CLIPPING SINDHOESG 14 a 16/10/17

16 de outubro de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia entram em greve
Dona de casa que quebrou o braço espera há mais de um ano por cirurgia em Goiânia
Secretaria Municipal de Saúde começa a identificar áreas com focos da dengue em Goiânia
“É inegável que a Saúde em Goiânia piorou”, diz líder do PMDB
Sem repasses da SMS, médicos vão suspender exames e cirurgias a partir de quarta (18)
Em crise, Santa Casa anuncia pagamento de servidores para esta segunda-feira (16)
Iris Rezende deve demitir a secretária da Saúde e o presidente da Comurg
Mais de 43% dos mamógrafos estão parados em Goiás


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia entram em greve
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/funcionarios-da-santa-casa-de-misericordia-de-goiania-entram-em-greve/6219783/

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Dona de casa que quebrou o braço espera há mais de um ano por cirurgia em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/dona-de-casa-que-quebrou-o-braco-espera-ha-mais-de-um-ano-por-cirurgia-em-goiania/6219796/

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Secretaria Municipal de Saúde começa a identificar áreas com focos da dengue em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/secretaria-municipal-de-saude-comeca-a-identificar-areas-com-focos-da-dengue-em-goiania/6219792/

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JORNAL OPÇÃO

“É inegável que a Saúde em Goiânia piorou”, diz líder do PMDB

Por Alexandre Parrode

Vereador Clécio Alves, presidente da comissão que investigará pasta, nega motivação política e aponta situação caótica na capital

Presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigará o caos na Saúde municipal, o vereador Clécio Alves (PMDB) rebateu ao Jornal Opção críticas do colega Paulo Daher (DEM) sobre a motivação para a instalação do colegiado.
Segundo o líder do PMDB na Câmara de Goiânia, não se trata de insatisfação de parlamentares por supostas perdas de cargo na Secretaria Municipal de Saúde, como sugeriu o democrata, mas sim de uma atitude imprescindível.
“Lamentável, infeliz e inoportuna a colocação do vereador Paulo Daher, que foi eleito vice-presidente da CEI com meu voto de desempate [a tucana Dra. Cristina havia recebido três votos e o democrata também três, sendo este eleito com voto de minerva de Clécio Alves]”, disse.
Para o peemedebista, é “inegável” que o serviço oferecido nas unidades de Saúde de Goiânia pioraram desde que a secretária Fátima Mrué assumiu o cargo (em janeiro de 2017). “Não sou eu quem estou dizendo, é a população, as filas da morte das UTIs, as atitudes que ela toma que vêm contra qualquer lógica”, lamentou.
Para citar alguns exemplos dos descalabros da auxiliar do prefeito Iris Rezende (PMDB), o vereador listou a decisão de não fazer os repasses obrigatórios aos hospitais particulares conveniados, o que culminará no fechamento de 52 leitos de UTI, bem como na denúncia de que a secretaria tem recebido verbas do Estado para manter mais de 500 leitos, mas menos de 440 foram identificados.
“Estou tentando de todas as maneiras ajudar o prefeito Iris Rezende. Não tenho nada contra a pessoa da secretária, nem a favor. A pessoa eu até admiro a história, é uma cientista qualificada, premiada, respeitada no ramo. Porém, como gestora, pelo amor de Deus”, completou.
Por fim, Clécio Alves garantiu que o trabalho da CEI da Saúde, que será instalada nesta segunda-feira (16), será “isento, apartidário, responsável” e todas as ações serão “transparentes”.
“Não vai virar palanque contra a secretária porque não estamos lá para isso. Não me prestaria a esse papel. Vamos buscar qualidade que a população merece, reparos que são necessários. Comissão de Inquérito não veio para fazer politicagem, não veio para poder ganhar cargo na prefeitura”, completou.
Clécio Alves fez, ainda, um alerta a Paulo Daher (DEM): caso o democrata saiba de algum vereador que está atacando a secretária da Saúde porque perdeu cargos na prefeitura, deve fazer a denúncia aos órgãos competentes. “Caso contrário, estará prevaricando”, sentenciou.
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Sem repasses da SMS, médicos vão suspender exames e cirurgias a partir de quarta (18)

Por Matheus Monteiro

Caso Secretaria não revogue portaria que suspende complemento ao SUS, pacientes ficarão sem atendimento a partir da próxima semana
Os médicos prestadores de serviços credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS) vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia reuniram-se em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) na última quarta-feira (11/10), para discutir sobre o corte do pagamento de verbas e honorários médicos complementares aos valores praticados na tabela unificada do SUS.
Após ampla discussão, os profissionais decidiram enviar um ofício à SMS de Goiânia para exigir a revogação da Portaria SMS nº 260/2017,  que suspendeu o repasse de complemento ao Sistema Único de Saúde (SUS) de exames para pacientes da rede pública que eram feitos em clínicas particulares, além de procedimentos e cirurgias eletivas.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, haverá a suspensão de todos os procedimentos de exames diagnósticos de média e alta complexidade executados em favor dos usuários que são assistidos na rede credenciada ao SUS a partir da próxima quarta-feira (18).
A presidente do SIMEGO, Pabline Marçal, afirma que a situação se tornou insustentável. “Os médicos prestadores de serviços credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela SMS de Goiânia não tiveram outra alternativa que não fosse a suspensão da realização dos procedimentos. Em alguns casos, sem a complementação os valores pagos pela tabela SUS não vai pagar nem o custo para a realização dos exames e cirurgias.
Portaria
Em portaria publicada no último dia 25 de setembro, foi decretada que a prefeitura de Goiânia deixa de pagar sua parte na execução de exames em clínicas particulares, o que reflete imediatamente na suspensão dos serviços prestados pelos hospitais particulares. Entre os exames suspensos estão broncoscopia, exames de tomografia, exames de imagem de forma geral e exames oftalmológicos.
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Em crise, Santa Casa anuncia pagamento de servidores para esta segunda-feira (16)

Por Alexandre Parrode

Hospital filantrópico recebeu recursos do SUS e deve quitar a folha de setembro nesta semana
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anunciou, por meio de nota, que efetuará o pagamento do salário dos servidores referente ao mês de setembro nesta segunda-feira (16/10).
Segundo a superintendência-geral do hospital, os repasses dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram efetuados na última sexta-feira (13), o que permitirá a quitação da folha.
Desde o começo do ano, a unidade de Saúde, que é filantrópica, vem enfrentando graves problemas e chegou a ter o atendimento parcialmente prejudicado. Dos 270 leitos, apenas cerca de 120 estão ocupados.
No final de agosto, o então superintendente José Alberto Alvarenga pediu demissão do cargo, que foi assumido pela ex-secretária estadual de Saúde, a médica Irani Ribeiro de Moura. A nova direção se comprometeu a melhorar a situação da Santa Casa, com metas e novas práticas, incluindo a reabertura de leitos.

Veja a nota na íntegra:
A Superintendência-Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia informa que o pagamento dos funcionários da unidade de saúde, referente a setembro, será realizado nesta segunda-feira, 16. O repasse dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) foi efetuado na última sexta-feira, 13. O pagamento é resultados das novas pactuações em andamento promovidas pela superintendência e demonstra o compromisso com um novo modelo de gestão voltado para o atendimento das demandas da população, com respeito aos funcionários e ao bom funcionamento do hospital.
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Iris Rezende deve demitir a secretária da Saúde e o presidente da Comurg

Há quem defenda que o prefeito deveria renunciar para abrir espaço para quem tenha aptidão para administrar

Secretários de Iris Rezende alertam que são certas as demissões da secretária da Saúde, Fátima Mrue, e do presidente da Comurg, Denes Pereira Alves. O prefeito de Goiânia estaria irritado porque os dois não conseguem atender as reivindicações da população. A saúde é o setor mais caótico da gestão.
A crise do lixo é comentada nas ruas e nos meios de comunicação. No lugar de afastar os auxiliares — que são fracos —, Iris deveria renunciar e abrir espaço para um gestor mais apto.
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O POPULAR

Mais de 43% dos mamógrafos estão parados em Goiás

Aparelhos estão sem funcionar desde 2016. Na capital, 7 equipamentos estão em desuso. Secretaria anuncia auditoria da situação
Em Goiás, 43,5% dos mamógrafos que realizam exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não estão funcionando, segundo dados do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) do Ministério da Saúde. O problema se estende há pelo menos um ano e foi confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Dos 92 equipamentos distribuídos pelo Estado, em 36 municípios, apenas 52 estão em uso. Em 13 cidades, onde deveria haver pelo menos uma máquina em funcionamento, não há nenhuma.
Na capital, dos 25 aparelhos cadastrados, 18 estão em operação para o exame que auxilia no diagnóstico de câncer de mama. Nem a SES nem a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informaram onde estão os mamógrafos inoperantes. O órgão estadual alegou que esse tipo de levantamento deve ser solicitado ao município.
Já a pasta municipal diz que não tem como saber onde estão os 7 mamógrafos que deveriam fazer exames pelo SUS e não o fazem. A assessoria da SMS reiterou ainda que, mesmo sem ter como dizer onde os equipamentos estão, pode informar que alguns desses equipamentos constam no cadastro para o município, mas não estão pactuados. Desta forma, não realizam o exame na rede pública de Goiânia.
A SMS informou que existem 13 prestadores em Goiânia, entre públicos, privados e filantrópicos que realizam a mamo-grafia pelo SUS o que não expressa o número real de máquinas. Cada estabelecimento pode ter mais de um equipamento, como é caso do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), que conta com 3 mamógrafos.
Um dos sete equipamentos parados é o do Centro de Reabilitação e Readaptação Doutor Henrique Santillo (Crer), que está passando por uma manutenção. A expectativa é que a máquina – que tem uma capacidade de realizar 150 exames mensais – volte a funcionar até o início de novembro.
A Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia avalia ainda que esses números do SCNES podem apresentar divergências uma vez que os equipamentos podem sofrer interdição por parte das vigilâncias sanitárias ou ainda uma mesma máquina pode estar cadastrada nos três tipos de mamógrafos. Assim, o número de equipamentos pode parecer maior do que realmente é.
Apesar do alto número de mamógrafos inoperantes pelo SUS, a quantidade de exames realizados em Goiânia foi o mais alta dos últimos anos. De acordo com a Gerência de Controle e Processamento Ambulatorial e Hospitalar da SMS, foram mais de 40 mil mamografias em 2016. Dois anos antes, foram 38,1 mil procedimentos e, em
2015, mais 36,5 mil.
Os números de exames levam a SES a defender que apesar dos 43,5% de mamógrafos fora de uso, os que estão em operação são suficientes para a demanda. Inclusive, mesmo com o déficit nos aparelhos, em
2016, o número de mamografias de diagnóstico, por indicação médica, ou rastreamento, nas mulheres na idade de risco, de 50 a 69 anos, realizadas em Goiás, foi maior do que nos anos anteriores. Em 2014, foram 70.915 exames e no ano seguinte, 69.429. Em 2016, foram 84.038 exames.
AUDITORIA
Mesmo afirmando que os equipamentos atuais são suficientes para atender a demanda, a SES anunciou uma auditoria para saber duas coisas: o motivo de tantos mamógrafos inoperantes e o baixo número de exames feitos pelos equipamentos em uso. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) afirma que um mamógrafo simples – equipamento existente nas unidade de saúde em Goiás – tem a capacidade de realizar pouco mais de 5 mil exames por ano. No Estado, a média em 2016 ficou em apenas 1,6 mil por aparelho.
A intenção com a auditoria é levantar as falhas na disponibilização dos exames de mamografia e elaborar um plano de ações em conjunto com os municípios para ampliar a oferta dos serviços e melhorar o acesso das mulheres à mamografia.
A assessoria da SES não informou qual o prazo para a conclusão desta auditoria. A secretaria explicou, porém, que em cada um dos aparelhos auditados o prazo para a conclusão da análise varia de 40 a 90 dias e os equipamentos não devem ser analisados ao mesmo tempo.
3 perguntas para Rosemar Macedo Sousa Pahal
Presidente da regional goiana da Sociedade Brasileira de Mastologia, Rosemar Macedo Sousa Pahal comenta que o Brasil está longe da cobertura ideal nos exames mamográficos e que em Goiás o problema é ainda mais grave.
1 – Como está a questão dos mamógrafos em Goiás?
Teoricamente teríamos equipamentos em todo lugar. Uma portaria do Ministério da Saúde prevê que a máquina esteja até a 60 quilômetros da mulher ou uma hora de distância. De acordo com os mamógrafos cadastrados a cobertura estaria adequada.
2 – Qual seria a cobertura mamográfica ideal?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o ideal é que 70% da população seja acompanhada na faixa etária dos 50 a 69 anos. No Brasil, a cobertura mamográfica não chegamos nem a 25%, em Goiás, é 12%.
Todavia, pode ser que algumas mulheres façam o exame na rede privada e não tenha a alimentação do Sistema de Informações do Câncer (Siscan).
3 – Apesar da priorização nos exames das mulheres após os 50 anos, as mais jovens também não deveriam estar mais atentas?
O Ministério da Saúde preconiza o que o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (inca) preconiza Porém, 25% das mulheres têm câncer antes dos 40 anos. Enquanto sociedade, nos posicionamos contra esse direcionamento e acreditamos que as mais jovens, antes dos 40, também devem fazer.
Déficit afeta prevenção de câncer
O impacto desse quadro de mamógrafos inoperantes em Goiás reflete na quantidade de mulheres que poderiam descobrir o câncer de mama e realizar o tratamento o quanto antes, conforme reitera especialistas ouvidos pelo POPULAR.
"A mamografia não evita, mas ajuda no diagnóstico. Se não tem a máquina reduz muito a taxa de rastreamento do que poderia causar a doença", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – regional Goiás, Rosemar Macedo Sousa Pahal. O coordenador do Programa de Mastologia da Universidade Federal de Goiás, Ruffo de Freitas Júnior, vai além e complementa. "Isso impacta na taxa de morte", enfatiza.
Aliás, o exame permite o diagnóstico até 2 anos antes do tumor ser palpável, ressalta a oncologista da ginecologia e mama do Hospital Araújo Jorge (HAJ), Rossana de Araújo Catão Zambronha.
Inclusive, a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia lembra que, de acordo com o Ministério da Saúde o número de equipamentos é suficiente. Teria, na verdade, um excesso de 45 máquinas.
Rosemar comenta que neste sentido os mamógrafos estariam localizados de forma que permitiriam uma cobertura adequada da população. Entretanto, não é o que tem se visto conforme os dados disponíveis.
Essa questão é reiterada pela pesquisadora Danielle Cristina Netto que ressalta a expectativa apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Segundo o instituto, o Estado conta com mais de 530 mil mulheres na faixa etária de risco, desde 2014. São estimados números acima dos 300 mil exames. Contudo, Goiás sequer chega às 50 mil mamografias.
Júnior, que também é coordenador do entro Avançado de Diagnóstico da Mama (Cora) do Hospital das Clínicas (HC) da UFG, comenta que em tomo de 24% das mulheres no país fazem a mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Goiás, este número é reduzido pela metade.
Para os especialistas, de forma gerai, é preciso permitir um maior acesso aos exames, assim como reforçar a conscientização da população acerca da necessidade dos cuidados com a saúde.
"Ainda tem uma questão cultural forte, muitas mulheres só procuram o médico quando o problema é palpável, perceptível", frisa Rossana.
"Isso (o alto percentual de mamógrafos fora de uso pelo SUS) impacta na taxa de morte"
Ruffo de Freitas Júnior, coordenador do Programa de Mastologia da Universidade Federal de Goiás (UFG)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação