Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/07/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Grandes geradores de lixo passam a pagar pela coleta, em Goiânia
• Água de clínica onde pacientes passaram mal estava contaminada
• Ahpaceg tem novos associados e agora representa 21 hospitais
• Novos diálogos revelam mercado das vagas em UTI
• Hemodiálise: Laudo aponta presença de endotoxina na água

TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Grandes geradores de lixo passam a pagar pela coleta, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/grandes-geradores-de-lixo-passam-a-pagar-pela-coleta-em-goiania/5162925/

…………………………………….

Água de clínica onde pacientes passaram mal estava contaminada
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/agua-de-clinica-onde-pacientes-passaram-mal-estava-contaminada/5162584/

……………………………………….

SAÚDE BUSINESS

Ahpaceg tem novos associados e agora representa 21 hospitais
 

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) recebeu, recentemente, quatro novos associados: o Hospital do Coração, Hospital Ortopédico de Goiânia e Maternidade Ela, os três de Goiânia, e Hospital Santa Terezinha, de Rio Verde. Com a entrada destes importantes sócios, a Ahpaceg encerra o recebimento de novos membros em 2016, com a satisfação de representar 21 hospitais goianos, que são referências sólidas nas áreas de cardiologia, ginecologia e obstetrícia, neurologia, ortopedia, pediatria e outras especialidades médicas.
A diretoria da Associação observa que o grupo de associados congrega hospitais que comungam do ideal da Ahpaceg de oferecer à sociedade uma assistência hospitalar com qualidade e segurança. A Associação ressalta ser a legítima e única representante destes associados em negociações coletivas com operadoras de planos de saúde, função que desempenha sempre buscando a sustentabilidade dos hospitais com um compromisso ético e responsabilidade social.

Confira a relação dos hospitais associados

Goiânia: Hospital Amparo, Hospital do Coração, Hospital do Coração Anis Rassi, Hospital da Criança, Hospital de Acidentados, Hospital Infantil de Campinas, Hospital e Maternidade Jardim América, Hospital Monte Sinai, Hospital Ortopédico de Goiânia, Hospital Samaritano de Goiânia, Hospital Santa Genoveva, Hospital Santa Helena, Hospital São Francisco de Assis, Instituto de Neurologia de Goiânia, Instituto Ortopédico de Goiânia e Maternidade Ela

Aparecida de Goiânia: Hospital Santa Mônica

Anápolis: Hospital Evangélico Goiano

Catalão: Hospital Nasr Faiad e Hospital São Nicolau

Rio Verde: Hospital Santa Terezinha

………………………………………

O POPULAR

Novos diálogos revelam mercado das vagas em UTI
Conversas de empresários interceptadas pela polícia mostram como era negociação por vagas

O conteúdo de interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil em 2008 para investigar suposto esquema de transferência irregular de pacientes graves do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) para UTIs privadas revela detalhes de como era a articulação entre os médicos empresários. A transcrição das gravações consta nos autos do processo que tramita na 8ª Vara Criminal desde 2009 e que só este ano saiu do segredo de Justiça, conforme noticiado pelo POPULAR na edição de ontem.
Os médicos Rafael Haddad e Júnio Marques Guimarães, donos de UTIs em Goiânia, aparecem nos diálogos da época combinando a intercalação e troca de informações sobre o envio dos pacientes (leia trechos ao lado). Ambos são citados como empresários que mantinham contato com servidores do Hugo para assegurar o envio de doentes graves para suas UTIs em troca de pagamento de vantagem indevida.
O esquema é semelhante ao evidenciado pela Operação S.O.S. Samu, realizada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em junho deste ano, na qual Haddad voltou a ser preso, suspeito da mesma prática criminal investigada em 2008. A denúncia feita pelo MP em junho de 2009 e que provocou o processo em trâmite na Justiça aponta que existia uma espécie de acordo de cavalheiros entre Haddad e Júnio. Quando a UTI de um estava cheia, o outro indicava o encaminhamento de pacientes para a UTI do amigo.
Em diálogo interceptado em 28 de maio de 2008, Rafael Haddad conversa com Eva Mota Correa Souza, então secretária do setor de reanimação do Hugo. Na conversa, ela diz que a colega Keile Cristina Batista Nunes havia ligado falando que tinha dinheiro para receber referente ao encaminhamento de dois pacientes para a UTI de Haddad. Em resposta, o médico pediu para que ela procurasse Júnio para receber. “Ele mandou ela receber de você (risos)”, retrucou Eva. “Eu vou falar com ele então”, finalizou Rafael Haddad.

Para juiz, processo não ficou parado

O juiz e presidente da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), Wilton Müller Salomão, declarou, por meio de nota, que o processo resultante da operação feita em 2008 para desarticular esquema de encaminhamento irregular de pacientes para UTIs privadas não ficou parado. Wilton era o 1º juiz da 8ª Vara Criminal de Goiânia e chegou a presidir os autos, mas declarou suspeição em agosto de 2011, fato que já tinha ocorrido antes com o 2º juiz da mesma vara, Rogério Carvalho Pinheiro, em relação ao mesmo processo. Os autos tramitam há mais sete anos e, em abril deste ano, foram repassados para a juíza auxiliar na 8ª Vara, Patrícia Dias Bretas. Ela substitui Wilton Müller, afastado desde o início do ano
para exercer as funções de presidente da Asmego.

Suposto parceiro menciona caso Eduarda

Interceptação feita no dia 7 de julho de 2008 dá a entender que a garota Eduarda Lia Barbosa Martins, de 4 anos, foi encaminhada para a UTI do médico Rafael Haddad após indicação do também médico e suposto parceiro dele, Júnio Marques Guimarães. Conforme noticiado pelo POPULAR na edição de ontem, a menina morreu em 5 de julho de 2008, dois dias antes da gravação, num dos leitos da UTI de Haddad, após ser encaminhada do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Nos áudios, Rafael Haddad reclama que não estava conseguindo lotar a UTI e Júnio responde que já tinha indicado o encaminhamento de pelo menos cinco pacientes do Hugo naquela semana. “Fui eu que pedi para te ligar direito o Juliano, aquela criança que morreu, o outro que a Keile ‘mandô’, um punhado. Entendeu?” A declaração consta na transcrição como fala de Júnio. O caso de Eduarda foi inserido na investigação da Polícia Civil, realizada em 2008, e, em seguida, foi desmembrado, dando origem a um inquérito de homicídio doloso aberto na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Descobriu-se, na época, que não havia pediatra para monitorá-la. Ela ficou menos de uma hora na UTI de Haddad, antes de falecer. Até hoje, após 8 anos, não houve indiciamentos.
Os documentos foram encaminhados para a 62ª Promotoria, do promotor Saulo de Castro Bezerra, que está analisando o apurado.
……………………………..

Hemodiálise: Laudo aponta presença de endotoxina na água
Relatório do último dia 5 indica membranas de duas bactérias comuns em ambientes naturais, mas que prejudicam pacientes em função de debilidade

A água coletada na Nefroclínica, no Jardim América, no dia 5 de julho, tinha parâmetros de endotoxinas acima dos limites máximos permitidos, o que indicaria a causa do mal estar em 35 pacientes que fizeram hemodiálise no local entre os dias 4 e 5. Nas amostras colhidas dos pacientes, após passar por cultura de bactérias, foram verificadas as presenças de Burkholderia cepacia e Stenotrophomonas maltophilia, que são comuns no meio ambiente, mas que não deveriam estar nos equipamentos que realizam a diálise.
Os laudos dos materiais colhidos no dia 8 já indicam parâmetros normais, dentro do que é preconizado. As endotoxinas são uma parte integrante da membrana celular de algumas bactérias e só são liberadas quando estas são destruídas. Ainda não há conclusão, no entanto, sobre onde ou quando ocorreu a contaminação da bactéria, já que a água recebida da canalização pública vai para o reservatório do local e ainda passaria por pelo menos mais quatro filtros, além da máquina que realiza a diálise.
A Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) determinou uma série de adequações à clínica para que ela volte a receber pacientes para hemodiálise, o que não ocorre desde o dia 7. As principais medidas são o controle efetivo da qualidade da água da hemodiálise; a montagem do comitê de controle e segurança do paciente; precauções quanto à troca de insumos ou mesmo mudanças deles; e a ciência total da Visa sobre todos os procedimentos realizados no local.
Uma equipe da SMS estará na Nefroclínica amanhã para verificar se os procedimentos foram tomados. Se sim, o local poderá voltar a receber pacientes. Além disso, é aguardado um laudo do Laboratório Central (Lacen) sobre a qualidade da água.

Interdição afeta todo o sistema

O gerente de Fiscalização e Projetos da Vigilância Sanitária (Visa), Dagoberto Costa, afirma que hoje Goiânia passa por um problema grave quanto à realização de hemodiálise. O órgão, segundo ele, se esforça para que os entraves sejam resolvidos. A interdição da Nefroclínica desde o último dia 7 fez com que pacientes tivessem de ser remanejados para as demais clínicas da capital e uma de Aparecida de Goiânia. O local atendia 200 pessoas, que iam até lá três vezes por semana. “Temos um problema grave de falta de tratamento para todos que necessitam. Estamos nos esforçando para resolver isso, para não gerar mais mortes”, diz Costa. Ele explica que ninguém ficou sem fazer a hemodiálise, mas alguns pacientes que teriam de fazer o processo por 4 horas, por exemplo, tiveram de fazê-lo por 2h30 ou 3 horas, o que faz com que eles tenham de voltar ao procedimento em menor tempo. Costa diz que um auto de multa para a Nefroclínica está em análise e o principal problema foi o fato de não ter avisado à Visa imediatamente. “O fato ocorreu nos dias 4 e 5, mas só ficamos sabendo no dia 7 e por uma denúncia anônima, por telefone.”

………………………………

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação