Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/07/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• Medicina – Exterior é alternativa para goianos realizarem sonho
• Cerca de 19 milhões de pessoas não sabem que estão infectadas pelo HIV
• Médicos organizam manifestação para 7 de agosto
• Paciente deve ser informado sobre risco cirúrgico


O POPULAR

Medicina
Exterior é alternativa para goianos realizarem sonho
Facilidade de acesso em universidades de países vizinhos faz com que estudantes decidam fazer cursos fora do Brasil. Validação do diploma, no entanto, dificulta ação profissional
Eduardo Pinheiro

Em busca do sonho de cursar medicina, Angélica Leão, de 25 anos, largou tudo. Diploma de Direito, trabalho estável e vida em Goiânia. Ela e o marido, Ricardo Félix, 28, se mudaram para Ponta Porã, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Há seis meses estudam medicina na Universidade Internacional Tres Fronteras, em San Juan Cabellero, no país vizinho. Eles fazem parte dos mais de oito mil estudantes brasileiros espalhados em várias cidades do Paraguai.
O caso de Angélica explica bem a procura pelo curso em países vizinhos. A estudante, nascida em Iporá, diz que buscou medicina no exterior pela facilidade de acesso. Primeiro, não há vestibular. Basta a matricula e o aluno já pode ingressar na faculdade. Não é preciso passar pelos concorridos concursos vestibulares das universidades públicas brasileiras. Além disso, o preço das mensalidades são bem inferiores aos praticados pelas instituições particulares brasileiras. Angélica e o marido pagam, cada, um salário mínimo por mês.
No caso do Paraguai, a proximidade com a fronteira brasileira é outro facilitador. O casal mora em Ponta Porã e vai ao país vizinho somente para estudos. “Atravessamos para San Juan de manhã e passamos o dia todo por lá, já que o curso é o dia todo. Mas moramos em Ponta Porã, o que facilita bastante”, diz Angélica. A intenção da goiana é se formar em medicina, voltar e tentar o validar o diploma para trabalhar no Brasil.
REVALIDA
Para quem se formou no exterior e quer voltar para o Brasil, a saída é fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). A prova foi criada em 2010 pelos Ministérios da Educação e da Saúde para simplificar o processo de reconhecimento de diplomas de medicina emitidos por instituições de ensino estrangeiras. Para tanto, é preciso passar por uma prova em duas etapas, feito por universidades brasileiras, e avaliação do diploma pelos Conselhos de Medicina de cada Estado.
Em Goiás, 310 médicos com formação no exterior tiveram reconhecimento do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Deste total de candidatos que conseguiram a validação no diploma em Goiás, 232 são de estudantes brasileiros que fizeram o curso no exterior. Os outros 70 são estrangeiros que vieram trabalhar no Estado.
O País mais procurado pelos goianos é a Bolívia. Ao todo foram revalidados 157 diplomas de universidades bolivianas no Estado. Em seguida aparece Cuba com apenas 36 candidatos, em terceiro a Argentina aparece com 30 diplomas com aprovação pelo Conselho Regional de Medicina. Apenas dez são do Paraguai.
Segundo dados do Cremego, 85% dos candidatos que tentam revalidação do diploma de medicina no Estado são reprovados. O presidente do Conselho, Erso Guimarães, afirma que os cursos oferecidos pelas universidades estrangeiras são de baixa qualidade, o que justifica a baixa aprovação no exame de revalidação no Estado.
Embora sejam de fácil acesso, os cursos de medicina de países vizinhos muitas vezes não oferecem grade curricular compatível com as exigências dos conselhos brasileiros, o que dificulta a validação do diploma no País. Guimarães alerta que caso a defasagem entre as grades seja muito grande, o candidato nem pode fazer o Revalida, tornando o diploma conquistado no exterior inútil no Brasil.
O presidente do Cremego informa que as provas de revalidação são um verdadeiro filtro, que tende a barrar a má formação. “Estudantes de países como Bolívia e Cuba, normalmente encontram mais dificuldades. E muitos ainda precisam complementar nas universidades brasileiras as defasagens”, afirma. Apenas com a aceitação do diploma, os candidatos podem exercer medicina no País.
MAIS MÉDICOS
O Programa Mais Médicos, que completa seu primeiro ano este mês, é outra maneira de o profissional formado no exterior conseguir exercer a profissão no Brasil. Para tanto, deve fazer registro junto ao Ministério da Saúde e conseguir ser lotado em alguma região brasileira junto a Estratégia de Saúde da Família. Com o fim do programa, os médicos participantes que quiserem ficar no País terão necessariamente que passar pelo Revalida.
Ao todo são 36 meses que o profissional, que vem pelo programa, poderá atuar no país. O Governo Federal ainda não indicou se vai ou não estender o programa. Somente em Goiânia, 51 estão em atividade. Dezesseis são os chamados cooperados, médicos vindos de Cuba; enquanto nove são intercambistas – aqueles com formação no exterior, que não passaram pelo Revalida (sete brasileiros, dois colombianos e um haitiano).
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AGÊNCIA BRASIL
Cerca de 19 milhões de pessoas não sabem que estão infectadas pelo HIV
Risco é maior entre usuários de droga

Brasília – Dos 35 milhões de pessoas que vivem com HIV no mundo, 19 milhões não sabem que estão infectados. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16/7) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids). O órgão alertou que, para dar fim à epidemia até 2030, é preciso ampliar esforços para acabar com a lacuna de pessoas sem diagnóstico e, consequentemente, sem acesso ao tratamento.

O relatório destaca que, na África Subsaariana, quase 90% das pessoas que testaram positivo para HIV buscaram acesso à terapia antirretroviral. Dessas, 76% alcançaram a supressão da carga viral, reduzindo significativamente o risco de transmissão para seus parceiros. Estudos recentes indicam que, para cada 10% de ampliação na cobertura antirretroviral, os casos de novas infecções caem 1%.

De acordo com o Unaids, os esforços globais para aumentar o acesso aos medicamentos antirretrovirais estão funcionando. Em 2013, 2,3 milhões de pessoas passaram a fazer uso da terapia, totalizando 13 milhões de soropositivos em tratamento no mundo. A estimativa é que, atualmente, cerca de 13,9 milhões de pessoas façam uso de antirretrovirais.

“Se acelerarmos os esforços até 2020, estaremos no caminho certo para acabar com a epidemia em 2030”, disse o diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé. “Se não conseguirmos, corremos o risco de aumentar significativamente o tempo que seria necessário para isso – adicionando uma década, se não mais”, completou.
Ainda segundo o relatório, atingir a meta de encerrar a epidemia de aids até 2030 significaria evitar 18 milhões de novas infecções por HIV e 11,2 milhões de mortes relacionadas à doença entre 2013 e 2030.

Atualmente, 15 países contabilizam mais de 75% dos 2,1 milhões de casos de novas infecções registrados em 2013. Na África Subsaariana, apenas três países – Nigéria, África do Sul e Uganda – somam 48% dos casos de novas infecções no mundo.

O Unaids alerta que países como República Democrática do Congo, Indonésia e Sudão do Sul estão “abandonados” em relação ao combate ao HIV, com baixas taxas de cobertura antirretroviral e quedas mínimas ou nulas nos índices de infecção.

Dados do órgão mostram também que o risco de infecção é 28 vezes maior entre usuários de drogas; 12 vezes maior entre profissionais do sexo; e até 49 vezes maior entre mulheres transgênero (homens que se identificam como mulheres). Na África Subsaariana, meninas adolescentes e jovens mulheres representam um de cada quatro novos casos de infecção.

“Não haverá o fim da aids sem que as pessoas sejam colocadas em primeiro lugar, sem assegurar que as pessoas que vivem a epidemia sejam parte de uma nova estratégia”, disse o diretor-executivo do Unaids. “Sem uma abordagem centrada nas pessoas, não conseguiremos avançar na era pós-2015”, concluiu. (Agência Brasil)
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SAÚDE BUSINESS 365

Enfermeiros sofrem com longas jornadas, revela estudo

Dois ou mais vínculos empregatícios foram detectados em 44,1% dos profissionais entrevistados. Estresse ou depressão são comuns a 41,4%
Uma pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP alerta: profissionais de enfermagem que trabalham mais que 30 horas semanais têm maior chance de sofrer com estresse. Outro fator que pode estar relacionado ao estresse é a presença de dois ou mais vínculos empregatícios, detectado em 44,1% dos entrevistados. Para a pesquisadora Márcia Teles Gouveia, esse dado pode ser explicado pelo fato de que a maioria dos profissionais recebe entre um e dois salários mínimos.

A afirmação é baseada em dados estatísticos presentes na tese de doutorado Estresse e jornada laboral dos trabalhadores de enfermagem. Com 145 entrevistados, a pesquisa foi desenvolvida em duas fases. A primeira, que analisou os fatores de risco no ambiente de trabalho e os problemas de saúde dos trabalhadores, foi desenvolvida entre os meses de janeiro a abril de 2013, com 145 trabalhadores, dentre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. “Depois, avaliamos os sintomas de estresse e coletamos amostras de saliva dos trabalhadores, para mensurar o cortisol, o ‘hormônio do estresse’”, conta a pesquisadora.

Expostos a riscos ocupacionais biológicos, químicos, físicos e mecânicos do ambiente hospitalar, esses profissionais da saúde são responsáveis pelo cuidado direto do paciente. “Com isso, eles convivem com processos de dor, morte, sofrimento e limitações técnicas e materiais”, lembra Márcia.

Perfil
Realizado no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Estado do Piauí, o estudo traz o perfil dos profissionais da enfermagem. Apesar de a pesquisa ser regional, Márcia diz que dados como sexo, idade e categoria profissional são semelhantes aos dos demais estados do País. O sexo feminino predomina, assim como a formação técnica. A idade média é de 44,4 anos e apenas 13,1% mencionaram trabalhar na central de materiais esterilizados. Já referente à carga horária, a maioria (69,7%) realiza 30 horas semanais ou menos.

Os problemas de saúde mais comuns entre esses trabalhadores são varizes (56,5%), lombalgias (46,9%), estresse ou depressão (41,4%) e lesões por acidentes (32,4%). “Alguns entrevistados apresentaram sintomas de estresse, mas a maioria ainda está em fase de resistência e alerta”, conta a enfermeira. Fatores de risco no ambiente de trabalho também foram analisados e, segundo Márcia, as chances de contrair infecções ou doenças é de 77,2%. Lesões por material cortante e risco de sobrecarga no trabalho também foram contabilizados, representando 55,9% e 53,8%.

Impacto negativo
“O estresse excessivo tem consequências diretas na qualidade de vida dos trabalhadores, podendo influenciar de forma intensa no bem estar físico e gerar problemas de ajustamento social, familiar, de saúde e profissional”, ressalta a pesquisadora, que afirma que é necessário evitar que o estresse chegue a níveis elevados.

Conhecer os sintomas, bem como os agentes causadores da irritação são os primeiros passos que devem ser dados por esses profissionais. A enfermeira indica que ser paciente e otimista minimiza os impactos dos agentes estressores. “Eles precisam tentar melhorar a qualidade de vida e manter o equilíbrio para ter uma vida saudável.”
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Médicos organizam manifestação para 7 de agosto

Classe quer uma explicação pública da ANS sobre estar contra o Projeto de Lei 6964/2010
O texto determina a existência de contratos escritos prevendo reajustes anuais entre prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde.

Os profissionais se reunirão no dia 7 de agosto, a partir das 9 horas, na sede do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Praia de Botafogo, e seguirão para a porta da ANS, na Glória.

Segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão, "se a ANS não consegue regularizar os contratos, não pode se opor a uma lei que o faça”.

A decisão pelo protesto foi tomada na última reunião da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu), em Brasília no dia 23 de maio, que reuniu as três entidades nacionais – Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos – e suas representações estaduais, entre elas o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e a APM.
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HOJE

Paciente deve ser informado sobre risco cirúrgico

O desembargador Itamar de Lima condenou o Instituto de Angiologia de Goiânia e um médico a indenizar em R$ 15 mil paciente que ficou com sequelas após uma cirurgia. No entendimento do magistrado, apesar de não haver indícios de erros no procedimento, é dever do profissional orientar e informar sobre os riscos da cirurgia. Em decorrência da operação de artroscopia para tratar de dores no joelho, ela ficou com paralisia no nervo fibular, que causa dificuldades para andar, exigindo o uso de aparelhos ortopédicos. A mulher, inclusive, teve de passar por nova cirurgia para solucionar o problema. A junta médica informou que a lesão é uma das sequelas que podem ser causadas pelo procedimento, listada na literatura especializada como complicação possível. Contudo, a paciente alegou que nunca foi informada sobre riscos e que, se soubesse, não teria optado pelo tratamento.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação