ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Operação que apura desvios de R$ 50 milhões do Ipasgo apreende aeronave, obras de arte e carros de luxo em Goiânia
Morte de paciente que teve prescrição inadequada de quimioterapia pode ser considerada homicídio
Ingoh pode ter atividades suspensas por utilização de medicação vencida
Mais vidas foram salvas com a redução de infecções em UTIs do SUS
Ministério da Saúde quer saber sua opinião sobre doenças relacionadas ao trabalho
Verticalização traz vantagens para clientes com planos de saúde
Planos começam a recuperar clientela perdida para a crise econômica
Engenharia e cursos de saúde podem ser até 40% a distância
Redes pública e privada oferecem atendimento de qualidade
Superfarmacêutica Orygen encerra suas atividades
Tecnologia que grava consulta médica deverá revelar a saúde do paciente
Público-alvo de vacinas contra febre amarela e gripe será ampliado em 2020
Tabela de repasses mostra que Hospital Municipal de Iporá recebeu mais de 1,5 milhão em 2019
PORTAL G1
Operação que apura desvios de R$ 50 milhões do Ipasgo apreende aeronave, obras de arte e carros de luxo em Goiânia
Investigação aponta que a auditoria médica era feita por robôs e o instituto Ingoh, alvo da operação, comprava remédios de baixo custo como se fossem de alto custo.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
A operação da Polícia Civil que apura supostos desvios de R$ 50 milhões em fraudes nas auditorias médicas entre o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) e o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) apreendeu uma aeronave, carros de luxo, obras de arte e documentos em 19 endereços de Goiânia, ligados principalmente ao Ingoh. Na sede do instituto, os agentes recolheram medicamentos e prontuários de pacientes atendidos em clínicas da rede.
As equipes policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em casas e apartamentos de diretores do Ingoh e ex-gestores do Ipasgo. A polícia pediu a prisão preventiva de oito investigados, mas a Justiça de Goiás não autorizou.
Em nota, o Ingoh, disse que recebeu as informações sobre a operação com "total tranquilidade" e que colabora com as investigações. O Ipasgo, por sua vez, disse em nota que apoia as investigações sobre o suposto esquema nas gestões passadas. (veja as notas do Ipasgo e do Ingoh na íntegra ao final da reportagem).
A investigação durou seis meses e identificou três formas que os investigados usavam para fraudar as auditorias médicas. A primeira acontecia automaticamente com a ajuda de um robô. A segunda, por meio de empresas terceirizadas e a terceira através de médicos a serviço do Ipasgo e do Ingoh.
Com essas estratégias, as contas a receber do Ingoh foram aprovadas sem cortes, as chamadas glosas nas notas fiscais, e com faturamento até 10 vezes superior ao recebido pelas demais clínicas credenciadas.
O Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia foi credenciado no Ipasgo em 2013, por meio de regime especial, para fazer tratamento de quimioterapia em pacientes com câncer. À época da licitação, o Ingoh se comprometeu a dar descontos de até 15% nos medicamentos usados. As investigações revelaram, no entanto, que o instituto cobrava preços acima do praticado no mercado, usava dosagens menores do que o indicado e produtos de baixa qualidade para lucrar mais.
A polícia apurou que um idoso morreu no início de 2017 por causa das práticas executadas pelo instituto e pelo uso de medicamentos de baixa qualidade.
"Essa pessoa tinha um tratamento adequado em um local. Segundo depoimento da própria filha, ela procurou uma segunda opinião. O pai já estava em estágio avançado da doença", relata o delegado Luiz Gonzaga Júnior.
O delegado ressalta que o paciente recebeu um tratamento inadequado no Ingoh, além de remédios em desconformidade com normativas de saúde sobre o câncer. "Ele teve um encurtamento da sobrevida e chegou ao resultado morte", explica Gonzaga júnior.
O secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda, destaca que o suposto esquema é antigo e pode ter colocado em risco a vida de outros pacientes atendidos no instituto.
Nota do Ipasgo
O Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) apoia o andamento da Operação Metástase, da Polícia Civil do Estado de Goiás, que investiga um esquema criminoso que ocorria no órgão nas gestões passadas. Os primeiros indícios de fraudes e desvios apareceram em auditoria promovida pela atual gestão do Ipasgo, cujos dados foram reportados à Controladoria Geral do Estado.
O Ipasgo espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados e informa que a nova gestão tem atuado para fortalecer as medidas de transparência e o combate à corrupção.
Ao longo deste ano, a nova gestão do Ipasgo avançou nas ações controle, aderiu ao Programa de Compliance Público e também atuou para regularizar a situação financeira do instituto. Neste período, foram pagas as dívidas deixadas pelos governos anteriores com a rede credenciada, que chegavam a quase R$ 500 milhões. Após esta etapa, os pagamentos para empresas e profissionais credenciados ao Ipasgo foram regularizados e as datas de quitações foram unificadas pela primeira vez na história do plano.
A rede credenciada foi ampliada e novos serviços de saúde passaram a ser oferecidos em várias regiões do Estado, como Entorno do Distrito Federal, região metropolitana e oeste goiano. Em Aparecida, a nova gestão inaugurou a primeira unidade do projeto Ipasgo Clínicas, que agora oferece pronto atendimento 24 horas para crianças e programa saúde da mulher.
Nota do Ingoh
O Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia manifesta sua total tranquilidade com a operação policial de buscas promovida pela investigação nominada como Operação Metástase, especialmente porque vem colaborando permanentemente com as investigações, tendo se posicionado junto ao GAECO/MP-GO, em documento formal, pela abertura de todos os documentos, sistemas e fontes de dados e informações do instituto e seus diretores para quaisquer busca de informações de interesse da investigação policial.
É de total interesse do Ingoh a restauração da verdade, confiante nos métodos e na ética da empresa que construiu credibilidade e respeitabilidade em 50 anos de atuação no mercado goiano, nunca tendo se envolvido com atividades irregulares.
O Ingoh está certo que logo, através das investigações da Polícia, Ministério Público e da atuação do Judiciário, ficará comprovado que o Instituto não tem qualquer envolvimento com os supostos atos de ilegalidades praticados junto ao Ipasgo.
À imprensa informamos a nossa postura de transparência e pleno compromisso com a verdade, solicitando compreensão pela necessidade circunstancial de nomear como porta-voz do Ingoh o advogado Iure de Castro que apresentará novos posicionamentos e esclarecimentos necessários.
O Ingoh esclarece a acusação de que o óbito de um paciente, AFA, atendido em um única ocasião, em dezembro de 2017, é leviana e extremamente inoportuna.
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A REDAÇÃO
Morte de paciente que teve prescrição inadequada de quimioterapia pode ser considerada homicídio
Por Elisama Ximenes
“Se o médico sabe que o medicamento não fará efeito e reduzirá a sobrevida, esse dolo é direto”, afirmou o secretário de Segurança Pública em apresentação sobre a Operação Metástase
Em coletiva dada nesta quinta-feira, 12, após a deflagração da Operação Metástase, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, disse que a morte do paciente que teve prescrição e aplicação inadequada de tratamento quimioterápico pode ser considerada homicídio.
A operação mira indivíduos vinculados ao Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh), nas pessoas de seus sócios e outros profissionais, e antigos servidores da cúpula do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo).
A investigação apontou a existência de uma estrutura típica de organização criminosa, com a nítida divisão de tarefas direcionadas à estruturação e consecução de um esquema grandioso e fraudulento de desvios milionários de recursos da instituição pública.
Morte
Entre as fraudes, a polícia identificou que uma das ações do grupo foi a prescrição e aplicação de tratamento quimioterápico inadequado com objetivo de angariar vantagem indevida – irregularidade materializada no caso do paciente Alexandre Francisco de Abreu, que morreu devido à medicação desnecessária.
“Isso não é dolo eventual, é dolo direto. Se o médico sabe que o medicamento não fará efeito e reduzirá a sobrevida, esse dolo é direto”, afirmou o secretário, que acrescenta: “Esse é o primeiro caso documentado, nada impede que novos sejam encontrados”.
De acordo com o delegado Luiz Gonzaga, auditores vinculados ao Ingoh trabalhavam como médicos e ao mesmo tempo auditavam pelo Ipasgo. Ou seja, era o Ingoh fiscalizando a si próprio.
“O próprio presidente recebeu honorário sem trabalhar no Ingoh, mas esses honorários ele já está pagando, porque reconheceu o erro dele”, acrescentou.
Segundo o delegado, os envolvidos podem responder por peculato, participação em organização criminosa, lavagem de capitais e homicídio.
Ingoh
Em nota divulgada à imprensa, a direção do Instituto manifestou sua “total tranquilidade” diante do ocorrido, principalmente por estar “colaborando permanentemente” com as investigações, tendo se posicionado junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-GO), por meio de documento formal, pela “abertura de todos os documentos, sistemas e fontes de dados e informações do instituto e seus diretores para quaisquer buscas de interesse da investigação policial”.
Os dirigentes do Instituto também afirmaram ser de total interesse do Ingoh a “restauração da verdade”. Posteriormente, demonstrou confiança nos métodos e na ética da empresa que “construiu credibilidade e respeitabilidade em 50 anos de atuação no mercado goiano, nunca tendo se envolvido com atividades irregulares”.
Ingoh pode ter atividades suspensas por utilização de medicação vencida
Por Luiz Phillipe Araújo
Operação que apura esquema de corrupção milionário entre o Ipasgo e o instituto encontrou medicações que incluem drogas quimioterápicas fora da validade e em uso
A operação que investiga esquema de corrupção milionário envolvendo o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) e o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) pode resultar na suspensão da atividade do primeiro. É que durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão a força tarefa encontrou medicamentos vencidos na farmácia do instituto. Segundo os investigadores, a medicação, que inclui tratamentos de quimioterapia, estaria em uso.
Durante coletiva concedida nesta quinta-feira, 12, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, disse que, apesar de ser um policial com experiência, está sob sentimento de revolta quanto ao esquema. Ao citar os medicamentos vencidos, o secretário acrescentou a lembrança sobre o outro ponto investigado, que constatou a aplicação de remédios mais baratos que os que constavam nos relatórios, além de indicação de tratamento quimioterápico em um paciente com estado avançado da doença e que, segundo aponta a investigação, reduziu a sobrevida do enfermo que veio a óbito dias após a seção quimioterápica.
O delegado Rômulo Figueiredo, do Núcleo de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, afirmou que os investigadores buscam os responsáveis pela negligência com a medicação. “Estamos falando de câncer, uma doença tão grave e que deveria ser motivo de extremos cuidados por parte dos responsáveis por cuidar desses pacientes”, afirmou.
Posição
Em nota divulgada à imprensa, a direção do Instituto manifestou sua “total tranquilidade” diante do ocorrido, principalmente por estar “colaborando permanentemente” com as investigações, tendo se posicionado junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-GO), por meio de documento formal, pela “abertura de todos os documentos, sistemas e fontes de dados e informações do instituto e seus diretores para quaisquer buscas de interesse da investigação policial”.
Os dirigentes do Instituto também afirmaram ser de total interesse do Ingoh a “restauração da verdade”. Posteriormente, demonstrou confiança nos métodos e na ética da empresa que “construiu credibilidade e respeitabilidade em 50 anos de atuação no mercado goiano, nunca tendo se envolvido com atividades irregulares”. O instituto também marcou coletiva para sexta-feira, 13, para tratar do assunto,
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AGÊNCIA SAÚDE
Mais vidas foram salvas com a redução de infecções em UTIs do SUS
Até outubro de 2019, houve redução nos três principais tipos de infecções relacionadas à assistência à saúde: infecção primária da corrente sanguínea associada à cateter venoso central, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecção do trato urinário associada à cateter vesical
Entre janeiro de 2018 e outubro de 2019, mais de quatro mil casos de infecções foram evitadas no país, em UTIs de hospitais da rede pública de saúde. No mesmo período, 1.411 vidas foram salvas. Os números positivos foram conseguidos a partir do projeto "Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil", do Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir as infecções em Unidades de Terapia Intensiva, aumentar a segurança do paciente, a comunicação entre os profissionais de saúde e pacientes, além do uso correto de equipamentos.
Até outubro de 2019, o projeto obteve uma expressiva redução nos três principais tipos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS): infecção primária da corrente sanguínea associada à cateter venoso central (IPCSL), com diminuição de 46%; pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), com queda de 51%, e infecção do trato urinário associada à cateter vesical (ITU-AC), com redução de 62%.
O projeto "Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil" começou em 2018 e segue até 2020. Atualmente, fazem parte 115 hospitais públicos e filantrópicos que atendem ao SUS. O projeto é executado pelos cinco hospitais de referência integrantes do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.
Os hospitais de referência são responsáveis por desenvolver as equipes para o alcance das metas pretendidas. As atividades a serem executadas são o desenvolvimento de capacidades técnicas de equipes, a revisão do sistema de trabalho, a melhoria do processo com uso de ferramentas, implementação das ações de mudanças, mensuração e monitoramento dos indicadores de resultado e processo, aliado a uma teoria forte de mudança consagrada nas melhores práticas.
O fortalecimento do projeto e ampliação da metodologia para mais hospitais do SUS é uma prioridade da iniciativa para o próximo ano. Até o final de 2020, a meta é alcançar a redução de 50% dos três principais tipos de IRAS, e disseminar a iniciativa a partir de 2021 para mais hospitais em todo o Brasil.
De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência (DAHU), do Ministério da Saúde, Adriana Mello Teixeira os resultados são impressionantes e importantes no âmbito do SUS. Agradeço a todos os envolvidos. Aos hospitais de excelência pela parceria e aos hospitais participantes pelos resultados. É muito bom ver todos engajados na busca para mudar a cultura e estrutura de cada instituição, apresentando resultados positivos que impactam na qualidade da assistência à saúde prestada pelo SUS , afirmou a diretora.
No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu desde 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que tem como objetivo melhorar a assistência prestada aos usuários em todos os estabelecimentos de saúde do Brasil. A pasta trabalha para que as ações do Programa estejam articuladas às demais políticas de saúde com objetivo geral de promover a integração e a soma esforços para melhoria da qualidade dos serviços e segurança dos cuidados no sistema de Saúde.
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Ministério da Saúde quer saber sua opinião sobre doenças relacionadas ao trabalho
Até 02 de fevereiro, a população em geral pode participar de consulta pública para atualização da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), a ser adotada em 2020 pelo SUS
O Ministério da Saúde recebe, até o dia 2 de fevereiro, por meio de consulta pública, contribuições de toda a sociedade para atualização da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT). O novo documento será adotado a partir de 2020 e orienta os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças que afetam a integridade física, mental e social dos trabalhadores. A consulta pública já está disponível na página do Ministério da Saúde na internet. A população pode enviar sugestões e contribuições, que podem ser, tanto relatos de experiências quanto conteúdo científico.
A revisão periódica, atualização e ampliação da LDRT, além de cumprir determinação legal, possibilita o acompanhamento das transformações nos processos produtivos em curso no país, que resultam em consequências para a saúde dos trabalhadores. O estudo da relação entre doença e trabalho, também, aprimora os procedimentos de diagnóstico e a elaboração de projeto terapêutico, além de apoiar as ações de vigilância e promoção da saúde de forma individual e coletiva.
A LDRT orienta as atividades dos profissionais do Sistema Único de Saúde nos 213 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) , sendo 27 estaduais e 186 regionais. Esses serviços integram a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), que garantem ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais. A assistência acontece independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho.
Além da consulta pública, neste ano, o Ministério da Saúde realizou consulta dirigida a um grupo estratégico de profissionais, que utiliza a lista em suas práticas. Também foi promovida o?cina de trabalho com pro?ssionais de referência técnica, resultando na estruturação de duas listas: Lista de Agentes e/ou Fatores de Risco com respectiva Doença Relacionada ao Trabalho; e Lista das Doenças Relacionadas ao Trabalho com respectivos Agentes e/ou Fatores de Risco. As contribuições da população serão analisadas e poderão confirmar ou modificar o texto do documento.
A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador foi criada em 2002 e implementada de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, com envolvimento de outros órgãos. A RENAST integra a rede de serviços do SUS, voltados à promoção, à assistência e à vigilância, para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador.
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TERRA ONLINE
Verticalização traz vantagens para clientes com planos de saúde
Para manter e assegurar o melhor atendimento na área de saúde, com o intuito de reduzir custos, as operadoras de planos de saúde começaram a passar a investir em redes próprias de atendimento. O movimento de verticalização da saúde tem estimativas de mercado que apontam o crescimento médio de organizações desse tipo, que gira em torno de 15% a 20%, conforme os dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).
Segundo pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 40% dos planos médicos do Brasil já ofereciam hospitais e laboratórios próprios. O levantamento demonstra que o movimento já ganha força pelo país. O investimento em rede própria para atendimento é formado por hospitais, ambulatórios e centro de exames laboratoriais, que representam 80 % das opções de serviço ofertadas aos clientes.
Nos últimos anos, muitas empresas de saúde vêm investindo em modelos, que buscam a integração vertical. É o caso da Saúde Sim, operadora que tem se destacado no Distrito Federal. O modelo da verticalização propicia um controle muito maior e mais eficiente nos custos dos serviços que ofertamos. E isso é o que garantirá a longevidade de qualquer plano de saúde que consiga implementar a mesma de forma bem eficiente. A verticalização é o melhor caminho que as operadoras de saúde podem escolher, para inclusive atender de forma mais eficaz, os seus beneficiários , disse a diretora da Saúde Sim, Luciana Rodriguez.
Este modelo está em crescimento e, cada vez mais, deve se aproximar de um sistema integral de saúde, focado na prevenção de doenças, e não apenas na atenção curativa. Com a verticalização as operadoras reduzem significativamente a demanda por alguns serviços nos hospitais.
O que queremos é que o nosso cliente tenha a tranquilidade na resolução de suas demandas de saúde, com um atendimento de qualidade , disse Luciana.
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O ESTADO DE S.PAULO
Planos começam a recuperar clientela perdida para a crise econômica
Entre as opções de produtos, seguro odontológico é o que mais cresceu entre junho de 2018 e 2019
Depois de perder mais de 3 miIhões de usuários nos últimos anos, o mercado de saúde suplementar começa a dar os primeiros sinais de recuperação da crise financeira que atingiu a economia brasileira. De acordo com dados da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), em 2018 o setor contabilizou 71,57 milhões de beneficiários, crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior. Os planos de assistência médica totalizaram 47,37 milhões de beneficiários e ficaram praticamente estáveis na comparação com um ano antes, com expansão de 0,42%. Os exclusivamente odontológicos, com 24,19 milhões de beneficiários, aumentaram 6,2%. A tendência de alta segue também em 2019. Em junho deste ano, o setor atingiu o total de 72,1 milhões de beneficiários, elevação de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os produtos odontológicos foram os que apresentaram a maior expansão, com crescimento de 5,7% em 12 meses, enquanto que os planos de assistência médica ficaram praticamente estáveis, com aumento de 0,2% no mesmo período.
Líderes na categoria Seguro-Saúde no ranking Estadão Melhores Serviços, a Bradesco Seguros e a Mediservice registraram faturamento superior de R$ 23,7 bilhões no ano passado, um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. "A Bradesco Saúde busca entregar a melhor experiência para seus beneficiários, disponibilizando ferramentas que facilitam o acesso aos produtos e serviços no dia a dia", diz Flávio Bitter, diretor-gerente da Bradesco Saúde. Ele cita como exemplo o reembolso digital, que dispensa o envio de imagens e documentos em caso de Nota Fiscal Eletrônica, em que houve um crescimento de 26,62% até agosto no volume de pedidos."O grupo continua investindo no aperfeiçoamento dos canais digitais, ampliando suas funcionalidades e melhorando a experiência do usuário. Uma das novidades será a busca de rede referenciada por meio da Inteligência Artificial da Bradesco (BIA). Além disso, a nova plataforma de Juntos Pela Saúde permitirá ao usuário uma melhor gestão de sua saúde, de forma eficiente e eficaz", destaca o executivo.
Segundo colocado no levantamento, o Itaú Unibanco trabalha desde 2018 com parceiros no mercado para distribuição de produtos de saúde por meio dos canais do banco. "Nossa expectativa é de continuarmos ampliando a nossa prateleira de serviços e construindo novas parcerias') diz Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco. De acordo com o executivo, além dos novos modelos de negócio digitais (corretoras digitais, market place), o mercado tem sido impactado pela atuação de novos modelos de operadores, que contam com rede de atendimento próprio ou atendimento de uma classe específica.
Com o objetivo de proporcionar a prestação de serviço mais eficiente e ajudar o usuário a definir qual o procedimento precisa, a Amil lançou, em juiho, o atendimento virtual para 180 mil clientes do plano de saúde Amil One, que podem usufruir de atendimento por vídeochamada por meio do celular ou tablet, com orientações médicas de profissionais do FHospital Albert Einstein. "Também temos um canal telefônico exclusivo, o Amil Ligue Saúde, disponível 24 horas por dia para esclarecer dúvidas e orientar o cliente na utilização de serviços médicos. E ainda disponibilizamos o aplicativo para smartphones e tablets Amil Clientes, que recebe cerca de 7,6 milhões de acessos por mês", diz Daniel Coudry, CEO da Amil.
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Engenharia e cursos de saúde podem ser até 40% a distância
Ensino superior. Conforme portaria do MEC, as graduações poderão ter mais de 1/3 da carga horária EAD, com a exceção da Medicina.
Conselho Federal de Enfermagem já ameaça fazer contestação judicial e reitores das instituições públicas temem corte de recursos
Isabela Palhares
O Ministério da Educação (MEC) publicou portaria em que libera as universidades federais e particulares a oferecer cursos de graduação presencial com até 40% da carga horária por meio do ensino a distância mesmo nas áreas de saúde e engenharias. Dessa forma, todas as graduações poderão ter mais de um terço da carga horária a distância, com a exceção da Medicina. As novas regras atendem a uma demanda do setor privado, mas são criticadas por conselhos profissionais e pelos reitores das faculdades públicas.
Há um ano, o MEC já havia publicado portaria em que aumentava o limite das aulas a distancia de 20% para 40% em cursos presenciais, mas não liberava a modalidade para as áreas da saúde e engenharias. Outra mudança é que o texto anterior dizia que as universidades credenciadas, na qual estão as particulares, teriam uma "permissão básica" para oferecer até 20% da carga horária a distância. O porcentual pode chegar a 40% se a instituição atender a quatro requisitos, como boas notas nas avaliações do MEC.
Na nova portaria, específica para as federais e privadas, não há um limite inicial de 20% "Foram feitas alterações para dar clareza à redação", diz o MEC.
Conselhos. Historicamente contrários à modalidade a distância na graduação, os conselhos profissionais da área da saúde e engenharia criticaram a medida. O Federal de Enfermagem disse que vai entrar com ação judicial contrária. "O EAD nessa área privilegia o mercado educacional em detrimento do cidadão brasileiro, além de colocar em risco toda a população", disse em nota o conselho.
Para Sólon Caldas, diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), a resistência dos conselhos é injustificada, pois as faculdades não vão ofertar disciplinas práticas a distância, apenas as teóricas. No entanto, nem portaria nem outra lei especificam quais disciplinas poderiam ou não ser ofertadas nessa modalidade.
Federais. A mudança no texto também preocupou os reitores e dirigentes de universidades federais. "Há um receio de que o ministério entenda essa possibilidade como uma solução única para todos os cursos e continue reduzindo nossos recursos", disse Márcia Rangel, superintendente de educação a distância da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Segundo dirigentes das federais, o ministro criou informalmente um "ranking de eficiência" para avaliar as universidades. Para ele, as mais eficientes são as que têm menor custo por aluno.
Claudia Morgado, diretora da Escola Politécnica da UFRJ, disse que, se o MEC vê na medida uma possibilidade de melhorar a qualidade dos cursos, deveria destinar recursos ou fazer editais para viabilizar a modalidade nas universidades. "Aulas a distância de qualidade dependem de equipamentos tecnológicos, treinamento, formação dos professores. Se estão fazendo isso pensando em economia, não estão privilegiando a qualidade."
É uma boa opção. Mas não faz sentido criar padrão único
ANÁLISE: Gil da Costa Marques
A modalidade EAD faz sentido e pode colaborar muito com o aprendizado em algumas disciplinas, mas não em todas. Aulas práticas não podem ser trocadas pelo ensino a distância e cada área do conhecimento depende de formas diferentes de conhecimentos práticos, não é possível estabelecer um padrão único para as graduações, como 40%. Alguns cursos, como os de saúde, licenciaturas e engenharias, podem ter carga horária teórica menor do que esse porcentual estabelecido.
Em um curso de Matemática ou Direito em que a carga teórica é grande, as aulas a distância podem ser uma boa opção. Não porque reduz os custos ou por ser mais cômodo, mas por permitir outra metodologia de ensino. Mas em cursos muito práticos pode prejudicar a formação do profissional. Se a motivação do ministério é melhorar a qualidade do ensino e modernizar as aulas, não deveria ter um padrão único. Além disso, não adianta só criar a regra e liberar a modalidade, mas é preciso investir para que as universidades possam de fato implementá-la com qualidade. O ensino a distância de qualidade exige investimento, não pode ser visto como uma forma de baratear os custos da educação.
*PROFESSOR DO INSTITUTO DE FÍSICA DA USP E ESPECIALISTA EM ENSINO A DISTÂNCIA
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Redes pública e privada oferecem atendimento de qualidade
Humanizaçõo e segurança técnica farmam as bases de uma baa assistência
Os gastos per capita na área de saúde no Brasil estão entre os mais baixos entre 44 países desenvolvidos e emergentes, conforme um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil gastou com saúde, no ano passado, US$ 1.282 (cerca de R$ 5,2 mil) per capita, valor que reúne recursos públicos e privados – o que o coloca no 37º lugar na lista.
No entanto, é possível dizer que o País hoje possui tecnologia e atendimento tanto na rede pública quanto na privada. Na categoria Hospitais, destacaram-se, no Estadão Melhores Serviços de 2019, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Rede D'Or e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, o reconhecimento pelo serviço prestado pelo hospital se deve a conceitos de atendimento que têm como pilares a humanização, agilidade, conveniência, qualidade técnica e segurança dos procedimentos. "Para atingirmos esses pilares, oferecemos de forma contínua aos nossos funcionários e colaboradores treinamentos em habilidades técnicas e comportamentais", afirma Klajner.
A introdução de ferramentas tecnológicas que facilitam a vida do paciente também é um diferencial no atendimento da instituição, afirma o presidente do Einstein. "Também somos reconhecidos pela implantação das melhores práticas, avalizadas por certificações internacionais", diz. O Einstein tem atualmente 12,9 mil funcionários em nove unidades. Em 2018, foram realizados pela instituição 340.558 procedimentos no pronto-atendi mento, 339.275 consultas e realizados 5,13 milhões de exames laboratoriais e de imagem. No ano passado, o hospital atingiu uma receita líquida operacional de R$ 2.825,7 milhões, que representa um crescimento de 3,6% na comparação com o ano anterior.
Com 46 hospitais privados em todo o País, a Rede D'Or São Luiz diz que estar no ranking Melhores Serviços mostra a disposição da instituição em trazer sempre "o melhor da medicina às pessoas", como afirma Rodrigo Gavina, vice-presidente operacional da rede. "Somos uma empresa dedicada aos nossos pacientes e aos médicos. Nosso compromisso com eles nos motiva todos os dias", diz.
Conforme Gavina, nos últimos três anos a instituição investiu R$ 3,7 milhões na construção de hospitais para atender todos os pacientes: clínicos, cirúrgicos, pediátricos e maternidade. "Fizemos isso em várias regiões das cidades que atuamos para atendermos o máximo de pacientes possível. Nosso compromisso com as pessoas independe das circunstâncias" afirma.
A Rede D'Or possui 7,4 mil leitos e tem planos de chegar a 11 mil até 2022, de acordo com Gavina. No total, trabalham nas unidades do hospital 51,1 mil colaboradores e 87 mil médicos credenciados, que realizam cerca de 3,69 milhões de atendimentos de emergência, 220,5 mil cirurgias, 32,3 mil partos e 477 mil internações por ano, além de 4.000 cirurgias robóticas em três anos, desde o início desse novo serviço. Nos primeiros cinco meses de 2019, a Rede D'Or registrou um saldo positivo de 3.895 vagas de emprego, um crescimento de 9% em comparação com dezembro de 2018.
O Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) ocupa uma área total de 600 mil metros quadrados com cerca de 2.400 leitos distribuídos entre os seus oito institutos especializados e dois hospitais auxiliares. Inaugurado em 19 de abril de 1944, o HC é uma autarquia estadual vinculada à Secretaria de Estado da Saúde e tem como finalidade o ensino, a pesquisa e a prestação de ações e serviços de saúde de alta complexidade.
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Superfarmacêutica Orygen encerra suas atividades
Medicamentos. Criada em 2012, a companhia, joint venture entre Biolab e Eurofarma, foi idealizada para produzir remédios para tratar doenças complexas em um movimento estimulado pelo governo federal; acionistas da Orygen vão manter projetos em suas instalações
Mônica Scaramuzzo
A Orygen, joint venture entre os laboratórios nacionais Biolab e Eurofarma para produzir medicamentos biossimilares, encerrou suas atividades, apurou o 'Estado'. Idealizada em 2012 como uma das superfarmacêuticas nacionais, com apoio do governo federal, a companhia não conseguiu colocar seus projetos de desenvolvimento de medicamentos em parceria com laboratórios públicos em pé.
A desmobilização do negócio começou nos últimos meses â o executivo Victor Mezei, ex-presidente da Pfizer no Brasil e contratado da Orygen para tocar a segunda fase de expansão da companhia em meados de 2018, foi desligado em julho, e o escritório da Orygen fechado. A empresa, com 11 funcionários, só manteve dois â um deles, o cientista inglês Andrew Simpson, que chegou ao grupo em 2012 para gerir a superfarmacêutica nacional que tinha acabado de sair do papel. Outros dois que ocupavam função administrativa foram realocados na Biolab.
Inicialmente, a Orygen iria produzir medicamentos biossimilares em parceria com laboratórios públicos com a tecnologia transferida por uma multinacional dona da patente.
Esse foi o tripé formado para as chamadas Parcerias de Desenvolvimentos Produtivos (PDPs), que virou uma bandeira do governo PT para estimular a transferência de tecnologia para a produção de remédios de alta complexidade, como forma de reduzir o déficit de saúde no País, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Uma das entusiastas desse projeto, a Orygen se formou com a união entre Biolab, Cristália, Eurofarma e Libbs em 2012. Meses depois, Cristália e Libbs saíram para tocar, cada uma, negócios independentes de biossimilares. Outra superfarmacêutica â os laboratórios Aché, EMS, Hypera e União Química â criou uma joint venture para formar a BioNovis com a mesma finalidade. A única a não pedir financiamento do BNDES foi a Orygen, embora tivesse uma linha de crédito de R$ 250 milhões à disposição.
No entanto, a suspensão pelo Ministério da Saúde de 18 contratos de PDPs com sete laboratórios públicos, acusados de irregularidades, prejudicou laboratórios nacionais que faziam parte dessas parcerias com o governo, entre elas, a Orygen.
Independente. Ao Estado, Cleiton Marques, presidente da Biolab, diz que a Orygen não encerrou suas atividades. Biolab e Eurofarma, acionistas da empresa, decidiram ajustar suas estruturas e vão continuar suas atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para medicamentos, como vacina contra esquistossomose, tratamentos para câncer e anticorpos monoclonais nas instalações da Biolab e Eurofarma, segundo o empresário.
"A companhia não depende só de PDPs." Duas fontes disseram à reportagem que uma das apostas da Orygen para gerar receita, sem depender de PDPS, era o licenciamento para a produção no Brasil de uma vacina de gripe, cuja patente pertencia ao grupo americano Protein Science. A expectativa era comercializar o produto esse ano. No entanto, a francesa Sanofi fez a aquisição global da empresa americana e pediu a licença de volta, comprometendo o caixa da companhia. As duas empresas não comentam este tema.
Uma pessoa a par do assunto afirmou que não cabia mais à Orygen manter estruturas caras, uma vez que ainda era uma empresa pré-operacional. A empresa, que chegou a cogitar construir sua fábrica em um terreno dos acionistas em São Carlos (interior de São Paulo), iria ocupar dois andares nas novas instalações da Eurofarma. Por ora, tudo está em suspenso.
Reduzido Nos últimos anos, o volume de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) foi se reduzindo.
Apenas seis projetos são de produtos biológicos, dos mais de 120 apresentados
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UOL
Tecnologia que grava consulta médica deverá revelar a saúde do paciente
Durante a consulta médica, o paciente faz relatos e o médico conduz as perguntas para descobrir os sintomas e fatos relevantes para a investigação médica. Você gostaria de ter a sua consulta médica gravada em áudio? E o profissional de saúde? Além do conteúdo de texto, a voz ainda tem nuances, titubeios, cadência e tudo isso também pode ser usado! Quais as possibilidades que se abrem com essas gravações?
Na semana passada, a Amazon lançou em seu evento Re:invent um serviço que permite a transcrição de áudio em texto. Ou seja, a consulta toda é gravada e depois transformada automaticamente em texto por um interpretador de voz. Nesse serviço da Amazon, o interpretador se especializou em termos difíceis, como nome de remédios e procedimentos, que são próprios do contexto médico. Assim, o que antes ia para a ficha médica, agora pode ir para o prontuário eletrônico do paciente, o texto ou áudio todo.
Essa ferramenta pode ser usada, basicamente, de duas formas: para transcrever o áudio da consulta toda, ou para transcrever o áudio do médico fazendo seu relatório da consulta. Guardar a transcrição da consulta toda é praticamente um feito inédito, que só é possível pelos avanços do prontuário eletrônico. O laudo por voz, por sua vez, já é usado por algumas especialidades médicas como a radiologia. Como transcrever demora mais tempo que falar, gravar o áudio é muito mais rápido que digitar.
O vice-presidente de inteligência artificial da Amazon AWS Matt Wood afirma que "o objetivo principal é dar ao médico mais tempo para gastar onde é mais importante: com o paciente", ou seja, ao invés de ficar digitando no computador relatórios, o médico pode passar mais tempo com o paciente ou atender mais pacientes.
Com certeza, nos tempos atuais, a produtividade do médico é muito importante. Pensar onde o profissional de saúde gasta seu tempo e o workflow para atendimento do paciente são métricas de eficiência e qualidade do atendimento. Não apenas por objetividade, é claro, mas também é uma forma de economizar recursos e aumentar o lucro da indústria de saúde. A tentativa da indústria é sempre melhorar onde o médico adiciona mais valor na cadeia produtiva, considerando o preço da consulta e procedimentos.
Uma tendência hoje é ter laudo estruturado, com um formato já definido, com campos de informação essenciais para serem preenchidos, e textos de descrições de achados e evidência bem padronizados.
A gravação da consulta como um todo vai na corrente oposta, pois a conversa não é algo super objetivo e estruturado. Afinal, o que fazer com horas de conversa livre. Em um primeiro momento parece ótimo ter toda a informação, mas quem vai ler ou ouvir toda essa prosa? O próximo passo está claro: serão serviços automáticos para extrair as informações mais relevantes da consulta. Ou seja, organizadores computacionais de informação médica.
Uma vez organizados, esses dados podem ser usados para investigação científica. Por exemplo, pode-se descobrir que o relato de tais e tais sintomas pode prever que um tratamento médico funcionará bem. Olhando as consultas passadas, pode-se fazer inferências estatisticamente embasadas. Como ferramenta de pesquisa, parece um campo bem promissor.
Em situações de maior risco, como cirurgias, essas gravações poderiam ser usadas como uma caixa-preta nos vôos, que serve para entender acertos e falhas, e também proteger pacientes e médicos em casos judiciais.
A transcrição da voz é uma boa ferramenta, mas ela não capta tudo. A voz ainda engloba a cadência, o tom, as pausas, a forma de se expressar tudo isso pode trazer informações para o médico. A voz pode revelar o ânimo do paciente, se o paciente está ofegante, se há conexão entre ideias, entre outras coisas.
Alguns estudos já tentam desvendar na análise de fala essas características, principalmente no campo da saúde mental. Como exemplo de ferramenta diagnóstica, temos o caso de uma cientista brasileira da UFRN, Natália Mota. Ela conseguiu desvendar por análise de voz o diagnóstico de um transtorno mental importante, a esquizofrenia. A cientista usou a análise computacional da fala, para avaliar a organização da comunicação do paciente. Quando o paciente relata um sonho, após um surto psicótico, basta apenas 30 segundos de fala para diferenciar um paciente com esquizofrenia, o que antes demoraria meses ou anos para confirmar. Por esse trabalho, Natália foi indicada para o prêmio Nature 2019 de pesquisa, na categoria pesquisa inspiradora.
Com uma visão positiva, acredito que ferramentas de transcrição de voz e de análise de fala podem trazer grandes avanços para a ciência e para a prática médica. E, por mais que a análise dos dados possa ser automatizada, existem limites claros para as tecnologias atuais.
A parte humana da conversa, entretanto, ninguém pode substituir. Aliás, nada melhor do que a mãe ou alguém muito próximo para reconhecer o seu tom de voz! O médico também tenta captar essas nuances na conversa. Em instantes já sabem se você está doente, cansado, animado ou feliz.
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METRO ONLINE
Público-alvo de vacinas contra febre amarela e gripe será ampliado em 2020
O calendário nacional de vacinação terá mudanças em 2020. A partir do ano que vem, crianças com 4 anos receberão dose de reforço contra a febre amarela e a vacina que protege da gripe começará a ser oferecida aos 55 anos.
As novas diretrizes foram confirmadas na quinta-feira (12) pelo Ministério da Saúde, que afirmou já ter comunicado os estados e as prefeituras para que se preparem para as alterações nas campanhas.
A pasta anunciou, também, que vai incluir a imunização contra a febre amarela em 1.101 municípios dos estados do Nordeste que ainda não fazem parte da área de recomendação de vacinação.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) uma única da vacina contra a febre amarela protege para a vida toda. No entanto, estudos indicam que a resposta é menor quando a dose é aplicada muito cedo, como aos 9 meses, como prevê o calendário nacional. Por isso, será dada a vacina de reforço aos 4 anos.
No caso da vacina contra a gripe, o ministério manterá todos os públicos-alvo já existentes como idosos, gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 5 anos e passará a incluir também a população de 55 a 59 anos neste grupo prioritário.
Com a mudança, a campanha nacional contra a influenza em 2020, que será entre abril e maio, deverá imunizar 67,7 milhões pessoas.
Diretor da SBIm (Sociedade Brasileira Imunizações), Renato Kfouri afirmou que as novas diretrizes já eram há muito tempo recomendadas pela entidade e reafirmou a baixa eficácia da vacina contra a febre amarela em menores de 2 anos.
Sobre a gripe, o ideal era vacinar 100% da população, mas isso não é possível. Por isso, ampliar o público-alvo é importante. A faixa entre 55 e 59 anos é ativa e está na cadeia de transmissão. A imunização vai ajudar a diminuir a circulação do vírus.
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JORNAL OPÇÃO
Tabela de repasses mostra que Hospital Municipal de Iporá recebeu mais de 1,5 milhão em 2019
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás disponibilizou dados que atestam que todas as verbas do ano já foram destinadas à unidade hospitalar
O Hospital Municipal de Iporá foi interditado nesta quarta feira, 11, pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). O argumento para a ação é de que existe deficiências no serviço prestado, que não condiz com o que é previsto em lei. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás atestou, através do relatório de repasses, que mais de R$ 1,5 milhão foi destinado à unidade hospitalar, sendo que a última parcela foi antecipada.
De acordo com o documento de interdição, a escala médica e o atendimento dos pacientes internados devem continuar até as respectivas altas. No entanto, a unidade não pode receber a internação de novos casos até segunda ordem.
A gerência do hospital é de responsabilidade de Iporá e a situação constitui falta de gerência do próprio município.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação