ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Profissionais de saúde devem notificar casos de Covid, define Ministério da Saúde
ANS vai discutir novos critérios para rede credenciada
Médica dos famosos, Ludhmila Hajjar encara a avalanche da ‘covid do coração’
Artigo – Reajuste dos planos de saúde
Goiás já registrou mais mortes por dengue neste ano do que ao longo de 2021
Primeiro kit portátil para exames físicos remotos do Brasil é apresentado na Hospitalar 2022
Telemedicina leva saúde ao Brasil profundo
Goiás registra 37 novos casos da covid-19 em um dia
Dois médicos do Samu de Itumbiara são denunciados por improbidade administrativa
Família recorre à Justiça para conseguir cirurgia urgente, em Goiânia
Com aproximação do inverno, vírus de doenças respiratórias podem voltar a circular
PORTAL R7
Profissionais de saúde devem notificar casos de Covid, define Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde definiu que profissionais de saúde serão obrigados a notificar casos de Covid-19. A medida foi definida após o Sars-CoV-2 ser incluído no item da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), associada ao coronavírus. A portaria com a consolidação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).
A inclusão da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), associada à Covid-19, também foi definida na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças. O ministério decidiu ainda pela inclusão da Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A), também associada ao vírus, no catálogo de agravos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
A notificação compulsória é feita quando a norma legal obriga profissionais de saúde e pessoas da comunidade a informar à autoridade sanitária a ocorrência de doenças ou agravos que estão sob vigilância epidemiológica.
Há alguns dias, o governador Ibaneis Rocha revogou o decreto de calamidade pública que estava em vigor no Distrito Federal em razão da pandemia. Foi perdida a validade o documento editado em junho de 2020, que permitia o remanejamento de recursos para o enfrentamento à crise sanitária.
Em 18 de abril, logo após o Ministério da Saúde declarar o fim da emergência em saúde, Ibaneis revogou outro decreto de calamidade pública, referente apenas à área da saúde, publicado em março de 2021, que previa a adoção de estratégias como o toque de recolher.
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JOTA INFO
ANS vai discutir novos critérios para rede credenciada
Agência quer debater política para acompanhar o descredenciamento e a substituição de rede oferecida pelos planos
Ganha força na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a discussão sobre uma nova política para acompanhar o descredenciamento e a substituição de centros de atendimento oferecidos pelos planos de saúde.
A regra atual determina que, quando um prestador é retirado da lista de serviços credenciados, empresas são obrigadas a substitui-lo por outro de nível equivalente.
Na prática, no entanto, nem sempre isso acontece. O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, considera subjetivos os critérios usados para a substituição. E é isso que a ANS quer mudar. O ideal é ter parâmetros para nortear essa avaliação.
Ao JOTA, Rebello citou o projeto de monitoramento desenvolvido pela ANS em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, por meio do programa Proadi-SUS, para avaliação da qualidade dos hospitais e comparação entre eles. Algumas das conclusões do programa podem ajudar na construção da proposta.
Precisamos desses indicadores para avaliar resultados, eficiência do atendimento e satisfação dos usuários, afirmou o presidente da ANS.
A criação do modelo, porém, precisa levar em conta outros fatores, diz Rebello
Entre eles, as características do mercado. Em locais onde há grande oferta de prestadores e poucas operadoras de planos de saúde competitivos, o poder de negociação fica comprometido e com grande tendência de que empresas de planos paguem pouco pelos serviços. A lógica inversa também se aplica. Nos locais onde há poucos serviços, a tendência é a de que os preços cobrados de planos sejam maiores.
Para trazer maior equilíbrio, Rebello sugere uma análise dos critérios da abrangência. Numa metrópole, é necessária uma distribuição equivalente nas regiões? Será que se houver serviços concentrados numa área geográfica específica, mas capazes de atender toda carteira não seria suficiente?
O episódio recente da transferência da carteira de planos individuais da Amil para APS deixou clara a necessidade dessa revisão. Antes mesmo da operação, houve um movimento de mudança na rede credenciada. E isso já nos chamou a atenção.
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BLOG DIRETO DA FONTE
Médica dos famosos, Ludhmila Hajjar encara a avalanche da ‘covid do coração’
A médica Ludhmila Hajjar está na linha de frente do combate à avalanche de casos de doenças surgidos no coração em decorrência da covid-19. “Os casos cardiovasculares aumentaram 100% no Brasil. Estou vivendo isso no dia a dia. Meu consultório está lotado”, iniciou a conversa, por videoconferência, com a repórter Paula Bonelli.Recuperando o fôlego, após atender um paciente que estava enfartando, a professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, de 44 anos, falou sobre sua atividade que abrange diversas especialidades, inclusive sobre o papel de médica de famosos e autoridades.Seu consultório fica ao lado do Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, onde recentemente atendeu o senador Davi Alcolumbre durante sua internação. Em março de 2021, ela recusou o convite de Jair Bolsonaro para ser ministra da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello.
Para Ludhmila, a mulher médica está preparada para encarar a dura rotina das UTIs, mais do que os homens. “A mulher hoje é um ser destemido,” disse. Apesar de ter personalidade forte, ela não ficou à vontade em fazer cliques segurando o café, como proposto para ilustrar este papo, “sou tímida”, confessou.
O médico deve ter pretensões políticas?
Acho que depende, tem cidadãos que têm talento para política, predisposição. Não é o meu caso. A saúde é tão importante e a gente tem sofrido tanto nas políticas públicas de saúde.
Por que aceitou ir conversar com Jair Bolsonaro sobre ministério?
Fui mais pensando na pandemia e em todas as coisas ruins que estavam acontecendo com o Brasil. Hoje pensando friamente acho que posso ajudar muito mais sendo médica.
Por que recusou o convite?
A gente não se entendeu. Fiquei surpresa de ter ido lá porque já conhecia a linha. Mas, pelo meu sentimento mesmo de tentar ajudar as pessoas, acreditei que pudesse ser diferente. As conversas mostraram que temos linhas diferentes.
Cinco dias de isolamento para quem testar positivo para a Covid são suficientes na sua visão?
Não, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos acabou liberando essas recomendações e depois o Ministério da Saúde referendou porque a Ômicron veio como uma nova onda grande. Para não destruir a força econômica da sociedade, que está tentando se reerguer. E aí ficou sete dias de isolamento. Com cinco dias faz o teste de antígeno. Só sair de casa se der negativo. A gente sabe, porém, que na maioria das vezes o paciente ainda elimina vírus em média por dez dias.
O que os candidatos à presidência deveriam propor para a saúde?É preciso revisar e propor um plano de financiamento para o SUS à luz da saúde atual. Faltam medicamentos, diagnósticos, celeridade. É possível melhorar muito o SUS com parceria público-privada, em um ambiente sem corrupção.
Quais são os problemas da saúde privada no Brasil?
Ela também precisa ser revisada. Hoje existe uma heterogeneidade muito grande do tipo de serviço, muitas operadoras, planos, hospitais excelentes, outros muito ruins, tratamentos muito diferentes. Por exemplo, você prescreve um tratamento com evidência científica que muda a vida da pessoa e o plano não aprova, nem procedimentos mais complexos e caros.
E o programa que você vai liderar na Qualicorp?
É um atendimento focado em prevenção da saúde. A lógica dos brasileiros é ir procurar tratamento, quando é feito um diagnóstico. A nossa medicina é muito terapêutica e pouco preventiva, a ideia é fazer uma medicina focada em promoção da saúde.
Como foi se tornando médica de famosos?
Acho que é uma coisa natural. A propaganda da gente quem faz são os nossos próprios pacientes. Nunca falei de paciente meu em reportagem. Um indica para o outro, aí você começa a entrar nesse mundo que tem os artistas, os políticos, o pessoal do Judiciário.
Ainda dá plantões?
Sim, dou plantões direto. Viro noite, trabalho nas madrugadas, mas não dou plantões específicos com horários fixos. Por isso que tenho essas olheiras.
A mulher médica encara melhor uma UTI que o homem?
Acho que mulher encara melhor qualquer desafio, não é só UTI. A mulher hoje é um ser destemido, já ultrapassou vários desafios, está mais corajosa. A gente está pronta para a guerra.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo – Reajuste dos planos de saúde
O funcionamento de um plano de saúde é semelhante ao funcionamento de um seguro de automóveis. Na base dos dois, está o mutualismo, um fundo comum, constituído pelas contribuições proporcionais de cada segurado, com o objetivo de arcar com os custos decorrentes de eventos cobertos, previstos no contrato.
É do mútuo que a seguradora e a operadora de planos de saúde retiram os recursos para pagar sua operação. O maior peso, como não poderia deixar de ser, é o pagamento das despesas decorrentes dos eventos cobertos. Elas representam na maioria das vezes mais de 50% do faturamento, enquanto os custos comerciais giram ao redor de 20% e os custos administrativos, entre 10% e 15%. Como ainda temos os custos tributários, fica claro que a margem industrial de uma seguradora ou de uma operadora de planos de saúde privados é exígua, e exige uma administração meticulosa para evitar resultados negativos.
É verdade, estas empresas têm mais uma fonte de receita importante. Como faturam muito com a venda de seus produtos e são obrigadas a constituírem reservas para fazer frente às necessidades da operação, elas são grandes investidoras financeiras, o que gera recursos significativos que, somados ao resultado industrial, geram um resultado operacional melhor. Muitas vezes, inclusive, o resultado financeiro é o que garante o azul na última linha do balanço.
O negócio de uma operadora de planos de saúde está sujeito a variáveis muitas vezes incontroláveis, como é o caso da pandemia da covid-19. Mas não são apenas situações negativas que interferem no resultado da operação. Em 2020, em função da pandemia, as operadoras tiveram um resultado médio bastante positivo, gerado pelo represamento de milhões de procedimentos, que deixaram de ser realizados em função do coronavírus, do isolamento social e da lotação dos hospitais pelos portadores da covid-19.
Isso gerou uma ação demagógica das autoridades do setor, que forçaram reajustes de preços baixos, mesmo sabendo que, em algum momento, os procedimentos represados seriam realizados, concomitantemente com os procedimentos normais na rotina dos planos, e que isso pressionaria as despesas.
Como não podia deixar de ser, isso aconteceu, e os planos de saúde privados enfrentaram uma situação mais complicada em 2021, justamente quando a disparada da pandemia, somada aos reajustes baixos, gerou o aumento das despesas e a queda do faturamento.
Agora, as operadoras estão anunciando aumentos elevados para recompor sua capacidade de atuação, reequilibrando o mútuo afetado pelos resultados de 2021. É uma medida antipática, mas necessária. Em 2021, as operadoras de planos de saúde pagaram R$ 200 bilhões para fazer frente a mais de um bilhão de procedimentos. É mais do que o orçamento do SUS e é quanto o sistema efetivamente custa.
O tema é sério. As operadoras não podem ter lucros indecentes, mas, se a remuneração não for suficiente, elas não terão caixa para atender os segurados.
Antonio Penteado Mendonça
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PORTAL G1
Goiás já registrou mais mortes por dengue neste ano do que ao longo de 2021
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou que o estado já registrou mais mortes por dengue neste ano, do que ao longo de 2021. De acordo com a superintendente em Vigilância de Saúde, Flúvia Amorim, até maio de 2022 foram 36 mortes confirmadas (veja abaixo a lista de óbitos por cidade).
“O número de óbitos é bem maior que o do ano passado. Estamos nesse exato momento com 36 óbitos confirmados no 127 em investigação. No ano passado inteiro nós tivemos 33 óbitos confirmados”, explicou Flúvia.
O último boletim da dengue da SES-GO mostra os dados obtidos entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano. O levantamento indica que Goiás teve aumento 300,09% de casos confirmados e notificados em comparação com o mesmo período do ano passado.
Neste período em Goiás, foram 73.645 confirmados e 145.879 notificados, conforme o boletim. Veja abaixo cidades com mais casos notificados de dengue, conforme boletim da SES.
Flúvia informou que em maio do ano passado a secretaria emitiu um alerta para as cidades goianas sobre uma possível epidemia.
“Emitimos um alerta para todos os gestores municipais para que eles se atentassem a uma possível ocorrência de epidemia e de surtos de dengue e chikungunya e, infelizmente, estamos vendo que isso se concretizou em 2022”, narrou Flúvia.
Conforme boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS), Goiás tem cerca de cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional. A informação é do boletim divulgado no dia 6 de maio deste ano, com dados levantados até a semana 17 de 2022.
Segundo o levantamento, a cada 100 mil moradores de Goiás, 1.556,7 mil têm ou tiveram dengue este ano, segundo O órgão indica que essa incidência é de cerca de cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 307 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas.
Municípios com óbitos confirmados
Período entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano
Cidades com mais casos de dengue notificados
Período entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano
Goiânia: 37.913Aparecida De Goiânia: 10.885Anápolis: 6.116Rio Verde: 5.680Jataí: 5.371Senador Canedo: 4.155Luziânia: 3.581Itumbiara: 2.930Catalão: 2.928Inhumas: 2.783Trindade: 1.914Aguas Lindas De Goiás: 1.896Caldas Novas: 1.490Silvania: 1.337Jaraguá: 1.323
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PARANASHOP
Primeiro kit portátil para exames físicos remotos do Brasil é apresentado na Hospitalar 2022
Equipamento tem sido utilizado na guerra da Ucrânia, onde a população sitiada é assistida por médicos, em Israel, a mais de 2 mil quilômetros de distância. A utilização do kit em atendimentos de rotina evita em 93% a visita presencial ao centro médico
Precisão e rapidez no diagnóstico de problemas respiratórios, cardíacos, dermatológicos e outros, durante uma consulta virtual. Tudo isso é possível por meio do TytoCare, uma solução tecnológica que conecta médico e pacientes para realizar exames físicos remotos e auxiliar no diagnóstico de possível infecção da garganta e ouvido; auscultar o pulmão, coração e abdômen; medir a temperatura; e fazer imagens de lesões na pele com alta resolução e acurácia. O equipamento foi desenvolvido em Israel e será apresentado na Hospitalar 2022.
Só em 2021, foram realizados mais de 1 milhão de exames por meio do equipamento, em todo o mundo. “A procura pelo kit está cada vez maior e cresce na medida em que a telemedicina ganha mais adeptos. O TytoCare é 100% intuitivo e o paciente pode realizar os exames sozinho (atendimentos assíncronos) ou contar com o auxílio do médico que, conectado na outra ponta, orienta em tempo real a condução dos exames (atendimentos síncronos)”, explica a diretora da Tuinda Care, startup distribuidora exclusiva da tecnologia no Brasil, Ana Carolina Lucchese. O médico tem acesso aos resultados, em tempo real, para realizar o diagnóstico e prescrever o tratamento à distância. Ou ainda pode atender de forma assíncrona, acessando os exames feitos pelo paciente, que ficam arquivados na plataforma digital.
“Estudos comprovam que a utilização do kit em atendimentos de rotina pode evitar em 93% a visita presencial ao centro médico. Já nos casos de emergência, a redução de idas ao pronto socorro é de 40,5%, com redução de gastos de 37%”, afirma Ana Carolina. O aparelho é indicado no atendimento de crianças e adultos, nas especialidades de pediatria, clínica geral, otorrinolaringologia, pneumologia, cardiologia e dermatologia, entre outras. É ideal para planos de saúde, hospitais, clínicas, secretarias de saúde, escolas, casas de repouso e enfermarias de empresas.
Pacientes com doenças crônicas ou mais complexas, que necessitam de acompanhamento frequente, também podem ser beneficiados, inclusive para identificação precoce de possíveis complicações de sua doença ou tratamento. “Neste caso, a redução de visitas presenciais ao médico é de 96%”, complementa.
Nos últimos meses, o TytoCare tem sido utilizado até na guerra da Ucrânia, onde a população sitiada é assistida por médicos, em Israel, a mais de 2 mil quilômetros de distância. Aqui no Brasil, equipa diversos hospitais ? entre eles os infantis Pequeno Príncipe (PR) e Sabará (SP) ?, planos de saúde, clínicas e universidades de medicina, desde 2020.
O TytoCare é autorizado pela Anvisa, Comunidade Europeia (CE), Agência Federal do Departamento de Saúde dos Estados Unidos (FDA) e Health Canada. Atualmente, o kit é usado em 23 países de todos os continentes.
Sobre a Tuinda Care
A Tuinda Care é uma startup que tem o objetivo de expandir o acesso a cuidados em saúde de qualidade no Brasil por meio da telemedicina. É distribuidora exclusiva da tecnologia TytoCare no território nacional, com o propósito de conectar o médico ao seu paciente, sem limite de distância, garantindo excelência médica a cada atendimento. Conta com o apoio dos hospitais Pequeno Príncipe (PR) e Sabará (SP) como aceleradores.
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JORNAL OPÇÃO
Telemedicina leva saúde ao Brasil profundo
Por Italo Wolff
Com progresso na área, empresas já se especializam em colocar pacientes isolados em contato com os médicos dos centros urbanos
Desde o início da pandemia, o atendimento médico à distância já é uma realidade. O medo do contágio por Covid-19, o fechamento dos transportes e a necessidade de alcançar rapidamente populações isoladas obrigou os médicos a examinarem seus pacientes por meios digitais. Ainda em março de 2020, o Ministério da Saúde emitiu uma portaria que autorizava médicos a emitir atestados e receitas médicas em meio eletrônico enquanto durasse o estado de calamidade pública. Nos últimos três meses, com lei aprovada pela Câmara dos Deputados, portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina foi permanentemente regulamentada no país.
Anteriormente, em 2001, o CFM havia expressado concordância com a Associação Médica Mundial e Associação Médica Brasileira sobre a telemedicina. Mas esse entendimento não especificava o que ou de que forma as consultas à distância deveriam ser feitas e, além disso, deixava sob responsabilidade do médico todo o processo. Desta forma, médicos cadastrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) podiam atuar restritos em seus estados e, com o dever de proteger os dados dos pacientes, muitos profissionais evitavam a prática. Agora, a responsabilidade ficou dividida entre os profissionais da saúde e as empresas de tecnologia que armazenam e processam os prontuários, exames e procedimentos dos pacientes.
O resultado, explicam especialistas, foi a abertura de uma área nova e promissora. Marcelo Pacheco de Brito Júnior, advogado atuante na área do direito médico, afirma que a regulamentação da prática pelo CFM publicada no dia 05 de maio é um marco. “Não se sabia como fazer o tratamento dos dados e quais eram os limites da atuação. Esse limbo em que estávamos oferecia um risco aos médicos na área. Agora, veremos avanços para os pacientes e médicos.” O advogado ressalta que também foi positivo o destaque de que o padrão-ouro para as consultas médicas é o encontro em pessoa, sendo a telemedicina um ato complementar.
Como avança a medicina
Marcelo Pacheco, advogado atuante no direito médico, afirma que o maior benefício da regulamentação vem para o paciente, que pode ser atendido de forma rápida em qualquer lugar do país.
Um exemplo ilustrativo é o caso da jornalista Jordana Ayres que, ainda no dia 05 de maio, realizou uma consulta em casa pois não conseguia se dirigir a um hospital. Ela conta que uma infecção alimentar a deixou debilitada e, sozinha em casa, não tinha ajuda para ir até uma unidade de saúde. Jordana Ayres utilizou a plataforma para atendimento imediato de seu plano de saúde, Hapvida, e foi logo atendida por um clínico geral. O médico verificou seus sintomas e lhe deu instruções sobre o que fazer, além de fornecer receitas e atestado médico.
Jordana Ayres afirma que não se trata de uma ferramenta para substituir o atendimento presencial, mas que a telemedicina é um método complementar essencial. “É claro que o contato pessoal com o médico faz falta, e não há como fazer os exames de casa, mas se o paciente estiver passando mal e precisar de atendimento imediato, é fundamental”, comenta a jornalista. “Achei muito válido, porque não esperei em filas e fui logo diagnosticada antes que minha situação se agravasse.”
Entretanto, conforme novas empresas exploram a área que se abriu, surgem soluções para os problemas da falta de equipamento para exames. O médico Marcus Vinicius Lobo criou a empresa Medicou.net, que é capaz de transformar qualquer consultório simples em uma policlínica. O empreendedor fornece equipamentos para exames básicos a seus clientes (principalmente empresas e prefeituras), que conseguem criar polos de saúde em qualquer lugar. Assim, mesmo os pacientes na zona rural e em vilarejos passam a ter acesso aos médicos de ponta que atendem nos centros urbanos.
“Morei no interior de Goiás e vi de perto a dificuldade de encontrar médicos”, conta Marcus Vinícius Lobo. “O Brasil tem 5,5 mil municípios e apenas 1.400 geriatras. Os pacientes idosos nas cidadezinhas ficam negligenciados. Cerca de 70% das cidades têm menos de 20 mil habitantes – simplesmente não existem especialistas suficientes. Agora, os pacientes podem ter atendimento de qualidade sem precisar viajar centenas de quilômetros, dormir fora por dias, enfrentar filas, como fazem atualmente.”
Não se trata apenas de um “kit” para exames. A Medicou.net tem uma plataforma adequada às exigências do CFM e LGPD, com médicos cadastrados e na qual pacientes interessados podem se cadastrar e agendar consultas. Marcus Vinícius Lobo comenta que seus principais clientes são órgãos de saúde com dificuldades de contratar profissionais para regiões remotas, mesmo oferecendo altos salários. São entidades como sindicatos rurais, empresas como usinas de açúcar e etanol, cujos trabalhadores frequentemente precisam de assistência médica mas se encontram distantes de qualquer hospital.
“Usando os equipamentos que fornecemos, um cardiologista na cidade consegue escutar o coração de uma pessoa na zona rural”, diz o médico e empreendedor. “O pediatra vê a garganta do menino no vilarejo em tempo real. Esses pacientes são auxiliados por enfermeiros e técnicos, não é necessário saber mexer no computador e nem operar equipamentos.”
Marcus Vinícius Lobo conta que, durante a pandemia, os atendimentos via telemedicina em geral aconteceram por chamadas de WhatsApp, Zoom, Google Meets. Entretanto, esses não são as plataformas adequadas para guardar e transmitir informações sensíveis do paciente. “A Anvisa fala sobre plataformas específicas: software as a medical device, com critérios de compliance e cibersegurança.” Apesar de parecer uma restrição para os médicos, o empreendedor comenta que a norma é positiva, pois o médico em geral não tem formação em segurança de dados, e agora, dividindo responsabilidade com as plataformas, pode contar com equipes de especialistas para operacionalizar a parte de tecnologia da informação.
“Eu também sou médico e entendo a barreira cultural que estamos enfrentando”, comenta Marcus Vinícius Lobo. “É muito complexo dar um diagnóstico para um paciente sem poder aferir sua pressão ou ouvir seus batimentos cardíacos. A telemedicina totalmente online ajuda, mas precisa ser enriquecida com o estudo dos sinais vitais do paciente e exames básicos. Nossa proposta é vencer essa barreira, pois na nossa plataforma o paciente sai de casa, é tocado por um ser humano que faz a intermediação na vídeo chamada, envia seus exames e recebe um diagnóstico mais preciso.”
Principais pontos da Resolução do CFM
Discernimento de ambas partes: O médico tem autonomia para decidir se a primeira consulta poderá ser, ou não, presencial. Médico e paciente podem escolher interromper o atendimento para solicitação de exames e consulta presencial, caso prefiram.
Acompanhamento clínico: No atendimento de doenças crônicas ou doenças que requeiram assistência por longo tempo, deve ser realizada consulta presencial, com o médico assistente do paciente, em intervalos não superiores a 180 dias.
Segurança e sigilo: dados e imagens dos pacientes devem ser preservados, obedecendo as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do CFM.
Termo de consentimento: agora o paciente deve autorizar expressamente o atendimento por telemedicina e a transmissão das suas imagens e dados. Isso é feito com a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – um documento em que estão claros todas as particularidades da telemedicina.
Honorários: a prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial.
Territorialidade: as empresas prestadoras de serviços em telemedicina, plataformas de comunicação e arquivamento de dados deverão ter sede estabelecida no Brasil e estarem inscritas no CRM do estado onde estão sediadas. Agora, médicos podem atender pacientes em todo o país.
Fiscalização: os CRMs manterão vigilância, fiscalização e avaliação das atividades de telemedicina.
Além disso, não há obrigação de se gravar o atendimento já que, em geral, o atendimento presencial também não é gravado. Podem ser emitidos atestados médicos, laudos, receitos para medicamentos, e todos os outros procedimentos padrões da consulta tradicional.
Seis modalidades
De acordo com a nova Resolução, o atendimento à distância se divide em diferentes modalidades.
Teleconsulta: consulta médica não presencial, mediada por plataformas de comunicação digital entre médico e paciente localizados em diferentes espaços.
Teleinterconsulta: É a troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito comum, por exemplo, quando um médico de Família e Comunidade precisa ouvir a opinião de outro especialista sobre determinado problema do paciente.
Telediagnóstico: A emissão de laudo ou parecer de exames, por meio de gráficos, imagens e dados enviados pela internet.
Telecirurgia: É quando a cirurgia é feita por um robô, manipulado por um médico que está em outro local.
Televigilância ou Telemonitoramento: É a avaliação clínica ou aquisição direta de imagens, sinais vitais e dados de equipamentos ou dispositivos agregados ou implantáveis nos pacientes.
Teletriagem: Realizada por um médico para avaliação dos sintomas do paciente, à distância, para regulação ambulatorial ou hospitalar, com definição e direcionamento do mesmo ao tipo adequado de assistência que necessita ou a um especialista.
Como a medicina avança
basicamente agilizando e chegando mais longe. Procedimentos e análises que devam ser presencial ainda serão feitos sem perda. alguns tratamentos utilizam como triagem para economizar tempo do paciente, solicita exame para no presencial já ter um atendimento completo,. existe também em outras formas, telediagnóstico, telecirurgia, médicos em outros estados, consulta com outro médico de região Necessária concordância expressa com o TCLE. Anuência expressa
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A REDAÇÃO
Goiás registra 37 novos casos da covid-19 em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 37 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde deste domingo (15/5). Não foram registradas mortes em decorrência da doença no período, também segundo o boletim da pasta.
Com as atualizações, o Estado soma 1.346.718 casos e 26.557 óbitos ligados à covid-19 desde o início da pandemia. Ainda de acordo com a SES-GO, 769.413 casos e 319 óbitos são investigados para saber se há relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,97%.
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TV ANHANGUERA
Dois médicos do Samu de Itumbiara são denunciados por improbidade administrativa
globoplay.globo.com/v/10576083/
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Família recorre à Justiça para conseguir cirurgia urgente, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10576015/?s=0s
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O HOJE
Com aproximação do inverno, vírus de doenças respiratórias podem voltar a circular
Com a frente fria aproximando-se de Goiás, as doenças respiratórias estão mais propensas a se proliferar, gerando uma superlotação nos Centros de Saúde. De acordo com a Cimehgo, Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás, em Goiânia, a temperatura pode chegar até 5 graus Celsius, ficando abaixo de zero, em municípios localizados no Sul do Estado.
Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretária de Estado da Saúde de Goiás (SES), enfatiza que a imunização contra a influenza e principalmente o reforço da segunda dose da Covid-19, é necessário para a proteção do sistema imunológico, diante a queda das temperaturas. “A população tem a vacina ao alcance de suas mãos. É imprescindível que os cidadãos que estão em situação de vulnerabilidade, tanto idosos quanto imunossuprimidos, procurem os centros de saúde para imunizarem. A vacina salva vidas.”, ressaltou.
O alerta da vacinação é justamente em razão dos baixos números de cobertura vacinal contra a Influenza, indo de idosos a crianças. A Secretária de Estado de Goiás aponta que 37% dos idosos vacinaram e já crianças de 6 meses a 5 anos, apresentaram 16% e gestantes apresentaram 13%. Diante desses dados, a meta de vacinação contra gripe imposta pelo Ministério da Saúde, permanece abaixo do esperado, sendo 95%.
A segunda dose de reforço contra Covid-19 (DR2) também está em baixa adesão. A redução das medidas sanitárias fez com que algumas pessoas esquecessem da existência do vírus, porém, não é bem assim. A pandemia ainda está ocorrendo, não como antes, mas qualquer um pode ser infectado. Com os impactos da vacina, o risco de agravamento da doença é diminuído e por isso, o ciclo vacinal completo é essencial. Ela garante uma proteção maior contra o coronavírus. Essa dose é destinada principalmente ao grupo de risco, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais e os imunossuprimidos. Até agora, 2.678.917 pessoas estão em atraso com a aplicação da primeira dose e a DR2 foi aplicada em 152.694 pessoas.
Em todos os Munícios do Estado, o Governo de Goiás em conjunto com a SES, disponibiliza vacinas contra Influenza e contra a Covid-19. A campanha de vacinação iniciou em 4 de abril e irá até o dia 3 de junho, imunizando todas as pessoas que compõem o grupo prioritário. “Buscar um posto de vacinação é fundamental neste momento. Quem tem direito à vacina deve se imunizar”, completa Flúvia.
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Assessoria de Comunicação