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DESTAQUES
• Pacientes reclamam da dificuldade em conseguir atendimento no Crof, em Goiânia
• Servidores da saúde protestam contra alteração da data-base, em Goiás
• Governo quer coletar sangue de bebês com suspeita de microcefalia
• Estoque de repelentes é reforçado
• Lançado protocolo de atenção à saúde
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Pacientes reclamam da dificuldade em conseguir atendimento no Crof, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pacientes-reclamam-da-dificuldade-em-conseguir-atendimento-no-crof-em-goiania/4675925/
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Servidores da saúde protestam contra alteração da data-base, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/servidores-da-saude-protestam-contra-alteracao-da-data-base-em-goias/4674570/
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O POPULAR
Governo quer coletar sangue de bebês com suspeita de microcefalia
Grávidas com sintomas do vírus zika devem procurar imediatamente unidades de saúde e terão o diagnóstico registrado em caderneta da gestante e informado ao Ministério da Saúde. Além disso, bebês com suspeita de microcefalia devem ter coletadas amostras do sangue do cordão umbilical, da placenta e sangue da mãe ao nascerem.
As ações são algumas das medidas que fazem parte de um novo protocolo elaborado pelo governo federal para orientar profissionais desaúde sobre as medidas de assistência, confirmação e tratamento dos casos suspeitos de microcefalia, que vêm registrando aumento no país.
O governo relaciona o avanço de casos da má-formação à circulação do vírus zika, identificado no Brasil neste ano.
As novas diretrizes, que fazem parte do Protocolo de Atendimento às Mulheres em Idade Fértil, Gestantes e Puérperas e Recém-Nascidos com Microcefalia , foram anunciadas nesta segunda-feira (14) pelo Ministério da Saúde.
Segundo o secretário de atenção à Saúde, Alberto Beltrame, o registro das grávidas com sintomas de zika servirá para comparar a ocorrência de infecção pelo vírus e possíveis casos de bebês com microcefalia.
É importante que essas gestantes sejam orientadas a procurarem o serviço de saúde no caso de aparecer exantema [manchas vermelhas na pele]. E que isso possa ser notificado para que no parto possamos fazer uma relação causal entre o exantema e possível caso de microcefalia , afirma.
Ainda segundo Beltrame, profissionais de saúde devem fazer uma busca ativa de gestantes para que elas iniciem o pré-natal o mais cedo possível e tenham acompanhamento durante esse processo.
A pasta também deve ampliar, em cerca de 10 milhões, o número de testes rápidos de gravidez ofertados no SUS (Sistema Único de Saúde).
EXAMES
O documento também traz os procedimentos que devem ser adotados nos casos em que o bebê é identificado com suspeita de microcefalia ainda durante a gestação ou após o parto.
Gestantes que tiverem detectado, por meio de exames, alguma alteração no feto devem ter prioridade no atendimento para o parto. A preferência pela realização do parto normal, no entanto, deve ser mantida. Não é um parto de risco , afirma Beltrame.
Segundo o secretário, as principais mudanças ocorrem após o parto, como forma de identificar rapidamente os casos e definir as ações de acompanhamento.
Com isso, bebês identificados com a suspeita de microcefalia devem ter o perímetro da cabeça medido logo após o nascimento, seguindo as recomendações do protocolo como forma de evitar erros na avaliação.
Parece uma bobagem, todo mundo acha que pode medir, mas a forma de medir é determinante para o sucesso do diagnóstico , diz.
Uma nova medida deve ser feita após 24h e 48h para confirmar a suspeita. Isso porque, em alguns casos, diz Beltrame, os ossos da cabeça podem ter uma espécie de acavalamento durante o parto e voltar ao normal em seguida.
O parâmetro para registro de casos suspeitos de microcefalia continua o mesmo: bebês com medida igual ou menor que 32 cm, nos casos de partos não prematuros, ou com medida inferior a dois desvios-padrão para a idade gestacional, nos casos de partos prematuros.
A pasta também recomenda que a ultrassonografia transfontanela, exame que avalia a estrutura do cérebro, como a primeira opção de exame de imagem para confirmar os casos.
Já a tomografia do crânio só deve ser utilizada caso ainda haja dúvidas ou o bebê apresentar a moleira , que é o espaço que fica entre os ossos da cabeça do bebê, fechada.
A opção por não submeter todos os bebês à tomografia ocorre para evitar riscos com a exposição excessiva à radiação do exame e à utilização de sedação.
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O HOJE
Estoque de repelentes é reforçado
Alto índice de casos de dengue e possível chegada da Zika em Goiânia aumentam em até 500% as vendas do produto em farmácias
JÉSSICA TORRES
Goiânia registrou em neste ano mais de 78 mil casos de dengue, um aumento de 186,96% em relação ao mesmo período do ano passado. A eminência de uma possível epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti fez com que a procura por repelentes tenha disparado e já esteja em falta em vários estabelecimentos, especialmente nas farmácias, principal ponto de vendas. Em algumas o aumento das vendas já passa de 500% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Devido à grande procura, as redes de drogarias têm reforçado seus pedidos. Até ontem, na rede Santa Marta, em Goiânia, foram vendidas 835 unidades de repelentes, em contrapartida do mesmo mês de 2014, em que foram vendidas 166 unidades. Para se ter uma ideia, com o reforço do estoque, em menos de quatro dias, foram quase 400 unidades vendidas.
"Anualmente, no período de férias, as vendas já aumentam muito, mas no último mês a procura foi realmente muito grande, principalmente pelas grávidas. Tem cliente que leva três, quatro frascos ou mais.
Entre as marcas mais procuradas é a do composto Icaridina, que oferecem maior tempo de proteção", afirma a farmacêutica Beth Brandão.
Diante da alta demanda e falta do produto em alguns locais, uma das marcas de Icaridina, por exemplo, passou a ser revendido pela internet a preços inflacionados, chegando em alguns casos a ser comercializado com valor três vezes maior do que o cobrado em farmácias. É o que alerta a gerente do departamento de Compras de Higiene & Beleza da Santa Marta, Cleide Máximo.
A assessoria do Laboratório Osler, responsável pela produção deste repelente no Brasil, informou que, apesar da grande procura pelo produto nas farmácias, a empresa aumentou a produção em 1.100%, em relação ao ano passado, e tem estoque suficiente.
Manipulados e Homeopáticos Outra opção para os consumidores são os manipulados no combate ao mosquito, encontrados, por exemplo, na Farmácia Artesanal. "Os repelentes são desenvolvidos com as substâncias que possuem a eficácia comprovada no sentido de evitar com que o inseto pouse sobre a pele. Esses ativos podem ser manipulados em diferentes fórmulas farmacêuticas, como loções, cremes, géis ou fluídos, de acordo com a indicação do médico", esclarece a farmacêutica bioquímica, Andréa Pimentel.
Também existe a fórmula homeopática para combater os sinais e sintomas das doenças causadas pelo Aedes aegypti, desenvolvida para minimizar os sintomas das doenças, como o mal estar e as dores intensas no corpo. Em casos de tratamento com fórmula homeopática, a doença evolui de maneira mais branda, com menos efeitos da doença e com menos sequelas.
Segundo ela, os repelentes e glóbulos homeopáticos só devem ser usados mediante a avaliação e orientação médica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que as substâncias mais seguras presentes em repelentes são a Icaridina, o DEET e o IR3535. Produtos com Icaridina oferecem proteção contra os mosquitos por até dez horas, segundo a informação do fabricante. Os que têm DEET e IR3535 precisam ser reaplicados a cada quatro horas. "Muitos clientes têm dúvidas sobre qual produto comprar e a forma e o tempo certo para a reaplicação.
Temos orientado e indicado que, em caso de dúvidas, o melhor é ler o rótulo, pois eles trazem as instruções corretas sobre o produto em questão", esclarece a farmacêutica, reiterando que os repelentes não são indicados para bebês menores de seis meses de idade.
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Lançado protocolo de atenção à saúde
O Ministério da Saúde divulgou ontem o Protocolo de Atenção à Saúde e Respostas à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que será usado por profissionais de saúde dos sistemas público e privado do país no cuidado de mulheres em idade fértil, gestantes e de bebês com suspeita de microcefalia.
Uma das principais mudanças é a indicação da ecografia transfontanelar e da tomografia para os recém-nascidos com menos de 32 centímetros de perímetro cefálico.
Em entrevista na tarde de ontem, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, informou que essas são as maiores mudanças no atendimento das crianças, considerando que os demais, como teste da orelhinha e do pezinho, já são preconizados pela pasta.
Primeiro será feita a ecografia, caso ela mostre que os ossos do crânio estão selados será feita a tomografia.
O documento prevê ainda uma maior distribuição de testes rápidos de gravidez, a busca ativa de gestantes para o pré-natal e o registro dos sintomas do Zika na caderneta da gestante, no caso deles serem relatados durante a gravidez.
A estimulação precoce dos recém-nascidos com microcefalia e outras malformações também está prevista no protocolo. De acordo com Beltrame, a estimulação deverá ser feita até os três anos de idade, quando se completa o ciclo de desenvolvimento neurológico e cerebral da criança.
"O objetivo é reduzir os danos das malformações", acrescentou o secretário.
Beltrame confirmou que já há registros de cegueira congênita, de malformação do globo ocular e de surdez congênita nos bebês que nasceram com microcefalia em decorrência do vírus Zika. Segundo o secretário, esses casos são ainda mais delicados, já que o desenvolvimento de crianças com essas limitações precisa de mais atenção.
A microcefalia é uma malformação do crânio e está relacionada a diversos fatores, como alterações genéticas, infecções e uso de álcool e drogas. No mês passado, o Ministério da Saúde confirmou que o vírus Zika é um dos causadores dessa condição. O virus começou a circular no país este ano, principalmente na região Nordeste.
Dados do Ministério da Saúde divulgados na semana passada mostram que o Brasil ja tem 1.248 casos suspeitos de microcefalia relacionada com o vírus Zika.
Durante a entrevista, Beltrame esclareceu que não há comprovação de que o virusZika seja transmitido pelo leite materno. (AB)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação