Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/01/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Huapa
OS vai receber advertência
Falta de médico no plantão de domingo prejudicou realização de cirurgias na unidade
Pedro Palazzo
O Estado vai punir a organização social (OS) Instituto de Gestão e Humanização (IGH) com advertência formal por falha no atendimento no Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) no domingo, afirma o secretário de Estado da Saúde, Halim Antonio Girade. Este é, segundo o secretário, o primeiro caso de penalidade formal a alguma das OSs que administram sete unidades de saúde do Estado.
A falta de um médico no plantão de domingo atrasou o atendimento a três pacientes que necessitavam de cirurgia. Havia apenas um profissional na unidade, no turno da manhã, e ele se negou a realizar os procedimentos sozinho. O caso foi exposto pela TV Anhanguera. A unidade ficou pelo menos três horas desfalcada, até a chegada de um profissional substituto. “Não aceitamos ficar nem uma hora sem profissional”, afirma Girade.
CONTRATO
Os contratos de gestão entre o Estado e as OSs não determinam quantos profissionais cada unidade precisa ter para prestar atendimento com qualidade e agilidade. “Tem de ser um número suficiente para que não tenha nenhum tipo de problema. Eles têm de dar resposta para a gente e principalmente à população. Se faltou profissional não nos interessa, tem de ser atendido prontamente”, afirma o secretário.
Havia previsão de dois médicos na escala. Com a falta de um, não foi possível fazer as cirurgias. Embora os contratos não especifiquem, Girade diz que é preciso ter pelo menos três médicos. “Não pode ter dois, não.”
PENALIDADES
A punição, por outro lado, é prevista no documento que rege a relação entre Estado e OSs. A cláusula 14ª trata do tema: “A inobservância, pela contratada, de cláusula ou obrigação constante deste contrato e seus anexos, ou de dever originado de norma legal ou regulamentar pertinente, autorizará a Agência Goiana de Regulação (AGR) – responsável por fiscalizar o contrato –, garantida a plena defesa e o contraditório, aplicar as seguintes penalidades: a) Advertência b) Multa c) Suspensão temporária de participar de processos de seleção com o Estado de Goiás, por prazo não superior a 2 anos.”
A penalidade é aplicada pela AGR e é passível de recurso. Embora a lei também preveja multa, que pode ser aplicada juntamente com a advertência, este não será o caso. Girade explica que a “advertência é um ato formal. Se não conseguir justificar tem as medidas cabíveis.” A suspensão do chamamento é a mais drástica. O repasse da verba integral para a OS depende do cumprimento de metas de atendimento, principalmente quantitativas.
Apesar do problema do fim de semana e da advertência, Girade faz elogios ao trabalho do IGH tanto no Huapa quanto no Hospital Materno-Infantil (HMI), também gerido pela OS. “Esta OS tem feito excelente trabalho no Materno-Infantil, é respeitada. No Huapa houve aumento de procedimentos, a unidade de terapia intensiva (UTI) voltou a funcionar; eles têm nos dado motivos para confiar.”
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde-GO) há falta de trabalhadores de diversas categorias e sobrecarga para os poucos que estão empregados nas unidades administradas por OSs. “Avisamos que faltariam trabalhadores”, diz, sobre os alertas feitos quando o Estado começou a repassar a gestão para terceiros.

Em reparos, unidade de saúde transfere serviço odontológico
O Centro de Saúde da Família (CSF) do Recanto das Minas Gerais, em Goiânia, passa por reparos e, por isso, o atendimento odontológico oferecido no local será transferido para o Cais Amendoeiras a partir de amanhã. O restante do atendimento não será paralisado, afirma o diretor do Departamento Administrativo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luiz Henrique de Lima
Os reparos servirão para resolver os problemas no prédio, que é alugado. O levantamento será feito hoje, por SMS e Secretaria Municipal de Obras. A unidade do Recanto das Minas Gerais e uma das que serão reformadas ou reparadas. A lista de 33 edificações foi definida em dezembro, em Termo de Ajustamento de Conduta, assinado entre Prefeitura e Ministério Publico do Estado de Goiás (MP-GO).

“Pacientes foram atendidos”, diz secretário
O secretário de Estado da Saúde, Halim Antonio Girade, destaca o fato de os três pacientes que procuraram o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) na manhã de domingo terem sido atendidos sem nenhum problema além da demora ocasionada pela falta de um médico. “A demora no atendimento não causou outros problemas”, afirma.
Uma das pacientes é Jordana Gomes, de 19 anos, que foi encaminhada primeiramente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo para estabelecimento semelhante em Aparecida de Goiânia e de lá para o Huapa. A andança começou na sexta-feira. Quando, já no hospital, Jordana foi reencaminhada para Senador Canedo, a família não aceitou e expôs o problema. A paciente foi atendida na tarde de domingo e passa bem, assim como os outros dois.
Girade diz que o atendimento no Huapa sofre influência dos encaminhamentos feitos em Aparecida de Goiânia e dos pacientes que procuram o hospital sem necessidade.
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Dengue
Epidemia mais intensa em 2013
Notificaçõesda doença chegaram a 160 mil em 2013, maior surto já registradono Estado
Alfredo Mergulhão

A epidemia de dengue que atingiu todo o Estado de Goiás no ano passado foi mais intensa que o último pico de incidência da doença, ocorrido em 2010. A quantidade de notificações de pessoas infectadas pelo vírus chegou a 160.090 em 2013, maior surto da enfermidade já registrado. Três anos antes foram 115.079 casos, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás. O aumento foi de 39% nas ocorrências na comparação entre os dois períodos críticos.
Pelo fato de ser cíclica, a incidência da dengue acontece de forma mais aguda em intervalos de 3 a 4 anos. Em 2011, foram registrados 43.945 casos da doença nos municípios goianos. Em 2012, o total foi ainda menor: 31.952. Isso significa que o número de pessoas afetadas com a enfermidade aumentou em 401,03% entre 2012 e 2013. Foi o maior incremento já registrado de um ano para outro. E a tendência é a epidemia ficar ainda mais forte, pois o primeiro semestre do ano costuma concentrar a maioria dos registros de dengue, favorecido pelas chuvas e pelo calor.
Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Tânia Vaz afirma que a maior dificuldade em relação ao controle da doença é a eliminação dos criadouros. “Há falhas nesse ponto, tanto da população quanto do poder público”, diz. Para ela, eliminar o vetor da dengue é a única medida capaz de conter a epidemia. “Não adianta somente colocar carros fumacê para rodar. Para cada mosquito voando existem 400 larvas nos criadouros, que em pouco tempo também estarão picando as pessoas e transmitindo a doença”, sustenta.
Tânia Vaz ressalta que os focos dessas larvas precisam ser descobertos com rapidez para que providências sejam tomadas. Após a destruição dos focos é que deve ser feito o bombeamento de veneno letal ao mosquito. A superintendente entende que esse “trabalho de base” atualmente não é bem-sucedido.
O número absoluto de mortes também cresceu entre 2012 e 2013. Subiu de 52 para 65 neste intervalo de tempo. Para os órgãos de saúde, o aumento do número de vítimas da doença deve-se à incidência do sorotipo 4 do vírus. “Grande parte da população ainda está sensível a ele. Para os outros tipos de dengue a maioria das pessoas já está imune”, analisa o diretor do Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luiz Elias Camargo.
Apesar do aumento no número de mortes, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás considera o dado positivo, uma vez que proporcionalmente houve redução. Em 2012 os óbitos representaram 0,16% dos casos de dengue registrados. No ano passado, a quantidade de casos da doença que evoluiu para morte correspondeu a 0,04% do total.
A SES definiu 22 municípios para receberem atenção especial no combate à dengue. Tratam-se de localidades onde concentram mais de 60% da população goiana e 80% dos casos notificados da doença. Águas Lindas de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Catalão, Cidade Ocidental, Formosa, Goianésia, Goiânia, Goianira, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Novo Gama, Planaltina, Rio Verde, Santo Antônio do Descoberto, Senador Canedo, Trindade e Valparaíso de Goiás foram contemplados.
Situados no Entorno do Distrito Federal, na região metropolitana de Goiânia, no Sul e no Sudoeste do Estado, esses municípios serão assessorados pelas Regionais de Saúde e dos Núcleos de Apoio ao Controle de Endemias (Naces). “Vamos acompanhar as notificações. Em cima dos dados identificaremos onde há concentração de incidência para eliminar os focos”, diz Tânia.
68 municípios deixam de passar informações
O último boletim epidemiológico do ano passado – que fechou os dados de 2013 – apresentou 68 municípios sem nenhum caso de dengue notificado. Mas não se trata de sucesso nas políticas públicas e participação da sociedade no sucesso do combate à doença. Todos esses municípios não repassaram as informações sobre os casos registrados, o que prejudica as ações de controle da epidemia.
Os dados também revelam que 48 municípios goianos têm índice de pendência superior a 10% dos imóveis. Quirinópolis tem o maior porcentual das casas fechadas ou recusadas na visita domiciliar dos agentes de endemias: 33,15%. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás determinou que as coordenações municipais criem mecanismos de trabalho em horários diferenciados e fins de semana, deixar cartas nas residências com informações do endereço e dos telefones do Núcleo de Vigilância Epidemiológica. A pasta cogita inclusive trabalhar com o Ministério Público do Estado de Goiás na busca de amparo legal para a realização do trabalho nos imóveis fechados.
Trinta e um municípios tiveram menos de 70% de seus imóveis visitados, no fim da última semana epidemiológica do ano passado. Valparaíso de Goiás e Formosa, ambos localizados no Entorno do Distrito Federal, apresentaram os piores índices: 15,97% e 21,47% respectivamente.

Primeira semana tem redução nos índices
A primeira semana epidemiológica do ano registrou redução de 75,77% nos casos de dengue em Goiás, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na semana passada, conforme O POPULA mostrou, os números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia revelaram queda de 78% no número de registros da doença.
Apesar da redução, o balanço de 2013 ainda deixa os órgãos de saúde em estado de alerta. Ao todo, 23 municípios fecharam o ano com alto risco de epidemia da doença. Os piores índices de incidência da dengue foram registrados em dois municípios da Região Nordeste: Vila Boa e Água Fria de Goiás (veja quadro).
Em Vila Boa, 7,7% da população foi acometida pela doença ano passado. Em Água Fria de Goiás o porcentual foi de 2,5% dos habitantes. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) também revela os municípios com maior índice de infestação predial. Em primeiro lugar está Bom Jardim de Goiás (3,3%), seguido de São Simão (3,1%), Indiara (2,3%), Sítio d’Abadia (2,2%) e São Miguel do Passa Quatro (2,2%). O índice é considerado satisfatório quando menos de 1% dos imóveis apresenta foco do mosquito.
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Artigo – Os idosos e a cirurgia plástica
Muitas pessoas com idade entre 60 e 70 anos vivem hoje com qualidade de vida e vigor físico superior ao de certos jovens. Mas sulcos na pele, pontos de flacidez sobre o corpo e o acúmulo de gorduras indesejáveis são impossíveis de não surgirem após a longa jornada da vida. Esta é uma equação que a medicina procura resolver desde seus primórdios: como devolver um corpo jovem para abrigar um cérebro que seguramente ainda não envelheceu? A resolução desta equação tem sido cada vez mais possibilitada pelas técnicas de cirurgia plástica.
Podemos exemplificar esse cenário com as cirurgias de rejuvenescimento facial, que deram um grande salto nos últimos 15 anos, com técnicas muito mais efetivas, sem perder a naturalidade. O estigma de face operada “plastificada” está cada vez mais no passado e, em breve, será apenas uma curiosidade na história da medicina. O nariz envelhecido pode ser corrigido com procedimentos pequenos, assim como as bolsas palpebrais. Mamas e glúteos que perderam seu viço são, literalmente, preenchidos com a ajuda de próteses cada vez mais próximas da perfeição, dando aspecto melhor ao corpo.
As evidências indicam que pacientes idosos, em boas condições de saúde, com exames pré-operatórios dentro da normalidade podem ser submetidos a cirurgias, desde que sejam observadas algumas regras: a) Evitar cirurgias com mais de cinco horas; b) Realizar no máximo dois procedimentos em um único tempo cirúrgico; c) Informar rigorosamente à equipe médica quais as medicações que usa de rotina; d) Quanto mais avançada a idade, menor e menos traumático deve ser o procedimento; e) Seguir atentamente as instruções do pré e do pós-operatório; f) Estar consciente de que existem limites para qualquer cirurgia, que são mais determinantes em idade mais avançada do paciente; g) Operar-se em um bom hospital, com boa equipe médica e seguir o repouso à risca.
Bom senso é importante nessas ocasiões. Não adianta imaginar que aos 73 anos uma cirurgia vai devolver o aspecto de 42. Devemos ser realistas. Há comportamentos, gestos e nuances corporais que denunciam nossa verdadeira idade. A cirurgia plástica não vai descaracterizar estes aspectos, mas vai devolver um ar de mais saúde e, não raro, é o estopim para o início de um círculo virtuoso, onde a pessoa que se sente mais bela e saudável resgata sua autoestima e se sente motivada a se cuidar.
Nunca o ser humano viveu tanto como nos dias de hoje. É imperioso que as pessoas altamente produtivas não sejam descartadas do mercado de trabalho com tanto a oferecer apenas devido ao seu aspecto envelhecido. Estamos cruzando esta fronteira preconceituosa, e cirurgias e métodos de melhoria da estética do ser humano serão cada vez mais empregados.
Carlúcio Moura Leão é cirurgião plástico, membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Goiás
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SAÚDE BUSINESS WEB
Saúde gastou indevidamente R$ 2 mi em evento, acusa CGU
Totalidade dos serviços contratados não foi executada e aluguel pago era excessivo, aponta auditoria. Controladoria quer que pasta ressarça valores
Um relatório de auditoria de contas feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que o Ministério da Saúde fez pagamentos considerados indevidos e incorreu em falhas de controle interno na realização da 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, feira realizada entre 16 e 19 de outubro do ano passado em Brasília. Foram detectados pagamentos de R$ 2 milhões por serviços executados em quantidade inferior à estabelecida em contrato e superando valores de aluguel semelhantes pagos por outros ministérios. As informações são do portal G1.
Segundo a CGU, a Subsecretaria de Assuntos Administrativos do Ministério da Saúde falhou no repasse do pagamento. O órgão recomendou instauração de processo administrativo para obter o ressarcimento dos valores. A documentação que indica as irregularidades foi enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O contrato do Ministério foi fechado com a FJ Produções Ltda., atualmente chamada GV2 Produções S/A. A empresa recebeu R$ 596 mil para montar um estande na feira de 400 m² sobre a história da vigilância em saúde. Segundo a auditoria, a empresa montou 90 painéis ao custo de R$ 40,5 mil. Além disso, o contrato previa um estande de 104 mil m², mas a estrutura montada tinha apenas 71,5 m².
Além disso, o Ministério da Saúde teria pago quase o dobro do valor anteriormente desembolsado por outros ministérios pela locação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Segundo a auditoria, o mesmo espaço já havia sido alugado pela empresa, pelo mesmo período de seis dias, por R$ 495,6 mil, enquanto o Ministério da Saúde pagou R$ 1,1 milhão.
Resposta
Em nota, o Ministério da Saúde alegou que o a contratação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães para a realização da 12ª Expoepi/2012 pela empresa FJ Produções “atendeu a todos os aspectos legais, sem gerar despesa ‘antieconômica’, conforme cita o relatório da CGU”. A nota diz também que, do prejuízo de R$ 1,4 milhão apontado pela CGU, o Ministério da Saúde “obteve ressarcimento de R$ 256 mil referentes aos serviços de hospedagem, gráfica e telas para projeção em julho de 2013”.
A assessoria de imprensa da pasta informou ainda que, em 2013, o Ministério da Saúde encaminhou à sua corregedoria interna um pedido para a instauração de processo para “apurar responsabilidades e o real prejuízo à União – que será devidamente cobrado pelo Ministério”.
* com informações do portal G1
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação