ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Cremego – Nossa homenagem a Joffre Marcondes de Rezende, professor da medicina em Goiás
• Erramos
• Editorial – Armadilhas da estética
• Estética – Mais uma mulher está internada
• Ingestão de objetos – HMI teve 498 casos em 10 meses
• Regulamentação do canabidiol pelo CFM
O POPULAR
Cremego – Nossa homenagem a Joffre Marcondes de Rezende, professor da medicina em Goiás
O Cremego orgulha-se de ter em seu quadro um homem que há 64 anos dedica a vida à medicina.
Por isso, nossos parabéns ao médico, professor e escritor Joffre Marcondes de Rezende pela justa homenagem recebida do Conselho Federal de Medicina (CFM), que lhe outorgou a Comenda Fernando Filgueria – Medicina e Ensino Médico, entregue no dia 6 de novembro durante o IV Congresso Brasileiro de Humanidades em Medicina, realizado em recife (PE).
Indicado pelo Cremego e escolhido entre médicos de todo o País, Joffre é considerado pelos colegas um verdadeiro mestre. Em 2005, tivermos a satisfação de homenageá-lo com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico e, agora, compartilhamos esse reconhecimento nacional.
Ao mestre, toda a nossa consideração e nossos agradecimentos por tudo o que tem feito pela medicina e por tudo o que tem ensinado à classe médica.
Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás
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Erramos – Diferentemente do publicado domingo na reportagem Riscos da beleza a qualquer custo, o cirurgião plástico Luiz Humberto Garcia afirmou que pouquíssimos médicos realizam preenchimento com polimetilmetacrilato (PMMA).
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Editorial – Armadilhas da estética
As investigações sobre a morte da auxiliar de leilões Maria José Medrado, 35, após submeter-se a procedimento para aumentar as nádegas, vão ampliando a extensão de um perigoso esquema ilícito. Conforme apurou a polícia, já chega a 24 o número de mulheres que passaram por procedimentos semelhantes ao que custou a vida de Maria José.
A ânsia de obter resultados estéticos a qualquer custo torna vulneráveis pessoas que descuidam de precauções mínimas, como uma criteriosa avaliação da oferta de tais serviços. E essa quase inexplicável desatenção favorece quem, sem escrúpulos, detecta a chance de lucro fácil.
Em Goiânia, segundo informou a polícia, agia uma mulher que mora no Rio de Janeiro e se apresentava como médica. Ela é apontada como sócia da acusada de aplicar a substância que se revelou mortal, assim como há evidências do envolvimento de uma fisioterapeuta. O caso, com ampla repercussão no noticiário desde o final de outubro, indica associação criminosa.
Tantos alertas, porém, parecem não ter sido suficientes para evitar novas vítimas. Na edição de hoje deste jornal, reportagem mostra que mais uma jovem sofre as consequências de um procedimento irregular. Ela foi hospitalizada, com dores, febre e outros sintomas, depois da aplicação em suas nádegas de substância ainda não identificada. O avanço desse crime tem de parar sob risco de graves danos à saúde de pessoas incautas.
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Estética
Mais uma mulher está internada
Funcionária de loja aplicou produto com a intenção de corrigir imperfeições nos glúteos
Menos de 20 dias depois da morte de Maria José Medrado, de 39 anos, após a aplicação de uma substância para aumentar os glúteos, supostamente o hidrogel, outra mulher de Goiânia foi internada devido a complicações depois de procedimentos estéticos na busca pelo corpo perfeito. A funcionária de uma loja de departamentos, de 26 anos, que não quer se identificar, foi hospitalizada no domingo no Hospital Jardim América com falta de ar, febre e abcessos drenando secreção purulenta. Ao hospital ela teria informado que o instrutor da academia de ginástica que ela frequenta aplicou, há cerca de duas semanas, um produto que a vítima identificou como hormônio, para corrigir imperfeições dos glúteos.
O marido da mulher disse à reportagem que ela não quis dar mais detalhes sobre a aplicação, nem mesmo aos médicos. “Foi indicação de uma amiga que já tinha feito e conseguiu resultados. Ela me disse que foi um hormônio para emagrecer, para queima de gordura”, disse. Ele afirma que foi a primeira aplicação feita pela jovem, que apresentou rejeição à substância. “Ela passou muito mal, sentiu muita dor e falta de ar”, conta. A mulher está se recuperando e deve receber alta ainda hoje, disse o marido. A reportagem procurou o médico que está cuidando dela, mas ele alegou que, em função do sigilo profissional, não poderia dar informações.
A jovem chegou ao hospital com quadro de infecção e recebeu os primeiros atendimentos no pronto-socorro. Em seguida, foi encaminhada para internação na enfermaria, sem risco de morte. Segundo o marido, a substância aplicada, que ela identificou como hormônio, não tem a finalidade de aumentar a massa muscular, mas de provocar a queima de gordura. O produto, afirmou, pode ser injetado em qualquer parte do corpo, mas ele garantiu que não sabia seu nome ou marca.
A tentativa de driblar a genética, os efeitos da idade ou corrigir pequenas imperfeições podem levar as mulheres ou homens a graves consequências, caso o procedimento não seja feito por profissional habilitado, com substâncias de eficácia comprovada e efeitos colaterais testados. Em reportagem publicada no domingo pelo POPULAR, médicos ressaltaram os riscos da busca pela beleza a qualquer custo, que fez crescer de forma acelerada a oferta de serviços e produtos, nem sempre confiáveis, como alternativas não cirúrgicas para esculpir corpo e rosto.
Entre as substâncias proibidas, constam o lipostabil, enzima que já foi usada para queima de gordura, por meio de aplicações no corpo, e que foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há ainda o caso do silicone líquido industrial, também vetado por causar processos inflamatórios e migrar para membros inferiores após sua aplicação.
Com a repercussão do caso de Maria José, que morreu após um procedimento de bioplastia nos glúteos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou em sua página uma nota de esclarecimento à sociedade, alertando sobre os riscos de procedimentos de preenchimento estético. No texto, o conselho reforça que a execução de procedimentos invasivos – sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos – é atividade privativa do médico, conforme determinação da Lei do Ato Médico (12.842/13). O CFM pede às autoridades que “coíbam a atuação de indivíduos não médicos e à revelia da Lei nº 12.842/13, que com promessas de resultados mirabolantes interrompem vidas e deixam sequelas em homens e mulheres”.
A nota também pontua que o documento, que redefine as regras para fiscalização do exercício da medicina em território nacional, diferencia os consultórios e ambulatórios em quatro grupos, que vão desde os que oferecem serviços mais simples, até aqueles que realizam procedimentos mais complexos, com riscos de anafilaxias (reações alérgicas sistêmicas) ou paradas cardiorrespiratórias. Os casos de complicação registrados após preenchimento nos glúteos feitos por Raquel Policena, que se apresentava como biomédica, e suas parceiras de trabalho, já chegam a 24, segundo identificou a polícia. As mulheres se queixam de prejuízos estéticos e danos à saúde, inclusive risco de embolia.
Procedimentos avançavam até de madrugada
Gabriela Lima
A Polícia Civil já identificou 24 vítimas de aplicações ilegais de produto para aumentar o bumbum, procedimento suspeito de ter causado a morte da auxiliar de leilões Maria José Medrado, em Goiânia.
Na tarde de ontem, outra vítima de Raquel Policena Rosa, uma atendente de 25 anos prestou depoimento, no 17º Distrito Policial. A jovem relatou ao POPULAR que os procedimentos adentravam a madrugada. “No dia que eu fiz, tinha pelo menos umas 15 meninas. Cheguei às 18h30 e saí de lá meia-noite. Ainda tinha umas três para serem atendidas”, relatou.
A atendente conta que fez o procedimento no final de julho, durante um dia de semana, na clínica do Setor Marista. Ela pagou R$ 3 mil por duas sessões de bioplastia com hidrogel. Fez a primeira, no fim de julho, mas foi impedida pelos pais de fazer o retoque porque passou mal. “Tive tremedeira, dor de cabeça e falta de ar”, relatou.
Segundo a jovem, o produto foi aplicado por Thaís Maia Silva, que se identificava como médica do Rio de Janeiro e tinha ligação com Raquel (veja matéria nesta página).
Depois que se sentiu mal, a atendente procurou Thaís, que, por mensagens de celular, receitou um corticóide e uma pomada para amenizar a inflamação. Atualmente, a jovem se sente bem, mas teme pela saúde. Diz que vai procurar um médico de confiança, para realizar exames.
A atendente também fala que se sente enganada. “Ela (Raquel) mostrou um monte de fotos que convenciam. Ficava bonito. Mas no final não ficou como estava nas fotos.”
Apesar do arrependimento e do medo, a jovem se diz aliviada por não passado pela segunda sessão de bioplastia. Sobre a morte da auxiliar de leilões após a aplicação do produto, ela afirma: “Podia ter sido eu, porque eu iria fazer o retoque”.
BLOQUEIO
O advogado Rômulo Sebba, representante da família de Maria José Medrado esteve no 17º DP, na tarde ontem, acompanhado do filho da vítima. Ele disse que procurou a delegacia para ter acesso aos autos e afirmou que estuda um pedido de bloqueio de bens de Raquel Policena, responsável pela aplicação. A medida tem como objetivo assegurar uma indenização para a família da vítima, caso fique comprovada a responsabilidade de Raquel na morte.
Polícia procura mulher que se identificava com médica do Rio
A Polícia Civil de Goiás quer o depoimento de uma mulher que se identificava como médica do Rio de Janeiro para fazer aplicações de preenchimento nos glúteos em Goiânia e que teria relação com Raquel Policena Rosa, acusada de ter provocado a morte da auxiliar de leilões Maria José Medrado, no dia 25 de outubro. Thaís Maia Silva já foi reconhecida formalmente por clientes que fizeram o procedimento na capital nos últimos meses.
Conforme O POPULAR apurou, ela teria iniciado um esquema de bioplastia na capital goiana a partir de julho que logo se espalhou pelas redes sociais e no qual está envolvida Raquel. “Existe a possibilidade de, num primeiro momento, a Thaís ter ensinado a Raquel”, explicou a delegada Myriam Vidal, titular do 17º Distrito Policial (17º DP) e responsável pelo caso.
Além de Thaís e Raquel, também são investigados o professor de língua estrangeira Fábio Ribeiro, namorado de Raquel, e a fisioterapeuta Joice Flausino. “O namorado (de Raquel) ficava recebendo, passava cartão e a Joice sublocava o consultório”, disse Myriam Vidal.
De acordo com o depoimento de Joice à polícia, as sublocações aconteceram em dois finais de semana de julho e um de agosto. No segundo dia da aplicação ocorrida em agosto, a Vigilância Sanitária chegou ao Centro Terapêutico e Raquel e Fábio fugiram.
Segundo a delegada, depois de um tempo, houve um desentendimento entre Raquel e Thaís, que deixaram de atuar juntas. A suposta médica, então, convidou Joice e a fisioterapeuta, que trabalhava como atendente em uma clínica no Setor Bueno, passou a auxiliá-la. “Ela alugou uma sala da clínica por uma semana, a Thaís veio do Rio de Janeiro e as duas realizaram o procedimento”, relatou. De acordo com o depoimento de Joice à polícia, as sublocações aconteceram em dois finais de semana de julho e um de agosto. No segundo dia da aplicação ocorrida em agosto, a Vigilância Sanitária chegou ao Centro Terapêutico e Raquel e Fábio fugiram.
Em relação à sublocação do consultório no Setor Marista, a fisiterapeuta deverá responder por lesões sofridas pelas vítimas, caso sejam comprovadas. “Eu entendo que uma profissional da saúde, que está sabendo qual o procedimento realizado, ela assume o risco do que acontece alí. Ela tinha ciência, fazia propaganda, falava que era seguro”, disse a delegada. Como auxiliou Thaís na clínica do Setor Bueno, segundo a delegada, a fisioterapeuta também deverá responder por exercício ilegal da medicina.
Joice deixou a delegacia chorando e não quis falar com a imprensa. Mas em entrevista ao POPULAR, publicada na edição de terça-feira, ela já havia confirmado a sublocação à dupla: “Eu estava precisando de dinheiro para pagar o aluguel da clínica e uma esteticista me indicou a Raquel para alugar a sala. Disse que se tratava de uma pessoa especializada e usaria o consultório para fazer procedimento estético no bumbum”.
A própria fisioterapeuta se submeteu à bioplastia, feita por Thaís. “Eu também fui vítima nessa história”, alegou. No entanto, disse não ter tido nenhum problema com o resultado.
SEM REGISTRO
A polícia investiga se a mulher que se apresentava como Thaís era realmente médica no Rio de Janeiro. A delegada responsábel pelo caso disse que aguarda uma resposta do Conselho de Medicina do estado. Mas a reportagem fez uma consulta no site do Conselho Federal de Medicina (CFM) e não há nenhuma médica no país registrada com esse nome.
A assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) esclarece que, mesmo se estivesse com situação legal no Rio de Janeiro, a suposta médica deveria ter procurado o Cremego para atuar no Estado, pois o registro é regional.
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Ingestão de objetos
HMI teve 498 casos em 10 meses
Médicos dizem ser comum esse tipo de acidente doméstico com crianças. Pais devem ficar atentos
Patrícia Drummond
Pais de crianças como Valentina, de nove meses – que morreu nesta semana, em Curitiba (PR), depois de ficar internada por quase três meses após engolir uma presilha de cabelo -, ou de Henrique, de 2 anos – que, em abril passado, ganhou as páginas do POPULAR sofrendo as consequências de uma pilha de brinquedo enfiada no nariz -, têm motivos de sobra para não descuidar um minuto sequer dos pequenos em sua rotina diária. Acidentes domésticos envolvendo a ingestão ou a aspiração de objetos como baterias eletrônicas, moedas, pregos brincos e até lâminas de apontadores, são mais frequentes do que se imagina, e, em alguns casos, se não houver atendimento adequado, podem levar à morte.
De acordo com o Hospital Materno Infantil (HMI), só neste ano, de janeiro a outubro, 498 crianças foram atendidas na unidade por ingestão, em acidentes domésticos, de corpos estranhos ao organismo como pilhas, baterias, parafusos, pedaços de brinquedos, rodinhas, grampos, milho, feijão, caco de vidro e pedra, entre outros.
“Essa situação é bastante comum. Em 22 anos de experiência, acho que já devo ter tirado, sem exagero, uns mil corpos estranhos de pacientes. Cheguei, inclusive, a guardar alguns objetos”, relata o pediatra Fernando Gomide, especialista em broncoscopia e endoscopia digestiva, e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG). Segundo ele, nesse tipo de situação, a faixa etária de maior ocorrência é entre 1 e 4 anos de idade. O alerta fica para casos em que o corpo estranho é perfurocortante ou corrosivo e atinge o pulmão, por broncoaspiração.
“Moedas, por exemplo, podem esperar até um mês para serem retiradas. Já pilhas e baterias eletrônicas, exigem retirada imediata, por causa da substância corrosiva que possuem”, afirma o especialista. “Por outro lado, se o corpo estranho fica se movimentando no pulmão, podem ocorrer laringoespasmos ou broncoespasmos, e a criança, então, morre por asfixia”, acrescenta, lembrando que outras consequências podem ser infecções pulmonares, levando a um quadro de pneumonia de repetição.
Gomide retirou, recentemente, por meio de endoscopia, um brinco do esôfago de um bebê de apenas um mês. “Foi um presente do avô, que a criança acabou engolindo”, relata.
MOEDA É CAMPEÃ
Médica gastropediatra do HMI, Herika Fukuchima diz que a ingestão de moedas, por crianças, é a mais comum e dificilmente causa uma lesão grave; “a chance de ser expelida por meio das fezes é enorme”, ao contrário de outros objetos. A especialista conta já ter retirado, por exemplo, de um garoto de seis anos, a lâmina de um apontador de lápis: “É incrível o que essas crianças conseguem fazer, mas é uma curiosidade natural da idade, que exige muita atenção dos pais”, ressalta.
Nesse sentido, o cirurgião pediátrico Zacharias Calil destaca que o organismo infantil reage rapidamente e os danos também são rápidos. “As reações são imediatas na criança, então é preciso ter total atenção aos sintomas e procurar um médico o mais rápido possível. Na maior parte das vezes, um raio-x e outros exames de imagem pode, detectar o problema”, argumenta. Na profissão, Calil diz já ter se deparado com diferentes objetos ingeridos os aspirados por crianças – de agulha a feijão, passando por espinho de peixe, osso de frango, moela, prego e até um alfinete aberto.
Números da ONG Criança Segura – com base em dados do Ministério da Saúde (MS), por meio do DataSus – apontam que 408 crianças precisaram ficar internadas no Brasil, em 2012, porque inalaram ou engoliram pequenos objetos. Desse total, 30 morreram. Os dados de 2013 ainda não foram divulgados.
Cuidados diários após cirurgia de retirada
Seis meses depois da publicação da reportagem no POPULAR, pouca coisa mudou na vida do pequeno Henrique, de 2 anos, que, no início deste ano, passou por quatro médicos pagos pelo plano de saúde e quatro diagnósticos diferentes até descobrir o real motivo de seu problema: uma pilha no nariz. A história começou nos primeiros dias de fevereiro, quando a criança apresentou, como sintomas, febre de 39 graus e um pouco de coriza.
“Ele nunca reclamou de dor. A babá chegou a vê-lo desmontando um dos briquedos do irmão, mas nunca saberemos, de fato, como aconteceu”, contou à reportagem, na ocasião, o pai do menino, o empresário Dihosley Silva Santos, de 28 anos. Foram cerca de 60 dias com o corpo estranho no nariz. Por causa da demora na descoberta e no tratamento adequado, com a retirada do objeto por meio de cirurgia, em 2 de abril, Henrique acabou perdendo o triângulo cartilaginoso da região nasal e, hoje, tem que ser cuidado diariamente, até que possa ser novamente operado, aos 16 anos, conforme orientação médica.
“Meu filho está tomando antibióticos mais fortes, de terceira geração, e precisamos fazer a limpeza do local todos os dias, com soro fisiológico, por causa do excesso de secreção. Também está com sinusite, agora”, relata Santos, que, ao lado da mulher, Dayanne Pereira Silva Santos, cria outros dois filhos menores, de seis e oito anos. “Depois disso tudo, nossa atenção em casa, com as crianças, redobrou. Tem brinquedos que, mesmo aprovados pelo Inmetro, a gente deixa de comprar. Não deixamos mais nada espalhado pelos cômodos e também solicitamos o maior cuidado por parte da escola”, completa o empresário. “É muito triste uma família enfrentar uma situação dessas. Não desejo para ninguém.”
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AGÊNCIA BRASIL
Regulamentação do canabidiol pelo CFM
ALEX RODRIGUES AGÊNCIA BRASIL
O Conselho Federal de Medicina (CFM) discute os termos de uma resolução que autorize os médicos de todo o país a prescreverem, para uso medicinal, remédios feitos a partir da substância canabidiol, um derivado da maconha (Cannabis sativa) que não causa efeitos alucinógenos ou psicóticos. A falta de normatização sobre o assunto é uma das dificuldades para que pessoas que estão em tratamento devido a doenças graves obtenham uma receita médica para pleitear, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorização para importar medicamentos feitos a partir do canabidiol.
A expectativa é que a proposta de texto seja apreciada durante a próxima reunião da instituição médica. Segundo Frederico Garcia, representante do CFM no Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad), uma das hipóteses em análise é autorizar o chamado uso compassivo do canabinóide (conjunto de substâncias derivadas da Cannabis sativa, dentre elas o canabidiol) como mais um procedimento clínico.
"Qualquer procedimento clínico precisa ser autorizado pelo CFM. O que o CFM vai fazer é autorizar o uso compassivo para situações extremas, emergenciais, e nas quais médico e paciente discutem quais os benefícios e os possíveis riscos do tratamento. Se os dois estiverem de acordo, assinam um termo de consentimento e de responsabilidade", disse Garcia à Agência Brasil após participar, ontem, da reunião ordinária do Conad, em Brasília.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação