ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiás deve receber 120 pacientes com coronavírus de Manaus
Goiás tem treinamento para receber pacientes de Manaus
Goiás teve registro de mais de 2 mil novos casos de Covid-19 pelo terceiro dia seguido
MP apura gastos com a Covid-29 em Ceres
Pacientes do Amazonas são transferidos para outros estados
Goiânia deve receber 120 pacientes de Manaus com Covid-19
Anvisa autoriza uso de oxigênio com menor pureza para socorrer Manaus
Tem gente morrendo no canto do hospital como se tivesse afogada, diz Bolsonaro sobre Manaus
Avião que vai buscar vacinas na Índia decola hoje do Recife
Hospitais do AM colapsam por falta de oxigênio e pacientes morrem asfixiados
Famílias tentam comprar cilindro por conta própria
Expectativa é vacinar 5% da população de cada cidade em primeira fase, diz presidente da FNP
Governadores cobram informações sobre a distribuição de vacinas
Governo vai proibir empresas de comprar doses
É muito cedo para Brasil mandar avião para buscar doses de vacina, diz jornal da Índia
Chuva e falta de tratamento precoce pioraram cenário, diz Pazuello
Recuperar-se da doença pode imunizar 83%, mas não impede transmissão
Empresa poderá vacinar contra Covid em clínica, diz entidade
Hospitais voltam a ter 100% da ocupação das UTIs para Covid-19
Operadora deve manter filhos maiores de 25 anos em plano de saúde familiar
Mensagem falsa em redes sociais mente ao dizer que Goiás chegou ao pico da contaminação por Covid-19
TV ANHANGUERA
Goiás deve receber 120 pacientes com coronavírus de Manaus
https://globoplay.globo.com/v/9179925/
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Goiás tem treinamento para receber pacientes de Manaus
https://globoplay.globo.com/v/9180368/?s=0s
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Goiás teve registro de mais de 2 mil novos casos de Covid-19 pelo terceiro dia seguido
https://globoplay.globo.com/v/9180349/?s=0s
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MP apura gastos com a Covid-29 em Ceres
https://globoplay.globo.com/v/9180244/?s=0s
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PORTAL G1
Pacientes do Amazonas são transferidos para outros estados
Sistema de saúde do estado vive colapso em meio a recordes de internação devido ao alto contágio do novo coronavírus. No total, 235 doentes serão transferidos para unidades de Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Os 235 pacientes de Manaus que deverão ser transferidos para hospitais de outros estados começaram a ser levados em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) na manhã desta sexta-feira (15). O Ministério da Defesa informou que há voos programados ainda hoje para Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. Hospitais de Goiás e Brasília também deverão receber os pacientes.
As transferências ocorrem em meio ao colapso do sistema de saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 no estado. Sobrecarregados, os hospitais ficaram sem oxigênios para pacientes. O G1 registrou nesta quinta-feira (14) cenas de médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
No início da manhã desta sexta, nove pacientes embarcaram no primeiro voo da FAB, que partiu da Base Aérea de Manaus para Teresina, como informou o Comandante da Ala 8 da Base Aérea de Manaus, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão. Inicialmente, 13 passageiros seriam transferidos, mas quatro estavam instáveis e não puderam viajar.
“A operação aqui com os passageiros envolveu a preparação da aeronave, que é um C-99, para que ela ficasse com oxigênio disponibilizado, e isso limitou a capacidade da aeronave para até 15 pacientes. A operação é delicada, por isso demorou quase uma hora para que a gente conseguisse fazer o embarque dos pacientes nessa missão”, disse.
Transferência de pacientes
Segundo a secretaria da Saúde do Amazonas, 235 pacientes serão levados a outros 6 estados para receber atendimento médico devido ao colapso no sistema de saúde local. De acordo com o governador Wilson Lima, os lugares que devem atender pacientes amazonenses são: Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em situação de caos, os hospitais estão lotados e sem oxigênio para os pacientes infectados com coronavírus.
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CARTA CAPITAL
Goiânia deve receber 120 pacientes de Manaus com Covid-19
O Hospital das Clínicas de Goiânia deve receber cento e vinte pacientes com Covid-19 de Manaus a partir desta sexta-feira 15, conforme comunicado da Secretaria Estadual da Saúde de Goiás.
‘O Ministério da Saúde (MS) solicitou que o Estado de Goiás recebesse 120 pacientes encaminhados pela Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM), a partir de sexta-feira (15/01). Entretanto, ainda não foram enviadas informações adicionais. O Governo de Goiás segue à disposição e aguarda mais detalhes do MS e SES-AM sobre a lista de pacientes, estado clínico e horário da chegada para repassar mais informações sobre o caso’, diz a nota.
A situação de Manaus é dramática e, diante do aumento expressivo da disseminação do novo coronavírus, unidades de saúde enfrentam escassez de oxigênio. O número de internações pela doença em Manaus chegou a 2.221, entre 1º e 12 de janeiro.
Nesta quinta-feira 14, a White Martins, empresa que fornece oxigênio para a capital amazonense, informou que importará o insumo da Venezuela.
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VEJA
Anvisa autoriza uso de oxigênio com menor pureza para socorrer Manaus
Agência acolheu uma solicitação da White Martins para liberar cilindros de oxigênio com pureza mínima de 95% em vez de 99%
Gabriel Mascarenhas
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) flexibilizou temporariamente a regra que estebelece os critérios de pureza do oxigênio hospitalar usado no país para atender a demanda no Amazonas. O sistema de saúde do estado entrou em colapso por causa da segunda onda de Covid-19.
Numa decisão assinada pelo seu diretor-presidente, Antonio Barra, a agência acolheu uma solicitação da White Martins para liberar a entrada de cilindros de oxigênio com pureza mínima de 95%. Normalmente, o piso é de 99%. A canetada de Barra vale por 180 dias.
O desabastecimento de oxigênio em unidades de atendimento a pacientes com Covid-19 em Manaus se agravou nesta quinta-feira, 14, e alguns hospitais da capital amazonense já não têm mais o insumo para manter o tratamento dos internados. Houve mortes por asfixia.
Com uma explosão no número de casos do novo coronavírus nos últimos dois meses, o consumo de oxigênio passou de 176.000 para 850.000 metros cúbicos ao mês, segundo o governo estadual, demanda que os fornecedores não têm conseguido suprir. Para tentar frear a curva de casos e mortes, o governo decretou toque de recolher em Manaus entre 19h e 6h.
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PORTAL TERRA
Tem gente morrendo no canto do hospital como se tivesse afogada, diz Bolsonaro sobre Manaus
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que pessoas estão morrendo nos hospitais de Manaus como se tivessem afogadas devido à falta de oxigênio durante uma severa nova onda da Covid-19 no Amazonas, e elogiou os esforços do Ministério da Saúde para tentar resolver a situação.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro elogiou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que estava ao seu lado, por ter ido a Manaus esta semana para dar uma resposta à crise vivida pelo Estado.
“Vai lá e resolve o assunto. Entra em contato com a Força Aérea, nosso ministro da Defesa, o brigadeiro da Aeronáutica. Precisamos de tantas aeronaves para levar oxigênio agora para Manaus. Tem gente que está morrendo no canto do hospital como se tivesse morrendo afogada. Imediamente as questões são resolvidas”, disse Bolsonaro, que chamou Pazuello de “melhor gestor” para o Ministério da Saúde.
Apesar dos elogios de Bolsonaro a Pazuello, Manaus segue com dificuldade para obter oxigênio para seus hospitais, depois que aumento dos casos de Covid-19 levou a um aumento de seis vezes na demanda de oxigênio como suporte no tratamento dos pacientes com Covid-19.
Pazuello afirmou na mesma transmissão que seis aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira serão usadas para transportar oxigênio para Manaus, classificando como um “colapso” a situação vivida pela capital amazonense no enfrentamento à Covid-19.
Segundo o ministro, a produção de oxigênio para a cidade se manteve estável, a despeito do aumento de demanda na capital. Ele disse que haverá uma diminuição na oferta de oxigênio nos hospitais –não interrupção– e que será priorizado o suporte de pacientes em UTIs.
“Manaus teve o pior momento da pandemia em abril do ano passado, já houve um colapso no atendimento e foi revertido. Agora estamos novamente numa situação extremamente grave”, afirmou Pazuello.
“Considero, sim, que há um colapso no atendimento de saúde em Manaus”, acrescentou.
O ministro relatou que atualmente há 480 pessoas numa fila esperando por um leito para terem direito a tratamento em Manaus. Desde o fim de semana o governo destacou uma equipe especial do Ministério da Saúde a fim de ajudar nas ações no Estado.
Bolsonaro também destacou durante a transmissão que a situação em Manaus está complicada.
O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) disse mais cedo à Reuters que o governo brasileiro também pediu ajuda aos Estados Unidos para que disponibilizem um avião militar que permita o transporte de oxigênio para Manaus.
Também nesta quinta-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), admitiu que o Estado está enfrentando seu pior momento na pandemia de Covid-19, com dificuldades especialmente para a aquisição de oxigênio, em meio a uma nova disparada na contagem de casos e óbitos em decorrência da doença.
Segundo a Secretaria de Saúde amazonense, o Estado foi comunicado na noite de quarta-feira, pela empresa responsável, do colapso do plano logístico para algumas entregas de oxigênio, o que causaria a interrupção da programação por “algumas horas”.
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AGÊNCIA BRASIL
Avião que vai buscar vacinas na Índia decola hoje do Recife
Decola hoje (15) do Recife em direção a Mumbai, na Índia, o avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 importadas do país asiático. A previsão é que a aeronave decole às 23h e chegue amanhã (16) à Índia.
Inicialmente o voo estava previsto para decolar na noite de ontem (14), também às 23h, mas a viagem foi reprogramada em razão de questões logísticas internacionais.
O voo com destino ao Recife partiu na tarde de ontem, por volta das 15h30, do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A Azul comentou a alteração na viagem e disse que, após chegar à capital pernambucana, a tripulação pernoitaria na cidade, prosseguindo o voo nesta sexta-feira.
A volta da aeronave ao Brasil estava marcada para sábado(16), aterrissando no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas, com a alteração no voo, ainda não há informações sobre o retorno do avião.
“A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul”, disse o Ministério da Saúde, ontem, em nota.
Ao chegar, a vacina ainda precisa aguardar o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência se reúne no domingo (17) para analisar o pedido de uso emergencial apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil.
De acordo com o ministério, a vacina será distribuída aos estados em até cinco dias após o aval da Anvisa para, assim, dar início à imunização em todo o país, de forma simultânea e gratuita.
A segurança no transporte das doses pelo Brasil será realizada pelas Forças Armadas, em ação conjunta com o Ministério da Defesa.
Aeronave
O avião que parte em direção à Índia é um Airbus A330neo, maior aeronave da frota da Azul, e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses, de acordo com as recomendações do fabricante. O avião percorrerá cerca de 15 mil quilômetros até o destino final.
O ministério informou que, além do apoio da Azul, conta com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas Gol, Latam e Voepass, para a logística de transporte gratuito da vacina.
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AGÊNCIA ESTADO
Hospitais do AM colapsam por falta de oxigênio e pacientes morrem asfixiados
Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus ontem, levando pacientes à morte por asfixia, segundo médicos. O governo federal anunciou que levará pacientes para outros Estados – é estimada a necessidade de 750 transferências. Profissionais de saúde disseram ainda que hospitais fecharam as portas nesta quinta-feira, 14, por falta de insumos e leitos, e precisaram de apoio da PM para evitar invasões. O governo estadual diz o que Amazonas vive a fase mais crítica da pandemia.O Hospital Universitário Getúlio Vargas, ligado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ficou cerca de quatro horas sem o insumo na manhã de ontem. Segundo um profissional ouvido pelo Estadão e que não quis se identificar, o oxigênio acabou na madrugada, gerando desespero nas equipes de saúde. O hospital teria recebido cilindros às 12 horas, capazes de oferecer ajuda a pacientes por apenas mais duas horas.
“Colegas perderam pacientes na UTI por causa da falta de oxigênio. Eles ainda tentaram ambuzar (ventilar manualmente), mas foi só para tentar até o último recurso mesmo, porque é inviável manter isso por muito tempo. Cansa muito, tem de revezar profissionais. Chamaram residentes para ajudar na ventilação manual. A vontade que dá é de chorar o tempo inteiro. Você vê o paciente morrendo na sua frente e não pode fazer nada. É como se ver na guerra e não ter armas para lutar”, disse outra médica da unidade. Nas redes sociais, profissionais do Getúlio Vargas também divulgaram pedidos de ajuda. O Pronto-Socorro 28 de Agosto, o Hospital Universitário Getúlio Vargas e o SPA (serviço de pronto-atendimento) Alvorada chegaram a fechar as portas por não terem condições de atender novos pacientes. Em frente a essas três unidades houve tumulto e a PM foi acionada para impedir a entrada à força de quem buscava atendimento.”Estamos perdendo vidas.
Há algumas semanas a gente já vinha citando que era um cenário de guerra e que o caos iria se instalar”, afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Viana.Conforme relatos de outros profissionais de saúde publicados nas redes sociais, a maioria dos hospitais sofre com o mesmo problema. Há registro de falta do insumo nos hospitais Fundação de Medicina Tropical e nos SPAs de Manaus.Segundo Marcellus Campêllo, secretário da Saúde do Amazonas, as empresas fornecedoras de oxigênio entraram em colapso por não conseguir atender à demanda, que dobrou em relação a abril e maio. “No 1º pico, o consumo máximo foi de 30 mil m³ de oxigênio e, neste momento, estamos com consumo acima de 70 mil m³.” O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), atribuiu o desabastecimento ao isolamento geográfico do Estado. O procurador de Justiça Caio Dessa Cyrino, que tinha um filho internado no Hospital Fundação de Medicina Tropical, disse ao Estadão que pela manhã não havia oxigênio para nenhum paciente.
“Minha nora me ligou às 5h, quando ela foi lá visitá-lo, avisando que tinha acabado. Ele estava no 3º dia de UTI e evoluindo bem. Por sorte, eu tinha uma ‘bala’ de oxigênio em casa e corri para o hospital para levar. Quando cheguei com a bala na mão, vi o olhar de desespero dos médicos, servidores. Estavam em choque, sem poder fazer nada.”Ele conta que o filho, de 36 anos, começou a se sentir mal há quase duas semanas, mas logo no início não achou vaga em hospital e ficou em home care, por isso ele tinha oxigênio. Ele conseguiu contratar uma UTI aérea para transferir o filho para São Paulo. “Mas quantas centenas não têm como fazer isso e podem morrer hoje?”Segundo o governo local, inicialmente 235 pacientes serão enviados para Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás e Distrito Federal. A União vai apoiar a transferência, em aviões militares, de pacientes com quadros moderados, em condições de serem levados.Mesmo unidades que ainda não chegaram ao fim do esto, como o PS 28 de Agosto, há receio.
Médico na unidade, Diemerson Silva diz que a demanda por oxigênio se intensificou com a alta de internações pela covid. Ele conta que o hospital tinha ontem ao menos cem pacientes com necessidade de oxigenação. “Chegam muitos a cada hora e não sabemos até quando vamos conseguir ofertar.” Igor Spindola, procurador do Ministério Público Federal no Amazonas, ingressou com ação na Justiça, em que cobra medidas da União. “As pessoas estão sufocando, morrendo asfixiadas”, disse ao Estadão. ./’Ajudei a ambuzar pacientes; um deles morreu na minha frente’O estoque de oxigênio acabou no Hospital Getúlio Vargas por volta das 6h30. Sou médica residente e não costumo trabalhar diretamente no atendimento a pacientes com covid, mas, quando soube do que estava acontecendo, fui para a ala covid como voluntária porque os colegas precisavam de ajuda para ambuzar (ventilar manualmente) os pacientes. Nesse procedimento, a gente fica apertando uma bolsa ininterruptamente para bombear manualmente o oxigênio para o paciente.Aquilo cansa.
Quando uma pessoa da equipe chega no limite da exaustão, ela reveza com outro profissional. Durante o tempo em que fiquei na UTI, ajudei a ambuzar três pacientes. Um deles, de 50 anos, morreu na minha frente. Quando a gente vê que não tem mais jeito, iniciamos a morfina, para dar algum conforto. Tivemos de fazer isso com ele. Demos morfina e midazolam (sedativo). A gente já chorou e não sabe mais o que fazer. Só no Getúlio Vargas foram pelo menos cinco óbitos pela falta de oxigênio. No fim da manhã, começaram a chegar alguns cilindros vindos de doações. Os médicos fizeram campanha na internet pedindo que pessoas que tivessem algum estoque em casa levassem para o hospital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Famílias tentam comprar cilindro por conta própria
Parentes de pacientes internados têm se mobilizado por oxigênio. Artistas promovem campanha nas redes
No desespero pela falta de atendimento adequado, muitas pessoas, em Manaus, estão tentando comprar oxigênio por conta própria para garantir a vida de parentes com sintomas graves de covid-19. O professor de Educação Física Walhederson Brandão Barbosa, de 38 anos, está correndo contra o tempo para não deixar a mãe sem o insumo.
“Já recarreguei o cilindro três vezes e agora estou indo encher um maior; a família toda está se mobilizando para mantê-la com oxigênio”, conta.
Barbosa relata que a mãe está internada com sintomas de covid19 na Unidade de Saúde de Pronto-atendimento José Jesus Lins, no bairro Redenção, zona centro-oeste de Manaus.
“Às 8 horas, soubemos que faltou oxigênio. Lá dentro eu vi mais de cinquenta pacientes entubados; minha mãe está com boa saturação e está na sala de inalação improvisada no local, mas ainda assim precisa de oxigênio porque está com cateter nasal. Nós estamos comprando agora um cilindro de dez litros e pagando R$ 1 mil.” Sensibilizados com a situação no Amazonas, artistas se mobilizaram nas redes sociais pedindo doações. O humorista Whindersson Nunes divulgou a compra de cilindros para hospitais em Manaus.
“Providenciando 20 cilindros de 50 litros de oxigênio pra distribuir nas unidades mais urgentes em Manaus! Alô, meus amigos artistas! Na hora de fazer show é tão bom quando o público nos recebe com carinho né, vamos retribuir?”, escreveu Whindersson no Twitter.
Além de cobrar os amigos, o humorista aproveitou para divulgar os dados das instituições que estão recebendo doações para providenciar oxigênio para a rede pública da cidade. A publicação foi compartilhada pelo comediante Marcelo Adnet. Fãs dos artistas agradeceram a ajuda nas redes sociais.
O apresentador Luciano Huck também reagiu ao post. “Conte comigo nesta corrente do bem.
Vou doar também”, disse, criticando também o Ministério da Saúde pelo “negacionismo, incompetência e descoordenação”.
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Expectativa é vacinar 5% da população de cada cidade em primeira fase, diz presidente da FNP
A distribuição das vacinas contra a covid-19 entre os municípios do País será proporcional ao número de habitantes. De acordo com o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Jonas Donizette, a expectativa é de que cada cidade consiga imunizar entre 4% e 5% da sua população na primeira fase da vacinação, levando em conta que estarão disponíveis 8 milhões de doses (Coronavac e Astrazeneca). No Norte, porém, a conta deverá ser um pouco diferente por causa da população indígena, que terá prioridade.
A questão foi discutida por ele e outros prefeitos em reunião com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 14. Donizette também afirmou à Coluna que, embora o sistema de saúde de Manaus tenha colapsado com o avanço rápido de casos de covid-19, ele não vê a possibilidade de isso acontecer no restante do País.
Os 130 prefeitos que estavam na reunião com Eduardo Pazuello pediram ao ministro o reforço na segurança dos municípios para a vacinação contra a covid-19. Temem que quadrilhas especializadas no ataques aos bancos possam roubar vacinas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública irá coordenar a segurança da logística do recebimento, transporte e armazenamento das vacinas, inicialmente com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Quando as doses chegarem aos Estados, as polícias militar e civil passarão a atuar também.
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O GLOBO
Governadores cobram informações sobre a distribuição de vacinas
Cidades e estados ainda não sabem quantas doses terão para dar início à imunização, prevista para a próxima quarta-feira
PAULA FERREIRA E MAURÍCIO FERRO
BRASÍLIA
Governadores pediram ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que detalhe até hoje o número de doses de vacina que cada estado receberá no primeiro lote de repasses. Pazuello afirmou ontem a prefeitos que a vacinação deve começar na quarta-feira. Até agora, porém, cidades e estados não foram informados de quantas doses terão.
A ideia do governo federal é acertar com estados e municípios para que a vacinação comece pelos trabalhadores de saúde que estão “na linha de frente” do combate à doença. Indígenas e idosos que estão em instituições de longa permanência também devem estar entre os primeiros a receber. O grupo prioritário da fase um inclui também todos os demais profissionais da saúde e idosos acima de 75 anos.
Ontem, foi adiada a partida do avião que irá à índia com a missão de trazer para o Brasil dois milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. A aeronave saiu ontem de SP, mas só vai deixar o Brasil, partindo do Recife, às 23 horas de hoje. E não há mais previsão de quando o imunizante chega ao país – havia até um evento sendo organizado para amanhã no aeroporto do Galeão, no Rio.
Ontem, o jornal “The Times of índia” noticiou que o portavoz do Ministério das Relações Exteriores daquele país, Anurag Srivastava, disse ser “cedo demais” para garantir que a índia vá conseguir disponibilizar a outros países doses do imunizante de Oxford. Fontes do governo brasileiro, porém, garantem que a programação está mantida.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por sua vez, cobrou da Fiocruz e do Instituto Butantan, que desenvolve um imunizante em parceria com a chinesa Sinovac, a complementação da documentação apresentada no pedido de autorização para uso emergencial. A agência tem uma reunião no domingo para decidir sobre o tema, mas ressalta que o prazo para a tomada de decisão pode ser ampliado caso faltem informações.
O pedido dos governadores foi feito diretamente a Pazuello pelo governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias.
– O ministro vai distribuir 8,7 milhões? Quantas para cada estado? Importante, com previsão de vacinas no Brasil, uma proposta sobre o que chega a cada estado num primeiro lote. Pois há a necessidade de preparar estratégia em cada estado e cada município e também a comunicação, para garantir organização – afirmou Dias.
Em resposta à solicitação do governador, Pazuello afirmou que a pasta está “preparando” o detalhamento. Em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos, o ministro anunciou a data de início da vacinação para o dia 20, ressaltando que isso depende da aprovação para uso emergencial.
O Ministério da Saúde estima ter 80 milhões de doses para vacinar a população até abril. Para fevereiro, a previsão é ter 30 milhões de vacinas. E, neste mês, 8 milhões – sendo 2 milhões da AstraZeneca e 6 milhões da CoronaVac.
Em transmissão ao vivo, ontem, o presidente Jair Bolsonaro pediu “calma” e afirmou que o país “não é uma republiqueta”, ao defender as exigências da Anvisa. Pazuello, que estava junto, citou dados desatualizados da vacinação nos EUA para dizer que com 8 milhões de doses o Brasil poderia terminar o mês disputando a primeira posição entre os que mais vacinaram. Porém, mais de 10 milhões de norte-americanos já foram vacinados.
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Governo vai proibir empresas de comprar doses
Ministros avisam, em reunião com empresários, que campanha de imunização será centralizada pelo Ministério da Saúde
IVAN MARTÍNEZ-VARGAS
O governo federal afirmou a grandes empresários, anteontem, que não será permitida a compra de vacinas por companhias para a imunização de funcionários. A proibição foi comunicada em reunião virtual dos ministros da Casa Civil, Braga
Netto, das Comunicações, Fábio Faria, e do secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, com 28 membros do grupo Conselho Diálogo pelo Brasil, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Sem precisar datas, Braga Netto teria afirmado no encontro que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa serão distribuídas para todos os brasileiros em 38 mil pontos de vacinação espalhados pelo país. O ministro afirmou que o processo estaria “bastante acelerado”, mas não quis se comprometer com prazos.
Elcio Franco disse, segundo a Fiesp, que, além das doses já compradas do imunizante da AstraZeneca/Oxford e da CoronaVac,a Fiocruz poderá produzir, a partir de março, 15 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca ao mês. O Butantan já produz cerca de 10 milhões de doses da CoronaVac por mês. Segundo Franco, o Brasil poderia “em poucos meses” exportar vacinas.
– Nos foi dito que a vacinação começa agora no fim de janeiro e que a produção ganhará escala a partir de março. Além disso, sinto que, daqui até março, haverá uma série de vacinas chegando na reta final de aprovação, o que poderá acelerar a vacinação. A União Química, por exemplo, está casada (tem parceria ) com a Sputnik V ( vacina russa) – disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao GLOBO.
Skaf afirmou, após o encontro, que a possibilidade de compra de vacinas pela iniciativa privada, aventada por grandes empresas, foi descartada pelos ministros, que refirmaram que a vacinação será centralizada pelo governo.
– Essa possibilidade no momento não existe. Se um grupo com 100 mil funcionários quer comprar a vacina, não tem como. O governo vai centralizar a campanha, como historicamente é feito. Isso (o critério de distribuição ) é mais democrático, seria errado virar um leilão (com disputa entre iniciativa privada e governo pela compra de imunizantes) – afirmou Skaf.
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FOLHA DE S.PAULO
É muito cedo para Brasil mandar avião para buscar doses de vacina, diz jornal da Índia
A índia não começou seu programa de imunização contra a Covid 19 e, por isso, considera muito cedo para se comprometer em exportar doses do imunizante, inclusive para o Brasil, diz iindustan Times, jomal do país. Enquanto isso, o Brasil tem um avião pronto para decolar com a missão de buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca produzidas no país.
Fontes do jornal afirmam que a decisão de exportar doses de imunizante para outros países deve demorar mais tempo.
A informação é corroborada pela fala, durante esta semana, do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da índia, Anurag Srivastava. Questionada sobre exortação de vacinas, ele afirmou que o programa de imunização do país seria lançado no sábado e, portanto, ainda era muito cedo para discutir a entrega a outras nações.
” Você deve se lembrar que o primeiro-ministro já afirmou que a produção e capacidade de entrega da índia serão usados para o benefício de toda a humanidade para combater essa crise”, disse Srivastava. “O processo de vacinação na índia está apenas começando. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre destinação para outros países enquanto ainda estamos analisando os cronogramas de produção e entrega. Nós tomaremos decisões a esse respeito no devido tempo, isso pode demorar.”
Enquanto isso, no Brasil, um avião da Azul foi fretado pelo Ministério da Saúde para buscar as 2 milhões de doses da vacina de Oxford na índia. O plano de partida, porém, foi adiado nesta quinta feira (14) e o novo plano era ele deixar o Brasil nesta sexta -feira (15), às 23 horas.
O avião estava previsto para sair do país às i3h desta quinta com destino ao Recife, em Pernambuco, de onde iria partir direto para a cidade indiana de Mumbai. Ago ra, ele saíra da capital pernambucana somente na sexta-feira.
“O avião da companhia aérea Azul começará sua rota para buscar os dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19 na índia às 15I130 desta quinta-feira (14), decolando do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, com escala ao Aeroporto de Guararapes, em Recife. A partida da cidade pernambucana para Mumbai, na ín dia, foi reprogramada em algumas horas por questões logísticas internacionais e continua seu plano de voo nesta sexta-feira (15), às23h”, disse a pasta em nota.
O processo de vacinação na índia está apenas começando. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre destinação para outros países
Anurag Srivastava, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da índia
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Chuva e falta de tratamento precoce pioraram cenário, diz Pazuello
Daniel Carvalho e Raquel Lopes
Diante de um novo pico de casos de Covid-19, de pacientes morrendo sem oxigênio nos hospitais e ainda sem dar início à campanha de vacinação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou de cobranças e seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, atribuiu o colapso no Amazonas a fatores como umidade e falta de tratamento precoce.
“No período chuvoso, a umidade fica muito alta e vo cê co meça a ter complicações respiratórias. Então, este é um fator”, disse Pazuello.
Além disso, o ministro afirmou que Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce com o diagnóstico clínico no atendimento básico, o que agravou os casos da doença.
Ele avaliou ainda que a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado também é bastante reduzida, sendo, em termos percentuais, uma das menores do país.
“Se você juntar estes dois fatores e colocar o clima, você vai ter uma grande procura por estrutura e por tratamento especializado”, disse.
Na avaliação do ministro faltam, principalmente, recursos humanos e oxigênio. Isso porque a produção da empresa White Martins, que fornece oxigênio para Manaus, chegou ao limite.
“Ela se mantém no limite, e a demanda, que é a procura pelo oxigênio na capital, por exemplo, subiu seis vezes. Então, ja estamos aí em 75 mil metros cúbicos de demanda diária na capital e 15 mil metros cúbicos de demanda diária no interior”, disse.
Ele afirmou que duas aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) já estão trabalhando para enviar oxigênio à capital do Amazonas. O ministro disse que mais duas aeronaves também serão usadas na sexta-feira (15). “Chegaremos a seis aeronaves no circuito, totalizando aí algo em torno de 30 mil m 3 de [áudio falha] partindo de Guarulhos, nesta ponte aérea” ressaltou.
O ministro admitiu que o sistema de saúde da cidade entrou em colapso e que 480 pessoas aguardam na fila por leitos. Disse ainda que a remoção dos pacientes para outros estados já começou a ser feita.
“Este período que temos pela frente de 5,6 dias são os períodos mais críticos, onde nós não chegaremos lá com toda esta estrutura”, disse.
Bolsonaro pouco falou sobre Manaus. Nos momentos em que tratou da pandemia, defendeu o tratamento precoce com medicamentos que não têm efeito comprovado para a Covid-19 e reagiu às críticas pelo atraso no começo da vacinação.
“Alguns querem botar no meu colo, no do Pazuello, como nós somos os genocidas. E olhe o que nós fizemos para que não aumentasse o número de óbitos no Brasil”, disse Bolsonaro.
Ele voltou a relativizar a vacinação pelo mundo e pediu paciência. “Alguns reclamam que o Brasil está atrasado, o governo está atrasando, o governo não tomou providência para a vacinação. Calma”, disse o presidente.
Bolsonaro chegou a dizer que há três vacinas em análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Foi corrigido pelo ministro. A agência irá se pronunciar no domingo (17) sobre os imunizantes produzidos pela Fiocruz e pelo Butantan.
“Senhores, nós queremos muito que isso dê certo, que seja aprovado o uso emergencial e, depois, o registro, para que a gente possa vacinar o nosso país, independentemente de qual seja esta vacina. Éa Anvisa que tem que nos proteger e nos dizer qual o melhor caminho”, disse Pazuello.
Bolsonaro afirmou que o Brasil melhorou sua posição no ranking de mortes por milhão de habitantes devido ao tratamento precoce. Entre os medicamentos usados no Brasil está a cloroquina, cujos e feitos no combate aos sintomas da Covid não têm comprovação científica. Também não há “tratamento precoce” corroborado pela ciência.
“Até poucos meses, o Brasil estava um dos primeiros em mortes por milhões de habitantes. Agora, está em 23º , 24º . Por quê? Pelo tratamento precoce, não tem outra explicação. Graças ao voluntarismo de algumas dezenas de milhares de médicos que resolveram levar avante isso”, avaliou.
O Brasil registrou 1.151 mortes pela Covid-19 e 68.656 casos da doença, nesta quinta-feira (14). Com isso, o país chegou a 207.160 óbitos e a 8.326.115 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
O presidente voltou a dizer que a população vacinada no mundo ainda é pequena e o governo federal já vem se preparando para a vacinação há meses.
“O que é que a gente precisa compreender? Há uma estratégia do governo federal com o SUS, que já foi desenhada há seis meses atrás [sic]. Nós estamos na cronologia correta dessa estratégia e nós vamos em janeiro iniciar essa vacinação.”
Pazuello calculou que, em janeiro, o Brasil terá “2,6 ou 8 milhões de doses” e afirmou que “á vamos nos tornar o segundo, talvez o primeiro, dependendo dos Estados Unidos”.
“E quando nós entrarmos em fevereiro com a nossa produção em larga escala e com o nosso PNI, que tem 45 anos, nós vamos ultrapassar todo mundo, inclusive os Estados Unidos.”
No período chuvoso, a umidade fica muito alta e você começa a ter complicações respiratórias. Então, este é um fator
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
Alguns querem botar no meu colo, no do Pazuello, como nós somos os genocidas. E olhe o que nós fizemos para que não aumentasse o número de óbitos no Brasil
Jair Bolsonaro, presidente da República
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Recuperar-se da doença pode imunizar 83%, mas não impede transmissão
Ana Estela de Sousa Pinto
Adultos de até 54 anos recuperados de infecção por coronavírus apresentam imunidade por ao menos cinco meses, indica estudo divulgado nesta quinta (14) pelo governo britânico.
Feito pelo PHE (sigla em inglês para Saúde Pública da Inglaterra), o estudo Siren avalia testes regulares de mais de 20 mil profissionais de saúde desde junho do ano passado. Entretanto, os voluntários têm de 35 a 54 anos, o que não permite tirar conclusões sobre o efeito em idosos (cujas respostas imunológicas tendem a ser mais fracas e breves).
Segundo a líder do estudo, Susan Hopkias, é muito improvável que quem já teve a doença desenvolva infecções graves nas 20 semanas seguintes, “mas ainda existe o risco de adquirir uma infecção e transmitir a outras pessoas”.
A pesquisa, que se baseia em testes PCR (para detectar a infecção) e de anticorpos, encontrou níveis altos de vírus em pessoas que já haviam se recuperado da doença, o que indica que elas devem continuar seguindo as regras de proteção (evitar contatos, usar máscaras, lavar as mãos, entre outros), de acordo com o PHE.
Os pesquisadores alertam que, como o trabalho está em andamento, não é possível descartar que quem contraiu a doença na primeira onda não a contraia novamente. A análise também ocorreu antes da disseminação generalizada da nova variante identificada no Reino Unido, e os pesquisadores estudam agora se os anticorpos fornecem proteção contra essa cepa.
O trabalho detectou, de 18 de junho a 24 de novembro, 44 reinfecções em potencial (2 “prováveis” e 42 “possíveis” entre 6.614 participantes que já haviam tido teste positivo para anticorpos contra o Sars-Cov-2. Nenhum dos 44 casos de reinfecção em potencial foram testados por PCR durante a primeira onda, mas todos foram positivos para anticorpos contra o Sars-Cov-2 no momento do recrutamento para o estudo.
Considerando que se todos os 44 casos fossem reinfecções comprovadas, os dados indicam que a imunidade adquirida naturalmente como resultado de contágio forneceu 83% de proteção contra a reinfecção, em comparação com os que não haviam tido a doença antes, A proteção foi de 94% contra reinfecção sintomática e de 75% contra reinfecção assintomática.
Já se forem consideradas apenas os dois casos “prováveis” (voluntários que tiveram sintomas claros de doença na primeira onda e foram contagiados durante o estudo), a proteção seria de 99%.
A pesquisa vai continuar a acompanhar os participantes por 12 meses para explorar quanto tempo a imunidade pode durar, a eficácia das vacinas e até que ponto as pessoas com imunidade são capazes de transportar e transmitir o vírus.
O Reino Unido vive um crescimento acelerado de casos e internações nas últimas semanas, depois que a variante encontrada em seu território se tornou dominante no país.
83% seria a taxa de imunidade adquirida se os 44 casos fossem reinfecções comprovas. A proteção seria de 94% contra reinfecção sintomática e de 75% contra reinfecção assintomática
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Empresa poderá vacinar contra Covid em clínica, diz entidade
Segundo ABCVAC, lei prevê acesso do setor privado após registro definitivo
Sheyla Santos
O presidente da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), Geraldo Barbosa, disse em entrevista à Folha que a legislação atual permite que clínicas privadas ofereçam serviço de aplicação de vacinas, desde que os imunizantes tenham registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ele também afirmou que o setor está se organizando para oferecer vacinação contra a Covid-19 seguindo todos os trâmites previsto na legislação.
Segundo relatos de clínicas que já prestam esse tipo de serviço, as empresas buscam informações e manifestam interesse em imunizar seus funcionários. Segundo Barbosa, esse serviço só poderia ser feito por meio das instituições de saúde. Empresas de outros segmentos de negócios não podem comprar diretamente, mas podem utilizar o serviço.
“A legislação que regula o segmento não mudou em na da e não recebemos nenhum comunicado da Anvisa nem do Ministério da Saúde”, afirma. “Quem pode comprar e comercializar vacinas no Brasil são clínicas. Empresários não podem comprar vacinas. Está tudo igual.”
Barbosa esteve na índia na última semana com a empresa Precisa Medicamentos e a Câmara de Comércio Índia Brasil acompanhando as negociações para a aquisição de 5 milhões de doses da vacina Covaxin produzida pela empresa local Bharat Biotech.
Pela regra, vacinas de uso emergencial são direcionadas ao setor público. Sendo assim, segundo a ABCVAC, após a Anvisa autorizar a Covaxin e também emitir o registro definitivo da vacina, as clínicas poderão ter acesso as doses do imunizante indiano.
“A vacina já está pronta. Agora, a gente depende de conseguir um registro na Anvisa para, efetivamente, poder trazê-la para o Brasil”, afirma.
Segundo Barbosa, 5 milhões de doses é um volume pequeno diante da demanda que as clínicas estão registrando. E ele faz uma conta por alto. Considerando que seriam duas doses por paciente, as clínicas poderíam atender 2,5 milhões de pessoas, volume que não cobre todos os interessados, pois a soma o número de funcionários das empresas que já sinalizaram interesse supera essa marca.
“A gente vai orientar as nossas associadas a direcionar para a indústria, para o setor produtivo, essa primeira remessa para a gente fazer com que a economia volte” afirma.
“A nossa ideia é, realmente, direcionar para o mercado produtivo, para esse trabalhador que todo dia sai para exercer suas funções, se expondo ao risco, levando a doença para dentro de casa, para os se as parentes mais idosos, imunocomprometidos.”
Em nota, a Anvisa afirmou que “a regulamentação da agência trata dos aspectos técnicos de segurança, eficácia e qualidade das vacinas”. Disse, ainda, que as políticas de aquisição não passam pela Anvisa, porém qualquer vacina para aso no Brasil precisa de ter a autorização da agência.
Sobre uma eventual proibição de aquisição de vacinas pelos setor privado, a Anvisa diz que “não há regulamentação deste tema em discussão no momento”.
A possibilidade de compra de vacina por empresas foi discutida em uma reunião virtual realizada entre representantes do governo e empresários compõem o Conselho Superior Diálogo pelo Brasil, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Presidentes de 30 das maiores companhias do país disseram que tinham interesse em comprar vacinas para imunizar os funcionários e que doariam parcelas para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo pessoas que acompanharam a iniciativa, a colaboração poderia ocorrer em molde semelhante ao feito com outros produtos. A iniciativa privada, por exemplo, foi parceira na doação de respiradores.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, participou do encontro e disse que o governo afirmou garantir que não precisa das doações, pois está organizado para comprar todas as vacinas disponíveis e não haveria excedente para as empresas.
“Como qualquer sobra de vacina que houver, o próprio governo disse que vai adquirir, então nem haveria condição de as empresas comprarem”, afirmou.
“É bastante democrático isso, senão seria um leilão. Chega aí, aprova uma vacina e vai lá, uma empresa paga mais, outra paga menos. O plano está centralizado.”
Segundo Skaf, representaram o governo na reunião virtual o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
O relato sobre a reunião destoa do tom adotado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em live com o presidente Jair Bolsonaro no dia 7. Na ocasião, o ministro afirmou que a prioridade de vacinas era para o SUS, mas, uma vez que essa demanda fosse atendida, uma parte poderia ser comprada pela iniciativa privada.
“Uma vez atendida essa demanda, o SUS sendo atendido, sim, claro que não há e deve ser comprado também pela iniciativa privada. Principalmente das fábricas importadas. Laboratórios estrangeiros que vendem a vacina e que registrem no Brasil, que tenham a autorização dada pela Anvisa, garantam sua eficácia e segurança”, afirmou. “Acho que devem comprar”, disse o ministro.
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DIÁRIO DE CUIABÁ
Hospitais voltam a ter 100% da ocupação das UTIs para Covid-19
Dentre 21 hospitais, quatro que disponibilizam atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com Covid-19 voltaram a atingir a capacidade máxima, ou seja, 100% das vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs) ocupadas por pacientes, em Mato Grosso. Outras nove unidades hospitalares alcançaram taxa de ocupação entre 65% a 90%.
De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT), dentre os quatro, em uma das unidades, o Hospital e Maternidade Santa Rita oferta 10 leitos, mas estava com 11 pessoas internadas em UTIs, ou seja, um infectado a mais (110%). Os outros três são o Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito (13), em Tangará da Serra; o Regional de Sorriso (02) e o Hospital Vale do Guaporé (10). Já na unidade “Irma Elza Giovanella”, em Rondonópolis, a ocupação era de 90% e, na Santa Casa (65%), em Cuiabá. Os dados são da última quinta-feira (13).
A situação reflete na Capital mato-grossense. De acordo com a secretária municipal de Saúde (SMS), Ozenira Félix, a situação dos leitos no interior saturada faz com que a Capital receba pacientes oriundos de outros municípios e até mesmo de outros estados em suas unidades de pronto atendimento (UPAs), policlínicas e hospitais. Diante disso, ela pede que os usuários do SUS que tenham sintomas leves procurem as unidades básicas de saúde mais próximas de suas casas para evitar aglomeração nas unidades de atenção secundária, evitando contágio, pois esses locais são mais propícios à contaminação, e contribuindo com o fluxo mais assertivo da rede, com menos tempo de espera.
Félix reforça, que com o número de casos de Covid-19 em crescimento, tem aumentado também a procura da população por atendimento na rede pública e privada de saúde. Para ele, isso é reflexo do comportamento de parte da sociedade, que optou por participar de festas no final do ano e também viajar neste período de férias. “A população precisa entender que nesse momento agora nós precisamos que as pessoas saiam apenas para aquilo que é necessário. Só o necessário, não podemos mais ter essa questão de festa, essa questão de ‘vou ali’ para aquilo que você não precisa. Você precisa trabalhar, vai sem aglomeração. Se a gente não tiver essa consciência, nós vamos perder muito mais pessoas, tanto que agora tivemos de novo uma subida de mortes”, conclamou.
A gestora municipal da Saúde lembrou ainda que as unidades de saúde já estão com a capacidade de atendimento prejudicada em sua integralidade porque muitos procedimentos eletivos foram suspensos durante a pandemia, mesmo assim, diversas patologias e agravos continuam ocorrendo e gerando demandas urgentes. “Nós temos que cuidar das outras patologias também. Nós temos gente sofrendo, gente precisando de cirurgia, de acompanhamento, mas nós temos os profissionais todos correndo atrás de Covid-19”, frisou.
Até a tarde de quinta-feira (13), Mato Grosso registra 194.113 casos confirmados da Covid-19 e 4.727 óbitos em decorrência do coronavírus. Em Cuiabá, são 43.366 (22.34%) confirmações. Também havia 256 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 289 em enfermarias, ambos serviços públicos. No geral, a taxa de ocupação estava em 63,52% para UTIs e em 33% para enfermarias.
Além da Capital, os dez municípios com maior número de casos Várzea Grande (13.254), Rondonópolis (13.063), Sinop (10.395), Sorriso (8.600), Tangará da Serra (8.574), Lucas do Rio Verde (8.047), Primavera do Leste (6.030), Cáceres (4.498) e Nova Mutum (4.050), conforme dados da Ses-MT que são atualizados diariamente sempre ao fim da tarde.
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CONSULTOR JURÍDICO
Operadora deve manter filhos maiores de 25 anos em plano de saúde familiar
Por Tábata Viapiana
Por vislumbrar conduta abusiva, a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde mantenha dois filhos adultos em um plano familiar.
Os dependentes, de 38 e 41 anos, são beneficiários do contrato desde 1998 e, mesmo após completarem 25 anos, idade instituída em cláusula como limite para a exclusão de dependentes, o que aconteceu há 16 e 13 anos, respectivamente, não foram retirados do plano.
De acordo com o desembargador Alcides Leopoldo, relator da apelação, ao não exercer a opção de exclusão quando os autores completaram 25 anos, a operadora criou a justa expectativa de que não mais exerceria o direito.
“A notificação feita esbarra na proibição do comportamento contraditório, pois quebrou a relação de lealdade e confiança consolidada no tempo e foi incoerente ao pretender romper o contrato, ainda que de natureza familiar”, afirmou.
Para o relator, o exercício continuado de uma situação jurídica implica em nova fonte de direito subjetivo e, portanto, a exclusão foi considerada abusiva. A decisão se deu por unanimidade.
Processo 1002619-61.2020.8.26.0008
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JORNAL OPÇÃO
Mensagem falsa em redes sociais mente ao dizer que Goiás chegou ao pico da contaminação por Covid-19
Por Augusto Araújo
Texto é atribuído ao Secretário Estadual de Saúde. Governo do Estado desmente e alerta para perigo das notícias falsas
Circula nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagem um texto fake assinado pelo Secretário do Estado de Saúde. A publicação faz um alerta falso, dando a entender que Goiás chegou ao pico de contaminações por Covid-19.
“Chegamos ao pico”, diz o texto falso. “Pelo que os especialistas afirmam, a partir de amanhã teremos no mínimo 30 dias difíceis, de muita dor, muitas perdas e só temos um remédio para tentar diminuir isso tudo”, segue me outro trecho da mensagem.
O texto compartilhado ainda traz outras recomendações e medidas de saúde para evitar a contaminação. No final da mensagem, ainda foram inseridos as logos do Sistema Único de Saúde (SUS), da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) e do Governo de Goiás, para simular uma autenticidade.
O próprio Governo Estadual desmentiu a mensagem e alertou para o perigo de se compartilhar informações falsas em redes sociais. De acordo com SES-GO, apenas na última quarta-feira, 13, Goiás registrou mais de 2.100 casos de contaminação pelo novo coronavírus.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação