Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/06/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: mortes somam 490.696 e casos chegam a 17.533.221

Sem estoque, banco de sangue da Santa Casa amplia horário de funcionamento para facilitar doações

Anvisa autoriza importação de vacinas Sputnik V para Goiás

Anúncio foi feito por Caiado pelo Twitter 

Em encontro com Caiado, Queiroga diz ter vacinas para toda população do país

Covid-19: Goiás registra 139 mortes e 3.761 novos casos em 24 horas

Conselho Federal de Medicina publica novas normas éticas para reprodução assistida no Brasil

Ex-secretário contradiz Pazuello

Bolsonaro diz que veta passaporte da vacina

Betim vacina de 12 a 14 anos e cria polêmica

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: mortes somam 490.696 e casos chegam a 17.533.221

O Brasil ultrapassou a marca das 490 mil mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 2.468 novos óbitos em decorrência da doença. Com isso, o número de pessoas que não resistiram à pandemia chegou a 490.696.

Ainda há 3.852 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (15). O balanço é organizado a partir das informações sobre casos e mortes levantadas pelas secretarias estaduais de saúde. Não foram computados os dados sobre o Rio Grande do Sul.

O total de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 17.533.221. Entre ontem e hoje, foram confirmados 80.609 novos casos. O país tem ainda 1.097.879 casos ativos, em acompanhamento. O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.944.646. Isso corresponde a 90,9% do total dos infectados pelo vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (119.110). Em seguida vêm Rio de Janeiro (53.242), Minas Gerais (43.206) e Rio Grande do Sul (29.701), que não atualizou os dados nesta terça-feira. Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.680), Acre (1.721), Amapá (1.778), Tocantins (3.042) e Alagoas (5.038).

Vacinação

Até o momento, foram entregues a estados e municípios 105,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 80,2 milhões de doses, sendo 56,4 milhões da 1ª dose e 23,7 milhões da 2ª dose.

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JORNAL OPÇÃO

Sem estoque, banco de sangue da Santa Casa amplia horário de funcionamento para facilitar doações

Por Luiza Lopes

As doações agora podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas e das 13 horas às 16h30

Sem estoque e necessitando com urgência de todo tipo de sangue para que possa dar sequência ao atendimento aos pacientes e à realização de cirurgias com segurança, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ampliou o horário de coleta em seu Banco de Sangue para facilitar as doações.

Antes realizada apenas no período da manhã, as doações agora podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas e das 13 horas às 16h30. É necessário que doadores liguem no telefone (62) 3254 4283 e façam o agendamento. O atendimento telefônico funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas.

A biomédica Gabriela Miranda, coordenadora do Banco de Sangue, orienta apenas que quem for doar após o almoço evite comidas gordurosas. A doação pode ser feita duas horas após ter se alimentado.

O Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia segue todas as normas de segurança para proteger os doadores.

Para doar é preciso estar em boas condições de saúde; ter entre 18 e 65 anos de idade; pesar acima de 50 kg; estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); ter se alimentado bem; não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas; não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 7 dias.

No momento da doação, apresentar documento original, com foto. Homens podem doar a cada dois meses. Já as mulheres, a cada três.

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A REDAÇÃO

Anvisa autoriza importação de vacinas Sputnik V para Goiás

Anúncio foi feito por Caiado pelo Twitter 

José Abrão
 
Goiânia – O governador Ronaldo Caiado anunciou na noite desta terça-feira (15/6), pelo Twitter, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação das vacinas Sputnik V contra a covid-19 pelo Governo de Goiás.
 
Serão adquiridas 142 mil doses para 71 mil goianos, cerca de 1% da população. “Esse é o limite permitido pela agência para estados que pediram autorização. O importante é vacinar a nossa gente!”, escreveu o governador.
 
Ainda não está definida a data para a chegada e aplicação destas doses. Também conseguiram autorização: Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá e Paraíba.
 
A Anvisa autorizou inicialmente a importação e uso excepcional da Sputnik V no último dia 4. Na ocasião, o pedido foi feito pelos Estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.

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Em encontro com Caiado, Queiroga diz ter vacinas para toda população do país

“Mais de 600 milhões de doses”, garantiu

A Redação

Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, recebeu nesta terça-feira (15/06) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Goiânia. O ministro reforçou que o país já tem contratos para adquirir imunizantes para todos os brasileiros. “Já temos vacinas suficientes para imunizar toda a população brasileira. Mais de 600 milhões de doses”, garantiu.

Queiroga ainda afirmou que ontem houve uma reunião com representantes das farmacêuticas Pfizer e Moderna para tratar de novas remessas para 2022, mas que o governo federal reforçou o pedido de antecipação dos contratos para 2021. O ministro conheceu o novo Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Professor Nion Albernaz e acompanhou a imunização na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim América.

Caiado disse que o ministro tem um dos maiores desafios de sua vida, que é “atender o clamor de uma população que demanda por vacina e trabalhar para que todos os 220 milhões de brasileiros tenham uma distribuição equânime das doses”. 

“A nossa solicitação é aquilo que todos desejam: mais vacinas”, disse o governador ao ministro. Ele defendeu ampliar a parceria entre os governos estadual, federal e os 246 municípios goianos.

“Naturalmente que tratamos de temas relacionados a 2021, como a possibilidade de antecipação de algumas doses do contrato que temos até setembro para 100 milhões de doses da Pfizer”, disse o ministro.

“O governador Ronaldo Caiado é um interlocutor frequente e sempre nos aconselha em relação à política de imunização”, pontuou. “Se conseguirmos antecipar não só a vacina da Pfizer, como a Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS), vamos fazer isso para acelerar a vacinação da população brasileira”, acrescentou

O ministro reconheceu que antecipar a imunização é a melhor solução para colocar fim ao caráter pandêmico do coronavírus. “Com isso, vamos ter uma retomada segura da economia, gerando emprego, renda e prosperidade ao povo”. Queiroga ainda reforçou que, para superar o vírus, só tem um remédio. “É a união do governo federal com o governo do estado e nossos municípios que são os operadores na ponta da concretude das políticas públicas”. 

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Covid-19: Goiás registra 139 mortes e 3.761 novos casos em 24 horas

Taxa de letalidade do vírus é de 2,82% 

Ludymila Siqueira

Goiânia – Goiás registrou 3.761 novos casos e 139 mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (15/6). Com as atualizações, o Estado soma desde o início da pandemia 643.665 casos do novo coronavírus e 18.119 óbitos confirmados da doença. A taxa de letalidade do vírus é de 2,82%.

Segundo a pasta, em Goiás há registro de 613.208 pessoas recuperadas da covid-19. No Estado há 480.686 casos suspeitos em investigação, enquanto já foram descartados 284.212 casos da doença. Além diso, são investigadas as causas de 354 óbitos para saber se há ligação com a covid-19.

De acordo com a SES-GO, 1.796.392 pessoas foram imunizadas com a primeira dose de vacina contra a doença em Goiás. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 675.494 pessoas no Estado. Os dados sobre a imunização são preliminares.

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CORREIO DO ESTADO

Conselho Federal de Medicina publica novas normas éticas para reprodução assistida no Brasil

Mulheres acima de 37 anos poderão implantar, no máximo, três embriões

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou hoje (15) um conjunto de normas éticas para a aplicação de técnicas de reprodução assistida no Brasil.

A reprodução assistida consiste em um conjunto de procedimentos clínicos que envolvem células reprodutivas masculinas (espermatozóides) e femininas (óvulos) para viabilizar uma gestação.

As duas formas mais comuns são inseminação artificial e fertilização in vitro.

Segundo a resolução Nº 2.294 de 2021, o número de embriões gerados em laboratório não poderá ser maior do que oito.

Os pacientes envolvidos no processo devem definir quantos embriões serão usados e quantos serão preservados por processo de conservação por congelamento. Essa manifestação deve ser entregue por escrito.

Pelas novas regras, foram fixados limites de transferência de embriões de acordo com a idade da gestante.

Mulheres de até 37 anos poderão inserir até dois óvulos fecundados. Mulheres com idade superior a 37 anos poderão implantar até três.

A resolução informa, ainda, que ‘técnicas de reprodução assistida não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo ou quaisquer outras características biológicas do futuro filho, exceto para evitar doenças no possível descendente.’

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CORREIO BRAZILIENSE

Ex-secretário contradiz Pazuello

Em depoimento à CPI da Covid, ex-chefe da Secretaria de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo diz ter alertado o então ministro, em 7 de janeiro, sobre a crise de oxigênio em Manaus. General alegou à comissão que soube do problema apenas três dias depois


Nas sete horas em que depôs na CPI da Covid, o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo foi alvo de pressão por todos os lados. A oposição usou a oitiva para buscar contradições do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, enquanto a base governista tentou ressaltar a responsabilidade do governo do estado na crise de oxigênio ocorrida em janeiro, em Manaus, que provocou a morte de dezenas de pacientes com covid-19.

A tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro praticamente não interrompeu os questionamentos dos senadores de esquerda ou independentes. Um dos pontos largamente explorados foi a cronologia do esgotamento de oxigênio nos hospitais e como o Executivo federal agiu no colapso.

Campêlo disse aos parlamentares que, em 7 de janeiro, o governo amazonense alertou o Ministério da Saúde sobre o risco da falta de oxigênio. O Executivo estadual fez a comunicação por meio de um documento da White Martins, fabricante do insumo, mas que não teve resposta da pasta. À CPI, Pazuello sustentou que tomou ciência da situação apenas em 10 janeiro. O general só mudou o discurso quando foi confrontado com um ofício que datava de 7 de janeiro.

“Sobre o oxigênio, especificamente, fiz uma ligação ao ministro Pazuello, no dia 7 de janeiro, explicando a necessidade de apoio logístico para trazer oxigênio de Belém para Manaus, a pedido da White Martins. A partir daí, nós fizemos contato com o Comando Militar da Amazônia, por orientação do ministro, para fazer esse trabalho logístico. Mandamos ofício ao Comando Militar da Amazônia. A partir de 9 de janeiro, enviamos um ofício… Enviamos diariamente ofício ao Ministério da Saúde, pedindo apoio em relação a essa questão da logística de oxigênio. Não tenho conhecimento se houve resposta, acredito que não.”

O depoente também implicou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que esteve em Manaus durante a crise. Ele relatou que, mesmo sabendo da iminência do colapso, a Capitã Cloroquina, como é conhecida, não tocou no assunto. Concentrou-se apenas em lançar o aplicativo TrateCov, que recomendava cloroquina para pacientes com covid-19. “Vimos uma ênfase da doutora Mayra Pinheiro em relação ao tratamento precoce e relatando um novo sistema que poderia ser utilizado e que seria apresentado oportunamente. Chamava-se TrateCov”, afirmou.

Em um dos momentos tensos do depoimento, Campêlo sustentou que a “intermitência” no fornecimento de oxigênio no Amazonas ocorreu apenas em 14 e 15 de janeiro. Os parlamentares mostraram uma série de vídeos comprovando que a crise durou vários dias. A declaração irritou senadores. “Não aguento mais: o Pazuello veio aqui e mentiu; o Elcio (Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde) veio aqui e mentiu; agora, vem o secretário mentir também. Enquanto isso, os nossos irmãos amazonenses morrendo por falta de oxigênio”, disparou Eduardo Braga (MDB-AM).

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), que também é senador pelo Amazonas, foi outro que rebateu Campêlo, dizendo que “as imagens eram diárias”. “Eram nos hospitais, eram nas ambulâncias, eram no Samu chegando e faltando oxigênio; eram as pessoas dentro do hospital com um balão na mão ali, tentando sobreviver. Não foram só os dois dias”, ressaltou.

Campêlo justificou que “na rede de saúde, nos tanques de oxigênio” foi registrada a “intermitência de fornecimento nos dias 14 e 15”. “Uma coisa é faltar na rede de saúde, no hospital, outra coisa é o paciente, que está tratando em casa porque não tem vaga no hospital, tentar comprar o cilindro, e ele não existir no mercado”, frisou. Dessa vez, foi rebatido pelo vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Mas ninguém ia comprar se não estivesse colapsada a rede”, frisou o parlamentar.

A tese mais forte da CPI é de que Manaus foi usada pelos governos federal e estadual como experimento de imunidade de rebanho e uso da cloroquina. Na avaliação de Calheiros, “o depoimento de hoje (ontem) reforça a omissão e o descaso do governo federal com a crise no Amazonas. Enquanto faltava oxigênio, o Ministério da Saúde distribuía cloroquina”.

VersãoEm janeiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o governo federal sabia da crise de falta de oxigênio em Manaus desde 8 de janeiro, seis dias antes de o sistema entrar em colapso. Na época, Pazuello também afirmou que soube da crise no dia 8.

Contradições entre depoentes

Veja o que disseram Marcellus Campêlo, Eduardo Pazuello e Mayra Pinheiro sobre a crise do oxigênio em Manaus

Marcellus Campêlo”Em 4 de janeiro, recebemos a secretária Mayra Pinheiro na primeira reunião pela manhã. A sua assessoria convocou a presença de representante do Conselho de Medicina, do Conselho de Enfermagem, de sindicatos, de autoridades da área médica, de especialistas etc. Estivemos com o governador, participando dessa reunião, e vimos uma ênfase da dra. Mayra Pinheiro em relação ao tratamento precoce e (…) relatando um novo sistema que poderia ser utilizado e que seria apresentado oportunamente. Chamava-se TrateCov.”

“A viagem da dra. Mayra se deu mais com ênfase na atenção primária, ou seja, as reuniões mais eram para trabalhar com as prefeituras, e a Prefeitura de Manaus, àquela época, estava com uma nova gestão. A gestão tinha acabado de assumir, com muitas dificuldades, inclusive faltava medicamento para suas UBS. Muitas estavam fechadas.”

“Sobre o oxigênio, especificamente, fiz uma ligação ao ministro Pazuello, no dia 7 de janeiro, explicando a necessidade de apoio logístico para trazer oxigênio de Belém para Manaus, a pedido da White Martins. A partir daí, nós fizemos contato com o Comando Militar da Amazônia, por orientação do ministro, para fazer esse trabalho logístico. Mandamos ofício ao Comando Militar da Amazônia. A partir de 9 de janeiro, enviamos um ofício… Enviamos diariamente ofício ao Ministério da Saúde, pedindo apoio em relação a essa questão da logística de oxigênio.”

Eduardo Pazuello”Eu tomei conhecimento de riscos em Manaus no dia 10 de janeiro, à noite, numa reunião com o governador e o secretário de Saúde, quando eles me passaram as suas preocupações, porque estavam com um problema logístico sério com a empresa White Martins.”

“Em 8 de janeiro, nós já tínhamos iniciado o transporte aéreo de oxigênio para Manaus, então, para atender essas demandas logísticas: no dia 8, 10, 11, 12, 13, 14, todos os dias. Transporte de oxigênio por avião, por balsas… Isso em janeiro. Então, no dia 14, nós já estávamos transportando oxigênio há bastante tempo.”

Mayra Pinheiro

Questionada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), se soube do problema do desabastecimento de oxigênio medicinal em Manaus pelo próprio ministro da Saúde, em 8 de janeiro, respondeu que “sim”.

“Estive em Manaus até o dia 5, eu voltei; o ministro (então, Pazuello) teve conhecimento do desabastecimento de oxigênio em Manaus, creio, no dia 8, e ele me perguntou: ‘Mayra, por que você não relatou nenhum problema de escassez de oxigênio?’. Porque não me foi informado. Eu confirmei a informação com o secretário estadual de Saúde, perguntando: ‘Secretário, por que, durante o período da minha prospecção, não me foi informado?’. Ele disse: ‘Porque nem nós sabíamos’. Inclusive, ofereci voluntariamente meu telefone à Polícia Federal, foi feita a degravação da conversa com o secretário, o que prova essa informação.”

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Bolsonaro diz que veta passaporte da vacina

Presidente se manifesta contrariamente PL propõe que pessoas imunizadas ou que tiveram resultado negativo para o novo coronavírus não sejam barradas em locais e eventos públicos. Ele ambém quer reduzir verba para as campanhas informativas sobre a pandemia



O presidente Jair Bolsonaro avisou, ontem, que vetará o projeto de lei (PL) que cria um “passaporte de vacinação”, caso seja aprovado na Câmara dos Deputados. A proposta, do senador Carlos Portinho (PL-RJ), foi aprovada pelo Senado no último dia 10 e propõe a criação do Certificado de Imunização e Segurança Sanitária (CSS) — que permite que pessoas imunizadas, que tiveram resultado negativo para o novo coronavírus ou para outras doenças infectocontagiosas, tenham a possibilidade de entrar em locais e eventos públicos, tais como hotéis, cruzeiros, parques e reservas naturais.

Bolsonaro ressaltou não acreditar que o PL seja aprovado. “Se para ir para tal país tem que ter tomado tal vacina, se não tomar, não entra. Não acredito que passe no Parlamento. Se passar, eu veto, e aí o parlamento vai analisar o veto. Se derrubar, aí é lei”, disse a apoiadores, na saída do Palácio do Alvorada.

Novamente o presidente aproveitou a oportunidade para desdenhar da vacinação — apesar de vários integrantes do seu governo terem registrado a imunização nas redes sociais: “O que acha do passaporte da covid? Uma onda aí, estourou nas redes sociais. Sem comentários. A vacina vai ser obrigatória no Brasil? Não tem cabimento. Alguns falam: ‘Ah, que para viajar tem que ter cartão de vacinação’. Olha, cada país faz suas regras”, analisou.

Bolsonaro ainda defendeu a redução dos investimentos em peças publicitárias com informações sobre a pandemia do novo coronavírus. “Alguém precisa de propaganda na televisão sobre covid ou todo mundo sabe o que está acontecendo?”, questionou.

O PL defende a implementação do passaporte por meio de plataforma digital e poderá ter validade fixada com base nos seguintes certificados: Nacional de Vacinação (CNV), Internacional de Vacinação (CIV), Nacional de Testagem (CNT) e Internacional de Testagem (CIT). Na última segunda-feira, em entrevista a um programa da Rede TV!, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse acreditar que o projeto “não será vetado”. “Não sei a posição do governo, mas creio que não será vetado. A gente está diante de um vírus, e é unânime que vírus é vacina. Para se combater um vírus, tem que ser vacina”, salientou.

Novas entregas

A polêmica do passaporte é mais uma que Bolsonaro aproveita para criticar as vacinas e o Programa Nacional de Imunização (PNI). Apesar disso, o Instituto Butantan entregou mais doses da CoronaVac, produzidas a partir do último lote de 3 mil litros de insumos, recebidos em maio. Até o momento, o instituto paulista enviou ao Ministério da Saúde 1,8 milhão de unidades das 5 milhões originadas da última chegada de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importada da China. Assim, o Butantan utilizou toda a matéria-prima estocada e despachou todas as doses para o governo federal — uma nova produção depende de mais IFA importado.

Segundo o instituto, um novo lote de 6 mil litros de insumo para a produção de mais 10 milhões de doses deverá chegar a São Paulo até o final de junho, mas o instituto preferiu não fechar uma data. Isso porque a última importação de IFA atrasou e o Butantan ficou quase um mês sem nada entregar ao Ministério da Saúde.

Atualmente, a CoronaVac não é mais a espinha dorsal do PNI, pois perdeu o posto para a Oxford/AstraZeneca. São 49 milhões de doses da vacina fabricada em São Paulo contra 53,8 milhões da produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sendo que 4 milhões vieram prontas da Índia.

Enquanto o Butantan começa a retomar o ritmo de entregas, a Comirnaty, produzida pela farmacêutica Pfizer e pela BioNTech, deve terminar encerrar junho com 12,8 milhões de doses entregues. Ontem, um lote de 530 mil unidades chegou no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Mais 1,8 milhão de doses, divididas em dois lotes, chegam hoje e amanhã. A última remessa prevista vem por meio do consórcio Covax Facility — a expectativa é de 842 mil doses, a serem enviadas na semana que vem. O ministério fechou dois contratos com a Pfizer para a compra de 200 milhões de vacinas, mas a maior parte só será entregue a partir de agosto.  

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O ESTADO DE S.PAULO

Betim vacina de 12 a 14 anos e cria polêmica

Em medida polêmica e inédita no País, a Prefeitura de Betim, na Grande Belo Horizonte, decidiu aplicar, a partir de hoje, a vacina da Pfizer contra a covid19em estudantes de 12a 14 anos da rede pública municipal. A mudança de rumo em relação ao Programa Nacional de Imunização, que orienta a vacinação com base nas idades mais avançadas e em grupos com comorbidades, ocorre quatro dias após a autorização pela Anvisa de uso do imunizante da Pfizer emadolescentesde12a15anos.

‘Na escala de grupos de risco, nós estamos em dia em Betim. Recebemos um lote de 6 mil doses que correspondem a cerca de 50% do grupo do ensino fundamental. Estamos prevendo receber outro lote na próxima semana, decidimos reservar esses lotes da Pfizer, única homologada para essa idade de 122 14 anos, para poder garantir a volta às aulas 100% segura’, disse ao Estadão o prefeito Vittorio Medioli.

A medida recebeu críticas. Consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, a professora Raquel Stucci, da Unicamp, condenou o que chama de ‘descontrole na política de vacinação no País’ e achou a ação ‘equivocada’. ‘E certo que nós temos um total descontrole na imunização no País, há municípios que não completaram nem a primeira dose nos grupos de risco. A impressão que eu tenho é de que a cidade optou por desviar (vacinas). Acho que estão absolutamente equivocados sobre a importância dessa faixa etária como prioridade para vacinação’, disse a infectologista.

O prefeito negou que esteja ocorrendo um ‘desvio’ de doses e garantiu que a vacinação dos outros grupos não parou. Medioli acrescenta que sua meta é ‘uma volta às aulas 100% segura’. A expectativa do município é vacinar todos os 18 mil alunos com a primeira dose em três semanas. O retorno semipresencial dos alunos às escolas de Betim está programado para agosto.

Em discussão. Em nota, o Ministério da Saúde informa que ‘a ampliação da vacinação para adolescentes a partir dos 12 anos, com o imunizante da Pfizer, está em discussão na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis’. O texto reforça que, neste momento, a prioridade é vacinar todos os grupos prioritários estipulados no plano nacional, mas os gestores locais do SUS têm autonomia para seguir sua a estratégia de vacinação.

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Assessoria de Comunicação