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DESTAQUES
Covid: Brasil precisa de mais 180 milhões de doses de vacina
Covid-19: Brasil registra 17,4 milhões de casos e 488,2 mil mortes
Ministério da Saúde lança campanha de incentivo a doação de sangue
Vacina da Janssen não tem data para chegar
Precisamos falar sobre o CFM
Butantan entrega mais 1 milhão de doses da Coronavac
CPI investigará compra da Covaxin intermediada por empresa brasileira; vacina foi a mais cara obtida pelo governo
Queda de internações em SP ocorre pela vacinação, diz João Gabbardo
Idec acusa operadoras de saúde de imposição de cloroquina contra a Covid-19
Goiânia chega a 28,5% da população imunizada e registra 260 novos casos de Covid e 18 óbitos nas últimas 24h
AGÊNCIA BRASIL
Covid: Brasil precisa de mais 180 milhões de doses de vacina
Para vacinar toda a população adulta do país até outubro, o Brasil precisa de mais 180 milhões de doses de vacinas nos próximos três meses. O volume é quase o dobro do número de doses que o país conseguiu até agora em seis meses de vacinação.
O calculo é o do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. Ele acha que o país pode enfrentar dificuldades para alcançar a meta.
Para vencer os desafios logísticos, Dimas Covas sugere que o PNI, o Programa Nacional de Imunizações faça parcerias com o setor privado, como as farmácias, para ampliar a vacinação.
A avaliação foi feita durante uma palestra na Associação Comercial de São Paulo.
Dimas Covas também acredita que o próximo desafio da imunização em todo o mundo vai ser a necessidade de aplicar doses anuais de reforço da vacina contra a covid, assim como acontece contra a gripe.
E defendeu que a Butanvac, vacina que está sendo desenvolvida pelo instituto mas que ainda está em fase de testes pode ser uma alternativa barata e acessível para resolver o problema, mas para isso, a Anvisa ainda precisa autorizar o uso emergencial do imunizante caso ele se comprove eficaz.
O Butantan já começou a produção de doses da vacina antes mesmo da aprovação. Segundo o Instituto já foram produzidas pelo menos 7 milhões de doses do imunizante.
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Covid-19: Brasil registra 17,4 milhões de casos e 488,2 mil mortes
A soma de casos de covid-19 desde o início da pandemia chegou a 17.452.612 no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 39.846 novos diagnósticos positivos pelas secretarias estaduais de saúde. Ontem, o painel de informações da pandemia trazia 17.412.766 casos. O país tem ainda 3.888 casos ativos, em acompanhamento. Não foram acrescidos os dados do estado de Roraima.
O número de pessoas que não resistiram ao novo coronavírus alcançou 488.228. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 827 novos óbitos. Ontem, o número de óbitos decorrentes de complicações relacionadas à covid-19 estava em 487.401.
Ainda há 3.841 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.
O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.854.264. Isso corresponde a 90,8% do total dos infectados pelo vírus.
Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta segunda-feira (14). O balanço sistematiza as informações coletadas por secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes. A atualização não deve dados de óbitos de Roraima, que ficaram os mesmos de ontem.
Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (118.213). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.015), Minas Gerais (43.154), Rio Grande do Sul (29.701) e Paraná (28.177). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.679), Acre (1.719), Amapá (1.769), Tocantins (3.029) e Alagoas (5.020).
Vacinação
Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 109,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 74,2 milhões de doses, sendo 52,4 milhões da primeira dose e 21,7 milhões da segunda dose.
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CORREIO BRAZILIENSE
Vacina da Janssen não tem data para chegar
Imunizante estava previsto para desembarcar hoje, conforme o Ministério da Saúde havia divulgado, e fabricante não explicou por que não cumpriu o acertado. Já a Anvisa ampliou o prazo de validade para a aplicação do fármaco, o que facilita a logística de distribuição
» Maria Eduarda Cardim
O primeiro lote da vacina da Janssen contra a covid-19, esperança para acelerar a imunização de 3 milhões de brasileiros com uma única dose, não será entregue hoje, como anunciou o Ministério da Saúde. Ontem, a pasta confirmou o atraso e disse que aguarda confirmação de uma nova data para a entrega. A expectativa é de que as injeções cheguem ainda esta semana ao país em três remessas, segundo a pasta, mas isso não está garantido.
A Janssen não informou o que motivou o atraso na entrega e também não deu uma nova previsão para a chegada das doses. “Seguimos dialogando com o Ministério da Saúde e outras autoridades locais com o objetivo de disponibilizar a vacina no país o quanto antes. Compartilharemos novas informações assim que houver atualizações”, disse, em nota.
O atraso preocupa, pois o lote com 3 milhões de vacinas venceria em 27 de junho e precisaria ser aplicado até esta data. No entanto, também ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação do prazo de validade de três para quatro meses e meio.
Com isso, o imunizante poderá ser aplicado até o dia 8 de agosto e dá mais tranquilidade para que o ministério organize a logística do envio das doses. A extensão da validade já havia sido autorizada pela FDA (Food and Drug Administration, a agência reguladora dos Estados Unidos) e ajudou na decisão tomada pela Anvisa. Segundo a autarquia, a aprovação do aumento do prazo de utilização se baseou em uma avaliação que demonstrou que o fármaco tende a se manter estável por até quatro meses e meio, sob condições de armazenamento de 2° a 8° C.
Congelada, entre temperaturas de -25°C e -15° C, a vacina da Janssen possui validade de 24 meses, a partir da data de fabricação. Quando é descongelada, o prazo era de três meses, que, agora, foi estendido. A autorização da Anvisa foi concedida por unanimidade e a diretora que relatou o estudo que definiu a prorrogação do prazo, Meiruze Freitas, destacou que a decisão é mais uma célere ação regulatória que permite a ampliação ao acesso aos imunizantes.
“Se autorizada a ampliação do prazo de validade da vacina para quatro meses e meio, fomentaremos o acesso a mais uma vacina para o portfólio de ferramentas médicas de combate a essa pandemia, mantendo nosso inabalável compromisso com a saúde pública”, disse, ao votar pela ampliação da validade.
Nas capitais
A extensão do prazo facilitará a logística de distribuição e aplicação no Brasil. Antes, com a validade curta, com vencimento em 27 de junho, as doses da Janssen teriam que ser rapidamente enviadas aos estados para serem aplicadas. Por isso, o Ministério da Saúde havia decidido que a primeira remessa seria remetida somente para as capitais. Questionada pelo Correio se mudará a estratégia de vacinação ante a ampliação da validade, a pasta disse que manterá o planejamento.
A proposta é fazer um mutirão de vacinação somente nas capitais para aplicar as doses em até cinco dias. Apesar de já ter definido alguns pontos da ação de utilização do imunizante, o ministério ainda não informou qual será o público-alvo desses imunizantes. No entanto, alguns governos já têm planos para a vacina de dose única: o do Distrito Federal, por exemplo, informou que a utilizará para imunizar os profissionais de educação da rede pública.
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Ministério da Saúde lança campanha de incentivo a doação de sangue
A ação deve seguir até o dia sete de julho. O objetivo é conscientizar a população sobre a doação.
Samantha Rannya*
No Dia Mundial do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde lança campanha com o lema ‘Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa’, que tem o objetivo de incentivar as doações de sangue e aumentar os estoques nos 107 hemocentros de todo o território brasileiro. O evento realizado na manhã desta segunda-feira (14/6), contou com a participação do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, que representou o Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass). Na ocasião, o secretário enfatizou a importância da doação de sangue durante e no pós-pandemia. ‘É muito importante que todos tenham a consciência de que vamos precisar da solidariedade e da vontade de salvar vidas’, ressaltou.
Neste ano, o Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 1,6 bilhão na Rede Nacional de Hematologia e Hemoterapia. Em 2020, os recursos para a rede somaram R$ 1,8 bilhão. No Brasil são realizadas em média cerca de três milhões de doações de sangue por ano na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), em decorrência da pandemia o número caiu para 2,95 milhões, uma queda de aproximadamente 10% segundo os dados da secretaria. Mesmo com a redução, o órgão informou que não houve desabastecimento de sangue no Brasil e que para evitar a escassez já foram remanejadas bolsas entre os estados brasileiros.
O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a importância da população doar sangue regularmente para manter os bancos de sangue com reserva suficiente para que possam atender pacientes. Segundo a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas.
Doe na pandemia
Em 2020, a Fundação Hemocentro registrou a segunda maior queda nas doações de sangue. Mesmo com a pandemia é possível ser um doador de sangue. O Ministério da Saúde reforça que foram adotadas diversas medidas para manter a segurança dos doadores de sangue durante a pandemia, o agendamento prévio passou a ser adotado para evitar aglomerações. Para doar sangue no DF basta acessar a página da Fundação Hemocentro de Brasília e agendar a doação.
Quem já se vacinou contra a covid-19 também pode doar sangue respeitando o período de acordo com o imunizante recebido. Para quem tomou AstraZeneca, Pfizer ou Janssen pode estar doando sangue após sete dias da imunização. No caso da Coronavac, é preciso que o doador espere 48 horas para doar.
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FOLHA DE S.PAULO
Precisamos falar sobre o CFM
Hélio Schwartsman
Se há uma instituição que sai apequenada da crise sanitária, é o Conselho Federal de Medicina (CFM). Quando praticamente todos os órgãos reguladores e sociedades científicas relevantes do planeta já se manifestaram contra a prescrição de cloroquina para pacientes de Covid-19, o conselho segue falando em autonomia do médico e na legitimidade do uso ‘off-label’.
Também sou um entusiasta do ‘off label’, que é uma fonte de inovação na medicina. Foi através dele, por exemplo, que um anestésico velho, a cetamina, está sendo reciclado como antidepressivo. Mas não é porque o médico tem autonomia que ele deve prescrever o que a ciência já mostrou que não funciona, especialmente quando há precedentes de veto do CFM a outras drogas e tratamentos. Além da questão da cloroquina, há uma indisfarçável simpatia de conselheiros da atual gestão pelo governo Bolsonaro, que se materializa em pareceres, artigos na imprensa e até na presença de membros do colegiado numa reunião do chamado gabinete paralelo.
O problema, porém, é mais profundo do que uma aliança circunstancial entre conselheiros e governantes. Tem a ver com o próprio desenho do órgão, que é ao mesmo tempo entidade que zela por interesses de classe e autarquia com poderes normativos.
A primeira condição lhe dá legitimidade para defender pautas corporativas -foi, aliás, uma delas, a rejeição ao Mais Médicos, que aproximou muitos profissionais de saúde do bolsonarismo. A segunda exigiria que tivesse em vista apenas o interesse público e operasse exclusivamente com base em critérios científicos.
Juntar ciência e CFM na mesma frase sempre foi arriscado. Basta ver que o conselho reconhece a homeopatia como especialidade médica, embora seu estatuto epistemológico seja, numa hipótese generosa, controverso. O médico em busca de respaldo científico faz melhor se ignorar o CFM e ouvir as sociedades de especialistas.
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Butantan entrega mais 1 milhão de doses da Coronavac
O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram um lote de 1 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira (14), elevando o total apresentado ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) a 49 milhões. As doses serão distribuídas proporcionalmente aos estados. A entrega é a segunda a ser realizada neste mês de junho, após um hiato de quase um mês devido à escassez do IFA (ingrediente farmacêutico ativo), que paralisou as atividades da fábrica de envase da Coronavac por 15 dias. Nesta semana, devem ser realizadas mais duas entregas. O lote de Coronavac poderá ser usado na vacinação das gestantes com a primeira dose e também para suprir a segunda dose para os grupos prioritários que ainda não completaram a vacinação
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O GLOBO
CPI investigará compra da Covaxin intermediada por empresa brasileira; vacina foi a mais cara obtida pelo governo
Um dos principais focos da comissão nas próximas semanas será entender por que o Ministério da Saúde não contratou diretamente o laboratório Bharat Biotech
Natália Portinari e Julia Lindner
BRASÍLIA – Em uma nova frente de investigação, a CPI da Covid planeja apurar os detalhes envolvendo a compra, pelo governo federal, da vacina indiana Covaxin – o imunizante mais caro adquirido pelo país, a R$ 80,70 por dose, quatro vezes o valor unitário da AstraZeneca. A comissão pretende investigar como a representante da fabricante no Brasil, a empresa Precisa, alvo de inquéritos do Ministério Público, lucrou com a transação avaliada em R$ 1,6 bilhão para fornecer 20 milhões de imunizantes.
Um dos principais focos da comissão nas próximas semanas será entender por que o Ministério da Saúde não contratou diretamente o laboratório Bharat Biotech, seguindo o padrão das demais negociações com outros fabricantes internacionais. Senadores querem entender por que o governo Bolsonaro optou por fechar negócio com uma empresa intermediária, a Precisa, cujo prazo de entrega e o preço por imunizante eram maiores que os ofertados pelo Instituto Butantan e pela Pfizer.
Segundo um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), com dados consolidados até março deste ano, a Covaxin é a vacina mais cara adquirida pelo Brasil.
O acordo assinado pelo governo com a Precisa também é alvo de um inquérito no Ministério Público Federal (MPF). O valor de R$ 1,6 bilhão ainda não foi desembolsado e as 20 milhões de doses contratadas ainda não chegaram ao Brasil. Assinado em 25 de fevereiro na gestão do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o acordo previa a entrega das vacinas em 70 dias, prazo já transcorrido. A empresa não conseguiu aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas garante que irá cumprir o contrato.
Procurada pelo GLOBO, a Precisa afirma que todas as doses estão à disposição do Brasil e prontas para serem embarcadas. ‘A Anvisa autorizou 4 milhões, que serão entregues assim que a Licença de Importação for emitida. Os demais 16 milhões também serão entregues após autorização da Anvisa’, disse a empresa, em nota, destacando que o contrato com o Brasil ‘prevê o menor preço público internacional estabelecido pela empresa’ Bharat Biotech.
Rescisão sem ônus
Em março, o MPF citou ‘um provável atraso e/ou descumprimento do contrato’, apontando que uma das cláusulas previa a rescisão sem ônus para os cofres públicos caso a Anvisa negasse o certificado de boas práticas de fabricação ao laboratório. Nenhum lote da Covaxin foi enviado ao Brasil até o momento.
A agência havia encontrado problemas nos cuidados com a esterilização e a segurança das embalagens, além de falta de controle sobre a pureza e a potência da vacina. O certificado de boas práticas da Anvisa só foi cedido à Bharat Biotech no início de junho, após ajustes feitos pela empresa na fábrica. Em seguida, foi aprovada a importação emergencial.
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CNN
Queda de internações em SP ocorre pela vacinação, diz João Gabbardo
Coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 diz
Gregory Prudenciano e Thiago Felix, da CNN, em São Paulo
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (14), o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, João Gabbardo, afirmou que o estado está há seis dias registrando uma queda no número de novas internações causadas pelo novo coronavírus, movimento que ocorre mais cedo do que projetado pelo governo.
No entanto, ressaltou o médico, essa redução não se deve ao respeito dos paulistas às medidas de segurança sanitária, mas sim ao avanço da vacinação no estado mais populoso do país.
“Nos nossos cálculos e projeções de quatro semanas atrás, dizíamos que aumentaria ainda o número de casos e internações até a metade do mês de junho, e que a partir da segunda quinzena de junho a tendência seria de redução de novas internações e redução de óbitos, mas isso já está aparecendo nos nossos dados”, afirmou Gabbardo.
“Isso é importante, mas não é porque a gente está cumprimento melhor as exigências e as recomendações de distanciamento físico, não, essa redução está ocorrendo porque temos uma parcela cada vez maior da população que está imunizada”, explicou.
Apesar dos números melhorando paulatinamente, a ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 ainda está em 80%, advertiu o médico. Gabbardo também tratou como boa notícia o fato de a cidade de São Paulo não ter encontrado evidências de que a cepa do coronavírus identificada na Índia esteja em circulação na capital, como anunciou nesta segunda-feira a Prefeitura de São Paulo.
Segundo Gabbardo, isso é importante porque o planejamento feito pelo governo do estado não leva em consideração a possibilidade de piora do quadro epidemiológico em função de uma nova variante.
Antecipação do cronograma
Gabbardo afirmou que o plano anunciado no domingo (13) pelo governador João Doria (PSDB) de que todos os adultos de São Paulo poderão receber ao menos a primeira dose de vacinas contra a Covid-19 até o dia 15 de setembro, uma antecipação de mais de 30 dias ante a previsão anterior, é factível.
Segundo o integrante do Centro de Contingência, o anúncio de Doria só aconteceu depois de uma cuidadosa análise dos números, levando-se em conta as projeções do Ministério da Saúde e contando também com “sobras de vacinas de outros grupos que anteriormente estavam sendo vacinados”. Assim, disse Gabbardo, “chegamos à conclusão de que é possível, mantendo esse ritmo, e com alguma margem de segurança, cumprir com esse cronograma”.
“O recado para a população é que a gente está perto, temos aí mais dois, três meses em que precisamos enfrentar isso [a pandemia] com bastante cuidado. Nós temos que manter o uso de máscaras e o distanciamento físico até termos vacinado pelo menos 75% da nossa população”, disse.
Questionado sobre as pessoas que receberam a primeira dose, mas não voltaram para tomar a segunda, Gabbardo defendeu que este é um problema à parte, e que não faria sentido, na atual situação do país, que vacinou pouco mais de 10% de sua população com a segunda dose, reter vacinas a espera de quem não se imunizou completamente.
Gabbardo disse que usar essas doses que seriam inicialmente destinadas à segunda aplicação para ampliar a cobertura vacinal é o certo a fazer porque “não tem sentido ficar esperando com a vacina no posto de saúde enquanto a população ainda não está vacinada”. “Temos que avançar com a população, nas faixas etárias, de acordo com a nossa disponibilidade de vacina”, argumentou.
“Paralelamente a isso”, continuou, “nós temos que fazer um trabalho de convencimento das pessoas para que elas tomem a segunda dose”.
Uso de máscaras
O coordenador-executivo do Centro de Contigência classificou o momento como “absolutamente inoportuno” para um debate a respeito da flexibilização do uso de máscaras, como vem propondo nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), iniciativa confirmada também pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Isso é totalmente fora de propósito. Neste momento, nós temos que convencer a população de que mesmo vacinada, mesmo que ela já tenha tido contrato com a doença, ela deve se proteger e deve utilizar máscaras”, disse à CNN.
Gabbardo argumentou que ainda não se sabe por quanto tempo pessoas que tenham sido infectadas pelo coronavírus são capazes de produzir anticorpos contra ele, e que mesmo pessoas vacinadas ainda podem transmitir a doença, ainda que não manifestem sintomas.
Segundo o médico, caso o Brasil desincentive o uso de máscaras conforme avança a vacinação, o país pode passar por uma experiência como que vive atualmente o Chile, líder em cobertura vacinal no continente e que, ao mesmo tempo, passa por uma nova onda de contaminações.
“Isso aconteceria no Brasil também porque as vacinas que nós estamos usando em maior quantidade são as mesmas que o Chile utilizou”, pontuou Gabbardo.
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Idec acusa operadoras de saúde de imposição de cloroquina contra a Covid-19
Prevent e Hapvida devem responder notificação em 15 dias
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) anunciou nesta segunda-feira (14) que notificou as operadoras de planos de saúde Hapvida e Prevent Senior na semana passada pelo uso de cloroquina e outros medicamentos contra Covid-19.
Segundo ao instituto, as operadoras contrariam as recomendações de órgãos nacionais e internacionais e pressionam médicos a aplicarem o chamado ‘tratamento precoce’, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores.
A CNN procurou o Conselho Federal de Medicina, que reforçou que não há estudos científicos que comprovem o efeito de medicamentos na fase inicial da Covid-19, mas que o médico e o paciente têm autonomia para decidir qual pela melhor opção terapêutica.
O Idec afirma que há indícios de que a Hapvida estaria pressionando os médicos em pelo menos quatro estados: Goiás, Pernambuco, Pará e Ceará. Neste último, a empresa recebeu uma multa de R$ 468 mil por parte do Ministério Público por impor a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina.
No caso da Prevent Senior, o Idec reforçou uma notificação enviada à empresa no ano passado em que pedia esclarecimentos sobre a indicação de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença.
Em resposta enviada em abril, a empresa afirmou respeitar o princípio da autonomia médica e colher consentimento dos usuários, mas denúncias que surgiram desde então mostram que ‘kits Covid’ foram enviados aos consumidores antes mesmo do diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Um inquérito civil aberto pelo Ministério Público do Estado de São Paulo investiga estas e outras práticas da operadora.O instituto observou que a Associação Médica Brasileira AMB) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e órgãos internacionais incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomendam o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina contra Covid-19.
“A adoção de protocolos de saúde não baseados em normas e critérios científicos e técnicos (…) trazem graves impactos à vida, saúde e segurança dos consumidores brasileiros”, diz trecho das notificações.
O Idec pede que a Hapvida e a Prevent Senior revejam imediatamente seus protocolos internos, interrompam o envio de medicamentos sem eficácia comprovada aos usuários, cessem a pressão sobre médicos e prestem esclarecimentos aos consumidores sobre os riscos do chamado “tratamento precoce” por todos os meios disponíveis. As empresas têm 15 dias corridos para responder à notificação.
Por meio de nota, a Prevent Senior disse que não recomenda o uso de nenhuma droga ou tratamento e que os médicos têm total autonomia para adotar ou prescrever medicamentos que julguem os mais adequados para cada paciente.
Já a Hapvida, disse que respeita a soberania médica e que todos os tratamentos são de inteira autonomia do profissional, decididos em comum acordo com os pacientes.
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JORNAL OPÇÃO
Goiânia chega a 28,5% da população imunizada e registra 260 novos casos de Covid e 18 óbitos nas últimas 24h
Por Isabel Oliveira
Na capital, das 294 vagas de UTI, 86% estão em uso. O município recebeu até o momento 743.387 doses da vacina contra o vírus e aplicou 695.021, sendo 481.497 da primeira e 213.524 da segunda
Goiânia registrou 18 mortes e 260 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Os números são do informe epidemiológico divulgado nesta segunda-feira, 14. A capital soma agora 165.874 contaminações e 5.148 óbitos causados pela doença. Ao todo, 159.091 pessoas já se recuperaram.
Goiânia recebeu até o momento 743.387 doses da vacina contra o vírus. Destas, aplicou 695.021, sendo 481.497 da primeira e 213.524 da segunda. Até agora, 28,5% da população da capital já receberam a primeira dose e 14,1%a segunda. Atualmente, o município está vacinando pessoas a partir de 52 anos e aguarda a chegada de mais doses para ampliação do grupo.
Em Goiânia, das 294 vagas de UTI, 86% estão em uso. O índice na enfermaria, que tem 250 leitos, é de 73%.
Em Goiás
O estado registrou 1.573 novos casos de Covid-19 e 27 mortes pela doença em 24h, conforme o boletim epidemiológico desta segunda-feira, 14. Ao todo, contabilizou 639.904 pessoas contaminadas e 17.980 óbitos desde o início da pandemia. 610.020 pessoas estão recuperadas, outros 479.54 casos suspeitos estão em investigação e 351 mortes sendo apuradas.
A rede hospitalar estadual está com 86% dos 578 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. O índice na enfermaria é de 60%. O Complexo Regulador Estadual, que administra pedidos de internação, está com 58 pacientes na fila de espera por uma UTI e 42 aguardam um leito de enfermaria.
Referente à primeira dose, foram aplicadas 1.758.823 doses. Do total, 673.297 pessoas já receberam o reforço. O estado já recebeu 3.276.290 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 1.358.880 da CoronaVac, 1.720.850 da AstraZeneca e 196.560 da Pfizer.
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Assessoria de Comunicação