Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/03/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fórum em Goiânia vai debater a segurança do médico no exercício da profissão

Moradores de Goiás participarão de avaliação das sequelas da covid-19

Em três meses, dengue matou mesmo número de goianos que todo ano de 2023 e baixo índice de vacinação preocupa

Transtornos neurológicos disparam nas últimas décadas e viram fardo global

Médicos e engenheiros unidos pela IA na saúde

Hospital público de São Paulo reduz em 70% índice de infecções em UTI com projeto de gestão

Prefeitura publica novas regras para pagamentos no Imas

A REDAÇÃO

Fórum em Goiânia vai debater a segurança do médico no exercício da profissão

A segurança dos médicos no exercício da profissão será tema central de um fórum promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) neste sábado (16/3), das 8h às 12h. O I Fórum sobre Segurança do Médico no Exercício do Ato Médico será realizado na sede do Cremego, no Setor Bueno. A programação será aberta a todos os médicos interessados. Também foram convidados representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público do Estado de Goiás e Guarda Civil Metropolitana da capital. 

O Fórum foi elaborado após episódios envolvendo agressões a médicos no exercício da profissão em Goiás. Em um dos casos, um médico foi conduzido coercitivamente por agentes da Polícia Civil do Estado de Goiás enquanto trabalhava no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), após se recusar a entregar o prontuário de um paciente sem sua autorização ou a devida ordem judicial, conforme destacou o Cremego. 

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Moradores de Goiás participarão de avaliação das sequelas da covid-19

Moradores de Goiânia, Itumbiara, Rio Verde, São Luís de Montes Belos, Iporá, Porangatu, Iruaçu, Luziânia e Águas Lindas de Goiás vão participar de uma pesquisa para avaliar as sequelas da covid-19. Para levantar dados e subsidiar a criação de políticas públicas para o tratamento das sequelas, o Ministério da Saúde iniciou a segunda fase da coleta de dados do ‘Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de covid-19 no Brasil’. Ao todo, ao longo do mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença em 133 municípios brasileiros.

“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.

Dinâmica da Epicovid 2.0

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de covid.

Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.

A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

Primeiras fases do estudo

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos.

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JORNAL OPÇÃO

Em três meses, dengue matou mesmo número de goianos que todo ano de 2023 e baixo índice de vacinação preocupa

A Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) Flúvia Amorim alertou que o índice de vacinação contra a Dengue ainda está abaixo do esperado. “A gente gostaria de ter pelo menos 50% da população vacinada, até porque na privada todas as doses já tinham acabado e a população estava ansiosa aguardando a vacina”, relata.

De acordo com o painel de indicadores da SES-GO, em 2024 foram confirmados 54 óbitos, além de 64 que estão sob investigação. O número já iguala ao número total de óbitos registrados no ano passado.

De acordo com a SES-GO, Goiás vacinou 35,4% do público até os 14 anos. No Brasil, o índice é de 43,2%. Amorim reforçou o convite para a vacinação das crianças. “Ela é segura sim, ela é eficaz sim e para as próximas epidemias que poderão surgir”, disse.

Além da vacinação, a superintendente alertou para os cuidados necessários para a prevenção dos focos de dengue nas residências. “É importantíssimo que cada cidadão entenda seu papel, tirar 10 minutos por semana para verificar sem tem criadouro no quintal”.

2024 é o o pior ano da história

De acordo com Flúvia Amorim, o ano de 2024 é o pior ano para a epidemia de dengue em Goiás desde o início dos registros. Ela aponta o avanço da doença a cada semana e levanta as preocupações com o aumento.

“Estamos com mais de 116 mil casos notificados. À medida que eu tenho mais casos, a chance de ter mais óbitos é real. A gente precisa fazer com que o avanço dos óbitos não aconteça na mesma velocidade que o avanço dos casos”, Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde

Flúvia conta que o Estado tem lidado com o aumento dos casos em duas frentes: prevenção e destruição dos criadores para reduzir a infestação do mosquito e o Gabinete de Combate a Dengue, que orienta as ações estratégicas em conjunto com municípios.

A previsão climática para este ano pode influenciar diretamente no aumento de casos de Dengue em Goiás. Isso porque, o fenômeno El Niño deve se prolongar, aumentando os índices de infestação e da transmissão.

Chikungunya

Já os casos de Chikungunya em Goiás, foram notificados 3.831 e apenas um óbito confirmado. O município de Jataí tem uma das maiores taxas de infecção pela doença, com 2.109 casos confirmados. A maior parte dos casos foi registradas no Sul do Estado.

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CORREIO BRAZILIENSE

Transtornos neurológicos disparam nas últimas décadas e viram fardo global


Doenças e transtornos como AVC, enxaqueca e demência aumentaram significativamente em três décadas e ultrapassam as enfermidades cardiovasculares no impacto causado na vida dos pacientes e nos sistemas de saúde

Duas em cada cinco pessoas sofrem de alguma condição que afeta o sistema nervoso, o que faz de acidente vascular cerebral, enxaqueca, demência e confusão mental pós-covid, entre outros, os principais problemas de saúde no mundo. Com 43% da população encaixando-se em algum desses transtornos (veja quadro acima), eles também são os que mais causam incapacidade, segundo o maior estudo sobre o tema, publicado na revista The Lancet.

Com dados de 190 países, os pesquisadores chegaram a um número significativo: 443 milhões de pessoas sofrem de condições neurológicas, um aumento de 18% em três décadas. Juntas, perderam, em 2021, 443 milhões de anos de vida saudável, mostra o estudo. A explosão de casos tira, pela primeira vez, os episódios cardiovasculares do primeiro lugar no ranking da carga global de doenças, uma medição que considera o impacto, no mundo, de diversas enfermidades.

Segundo o estudo, o acidente vascular cerebral é o maior responsável pela perda de anos de vida saudável, mas a condição neurológica mais comum é a enxaqueca. Mais de 80% das mortes e incapacitações resultantes das doenças do sistema nervoso central aconteceram em países de baixo e médio rendimento, no ano de referência do relatório, 2021.

Depois de AVC, os principais contribuintes para a perda da saúde neurológica em 2021 foram encefalopatia neonatal, enxaqueca, doença de Alzheimer e outras demências, neuropatia diabética, meningite, epilepsia, complicações neurológicas de nascimento prematuro, transtorno do espectro do autismo e cânceres do sistema nervoso. As consequências da covid no sistema nervoso central – comprometimento cognitivo e síndrome de Guillain-Barré – ficaram em 20º lugar, representando 2,48 milhões de anos de vida saudável perdidos em 2021.

O estudo indica que, em termos de prevalência, dores de cabeça tensionais (2 bilhões de casos) e enxaquecas (1,1 bilhão) foram os mais comuns. A neuropatia diabética é a que mais cresce de todas as condições neurológicas. “O número de pessoas com neuropatia diabética mais do que triplicou globalmente desde 1990, aumentando para 206 milhões em 2021”, disse a coautora Liane Ong, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. “Isso está alinhado com o aumento na prevalência global de diabetes.”

O número absoluto de DALYs – anos de vida saudável perdidos devido a uma doença – está aumentando especialmente devido ao envelhecimento e ao crescimento da população mundial, afirmam os autores. Quando se considera a padronização etária, ou seja, caracterizar os casos por faixa de idade, há um decréscimo de um terço tanto em DALYs quanto em mortes (27% e 32%, respectivamente) por condições neurológicas desde 1990. Os autores destacam que, em grande parte, isso se deve a uma melhor sensibilização, vacinação e esforços globais de prevenção de algumas enfermidades como o tétano, a meningite e o acidente vascular cerebral. As regiões com a maior carga sobre o sistema nervoso em 2021 foram a África Subsariana Central e Ocidental, enquanto a Ásia-Pacífico e a Australásia, de rendimento elevado, tiveram os menores impactos. Os autores alertam que o enorme peso na saúde pública dessas causas de perda de saúde, muitas vezes evitáveis, “sublinha a urgência de que a saúde neurológica se torne uma prioridade global de saúde pública”.

No Brasil, em 2021, o número de pacientes neurológicos em 2021 era de 47.536 em cada 100 mil habitantes, com uma mortalidade associada de 96 em 100 mil. O estudo apoiará o Plano de Ação Global Intersetorial da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre epilepsia e outros distúrbios neurológicos 2022-2031.

Fatores evitáveis

O estudo publicado na revista The Lancet também quantificou a carga das doenças potencialmente evitáveis com a eliminação de fatores de risco conhecidos e modificáveis para acidente vascular cerebral (AVC), demência, esclerose múltipla, doença de Parkinson, encefalite, meningite e deficiência intelectual. “Como muitas doenças neurológicas não têm cura e o acesso a cuidados médicos é, muitas vezes, limitado, compreender os fatores de risco modificáveis e a carga potencialmente evitável das condições neurológicas é essencial para ajudar a conter essa crise de saúde global”, justificou, em nota, a coautora principal, Katrin Seeher, especialista da Unidade de Saúde Cerebral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A análise sugere que a modificação de 18 fatores de risco poderia prevenir o AVC em 84% dos anos de vida saudáveis perdidos para doenças neurológicas, globalmente. O mais importante deles é o controle da pressão arterial sistólica, observa o estudo. As estimativas sugerem que o controle da exposição ao chumbo poderia reduzir o peso da deficiência intelectual em 63%, enquanto a redução da glicemia plasmática em jejum para níveis normais poderia reduzir ao peso da demência em cerca de 15%.

“A carga neurológica mundial está crescendo muito rapidamente e colocará ainda mais pressão sobre os sistemas de saúde nas próximas décadas”, acredita o coautor Valery Feigin, diretor do Instituto Nacional de Derrame e Neurociência Aplicada da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. “No entanto, muitas estratégias atuais para reduzir as doenças neurológicas têm baixa eficácia ou não são suficientemente implementadas, como é o caso de algumas das doenças de crescimento mais rápido, mas em grande parte evitáveis, como a neuropatia diabética e as doenças neonatais. Para muitas outras condições, não há cura, sublinhando a importância de um maior investimento e investigação em novas intervenções e fatores de risco potencialmente modificáveis.”

Jaimie Steinmetz, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, lembra que condições do sistema nervoso central incluem doenças e lesões infecciosas transmitidas por vetores (como Zika) e outras não-transmissíveis, o que exige diferentes estratégias de prevenção e tratamento. Ele ressaltou a importância de os legisladores prestarem atenção no tema.

Desafio

“Esse importante novo relatório destaca que a carga das condições neurológicas é maior do que se pensava anteriormente. No próximo levantamento, mais atenção deverá ser dado às doenças neuromusculares, aos efeitos do câncer no sistema nervoso e à dor neuropática. Comparar a incapacidade causada por condições com ocorrência episódica versus aquelas que causam doenças permanentes e progressivas continuará a ser um desafio, porque os efeitos sobre os indivíduos variam substancialmente.”

Wolfgang Grisold, presidente da Federação Mundial de Neurologia

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O GLOBO

Médicos e engenheiros unidos pela IA na saúde


Em um cenário global cada vez mais conectado pela tecnologia, duas profissões aparentemente distintas encontram-se no epicentro de uma revolução na saúde: médicos e engenheiros. A união desses profissionais, trabalhando lado a lado, tem impulsionado o desenvolvimento de soluções inovadoras por meio da inteligência artificial (IA), prometendo transformações profundas e positivas na maneira como cuidamos de nossa saúde. Eu diria que a equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, psicólogo, dentista, farmacêutico e assistente social) que cuida do paciente ganha um novo elemento: o engenheiro de computação e de sistemas digitais.

Um dos exemplos mais promissores dessa colaboração é o desenvolvimento de sistemas de diagnóstico assistido por IA, que podem identificar padrões em imagens de exames, como ressonâncias magnéticas e tomografias, com uma precisão surpreendentemente alta. Essas ferramentas não só apoiam os médicos em suas decisões clínicas como também aumentam a eficiência do diagnóstico, liberando mais tempo para o cuidado direto dos pacientes.

Além disso, a aplicação de algoritmos de IA na análise de dados de saúde em larga escala promete revolucionar a medicina preventiva. Ao identificar fatores de risco e padrões que podem não ser evidentes para os médicos, a IA pode antecipar problemas de saúde, permitindo intervenções mais cedo e mais eficazes.

Dispositivos vestíveis e aplicativos de saúde, desenvolvidos conjuntamente por profissionais de saúde e engenheiros, permitem o monitoramento contínuo de sinais vitais e outras métricas de saúde em tempo real. Isso não só facilita a detecção precoce de potenciais problemas, mas também oferece aos pacientes uma maneira conveniente de gerenciar suas condições crônicas, reduzindo a necessidade de visitas frequentes ao médico. Além disso, tais tecnologias habilitam uma resposta rápida em emergências, salvando vidas.

A integração da IA na saúde também abre novas frentes de pesquisa e desenvolvimento. Projetos colaborativos entre médicos e engenheiros estão explorando desde a aplicação de IA na descoberta de novos medicamentos até o desenvolvimento de próteses inteligentes.

A IA está revolucionando a abordagem da medicina personalizada, permitindo a criação de terapias sob medida para as características genéticas e biomarcadores de cada paciente. Por meio da análise de vastas quantidades de dados genômicos e clínicos, médicos e engenheiros estão desenvolvendo tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. A medicina de precisão, apoiada pela IA, não se limita apenas ao tratamento de doenças existentes, mas também à prevenção de condições para as quais os pacientes possam estar geneticamente predispostos.

A integração da inteligência artificial na saúde, embora promissora, traz consigo uma série de desafios éticos e regulatórios que precisam ser cuidadosamente abordados. A proteção dos dados dos pacientes é uma preocupação primária, exigindo que médicos, engenheiros e legisladores trabalhem juntos para garantir a confidencialidade e a segurança das informações de saúde. Além disso, há questões sobre a responsabilidade em casos de erros de diagnóstico ou tratamento baseados em IA, o que requer uma reflexão profunda sobre como as decisões médicas são tomadas e sobre o papel da tecnologia nesse processo. Defendo desde já a inclusão da IA no currículo médico.

Apesar desses desafios, o futuro da saúde parece promissor, graças à colaboração entre médicos e engenheiros na fronteira da inteligência artificial. Este é um momento de transição, em que a tecnologia amplia as possibilidades de cura e cuidado. À medida que avançamos, essa sinergia promete não apenas transformar a saúde como a conhecemos, mas também pode resultar em recompensas imensuráveis para a humanidade.

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GAZETA DA SEMANA

Hospital público de São Paulo reduz em 70% índice de infecções em UTI com projeto de gestão

São Paulo, março de 2023 – O projeto “Saúde em Nossas Mãos” tem mostrado resultados surpreendentes na redução do índice de infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais do interior paulista. O Hospital Escola Emílio Carlos, localizado em Catanduva (SP), foi um dos beneficiados, apresentando uma redução significativa de aproximadamente 70% nas três principais infecções monitoradas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI): pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), infecção de corrente sanguínea laboratorialmente comprovada (IPCSL) e infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical (ITU-AC). A iniciativa é do Ministério da Saúde, realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) pelos hospitais Alemão Oswaldo Cruz, BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hcor, Einstein, Moinhos de Vento e Sírio-Libanês.

Ademilson Ronzani, enfermeiro coordenador da UTI e líder do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, expressou que “foi muito gratificante para nós participarmos deste projeto e das ações implementadas. Com isso, agregamos valor para o atendimento do paciente e para a população com a redução do tempo de permanência na UTI”.

José Luís de Morais, enfermeiro da mesma instituição, destacou a transformação ocorrida na UTI, antes considerada paliativa. “O projeto “Saúde em Nossas Mãos”, do PROADI-SUS, chegou e a gente foi colocando tudo em prática, convencendo os funcionários das melhorias, pois eles também não acreditavam mais. Hoje, o resultado está aí: graças a Deus, muitas vidas salvas. A gente tem muito que agradecer à equipe do HUB Hcor, que nos forneceu assistência, e ao projeto e ao Ministério da Saúde também, por proporcionarem um projeto tão bom para a população e para os hospitais”.

Cristiana Prandini, do Hospital do Coração (HCor), responsável pela gestão do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, ressaltou que, durante a jornada de implementação, ocorreu uma transformação notável, não apenas em melhorias tangíveis na eficiência dos serviços prestados, mas também uma evolução significativa na cultura das equipes. “Essa parceria exemplifica o poder da colaboração e da troca de conhecimento, mostrando que, juntos, podemos alcançar resultados extraordinários na entrega de cuidados de saúde de qualidade”, completou.

Outro hospital beneficiado pelo projeto é o Hospital Estadual Américo Brasiliense, situado na cidade de Américo Brasiliense (SP), que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Marília Costa Frangioti, farmacêutica da instituição, enfatizou as mudanças positivas implementadas, “zeramos nosso índice de infecção do trato urinário por mais de 12 meses e conseguimos também ter uma redução de 30% na PAV e na IPCS”, afirmou.

“Participar do projeto não foi algo que só beneficiou a nossa UTI, mas também proporcionou benefícios para os outros pacientes por conta da alteração de processos, melhorias e otimização de recursos. É muito gratificante poder participar e semear uma iniciativa que salva vidas”, contou Marília.

Renata Gonsalez, do Hospital Sírio Libanês (HSL), responsável pela gestão do projeto no Hospital Estadual Américo Brasiliense, diz que “os resultados alcançados por meio deste projeto são mais do que meras estatísticas. Eles representam o nosso compromisso inabalável em oferecer um ambiente de cuidados de saúde seguro e de alta qualidade. para cada paciente que entra pelas portas de um hospital. Cada melhoria implementada reflete a eficácia das práticas adotadas e nossa dedicação em proporcionar o melhor tratamento possível”.

Projeto “Saúde em Nossas Mãos”

O projeto “Saúde em Nossas Mãos” adota uma metodologia de referência mundial, abordando práticas relacionadas às principais infecções hospitalares e promovendo o uso de ferramentas para a melhoria da qualidade e segurança do paciente. Essa iniciativa, promovida pelo Ministério da Saúde no âmbito do PROADI-SUS, tem impactado positivamente diversos hospitais públicos, resultando na economia de R$ 718 milhões entre os anos de 2018 e 2023, atendendo cerca de 439 mil pacientes e salvando mais de 5 mil vidas ao evitar 13,6 mil infecções em UTIs do SUS.

“O engajamento das equipes e a implementação eficaz das práticas propostas pelo projeto têm contribuído não apenas para a redução das infecções, mas também para a melhoria geral dos processos e da qualidade da assistência prestada nas unidades de saúde participantes. Com resultados tão expressivos, o “Saúde em Nossas Mãos” se consolida como uma importante iniciativa na busca pela excelência no cuidado ao paciente e na promoção da segurança nos hospitais brasileiros”, finalizou Cláudia Garcia, coordenadora geral do projeto.

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TV ANHANGUERA

Prefeitura publica novas regras para pagamentos no Imas

https://globoplay.globo.com/v/12437303/

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Assessoria de Comunicação