ou durável ou se difere de pessoa para pessoa", afirmou.
Vacinação
O diretor-geral da OMS esclareceu que o conceito de imunidade de rebanho é utilizado nas campanhas de vacinação e lembrou que, para a varíola, é necessário que 95% da população sejam vacinadas, o que garante a proteção dos 5% restantes. No caso da poliomielite, a taxa é de 80%.
Quanto ao surgimento da fórmula que protegerá a população do Sars-CoV-2, a OMS é otimista. Diretora científica da agência, Soumya Swaminathan afirmou que há cerca de 40 potenciais vacinas em ensaios clínicos. Dessas, 10 estão na fase três de análises, a etapa final, que permitirá "conhecer sua eficácia e segurança". Swaminathan considerou que alguns grupos farmacêuticos poderão ter "dados suficientes" desses testes a partir de dezembro.
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Remédio para úlcera tem efeito antiviral
Um medicamento antimicrobiano usado para tratar úlceras estomacais gerou resultados promissores no combate à covid-19. Pesquisadores chineses testaram metalofármacos, compostos contendo metais comumente usados contra bactérias, em hamsters infectados pelo novo coronavírus. Uma das drogas, o citrato de bismuto ranitidina (RBC), mostrou-se um poderoso agente contra o Sars-CoV-2. "O RBC reduziu a carga viral no pulmão de hamsters (…) Nossa descoberta mostra que ele é um possível antiviral contra a covid-19", afirma, em comunicado, Runming Wang, pesquisador da Universidade de Hong Kong e autor do estudo. Ele lembra que não é possível garantir que o efeito nas cobaias será o mesmo em humanos, sendo necessária a realização de mais análises.
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JORNAL OPÇÃO
Acidentes no trânsito são principal causa de morte de crianças no Brasil
Por Fernanda Santos
De acordo com os dados mais recentes do DataSUS, 35% das crianças entre 0 e 14 anos morreram como ocupantes de automóveis e 28% como pedestres
Mesmo com o uso obrigatório da cadeirinha e do assento de elevação, além de outras medidas que buscam assegurar a proteção das crianças em veículos, os últimos dados (2018) apontam que acidentes de trânsito ainda são a principal causa da morte de crianças entre 0 e 14 anos no Brasil, segundo o DataSUS.
De acordo com o levantamento, 35% das crianças vitimadas em acidentes de trânsito estão em condição de ocupantes do veículo envolvido. Em segundo lugar, com 28% dos óbitos ocasionados por automóveis, as crianças são pedestres.
Apenas em 2018, 112 crianças morreram em acidentes de motocicletas, e em 2019, 2.615 deram entrada no SUS por essa razão. 45% delas tinham abaixo de dez anos de idade.
Nova lei de trânsito
O novo texto aprovado no Congresso e que altera o Código de Trânsito Brasileiro introduz novas medidas para ampliar a eficácia dos métodos de proteção às crianças. O descumprimento da obrigatoriedade dos equipamentos para crianças até dez anos de idade resultaria em infração gravíssima, com multa de pelo menos R$293,47.
O motivo de se ter elevado a idade em que o uso dos equipamentos é obrigatório para dez anos, é que o cinto não chega ao ombro de uma criança até 1,45m de altura, mas no pescoço. Com isso, um acidente poderia resultar em consequências graves. O assento de elevação permite com que o cinto passe no ombro da criança, meio do peito e quadril, onde o corpo possui maior resistência para impactos.
A nova lei, no entanto, ainda não foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Outra alteração que ela traz é a idade mínima para transporte de crianças em motocicletas, que passa a ser dez anos. Na atual lei, crianças a partir de sete anos já possuem permissão para passeios nesses veículos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação