Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14 a 18/02/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Paciente de Alto Paraíso, em Goiás, morre em Brasília com febre amarela
• Em uma única casa, três moradores estão doentes
• Preços de planos sobem mais de 70% para quem faz 59 anos
• Resultado nem sempre confiável
• Santa Casa suspende atendimentos por falta de verba
• 4 passos para engajamento médico


DIÁRIO DA MANHÃ

Paciente de Alto Paraíso, em Goiás, morre em Brasília com febre amarela

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) informou que morreu hoje (14) um paciente, morador de Alto Paraíso (GO), que estava internado em Brasília com febre amarela. O paciente, de 23 anos, estava sob cuidados da equipe médica do Hospital Regional de Santa Maria.
Antes, ele havia dado entrada no Hospital Regional de Planaltina, também no DF, com suspeita de dengue. Como o quadro clínico piorou, foi remanejado para um leito da Unidade de Terapia Intensiva até ser encaminhado a Santa Maria, onde foi submetido a diversos exames que confirmaram a doença.
O paciente não apresentou melhoras, teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O fato foi notificado ao Ministério da Saúde, que o comunicou à Secretaria de Saúde de Goiás, pedindo que o combate ao mosquito transmissor da doença – o Aedes aegypti – seja reforçado no estado. (15/02/15)
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O POPULAR
Preços de planos sobem mais de 70% para quem faz 59 anos
Usuários de plano de saúde que completaram 59 anos de idade denunciam reajustes de mais de 70% nas mensalidades. No ano passado, de acordo com o Procon Goiás, foram registradas 422 reclamações contra planos de saúde. Em 2015, há 24 queixas registradas no órgão de defesa do consumidor.
O Estatuto do Idoso proíbe aumentos por mudança de faixa etária a partir dos 60 anos. A gerente de atendimento do Procon Goiás, Limari Ferreira, explica que, por isso, consumidores alegam que para driblar a lei as empresas têm antecipado os aumentos.
“Quem pretende contratar um plano de saúde precisa tomar cuidado. O consumidor deve procurar o Procon para orientação e verificar se o aumento foi abusivo. Temos um departamento que faz a petição para ele entrar na justiça e evitar gastos com advogado”, diz Limari.
A aposentada Domingas José da Silva aderiu ao plano de saúde Amil em 2007 e, afirma que faltando dois meses para completar 59 anos recebeu as tarifas com aumento de mais de 70%. “A empresa afirmou que teria que fazer esse ajuste por causa da minha idade e que o plano também sofrerá reajuste de aniversário anualmente.”
Domingas foi orientada para entrar na justiça, mas está optando em cancelar o serviço. “Um advogado sairia mais caro. O dinheiro da aposentadoria não dá para pagar o plano. Por isso, meu filho cobre a metade. Vou esperar até o próximo ano para verificar se haverá outros aumentos. Fica mais fácil cancelar o serviço, já que utilizo apenas a cada três meses”, diz Domingas.
Através de uma nota, a Amil informou que o plano de saúde da aposentada foi reajustado em razão da mudança de faixa etária da beneficiária e respeitou as determinações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Normas
Ainda segundo o Estatuto do Idoso, as mensalidades das pessoas com 60 anos ou mais devem ter apenas os reajustes anuais. Quem se aproxima dessa idade deve se preparar para o último reajuste por mudança de faixa etária. O índice que será aplicado pelo plano de saúde precisa ser indicado no contrato.
A ANS determinou normas referentes à contratação dos planos (veja quadro). Porém, para planos mais antigos, vale o que está no contrato.
Arthur Bagmanian, 88, utiliza o plano de saúde Geap há mais de 30 anos. Ele afirma que no reajuste anual de 2013 para 2014, a mensalidade aumentou 150%. “As minhas filhas tem 50 e 42 anos, e, também tiveram aumento na mensalidade. Achei absurdo, mas preferi continuar pagando a entrar na justiça.”
Em nota, a Geap informou que não houve reajuste na mensalidade de nenhum beneficiário na proporção de 150%. A empresa disse que os reajustes dos planos são aplicados com base em estudo atuarial e, o custeio dos planos é aprovado anualmente pelo Conselho de Administração da operadora. (18/02/15)
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Em uma única casa, três moradores estão doentes
A única viagem que o empresário Onivaldo Ribeiro Leão, de 43 anos, fez no feriado de carnaval foi da sua residência para o posto de saúde. Na casa, na Vila Morais, região Leste de Goiânia, três dos seis moradores estão com dengue – ele, a esposa e sobrinha.
Com semblante bastante abatido, ele conta que é a segunda vez que é infectado pelo vírus e que quase todos os moradores da quadra estão com a doença. A grande incidência, os moradores atribuem a dois lotes vagos localizados na Rua C, paralela com a BR-153. “Eles demoliram as casas que tinham lá há mais de um ano e o proprietário nunca limpou o terreno. Aí, a população se aproveita para jogar mais entulhos”, conta.
Nos lotes denunciados pelos moradores, pneu, latas, copos plásticos e até mesmo uma cisterna aberta viram convidativos criadouros para o mosquitoAedes Aegypti.
A comerciante Vera Lúcia Gonçalez, de 58 anos, garante que só não está pior porque ela e um vizinho fazem constantes limpezas no local e até improvisaram uma tampa para a cisterna. Na casa de Vera Lúcia, o marido e os dois filhos estão com a doença. “Meu esposo está mal, de cama. Quando vou ao postinho eu encontro vários moradores do bairro que também estão com suspeita de dengue”.
Em 2010, a comerciante perdeu uma sobrinha, vítima da dengue hemorrágica e diz que isso a deixa ainda mais temerosa. “Não é brincadeira, fico preocupada demais”.
Os moradores reclamam que apesar de ligarem na Prefeitura e denunciarem os terrenos baldios, nada é feito. “Sei que não é só o lote que pode ter foco, mas o que sinto é que os agentes só passam onde não precisa. O fumacê já não passa há meses, daqui há pouco todo mundo já ficou doente”, lamenta.
O vizinho de Vera, o vigilante Wemerson Mendonça Pedrosa, de 37, diz que também estava com a doença e que sarou há cerca de duas semanas. “Foi quase um mês de cama. É uma doença terrível”
Apesar dos casos recentes, a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, diz que a Vila Morais não está na lista dos com maior número de notificações. No último boletim, apenas três casos da doença no bairro foram notificados ao departamento.
Flúvia também explica que o fumacê, solicitado pelos moradores, não é a solução para evitar o aumento do número de casos da doença e que é aplicado apenas em alguns casos já previstos pelo órgão. “É um inseticida. As pessoas precisam entender que enquanto não mudarem o comportamento, a doença não vai acabar. É preciso eliminar os criadouros, porque se não, mesmo com o fumacê, em 10 dias a quantidade de mosquitos será a mesma”. (18/02/15)

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Resultado nem sempre confiável
Emagrecer é um desejo da maioria das pessoas, mas para conseguir o corpo almejado é preciso unir reeducação alimentar e atividades físicas. A fórmula pode parecer simples, mas essas atitudes nem sempre trazem resultados satisfatórios para pessoas obesas ou com sobrepeso, o que tem contribuído para aumentar a procura por alternativas intervencionistas, como o uso do balão intragástrico, que assim como as técnicas cirúrgicas que reduzem a capacidade do estômago, também provoca esse efeito e induz a pessoa a um menor consumo de alimentos.
O balão é inserido vazio no estômago do paciente através de endoscopia, em ambiente hospitalar ou clínico, sob sedação. Em seguida, ele é preenchido com soro. O procedimento que tem duração média de 20 minutos não tem cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) e nem dos planos de saúde, mas a demanda cresce vertiginosamente, segundo os médicos consultados pelo POPULAR.
Os profissionais entrevistados atribuem o “boom” do balão intragástrico a três fatores principais : proibição de inibidores de apetite pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aumento do índice de obesidade no País e a extensão da permissão do procedimento para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 27, ou seja, sobrepeso. Antes, o procedimento era indicado apenas para pessoas com IMC acima de 30 – o cálculo do IMC é feito dividindo o peso (quilos) pelo quadrado da altura (metros).
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica capítulo Goiás, Leonardo Sebba, diz que o balão já tinha perdido espaço no mercado quando as decisões da Anvisa a cerca do uso de anorexígenos e liberação do procedimento para pessoas com sobrepeso impulsionaram novamente o mercado. “As empresas cresceram o olho nesse novo público, mas a propagação desses fabricantes e até mesmo o acompanhamento inadequado durante o uso do produto, sem o acompanhamento multidisciplinar, fez com que os resultados não fossem satisfatórios”.
O médico Francisco Albino Rebouças Júnior, cirurgião do aparelho digestivo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), ressalta que cada procedimento tem seu público e que o balão intragástrico hoje tem outro perfil. “Inicialmente indicado para superobesos que passariam por cirurgia no futuro, hoje ele pegou o grande mercado de pacientes que não tem indicação de cirurgia ou daqueles que não querem operar”.
As mulheres são as que mais lotam os consultórios em busca de métodos redutores de peso, e de acordo com Sebba, isso é consequência da pressão estética a qual são submetidas pela sociedade.
Resultados
Sebba alerta que com o balão intragástrico a perda de peso fica em torno de 10% a 15%, e, por ser reversível, os casos de pessoas que recobram os quilos são recorrentes. Ele também destaca que o procedimento oferece riscos. “São raros, mas existem. Pode romper o estômago, obstruir o intestino, dilacerar o esôfago etc. Eu vejo com muito cuidado, as indicações deveriam ser selecionadas para ter resultado considerável, mas hoje muitas pessoas não buscam uma indicação de tratamento que se encaixe ao seu perfil, elas já chegam nos consultórios com a ideia pronta”. O custo também não é nada barato, acrescenta o cirurgião. “Com todo os gastos fica entre R$ 7 e 12 mil”.
Para Rebouças Júnior o balão serve como impulso para sair do ciclo vicioso da obesidade. “O resultado a longo prazo não é bom, já que a maioria dos pacientes recuperam o peso quando retiram o balão. Por isso, ele deve ser aproveitado como estímulo para se exercitar, mudar os hábitos, com acompanhamento multidisciplinar de nutricionistas , psicólogos e preparador físico”.
A estudante Lídia Lima, de 30 anos, foi uma destes pacientes que recuperaram o peso após a retirada do balão. Mesmo com acompanhamento de uma nutricionista e fazendo atividade física, ela não conseguiu ter sucesso com o procedimento. Pesava 100 quilos quando implantou a tecnologia e só perdeu três quilos durante os seis meses de uso. “Parece que me acostumei com o balão. Só não sentia fome nos primeiros dias, depois foi tudo igual, exceto pelo desconforto dos gases”.
Quando retirou o balão intragástrico, Lídia não só recuperou os 3 kg perdidos, como engordou mais 20 kg. Em dezembro, ela passou por uma cirurgia bariátrica. “Já perdi 18kg e estou muito feliz, me sentindo mais bonita e com vontade de manter essa perda. Estou me alimentando bem melhor e acho que agora vai dar certo”, conta. (15/02/15)
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Santa Casa suspende atendimentos por falta de verba
150 deixarão de ser internados
Malu Longo
Até quarta-feira, a Santa de Casa de Misericórdia de Goiânia estará fechada para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para se manter em atividade, a unidade de saúde, vinculada à Sociedade São Vicente de Paulo e à Sociedade Goiana de Cultura (SGC), tem 90% de seu orçamento dependente de recursos do SUS, ainda não repassados este mês. Até o final do período carnavalesco, cerca de 150 pessoas deixarão de ocupar os mais de 500 leitos do hospital, 19 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), número de pacientes que são transferidos para a unidade via processo de regulação.
Na manhã de ontem, diretores da Santa Casa explicaram porque decidiram tomar uma decisão tão radical. De acordo com o superintendente administrativo, Aderrone Vieira Mendes, os problemas começaram em janeiro quando o Fundo Municipal de Saúde, para onde era transferida a verba do SUS, deixou de ser autônomo. Os recursos federais da saúde passaram a ser administrados pela Secretaria de Finanças, hoje sob o comando de Jeovalter Correa. Os repasses são feitos com atraso de 60 dias, tanto que os R$ 2,6 milhões aguardados para pagamento de funcionários e compra de insumos são relativos à competência de dezembro.
Aderrone Vieira explicou que após uma conversa tensa com titular da Secretaria de Finanças na sexta-feira, conseguiu a liberação de R$ 612 mil relativos a um corte de 30% que deveria ter sido repassado em dezembro. O dinheiro foi suficiente para pagar 30% dos colaboradores e adquirir insumos para manter o atendimento dos 215 pacientes internados até quarta-feira . Caso a promessa de transferir os recursos não seja cumprida na reabertura do sistema bancário após o Carnaval, os pacientes internados serão transferidos para outras unidades. “Não temos condições de mantê-los aqui sem dinheiro para comprar insumos”, advertiu o superintendente técnico, José Alberto Alvarenga.
Apesar da suspensão do atendimento aos pacientes do SUS, dois transplantes renais foram realizados ontem na Santa Casa. Isso foi possível porque os procedimentos são pagos por fatura, de fundo diferenciado, exatamente para não perder os órgãos que podem surgir a qualquer momento pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO). “Se não fosse assim, perderíamos o rim, perderíamos a vida”, enfatiza José Alberto Alvarenga.
Atrasos do Ministério da Saúde

O POPULAR tentou falar com o titular da Secretaria de Finanças, mas não obteve retorno. Em nota, a SMS informou que desde o início de 2015 houve atrasos nos repasses dos recursos federais por parte do Ministério da Saúde “e devido a problemas administrativos internos da Santa Casa de Misericórdia, o hospital não consegue receber junto com os demais prestadores do SUS”. Há dez meses na instituição, Aderrone Vieira explica que até dezembro o dinheiro era repassado pela SMS, que até então controlava o Fundo Municipal de Saúde, via TED. “Administramos uma dívida de R$ 70 milhões. Se esses recursos vierem por conta bancária serão bloqueados e o hospital para de funcionar”, afirma.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia informou que a Secretaria de Finanças não sabia que poderia repassar os recursos por TED e quando foi informada, na sexta-feira, não houve tempo hábil. Hoje, de acordo com Aderrone, a dívida acumulada há mais de dez anos com bancos, fornecedores e ações judiciais vem sendo mitigada. As compras são realizadas à vista. Mas o que ele considera imprescindível é o pagamento dos funcionários. “Lidamos com vida, não dá para ter colaboradores insatisfeitos. A Prefeitura de Goiânia informou que o repasse será efetuado imediatamente após o feriado bancário, na quarta-feira. (15/02/15)
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SAÚDE BUSINESS 365
4 passos para engajamento médico

Ajudar no aprimoramento de competências em áreas como economia da saúde, comunicação interpessoal e formação de equipes está entre os passos

Estamos no tempo do engajamento, do compartilhar e da colaboração. Quem não se abrir para esse movimento vai encontrar dificuldades, pois o mundo está mudando. Inserida neste contexto obviamente estão as organizações de modo geral. Do lado da Saúde, por exemplo, os médicos são importantes figuras a serem engajadas, ou seja, de assumirem o propósito de sua profissão, assim como o da instituição em que trabalham e de gerarem um movimento colaborativo em prol do cuidado do paciente.  

Com a reforma da saúde norte-americana, esse valor tem se tornado cada vez mais importante e diretrizes estão sendo desenhadas para que essa mudança cultural de fato aconteça. De acordo com estudo do Hospitals & Health Networks, apenas 41,5% dos médicos americanos sentem-se engajados com as instituições em que trabalham.

Alguns passos que os líderes do setor podem tomar para promover o engajamento médico foram publicados pelo site FierceHealthcare, baseados na visão de Todd J. Kislak, chefe de desenvolvimento da empresa Hospitalists Now.

Veja alguns que se adequam à realidade brasileira:

• Manter médicos informados sobre as metas financeiras e operacionais do hospital: os líderes devem tentar promover ao médico uma perspectiva administrativa alinhada aos objetivos e aos planos para alcançá-los.


• Reservar tempo não clínico para melhorar o engajamento: líderes devem oferecer mais ferramentas de educação e treinamento aos médicos no sentido de aprimorar suas competências em áreas como economia da saúde, comunicação interpessoal e formação de equipes.


• Familiarizá-los com as metas para todos os stakeholders: aprender objetivos mais amplos do empregador, vai ajudá-los a alinhar seus objetivos pessoais e profissionais.


• Concentrar o trabalho em uma unidade: médicos que trabalham em mais de uma unidade devem se concentrar em uma e/ou minimizar o tempo de trabalho nas outras.  (16/02/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação