Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/05/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Operação investiga fraudes de até R$ 1 bilhão no Ipasgo, em Goiás
Governador adia publicação de novo decreto devido a falta de apoio de prefeitos em Goiás
Brasil ultrapassa 200 mil casos
Justiça desobriga CRMs de registrar formados no exterior e sem aprovação no Revalida
Revalida será aplicado em outubro de 2020, diz Weintraub
Falta de EPIs corresponde a 40% das denúncias
TJ-GO vai dar R$ 1,28 mil de auxílio saúde a juízes
Anvisa faz alerta sobre túneis e câmaras de desinfecção de pessoas
Aparecida de Goiânia possui mais de 100 leitos para tratamento exclusivo da Covid-19 no HMAP
Presidente nega "fritura" de ministro, mas exige uso amplo da cloroquina
Bolsonaro enquadra Teich e diz que Saúde mudará protocolo da cloroquina
UFG começa a realizar exames para diagnosticar Covid-19 em Goiânia
Sem consenso, Caiado pode desistir de novo decreto em Goiás
Covid-19: Goiás tem alta de 205 novos casos e três mortes em 24 horas
Ibaneis desiste de negar vagas no DF a pacientes de Goiás
Estudantes da área de saúde do DF antecipam formatura para atuarem no combate à pandemia
Secretário de Saúde de Goiás anuncia mais oito hospitais abertos em 15 dias
Daniel Vilela diz que governo de Goiás está “sem rumo” durante pandemia e critica Caiado: “Autoritarismo”

TV ANHANGUERA/GO

Operação investiga fraudes de até R$ 1 bilhão no Ipasgo, em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/8554606/programa/
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Governador adia publicação de novo decreto devido a falta de apoio de prefeitos em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/8554509/programa/
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O GLOBO
Brasil ultrapassa 200 mil casos

O Brasil rompeu ontem a marca dos 200 mil casos de Covid-19 em meio à falta de entendimento entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Nelson Teich. No centro da atual discórdia está a hesitação de Teich em mudar o protocolo da pasta para o uso de medicamentos à base de cloroquina no tratamento do novo coronavírus. De acordo com balanço do Ministério da Saúde, o país tem 202.918 casos confirmados da doença e 13.993 mortes.
Entre quarta-feira e ontem, o Brasil bateu mais um recorde no número de casos em 24 horas: 13.944.0 número de mortes também foi alto neste período: 844, o segundo maior desde o início  a epidemia. No mundo, as mortes já passam de 300 mil.

RELAÇÃO TENSA

Em meio à escalada da Covid-19, os sinais são de que a convivência entre Bolsonaro e Teich está tensa. A resistência do ministro em relação à cloroquina tem criado desgaste. Prestes a completar um mês no cargo, Teich não concorda com a possibilidade de dar aval à orientação para que o medicamento seja administrado desde os primeiros sintomas. Além disso, tem demonstrado incômodo com a insistência do mandatário. Bolsonaro tem feito pressão para que Teich mude a norma da pasta, que hoje só autoriza a utilização da cloroquina em pacientes em estado grave. A nota técnica, assinada no fim de março, ainda sob a gestão de Luiz Henrique Mandetta, diz que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem complementar "os outros suportes utilizados no tratamento". O protocolo prevê que elas sejam usadas durante cinco dias apenas em pacientes hospitalizados.

Na terça-feira, o ministro foi ao Twitter para falar sobre os riscos. "Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o termo de consentimento antes de iniciar o uso da cloroquina", escreveu. No dia anterior, em entrevi sta coletiva, Teich já havia dito que o Ministério da Saúde não recomenda o uso do medicamento porque ele não tem eficácia científica comprovada, mas também não proíbe seu uso. A pressão de Bolsonaro e a resistência de Teich impulsionaram, dentro e fora do governo, especulações sobre uma nova mudança no Ministério da Saúde. Aliados do presidente, no entanto, têm atuado para evitar a saída do oncologista e aparar as arestas da relação.

Setores do governo e do Congresso avaliam que uma troca, no momento em que a curva de casos da doença está em franca ascensão, tende a ser ainda mais desastrosa para Bolsonaro. A busca por uma solução que alinhe o presidente e o ministro também passa pela avaliação de integrantes do governo de que as opções de Bolsonaro para o comando da Saúde estão cada vez mais restritas. Além do uso da cloroquina, o presidente defende o afrouxamento das regras de isolamento social. Teich dedicou grande parte de sua agenda à elaboração de um plano para relaxar as regras de restrição de circulação de acordo com as diferentes realidades no país. O ministro, no entanto, não conseguiu apoio de estados e municípios.

PODE E VAI MUDAR"

Ao falar por videoconferência a empresários de São Paulo, ontem, Bolsonaro cobrou do ministro que altere o protocolo.- Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal vai dizer que é só em caso grave? Eu sou comandante, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. Eu não estou extirpando ministro, nunca fiz isso, e nem interferindo em qualquer ministério, como nunca fiz-disse, gritando. O presidente afirmou que a decisão caberá a ele:

-Votaram em mim para eu decidir. Está tudo tudo bem com o ministro, mas essa questão vamos resolver. Pode mudar e vai mudar. Teich mais uma vez deixou de comparecer à entrevista coletiva realizada pelo Mi nis-tério da Saúde sobre a situação da doença no país. A última vez em que ele se apresentou à imprensa foi na segunda, quando ficou sabendo pelos repórteres que o presiden-tehaviacolocadoacademiase salões de beleza entre as atividades essenciais.
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CREMEGO
Justiça desobriga CRMs de registrar formados no exterior e sem aprovação no Revalida

A Justiça Federal, por meio de decisão divulgada hoje, 14, pela 17ª Vara Cível Federal de São Paulo, desobrigou os Conselhos Regionais de Medicina de registrarem os estudantes de medicina formados no exterior e não aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida).

A decisão refere-se à ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União contra a União Federal e o Conselho Federal de Medicina  com o objetivo de obrigar os CRMs a efetuarem esse registro provisório em caráter excepcional e temporário, viabilizando a contratação destes médicos durante a pandemia de Covid-19.

Contrário à atuação no Brasil de profissionais sem aprovação no Revalida, o CFM entrou, no dia 29 de abril, com uma ação civil pública contra a proposta que permite a Estados a condução da revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior, ao arrepio de determinações legais que estabelecem que isso deve ocorrer por coordenação do Ministério da Educação.

O Cremego comemorou a decisão da Justiça Federal e reforçou a necessidade de revalidação de diplomas expedidos no exterior, respeitando critérios idôneos de avaliação do conhecimento dos candidatos, para que os médicos possam atuar no Brasil. Mesmo durante uma pandemia e em regiões que possam ter déficit de médicos, o Cremego considera que essa atuação não pode dispensar o Revalida, que é um instrumento capaz de avaliar se o profissional tem a formação acadêmica necessária para a prestação de uma assistência médica com qualidade e segurança.
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GAZETA DO POVO
Revalida será aplicado em outubro de 2020, diz Weintraub

O ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira (14), pelo Twitter, que será aplicada uma nova edição da prova do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira). O exame, que é obrigatório para formados em Medicina no exterior, não ocorre desde 2017.

De acordo com Weintraub, o edital será publicado em julho e a prova será realizada em outubro. A edição de 2020, segundo ele, ocorrerá em dois turnos, com 100 questões objetivas e 5 discursivas.

Em novembro do ano passado, quando confirmou a realização do exame em 2020, o governo avaliava que cerca de 15 mil médicos aguardavam para revalidar seus diplomas . Na época, o MEC havia afirmado que o custo da inscrição seria de cerca de R$ 3,6 mil, sendo que R$ 300 seriam pagos na primeira etapa e R$ 3.300 seriam necessários para participar da prova prática.

Apesar da pressão das instituições de ensino superior particulares, o presidente Jair Bolsonaro acatou o pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) e vetou, no programa Médicos pelo Brasil , a possibilidade de que as provas do Revalida fossem realizadas por universidades particulares.

A flexibilização da realização da prova em grandes grupos educacionais poderia estar calcada em uma visão comercial , disse Donizetti Giamberdino, vice-presidente do CFM, em entrevista para a Gazeta do Povo em outubro de 2019 . Além disso, segundo ele, seria mais difícil controlar a qualidade dos testes e, em consequência, assegurar a excelência da preparação dos novos profissionais.

O Brasil, em 4 ou 5 anos, deve formar 34 mil médicos por ano. Estima-se ainda que 60 mil brasileiros estejam estudando Medicina em países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Argentina, muitas vezes em condições precárias .
O Revalida é uma prova organizada pelo Inep, órgão do Ministério da Educação. Em 2017, dos 7.379 médicos inscritos, 963 passaram para a segunda fase e, desses, só 389 (5,27% do total) conseguiram a autorização para validar seus diplomas.
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O POPULAR
Falta de EPIs corresponde a 40% das denúncias

Para quem está na linha de frente do combate ao novo coronavírus faltam de equipamentos para proteção individual, como máscaras e luvas, álcool em gel para higienização, kits para exames e outros insumos básicos. Faltam também equipes suficientes de enfermagem e de médicos e informações no serviço de triagem de pacientes.

Os relatos fazem parte de um balanço elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a partir de dados de denúncias de médicos que atuam na linha de frente do combate a Covid-19.

Uma plataforma foi lançada no fim de março para receber as denúncias. Desde então, 1.563 médicos cadastrados em sistemas de conselhos regionais enviaram informações. Ao todo, foram apontadas 17 mil irregularidades, distribuídas em cerca de 2.160 serviços de saúde.

Do total de serviços, 85% são da rede pública e 10% da rede privada. Os demais são filantrópicos ou não foram identificados.
A queixa mais recorrente dos médicos foi a falta de equipamentos de proteção individual, ausente em 38,2% dos casos.

Em seguida, os profissionais apontam falta de kits para exames e insumos (citados em 18,9% dos relatos), de recursos humanos (13,7%) e de material para higienização, como álcool em gel (13,5%).

Entre os equipamentos de proteção individual, chama a atenção principalmente a ausência de máscaras N95, indicadas para uso específico por profissionais de saúde. Elas respondem por 24,6% das denúncias de falta de equipamentos de proteção individual (EPIs). "A vulnerabilidade é total. Se acontecer uma baixa no número destes profissionais, não tem sistema que aguente", diz Emmanuel Fortes, diretor de fiscalização do CFM.

No balanço, médicos apontaram ainda falhas na organização do processo de triagem, como falta de orientação específica que pudesse ser oferecida a pacientes, acompanhantes e aos próprios profissionais.
Fortes diz que o conselho repassará as denúncias a equipes regionais para fiscalização e para buscar respostas junto a cada secretaria de saúde. O balanço envolve serviços de 546 cidades.

A reportagem procurou o Ministério da Saúde e os conselhos que representam secretários estaduais e municipais de saúde para comentar os dados, mas não recebeu resposta até o momento. ()
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TJ-GO vai dar R$ 1,28 mil de auxílio saúde a juízes

Denominado de Programa de Assistência à Saúde Suplementar, benefício vale também para servidores e pensionistas, em valores que variam de R$ 420 a R$ 720 mensais; impacto chega a R$ 6 milhões mensais, segundo Asmego
Em um cenário de forte crise financeira por conta do coronavírus, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) instituiu na quarta-feira (13) auxílio-saúde para juízes e desembargadores no valor de R$ 1.280 mensais. A resolução que cria o Programa de Assistência à Saúde Suplementar foi aprovada pelo Orgão Especial do TJ-GO, com 16 desembargadores presentes, e vale também para servidores e pensionistas, em valores que variam de R$ 420 a R$ 720 mensais.

O impacto é de R$ 6 milhões mensais, segundo informações da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), e tem caráter indenizatório. A entidade afirma que o pagamento, de R$ 48 milhões em 2020, será com recursos do Fundo de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário (Fundesp). O Estado de Goiás prevê déficit de R$ 4,6 bilhões para 2020 por conta dos efeitos da pandemia.

A regulamentação do auxílio foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em setembro do ano passado e publicada em dezembro, estabelecidas três modalidades a serem escolhidas pelos tribunais de Justiça: convênio com planos de saúde (inclusive com coparticipação); serviço de assistência médica prestado diretamente pelos órgãos; ou reembolso, no limite de até 10% do subsídio do magistrado e a depender da disponibilidade de orçamento de cada tribunal.

Os órgãos têm até dezembro para se adequar às normas. Os salários dos magistrados variam de R$ 30,4 mil a R$ 35,4 mil e eles já recebem auxílio-alimentação, que em fevereiro teve valor corrigido em Goiás para R$ 1,2 mil.
Em comunicado aos associados, a Asmego comemorou a "importante conquista" e agradeceu ao vice-presidente do TJ-GO, Nicomedes Borges, que presidiu a sessão. "Cuida-se de direito que beneficiará 100% dos nossos associados (juízes, desembargadores, aposentados e pensionistas)", afirma a nota, assinada pela presidente Patrícia Carrijo.

No final de março, O POPULAR revelou que a Amesgo protocolou ação judicial para tentar receber pagamento de licença-prêmio aos magistrados em valores que variavam de R$ 16,8 mil a R$ 18 mil. Por conta dos desgastes, houve recuo na direção do tribunal, com desistência do pagamento.
No caso do auxílio-saúde, a Asmego afirmou à reportagem que requereu o cumprimento da normativa do CNJ em Goiás e que não se trata de benefício:
"Não é um benefício. É um direito à saúde. Todas as empresas com mais de 200 empregados devem oferecer previsão semelhante".

Questionada sobre o momento de crise, a associação respondeu: "O momento é de zelo da saúde. Os membros do Poder Judiciário, assim como todos trabalhadores, também são cidadãos e possuem direitos. O direito à saúde está previsto na Constituição. O Judiciário também tem atuado ativamente no controle da pandemia, um verdadeiro exército silencioso 24 horas por dia. Todas as demandas e conflitos deságuam no Judiciário, de forma que a garantia à saúde é dever de todos."

O TJ-GO não respondeu às informações solicitadas pela reportagem. Divulgou nota afirmando que atende exigência do CNJ, que houve estudo e deliberação no Comitê de Saúde do tribunal e que as despesas serão custeadas com orçamento próprio.

Ainda segundo o TJ-GO, os valores ficaram assim divididos: R$ 1.280 para magistrados ativos e inativos; R$ 720 para servidores ativos e inativos; R$ 560 para pensionistas de magistrados e R$ 420, para pensionistas de servidores.
O tribunal não confirmou o valor do impacto financeiro.
No mês passado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) acertou com os Poderes Judiciário e Legislativo corte de 20% nos gastos de custeio por conta da crise.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Anvisa faz alerta sobre túneis e câmaras de desinfecção de pessoas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota na qual afirma "faltar evidências científicas" de que o uso de estruturas como câmaras, cabines e túneis para desinfecção de pessoas tenha eficácia, enquanto medida preventiva contra o novo coronavírus (covid-19).

De acordo com a autoridade sanitária, "a duração de 20 a 30 segundos para o procedimento não seria suficiente para garantir o processo de desinfecção". Além disso, a nota técnica, divulgada na noite desta quarta-feira (13) pela Anvisa, reforça que a adoção desse mecanismo "não inativaria o vírus dentro do corpo humano, além de poder causar danos à saúde de quem se submetesse à desinfecção com saneantes aplicados diretamente na pele e nas roupas".

Ao citar algumas particularidades dos procedimentos adotados para evitar a introdução e a disseminação do vírus em ambientes controlados, como hospitais e laboratórios de alta segurança, a Anvisa acrescenta que. embora tenham características comuns, ambientes hospitalares e de laboratórios não são iguais, exigindo, portanto, "regras e protocolos diferentes, uso de produtos e procedimentos seguros, práticas rígidas de higienização das mãos, corpo, roupas, salas e utensílios, além de adotarem equipamentos de proteção individual (EPIs) muito específicos, entre outras características".

Ainda de acordo com a nota técnica da Anvisa, produtos químicos usados nos saneantes aprovados são destinados à limpeza e higienização de superfícies como móveis, bancadas, pisos, objetos e paredes. Tais produtos, ao entrarem em contato com a pele ou aplicados diretamente sobre ela, "podem causar danos e efeitos adversos", alerta a agência.

No caso do peróxido de hidrogênio, alerta a Anvisa, sua inalação pode causar irritação no nariz, garganta e vias respiratórias, podendo provocar bronquite ou até mesmo edema pulmonar. Outro produto usado em alguns desses equipamentos, os quaternários de amônio podem causar irritação na pele e nas vias respiratórias, além de reações alérgicas.
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Aparecida de Goiânia possui mais de 100 leitos para tratamento exclusivo da Covid-19 no HMAP

Dentre as estratégias adotadas pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia de prevenção e enfrentamento ao novo Coronavírus na cidade, o prefeito Gustavo Mendanha e o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães entregaram na manhã desta quinta-feira, 14, 20 novos respiradores mecânicos e monitores para o Hospital Municipal de Aparecida (HMAP). Os aparelhos irão ampliar o número de leitos já disponíveis para o tratamento exclusivo de pacientes que contraírem a Covid-19 na cidade e também nos municípios da região Centro-Sul.

Com a chegada desses novos equipamentos, Aparecida totaliza 63 leitos de UTI na rede pública da cidade para atendimento exclusivo de pacientes com Coronavírus. Os 20 respiradores se somam aos 90 novos leitos hospitalares para atendimento da população afetada pela Covid-19, entregues em abril deste ano pela administração municipal. Ao todo, segundo a Secretaria de Saúde, a cidade passa a totalizar 50 leitos de UTI no Hmap, 13 leitos de UTI em uma instituição privada, exclusivos para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e 60 Unidades Semi-intensivas (semi-UTI´s), também no Hmap.

"Estou muito orgulhoso do trabalho que temos desenvolvido no município para enfrentamento da Covid-19. Conseguimos montar e deixar prontos, em tempo hábil, 50 novos leitos de UTI no Hospital Municipal de Aparecida, que agora passa a ter 110 leitos exclusivos para tratamento do Coronavírus, com 60 semi-UTI´s. Uma estrutura montada que, segundo os estudos realizados pela equipe técnica da Prefeitura e de universidades, terá capacidade de atender às necessidades da nossa cidade durante a pandemia. Além disso, quando tudo isso passar, a estrutura continuará", destacou o prefeito Gustavo Mendanha.

De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, os 30 leitos de UTI entregues em abril já estão funcionando plenamente e os 20 novos leitos, que já estão com a estrutura totalmente pronta, começarão a funcionar conforme o avanço da demanda: "A Secretaria de Saúde tem acompanhado muito de perto as taxas de ocupação dos leitos de UTI da cidade, especialmente daqueles destinados ao tratamento prioritário da Covid-19, como é o caso desses novos 50 leitos. Essas taxas, aliada a todas as outras medidas adotadas pela Prefeitura, são determinantes para as decisões do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Coronovírus".

Segundo informações do secretário, até a noite de ontem, a taxa de ocupação dos leitos municipais de UTI da rede pública para tratamento do Coronavírus era de 4% e da rede privada 29%. "Atualmente, Aparecida de Goiânia tem um dos melhores coeficientes de controle da Covid-19 no Brasil. Isso é resultado das ações preventivas que foram adotadas já no início de março. Todas essas medidas, que envolveram o poder público, o setor privado e a sociedade civil organizada, deram condições para o município se precaver. Nesse cenário, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são um dos principais indicadores. ", destacou o secretário. O gestor lembra também que a cidade possui outros 63 leitos de UTI (adulto e pediátrico) para as demais demandas da população.
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Presidente nega "fritura" de ministro, mas exige uso amplo da cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro negou ontem que o ministro da Saúde, Nelson Teich, corra risco no governo, mas afirmou que exige que a cloroquina seja administrada para pacientes do novo coronavírus desde os primeiros sintomas.
A declaração foi feita durante uma videoconferência com empresários promovida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O argumento do presidente é que o Conselho Federal de Medicina (CFM) já permite que médicos prescrevam o remédio para pacientes leves. O protocolo do ministério, porém, é mais cauteloso, seguindo recomendações de sociedades médicas, e autoriza o uso no SUS apenas para pacientes internados. Teich vem sendo cobrado nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro para recomendar o uso amplo da cloroquina.

"Estou exigindo a questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal via ministro da Saúde vai dizer que é só em caso grave? Eu sou comandante, presidente da República, para decidir, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. E a regra é essa, o norte é esse" disse Bolsonaro.

Apesar da cobrança pública, o presidente negou que haja um processo de "fritura" de Teich, que ainda completará um mês à frente do Ministério da Saúde no próximo dia 17. "Eu não estou extirpando nenhum ministro, nunca fiz isso, e nem interferindo em qualquer ministério, como nunca fiz. Agora votaram em mim para eu decidir. E essa decisão da cloroquina passa por mim" justificou.

Bolsonaro disse que o protocolo adotado pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não pode continuar sendo seguindo por Teich. Mandetta foi demitido justamente por divergir do presidente sobre medidas de isolamento social e o uso da cloroquina.

"Tá tudo bem com o ministro da saúde (Teich), tá tudo sem problema nenhum com ele, acredito no trabalho dele, mas essa questão vamos resolver. Não pode um protocolo de 31 de março, quando estava o ministro da Saúde anterior dizendo que era só em caso grave, a gente não pode mudar protocolo agora? Pode mudar e vai mudar" Disse que a alteração ocorrerá "em comum acordo com o ministro da Saúde, porque o Conselho Federal de Medicina diz que tem que ser feito dessa maneira"
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FOLHA DE S.PAULO
Bolsonaro enquadra Teich e diz que Saúde mudará protocolo da cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a cobrar do ministro da Saúde, Nelson Teich, a adoção pela pasta de um protocolo prevendo o uso da cloroquina para pacientes em estágio inicial do novo coronavírus. Diversos estudos internacionais recentes, porém, não têm mostrado benefícios do remédio em reduzir internações ou mortes por Covid-19.

Em uma teleconferência com grandes empresários organizada nesta quinta-feira (14) pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, Bolsonaro afirmou que o protocolo atual -que avaliza o uso do medicamento para casos críticos e graves- "pode e vai mudar".

"Agora votaram em mim para eu decidir e essa questão da cloroquina passa por mim. Está tudo bem com o ministro da Saúde [Nelson Teich], sem problema nenhum, acredito no trabalho dele. Mas essa questão da cloroquina vamos resolver. Não pode o protocolo -de 31 de março agora, quando estava o ministro da saúde anterior [Luiz Henrique Mandetta]- dizendo que só pode usar em caso grave… Não pode mudar o protocolo agora? Pode mudar e vai mudar", declarou Bolsonaro.

Juntamente com o impasse sobre o isolamento social, divergências sobre a aplicação da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes da Covid-19 foram um dos principais pontos que levaram à demissão de Mandetta, em 16 de abril.Teich, no entanto, tem resistido a apoiar integralmente a linha de Bolsonaro sobre o tema, de que as substâncias deveriam ser prescritas também para doentes com sintomas leves do coronavírus."Cloroquina hoje ainda é uma incerteza. Houve estudos iniciais que sugeriram benefícios, mas existem estudos hoje que falam o contrário", afirmou o ministro, em 29 de abril.

"Os dados preliminares da China é que teve mortalidade alta e que o remédio não vai ser divisor de águas em relação à doença."Mais recentemente, numa sequência de mensagens no Twitter em que destacou a posição do Ministério da Saúde e a do CFM (Conselho Federal de Medicina), que autorizou a cloroquina para casos leves, Teich fez um alerta. "A cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o "Termo de Consentimento" antes de iniciar o uso da cloroquina."

Em 23 de abril, o CFM, mesmo ressaltando que não existe comprovação científica de que a cloroquina seja eficaz para o tratamento do novo coronavírus, liberou o uso do medicamento em diferentes situações, incluindo no início de sintomas sugestivos de Covid-19 e em ambiente domiciliar.

Após o parecer do CFM, Teich já havia indicado que a pasta não seria favorável ao uso do remédio em todos os casos, o que irritou Bolsonaro.
"Alguém acha que eu estou a fim de aumentar o número de mortos no Brasil? Como estão exigindo na questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal, via ministro da Saúde, vai dizer que é só em caso caso grave?", queixou-se o presidente, na videoconferência com empresários nesta quinta.

À tarde, Teich e Bolsonaro se reuniram no Palácio do Planalto para discutir a mudança no protocolo. E, no início da noite, em live semanal nas redes sociais, o presidente disse que o ministro deve dar uma resposta a ele nesta sexta-feira (15).

Bolsonaro ressaltou acreditar que ele fará a alteração solicitada. "Eu acho que amanhã [15] Teich dará uma resposta para a gente. Acho que vai ser pela mudança do protocolo. Para poder usar [a cloroquina] no início do tratamento", afirmou

No fim de abril, o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA, contraindicou o uso da associação de hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19 fora de ensaios clínicos.

PESQUISAS

Um dos maiores estudos feitos até agora não encontrou redução de mortalidade por Covid-19 entre pessoas que foram medicadas com hidroxicloroquina. A pesquisa com 1.438 pacientes foi publicada na segunda (11) na revista Jama (Journal of the American Medical Association), um dos principais periódicos médicos do mundo.

Na última semana, outra grande pesquisa, com 1.376 pacientes de Nova York, publicada no The New England Journal of Medicine, outro respeitado periódico científico, também apontou que não foram encontradas evidências de que o uso da hidroxicloroquina influencia na redução de mortes ou nas intubações.
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O HOJE
UFG começa a realizar exames para diagnosticar Covid-19 em Goiânia

Igor Afonso
A Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da rede de Laboratório de Análise de Ciências Biológicas (Laces) começou a realizar exames para diagnosticar o novo Coronavírus em Goiânia.

A universidade começou a realizar os testes após receber doação de mais de 1 mil insumos, como reagentes e materiais químicos. A expectativa é que a rede de laboratórios venha a fazer 350 exames por dia. O trabalho começou após parceria entre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que forneceu os materiais necessários para os testes.

A UFG optou por realizar o diagnóstico por exame molecular e não por testes rápidos, por ser mais preciso e menos comum na rede pública de saúde. A prioridade da universidade é ajudar a rede pública a diagnosticar os casos, disponibilizando a infraestrutura e capacidade técnica para descarregar o sistema público de saúde.

A equipe que integra a rede de pesquisa é formada por voluntários de cinco entidades da Universidade Federal de Goiás: o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Faculdade de Farmácia (FF), Escola de Agronomia (EA) e Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ).
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Sem consenso, Caiado pode desistir de novo decreto em Goiás

Eduardo Marques*

O governador Ronaldo Caiado (DEM) sinalizou na manhã desta quinta-feira (14) que pode desistir do novo decreto para restringir as atividades sociais e econômicas como medida para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). “Decreto pra quê, se as pessoas não vão seguir?”, perguntou durante entrevista à CBN Goiânia.

O anúncio de um novo decreto ocorreu após Goiás atingir, por dias seguidos, o último lugar no índice de isolamento social do País. Contudo, a possibilidade de volta das restrições enfrentou resistência principalmente entre os prefeitos e o setor industrial. Líderes religiosos e até técnicos da área da saúde também ponderam que o mais adequado seria manter as medidas atuais, com aumento da fiscalização.

Perguntado sobre as manifestações contrárias ao endurecimento das regras, o democrata afirmou que, como governador, tem a prerrogativa de editar o documento, mas questionou: “Se não tem uma adesão como houve no primeiro, para que fazer um novo decreto para ser letra morta?”

Caiado repetiu diversas vezes durante a entrevista que a medida só tem efeito se tiver a adesão de todos, e disse não fazer sentido baixar um decreto que não tenha “um sentimento da população”. “Por que nós chegamos a 70% (taxa de isolamento) no primeiro decreto? Porque todos nós alcançamos a causa. Nós estamos colhendo os bons frutos desse decreto”, disse.
Hospitais privados com leitos ociosos

Nessa quarta-feira (13), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) publicou uma nota de esclarecimento à população sobre a atual situação do setor hospitalar privado goiano.

No documento, a associação afirma que “busca esclarecer a população sobre inverdades que vêm sendo veiculadas durante essa pandemia e que só contribuem para gerar pânico entre as pessoas, comprometendo a assistência a quem necessita dos cuidados médico-hospitalares”.

Na nota, a associação disponibiliza dados de que atualmente, os hospitais privados estão funcionando com uma ociosidade que chega a 80% em algumas unidades. Ou seja, a maior parte dos leitos está vazia devido à redução por parte de atendimentos eletivos e à baixa procura por parte e pacientes suspeitos de Covid-19.

Já nas unidades de Pronto-socorro, o atendimento dos hospitais associados caiu, em média, 50% desde o início da pandemia.  E nos hospitais associados que possuem leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) contabilizam 500 leitos, destes, 100 foram disponibilizados exclusivamente para atendimentos de Cocid-19. Atualmente a médica de ocupação destes leitos é de 20%.
Balanço

Goiás totaliza 1.225 casos confirmados de Covid-19, de acordo com o boletim atualizado e divulgado nesta quarta-feira (13) pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Destes, 61 óbitos também foram confirmados em decorrência da doença.
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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás tem alta de 205 novos casos e três mortes em 24 horas

Théo Mariano

Goiânia – Goiás bateu recorde e registrou 205 novos casos da covid-19 em 24 horas. Os dados são de painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Ainda conforme os números, três novas mortes foram registradas. Agora, o Estado já acumula 1.430 casos confirmados e 64 óbitos por coronavírus.

Segundo a SES-GO, 14.084 casos e 30 óbitos são considerados suspeitos. No painel, os números ainda apontam que os goianos com idade entre 30 e 39 anos são os mais atingidos até agora, contabilizando 362 infectados.

O número de curados da covid-19 em Goiás não foi divulgado pela pasta.
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AGÊNCIA BRASIL

Ibaneis desiste de negar vagas no DF a pacientes de Goiás

Brasília – O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, suspendeu a publicação do decreto que impediria o atendimento de moradores de Goiás pela rede de saúde da capital do país. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Governo do Distrito Federal. Mais cedo, o governador anunciou que o documento seria publicado ainda hoje (14).

O Distrito Federal fica dentro do território de Goiás. Os municípios que fazem divisa ficam na área que se convencionou chamar de entorno do DF. A região tem forte relação com a capital, com moradores trabalhando e acessando serviços de Brasília, como os de saúde. No total, são 33 cidades, onde vivem 1,4 milhão de pessoas, segundo dados de 2019.

A proibição do atendimento de pessoas do entorno visaria privilegiar os cidadãos residentes no DF. O governador, contudo, não havia explicado a base legal para assegurar essa limitação, uma vez que a Constituição prevê no Artigo 194 “a universalidade da cobertura e do atendimento” da seguridade social, o que abrange a saúde.

Goiás
Depois do recuo de ibaneis Rocha, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, publicou no seu Twitter que está no entorno do DF para verificar os últimos detalhe da perparação do hospital de Luziânia. Segundo o governador, o hospital ficará pronto na segunda-feira (18) e poderá atender pacientes do DF.

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JORNAL OPÇÃO

Estudantes da área de saúde do DF antecipam formatura para atuarem no combate à pandemia

Por Thauany Melo

MP autoriza antecipação de colação de grau e mais de 180 universitários graduam antes do previsto

O Ministério da Educação (MEC) autorizou a antecipação da formatura nos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia. A decisão tem o intuito de reforçar o corpo de profissionais para atuar no combate à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o Correio Braziliense, pelo menos 183 universitários foram contemplados com a MP. Os critérios para antecipação incluem que estudantes devem ter 75% ou mais da carga horária prevista para o período de internato médico ou estágio supervisionado.

Os contemplados pela medida deverão receber um o certificado pela participação no esforço de contenção da pandemia e acréscimo de 10% na nota final do processo de seleção pública para o ingresso nos programas de residência.

Alguns centros de ensino se recusaram a aderirem à MP, como a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) e Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). A UNB ainda não realizou nenhuma formatura antecipada, mas tramita um processo para a colação de grau de oito estudantes de fisioterapia.
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MAIS GOIÁS

Secretário de Saúde de Goiás anuncia mais oito hospitais abertos em 15 dias
Unidades ficam em Jataí, Formosa, Luziânia, São Luís dos Montes Belos, Itumbiara, Porangatu, Águas Líndas e Anápolis
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Alexandre Bittencourt

O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, afirma que oito hospitais exclusivamente dedicados ao tratamento de pacientes com coronavírus abrirão as portas nos próximos 15 dias em Goiás: em Jataí, Formosa, Luziânia, São Luís dos Montes Belos, Itumbiara, Porangatu, Águas Líndas e Anápolis. 

O hospital de Itumbiara (São Marcos) estava desativado e foi entregue ao Estado por decisão do juiz Átila Naves do Amaral. Ismael Alexandrino afirma que, na semana que vem, a estrutura do local passará pelos últimos reparos e receberá equipamentos (a maioria doados por empresários da região Sul). A decisão judicial vale enquanto durar a pandemia.

Quatro destes oito hospitais foram estadualizados: os de Jataí, Formosa, Luziânia e São Luis dos Montes Belos. Alexandrino diz que a Assembleia Legislativa já aprovou o projeto que garante dotação orçamentária de R$ 351 milhões para estas quatro unidades. No momento, o Estado finaliza trâmites burocráticos com as Organizações Sociais selecionadas para administrar os hospitais. Na semana que vem, os funcionários de saúde serão contratados.

Os hospitais de Anápolis e Águas Lindas são hospitais de campanha, ou seja: estruturas provisórias montadas para auxiliar no combate ao coronavírus e que, ao final da pandemia, serão desativados.

Em Águas Lindas, o hospital terá 200 leitos. Foi construído pelo governo federal. A promessa era que fossem 160 leitos de enfermaria e 40 de UTI, mas o Ministério da Saúde entregará 200 leitos de enfermaria. Caberá ao Estado assumir uma série de obrigações que não estavam previstas. O secretário determinou a aquisição de 350 ventiladores para pacientes com problemas respiratórios e 350 camas de UTI. Não há previsão para quando os equipamentos vão chegar.

O hospital de Anápolis, também transitório, terá 150 leitos, mas foi modulado de modo que permita expansão para até mil, se for necessário. Já está definido que quem vai gerenciá-lo é a Fundac (a mesma fundação que administra a maternidade Célia Câmara, em Goiânia). Na semana que vem, a aquisição insumos e contratação de pessoal serão concluídos.
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SAGRES

Daniel Vilela diz que governo de Goiás está “sem rumo” durante pandemia e critica Caiado: “Autoritarismo”

O presidente do MDB-GO, Daniel Vilela, criticou nesta quinta-feira (14) as medidas que vêm sendo adotadas pelo governador Ronaldo Caiado e para combate à pandemia do novo coronavírus em Goiás. “Eu sempre soube, e ficou claro depois que assumiu o governo, sobre a sua característica de autoritarismo e de vaidade exagerada. Isso até não teria problema se não afetasse suas ações como governador. Mas tem afetado.

Veja só o último exemplo, o novo isolamento que ele queria impor, não seguia nenhum estudo técnico, nenhuma recomendação científica. Ele simplesmente acordou na segunda-feira (11) falando em um novo decreto porque foi exposto perante a mídia nacional no final de semana como um governador que não estava conseguindo controlar o isolamento social no seu estado. Isso mexeu com a vaidade dele”, disse. Em outro momento, Vilela, que disputou as eleições ao governo de Goiás em 2018, afirma que Caiado mudou de posicionamento em relação ao enfrentamento do novo coronavírus, e disse que a atual gestão está “sem rumo”, criticando o adiamento de um possível novo decreto de endurecimento das medidas.

“Aqui, claramente percebemos um governo sem rumo. Claramente o governador Caiado mudou de posição três vezes. Primeiro disse na mídia nacional que Goiás iria emprestar leitos de UTI para pacientes de outros estados. Dois dias depois, voltou atrás e começou a vender um terrorismo psicológico ameaçando fechar tudo.

Agora dá sinais de recuo e, mais uma vez, não por convicção mas pela pressão da sociedade, e é isso que mais nos deve preocupar”, analisa. Daniel Vilela criticou ainda as lives feitas diariamente pelo governador para tratar da pandemia no estado. “Não vai funcionar. É preciso colocar a mão na massa, ir atrás das soluções, colocar sua equipe para trabalhar. E o governador erra também na estratégia operacional de combate à doença. Gasta rios de dinheiro na construção de novas estruturas hospitalares, ao mesmo tempo em que a rede de hospitais privados está ociosa e à beira da quebradeira geral. Seria muito mais inteligente e eficiente fazer uma parceria com a rede privada e utilizar essa estrutura já existente”, pontua.

A reportagem do Sagres Online entrou em contato com a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), que disse, por meio da assessoria, que “está aberta para discutir uma parceria com o governo”.

Sobre as declarações de Daniel Vilela, a Secretaria de Governo disse que não se manifestaria hoje (14), mas que o secretário Ernesto Roller falará ao vivo no Manhã Sagres desta sexta-feira (15), a partir das 7h30.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação