ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Cartas dos Leitores – Planos de saúde no Brasil
• Anvisa suspende venda de antidepressivo da EMS
• Sem mãe ao nascer
• Doenças do peso
• Aspirina reduz chances de câncer
• Farmácias poderão virar pontos de saúde
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O POPULAR
Cartas dos Leitores – Planos de saúde no Brasil
Venho por meio deste conceituado jornal expressar minha indignação com relação aos planos de saúde no Brasil. Por uma grande irresponsabilidade e pura ganância, as pessoas idosas são praticamente excluídas pelo simples fato de que essa classe utiliza muito a assistência médica. A maioria dos planos quer simplesmente pessoas que pagam muito e usam pouco.
O que deveria ser uma obrigação humanitária é que não deveriam ser excluídos, mas simplesmente criam barreiras, a maioria nos valores cobrados. As mensalidades são muito caras, giram em torno de mil reais. Outros até têm valores bem maiores. Também há alguns planos privados que exigem demais de seus usuários, para que em certos exames eles paguem, pois julgam “não serem cobertos” pelos planos.
O governo deveria criar uma forma de coibir isso, para que possamos usufruir assim como os que podem pagar altos valores. Muitas vezes temos de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), que em praticamente todos postos de saúde possui poucos médicos e em muitos deles são poucos profissionais para muitos pacientes, gerando reclamações e peregrinação em busca de consultas e tratamentos dignos. O Estado não consegue amenizar o sofrimento de muitos.
Tenho um parente que precisa realizar um exame muito caro e para conseguir é necessário primeiro passar por um clínico geral, para que só depois de muita luta consiga um especialista na área. Isso é Brasil.
Júlio Cesar Leite Osório
Parque das Laranjeiras – Goiânia
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa suspende venda de antidepressivo da EMS
Foi constatada uma mancha escura na superfície do comprimido
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta quarta-feira (13/08) no Diário Oficial da União, suspende a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, do Lote 572420 (validade 8/2015) do produto CLO 25mg comprimido revestido (cloridrato de clomipramina), fabricado pela empresa EMS Sigma Pharma Ltda.
De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, apontou resultado insatisfatório nos ensaios de aspectos e descrição da amostra, sendo constatada uma mancha escura na superfície do comprimido.
A Anvisa determinou ainda que a empresa promova o recolhimento das unidades existentes no mercado relativas ao lote. A resolução entra em vigor nesta quarta.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Sem mãe ao nascer
Pai pede explicações após perder a esposa durante cesariana que não pôde acompanhar. O bebê está internado em outro hospital
ELPIDES CARVALHO
A família de Nathalia Fernandes Moreira do Nascimento, 18 anos, que morreu por complicações após dar à luz, na madrugada de ontem, aponta que teria havido negligência por parte do Hospital Coração de Jesus, situado no Setor Campinas, em Goiânia, onde foi realizado o parto. O caso aconteceu depois que a jovem procurou atendimento médico na Maternidade Nascer Cidadão, no Bairro Curitiba, região noroeste da Capital, onde não havia vaga para internação. A gestante foi então encaminhada para a outra unidade hospitalar e passou por cesariana. Depois que nasceu a criança, a mãe foi transferida, já com o quadro clínico grave, para o Hospital Materno Infantil, local em que veio a óbito. A criança foi encaminhada para a Nascer Cidadão, onde ainda está internada.
A reportagem do Diário da Manhã conversou com Jorge Moreira do Nascimento, 25, esposo da vítima, que diz ter sofrido duas situações de violência obstétrica pelo Hospital Coração de Jesus: “Me roubaram o direito de acompanhar o parto do meu filho, isso é lei, mas disseram que lá (hospital) não tinha essa lei, caso quisesse ver o nascimento da criança, tinha que pagar particular. Depois, não explicaram porque fez cesariana e nem porque foi levada para o Materno Infantil”, afirma ele.
De acordo com a Lei 11.108/-2005, é garantido às “parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) mostram que diversos indicadores melhoram com a presença do acompanhante, como diminuição da dor e índices menores de depressão pós-parto, por exemplo.
DE RISCO
Conforme informações da Maternidade Nascer Cidadão, a gestante Nathalia Fernandes fez praticamente todo o pré-natal no hospital. A unidade garante que durante os meses de gestação, a jovem não apresentava gravidez de risco. Eles afirmam ainda que apenas encaminharam a jovem para o outro hospital, pois era o único lugar em que havia vaga naquele momento. A reportagem do DM tentou contato com a administração do Hospital Coração de Jesus para esclarecer o caso, mas até o fechamento desta edição não houve resposta oficial. Isso também ocorreu com o Hospital Materno Infantil.
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Doenças de peso
Perigosa, a obesidade traz consigo outros malefícios para o organismo
SAULO HUMBERTO
Quem não gosta de comer? Na verdade, talvez seja uma das ações preferidas de grande parte da população. Mas, assim como outras atividades, comer também deve ter um limite. O excesso de alimentação pode deixar a pessoa obesa, e consequentemente atrair outros problemas, entre eles a diabetes.
Obesidade
Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a obesidade “é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo”. O endocrinologista e chefe do Setor de Endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), Nelson Rassi, explica que há três tipos de pessoas: normais, com sobrepeso e obesos. “Dentro da obesidade, há a leve, grau um, a moderada, de grau dois e a mórbida, de grau três, que por si só requer tratamento cirúrgico”, diz.
O médico informa que independente do grau da doença, ela tem cura, e concede algumas recomendações sobre a prevenção da obesidade: “Atividade física e alimentação correta, além de observar a cintura abdominal”, lista. Como principais consequências, endocrinologista cita a pressão e o colesterol altos. De acordo com ele, a doença “atinge cerca de 30% da população adulta”.
Diabetes
Nelson Rassi diz que diabetes é o excesso de açúcar no sangue e que esse aumento excessivo leva a alteração das artérias, provocando a doença. “O açúcar é como se fosse a gasolina do nosso corpo.”
Ele afirma que cerca de 10 % da população adulta possui diabetes. A doença não tem cura e pode trazer consequências como cegueira, falência renal, infarto, isquemia das pernas, derrame, e até a morte, porém há modos de se prevenir. “Hábitos saudáveis como alimentação com verduras, legumes e frutas, sem exagero do álcool e na gordura, atividade física regular e manter o peso dentro do normal”, ensina o médico.
PROGRAMA De Controle
O endocrinologista explica o que é o Programa de Cirurgia e Controle da Obesidade do hospital HGG: “A ideia do programa é tratar pacientes com obesidade mórbida ou de grau dois com complicações”, diz.
Ele afirma que “é um dos melhores programas do País”, e é composto por uma equipe multidisciplinar com cirurgião, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, enfermeiros e nutricionistas. De acordo com o site do HGG, a equipe ainda tem o apoio de médicos cardiologistas e pneumologistas e conta com o respaldo de todas as demais especialidades do Hospital.
Cirurgia Bariátrica
Uma das recomendações médicas para quem possui obesidade é a cirurgia bariátrica. Apesar de possuir uma família com tendência a não engordar, a estudante Lorena Rodrigues Siqueira, que possui mãe e irmãs magras, é a única pessoa considerada gorda na sua casa. Ela possuía pressão alta desde os 14 anos, e foi durante uma consulta com o cardiologista que decidiu realizar o procedimento. “Ele me recomendou a realização da cirurgia.”, diz.
Na época, a estudante estava com obesidade mórbida, pesando 167 quilos. Ela contou à reportagem que há onze anos, quando a cirurgia foi realizada, o procedimento estava bem no começo, e muitas pessoas estavam morrendo após sua realização. “Na época, meu pai e minha mãe tinha muito medo”, afirma.
Outro fator que influenciou e a incentivou a realizar a cirurgia foi o preconceito que sofria, devido ao alto peso. “Bullying, preconceito, não andava de ônibus, nunca usei biquíni na adolescência. A gente é muito criticado”, comenta. Com a realização do procedimento, ela perdeu 87 quilos e, com a perda de peso, normalizou a pressão arterial. “Ela é sempre 12 por oito, ou seja, prova que era o peso que realmente aumentava a pressão”, diz.
A estudante conseguiu manter o peso por cinco anos. Seis anos após a cirurgia, Lorena ganhou 28 quilos e explica o porquê de não conseguir manter o peso. “Engordei porque tomei cerveja, comi gordura e não fiz atividade física.”
Completamente a favor da redução, ela afirma que a cirurgia é uma coisa para ajudar, mas primeiro a pessoa tem que mudar o pensamento. “A pessoa tem que ter consciência que ela (a cirurgia) é uma ajuda, ela não é milagre.” Para Lorena, a cirurgia é boa, mas as pessoas não seguem as recomendações dos médicos. “Vai ao psicólogo porque é obrigado, mas a cabeça é de gordo. Come o que não está na dieta”, comenta.
A estudante afirma que, quando se atinge certo peso, fica mais difícil o processo de emagrecimento. “Quando você passa dos 100 kg não consegue emagrecer. A gente sofre muito”, diz. Lorena define em uma frase essa doença: “Eu acredito que a obesidade é um vício.”
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Aspirina reduz chances de câncer
Pesquisa britânica mostra que o medicamento reduz de 30% a 40% o desenvolvimento da doença no intestino, estômago e esôfago
FABIANA GUIMARÃES
A revista médica Annals of Oncology publicou um estudo britânico que mostra novos resultados na prevenção do Câncer. De acordo com a pesquisa, o remédio composto por ácido acetilsalicílico, conhecido popularmente como aspirina, diminui de 30% a 40% as chances de desenvolver a doença. Os cientistas da Universidade Queen Mary, localizada em Londres, na Inglaterra, analisaram 200 estudos que apontam os benefícios e malefícios da utilização do remédio.
Um dos problemas na utilização do medicamento são os sangramentos internos que o paciente pode vir a ter, causando hemorragia que levam à morte. O oncologista Alexandre Chiari, da Oncomed BH, explica que é preciso o acompanhamento médico para a utilização da aspirina. “É preciso que as pessoas entendam que o tratamento deve ser prescrevido por um médico, porque há casos de hemorragia interna. A aspirina é um medicamento muito acessível, porém o uso indiscriminado traz consequências como qualquer outro medicamento”, alerta o médico.
O uso do remédio, de acordo com os estudos, mostra que a dosagem é baixa. O medicamento indicado para crianças possui uma quantidade de 100 mg. Já o indicado no tratamento chega a uma quantidade de 75 mg diárias, em um processo que dura entre 5 e 10 anos. Este tratamento é destinado somente a pessoas acima de 50 anos, onde a incidência de câncer é maior. Os pacientes que podem ser aconselhados a esse tipo de prevenção são aqueles que possuem antecedentes familiares que já tiveram algum tipo de câncer, porém sendo contraindicado a pessoas com possíveis pré-disposição a hemorragias.
A aspirina faz com que o sangue fique mais aquoso, e com mais dificuldade de coagulação. Com isto, os riscos do organismo sangrar por algumas partes, acontecerem derrames ou ataques cardíacos aumentam. “É preciso que, mesmo durante todo o tratamento, o paciente tenha o controle médico. Não é só utilizar o medicamento discriminando os riscos”, conta o oncologista Alexandre. O Serviço Nacional de Saúde britânico – National Health Service (NHS) – já deixou claro para toda a população que a utilização do medicamento ainda está sendo explorado.
COMPREENSÃO Do estudo
O coordenador da pesquisa, Jack Cuzick, mostra que, para cada mil pessoas com mais de sessenta anos de idade, que ingerem a droga por 10 anos, há o resultado de 16 mortes a menos por câncer e uma morte a menos por ataque cardíaco. O estudo apresentou que haveria duas mortes a mais por sangramento interno e por efeitos colaterais diversos.
Os benefícios continuam mesmo após o paciente ter parado de ingerir o medicamento, porém não se sabe o tempo determinado. Os riscos de sangramento interno aumentam de acordo com os anos, então o ideal é que não passe de dez anos o tratamento com aspirina. As doses maiores ainda estão sendo estudadas. O câncer de mama, próstata e pulmão também são mais difíceis de serem desenvolvidos com o procedimento, porém são apenas indícios.
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O HOJE
Farmácias poderão virar pontos de saúde
Nova lei autoriza estabelecimentos a oferecerem vários tipos de serviços, como aferição de pressão arterial, teste de glicemia e aplicação de soro
Cynthia Costa
Lei sancionada esta semana pela presidente Dilma Rousseff permitirá que farmácias e drogarias de todo o Brasil prestem serviços de saúde como aferição de pressão arterial, teste de glicemia e aplicação de soro e vacinas. Além disso, será obrigatória a presença constante de um farmacêutico de plantão no local, enquanto o estabelecimento estiver aberto.
A presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Ernestina Rocha, afirma que a lei só vem reforçar o que já existe na prática. “Na verdade, hoje nós já temos farmacêuticos em tempo integral nas farmácias”, afirma. Para se adequar à lei, as farmácias e drogarias terão prazo de 45 dias. “Mas só terão de se adaptar aqueles estabelecimentos que quiserem oferecer esses serviços, já que a legislação não obri¬ga a isso”, esclarece ela.
Com as mudanças, Ernestina defende que tanto a categoria profissional quanto o consumidor saem ganhando. “O farmacêutico deverá orientar o usuário a procurar o médico especialista, e não poderá indicar nenhum remédio para que ele possa resolver, por conta própria, seu problema de saúde”, revela.
Cremego
Outra vantagem, segundo a presidente do CRF, é que a nova lei tipifica as farmácias como estabelecimentos de saúde. “A legislação vem legalizar o que nós já entendíamos: que não eram estabelecimentos comerciais, mas de saúde, podendo realizar alguns procedimentos como medição de pressão, teste de glicemia e aplicação de vacinas”, declara.
O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego), cardiologista Erso Guimarães, concorda que as farmácias devem ter um farmacêutico de plantão. Mas ele alerta que o farmacêutico, em seu ambiente de trabalho, não tem liberdade para “atender, diagnosticar e tratar o paciente”, alerta.
Questionado se a Lei 13.021 pode estimular a auto-medicação, o médico é enfático: farmacêutico não pode trocar remédios nem diagnosticar doenças. “A lei que regula a profissão é clara nisso, já que permite que ele faça avaliação, mas não pode atuar como médico”, explica.
Para o presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas do Estado de Goiás (Aapego), José Rosa Flávio, a lei é interessante porque determina que cada profissional atue na sua especialidade. “Às vezes, o balconista não sabe a composição do remédio e não pode oferecer uma orientação segura ao usuário”, explica.
Na opinião dele, só o médico ou o farmacêutico está apto a recomendar, de forma correta, o uso de determinados medicamentos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação