ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Irmãos com doença rara estão próximos de conseguir tratamento na Tailândia
• Pesquisa revela que 51% dos homens nunca foram ao urologista, em Goiás
• Pais denunciam falta de seringas e até de vacinas em postos de saúde de Goiânia
• ANS lança cartilha sobre planos
• Conheça os modelos de remuneração da Alemanha, EUA e UK
• Brasil caminha lentamente rumo ao pagamento baseado em valor
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Irmãos com doença rara estão próximos de conseguir tratamento na Tailândia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/irmaos-com-doenca-rara-estao-proximos-de-conseguir-tratamento-na-tailandia/4324906/
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Pesquisa revela que 51% dos homens nunca foram ao urologista, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pesquisa-revela-que-51-dos-homens-nunca-foram-ao-urologista-em-goias/4324899/
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Pais denunciam falta de seringas e até de vacinas em postos de saúde de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pais-denunciam-falta-de-seringas-e-ate-de-vacinas-em-postos-de-saude-de-goiania/4324842/
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O POPULAR
ANS lança cartilha sobre planos
A página na internet da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – www.ans.gov.br – conta desde ontem com uma cartilha que reúne as principais informações para os consumidores que querem contratar um plano de saúde ou que já tenham plano mas desejam esclarecimentos.
O gerente-geral de Regulação da Estrutura de Produtos da ANS, Rafael Vinhas, informou que a cartilha consolida todas as informações que já estão no portal corporativo da ANS, trazendo-as para uma linguagem mais simples, com formas de acesso para o consumidor que queira se aprofundar no assunto. “A ideia é colocar os principais direitos e os principais pontos de atenção que ele (consumidor) tem que ter na hora de contratar um plano de saúde ou trocar de plano de saúde”, diz o gerente-geral.
Segundo Vinhas, a cartilha tem a missão de tentar traduzir a linguagem técnica a que o consumidor não tem acesso diário, uma vez que ele desconhece as normas e a legislação com que a ANS e as operadoras trabalham, com o objetivo de facilitar sua tomada de decisão.
Para Vinhas, com as informações sobre pontos aos quais deve estar atento quando quiser contratar um plano de saúde, o consumidor chegará na empresa ou no seu representante com mais informações, para exigir um plano com as características que ele almeja.
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SAÚDE BUSINESS
Conheça os modelos de remuneração da Alemanha, EUA e UK
Por Nathalia Nunes
-Fee-for-service: método de pagamento mais tradicional e prevê que o paciente ou o pagador reembolse o pro¬vedor a cada serviço prestado. É criticado por não incentivar a criação de estratégias de prevenção e de modelos de con¬tenção de custos e por lucrar mais à medida que o paciente fica mais doente ou precisa de mais atenção.
-Pagamento por performance (P4P): no modelo o prestador recebe ao atingir métricas de qualidade previa¬mente acordadas. É usado, no geral, de forma complementar ao fee-for-service, sendo um reembolso adicional ao serviço prestado diretamente relacionado à qualidade do serviço e à produtividade e resolutividade do profissional.
-Pagamento por episódio: é um sistema de pagamento prospectivo, em que o prestador é reembolsado por episódios específicos, em forma de pacote. Este modelo encoraja eficiência e qualidade de cuidado, pois o montante disponível é fixo para todo o pacote de cuidados ao qual o paciente será submetido.
-Pagamentos adicionais: há recursos adicionais ao pagamento por serviço para remunerar trabalho extra reali¬zado pelos médicos no uso de tecnologia adicional, comunicação com pacientes e outros em serviços de atenção primária de alta qualidade.
-Pagamento global: neste modelo, o provedor recebe uma quantia específica por paciente para entregar serviços em um período de tempo determinado. No geral, o pagamento é determinado em uma base por paciente/ mês. Os modelos de Accountable Care Organization nos Estados Unidos preveem este tipo de reembolso, sendo motivados a manter a população saudável e focar no tra¬tamento preventivo para que haja menores custos com tratamentos curativos.
ALEMANHA
Na Alemanha, pagamentos por pacotes para pacientes internados, combinando honorários médicos e outros custos, têm sido importantes para a manutenção da média de pagamento por hospitalização menor que US$5 mil – comparado a US$19 mil nos Estados Unidos, mesmo com maior tempo de internação na Alemanha. Entre as ações, a regulamentação responsabiliza o hospital com garantias de cuidado, no qual ele desembolsa o financiamento para uma possível re-hospitalização relacionada ao primeiro problema.
Em 2011, foi realizado um estudo para verificar os custos de um acompanhamento de um ano para cirurgia para prótese de qua¬dril e visto que ele era 15% menor em hospi¬tais com resultados acima da média em rela-ção a instituições abaixo da média e cerca de 24% menor que em entidades com baixa taxa de ocupação e baixo número de cirurgias.
ESTADOS UNIDOS
Ao longo da última década, os EUA têm trazido um componente de resultado aos formatos de pagamento adotados. Muitas organizações têm visto a reputação de suas marcas e a fatia de mercado crescerem, como é o caso da Cleveland Clinic, que passou a publicar dados de mortalidade para associar resultado aos procedimentos.
De acordo com a revista americana Modern Healthcare, algumas empresas do país, como Trinity Health, Livionia e Aetna, fecharam um acordo chamado de “The Health Care Transformation Task Force” para transformar até 75% de seus contratos em pagamentos voltados ao resultado e com menor custo.
O Medicare, plano de saúde universal para pessoas com mais de 65 anos de idade, já utilizava métodos para vincular o pagamento de provedores ao desempenho, mas de forma bem pontual. A partir da criação do Affordable Care Act, parte da reforma promovida por Obama, os incentivos aumentaram e passaram a ser mais completos.
REINO UNIDO
No Reino Unido, o pagamento por resultado acontece por um valor determinado conforme a complexidade do paciente examinado ou tratado. As duas ferramentas principais são o tipo de condição e de atendimento que o paciente recebe e os preços para cada um desses cuidados.
Os pacientes que possuem diagnósticos e intervenções semelhantes são colocados em um grupo chamado Healthcare Resource Group (HRG) e a base do pagamento é relacionada ao grupo em que cada paciente está inserido.
O programa de pagamento por resultados começou com 15 grupos em 2003/04 e 48 entre 2004/05. Hoje, este modelo representa mais de 60% do pagamento para condições agudas e cerca mais de 30% da remuneração de atenção básica.
*eBook Pagamento por Performance, escrito por André Medici (Economista Senior do Banco Mundial), César Abicalaffe (Presidente da 2iM) e Leandro Tavares (Diretor da ANS)
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Brasil caminha lentamente rumo ao pagamento baseado em valor
Por Verena Souza
Longe de ser um setor no qual a remuneração do prestador do serviço está baseada na melhoria do cuidado ao paciente, e perto do agravamento da falta de recursos e da baixa qualidade: este é o quadro atual tanto das esferas pública e privada da saúde brasileira enquanto a lógica assistencial for centrada no serviço ao invés do paciente.
As consequências nocivas de um sistema bem planejado no papel, como é o caso do SUS, mas mal executado na prática, escancaram a urgência de mudanças que, de certa forma, já estão ocorrendo a passos vagarosos – não fossem uma série de percalços, entre eles, os modelos de financiamento do sistema.
De um lado está a saúde suplementar, que atende 50,8 milhões de beneficiários, suportada pelo modelo conhecido como “fee for service”, ou seja, que recompensa o volume e a complexidade de exames e procedimentos, contribuindo para o desperdício e aumento dos custos. Do outro o SUS, idealizado com o paciente no centro, porém marcado pelo baixo financiamento e administração ineficaz.
Como seria praticamente utópico saltar diretamente de um modelo de remuneração baseado na produção (fee for service) ou de repasses pouco satisfatórios para uma alternativa baseada em valor agregado ao paciente (conhecido no mercado como “fee for value” ou pagamento por performance), algumas etapas precisam ser cumpridas para a construção desse ideal.
“Avaliar a performance é mais importante que pagar por ela. O principal desafio é: como avaliar a performance em saúde. Se tiver esta resposta, pagar baseado nela passa a ser relativamente simples. Avaliar por performance é uma obrigação do gestor, seja público ou privado, agora, pagar pelo desempenho é uma estratégia de gestão”, afirma o presidente da 2iM – Impacto Inteligência Médica S/A, César Abicalaffe, e também ex-consultor da ANS para o QUALISS (Programa de Qualificação de Prestadores de Serviços de Saúde) e para o GT Remuneração dos Prestadores Hospitalares.
Para Abicalaffe, somente após três passos é possível reformar o modelo de remuneração. São eles: ter consciência que o paradigma atual precisa ser mudado e em que precisa ser mudado; identificar métricas que mostrem isso e começar a medir (desempenho, qualidade ou valor); além de utilizar incentivos para recompensar os profissionais pelo seu desempenho, utilizando as métricas definidas.
As instituições de saúde costumam esbarrar justamente na incapacidade de terem o paciente como foco, algo extremamente importante para uma transição desse tipo.
Retrato Público
Quando se trata de remuneração, o SUS aparece em vantagem se comparado ao privado. Algumas experiências de vincular incentivos financeiros à qualidade do serviço prestado já são realizadas em instituições paulistas e de outros estados – por meio de Organizações Sociais (OSS) – que já associam parte do financiamento ao cumprimento de metas e indicadores e, dessa forma, podem ser considerados contratos por desempenho.
O secretário-adjunto da Saúde do Estado, Wilson Pollara, defende o modelo das Organizações Sociais – hoje são 40 hospitais sob este regime no estado de São Paulo – mas critica a impossibilidade de aplicar o modelo em hospitais antigos, pois funcionários públicos estáveis (estatutários) não podem associar seus salários ao desempenho ou produtividade.
“Ainda não temos uma luz no fim do túnel. O dinheiro do governo federal é pouco e mal gasto pelas instituições”, diz Pollara, elencando uma série de barreiras como a falta de dados estruturados, questões trabalhistas, limitação do uso de dinheiro público, etc.
Para o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, o modelo de financiamento do SUS está em transição desde a década de 90, quando o então ministro Adib Jatene deixou de pagar os procedimentos de atenção básica com base na tabela SUS e passou a ter um piso de atenção básica fixo e um variável de acordo com a quantidade de equipes de Saúde da Família. “Dos recursos que são transferidos regularmente pelo Ministério para estados e municípios, mais de 50% já não são mais baseados na tabela SUS, mas em modalidades de incentivo”, ressaltou, durante coletiva de imprensa ao Saúde Business em maio deste ano.
Para mudar a lógica de produção dos serviços de urgência, algumas medidas são feitas de maneira gradual, como a contratualização da assistência, a implementação de metas de qualidade e de produção e a precificação dos serviços. “O programa ‘Mais Especialidades’ será lançado com uma outra modalidade, mais moderna, que está sendo praticada na Inglaterra, Espanha, Portugal, Canadá e outros. E progressivamente vamos transformar a tabela em uma referência de informação de produção, um valor quantitativo. Mas é claro que um sistema de referência quantitativa sempre vai precisar existir para você saber quantos procedimentos foram produzidos”, explicou o ministro.
Atualmente 11,5 milhões de internações são realizas no setor público por ano no Brasil e mais de 2 bilhões de consultas médicas, quantias que somadas a todos os procedimentos chegam a despender mais de R$ 6 bilhões de recursos. “Precisamos ter um sistema de informação que consiga quantificar e qualificar e, assim, romper com a herança do Inamps, que prioriza a oferta do procedimento e não o cuidado integral. O que as pessoas precisam não é de um exame ou de um procedimento, é de um conjunto de cuidados que passa pela consulta, exame, procedimento, assistência farmacêutica, reabilitação. É deste jeito que vamos mudar o pagamento do SUS”, enfatizou Chioro.
Retrato Suplementar
Na opinião de Abicalaffe, as Resoluções Normativas (RN) do QUALISS deram sinais de que o setor estava evoluindo para medir qualidade, mas as questões políticas e técnicas colocaram a proposta em “banho-maria”. Entretanto, a RN 364 (de 11 de Dezembro de 2014) trouxe o conceito do Fator de Qualidade, que deve estar presente nos contratos entre as operadoras e prestadores. Com isso, o prestador (seja médico ou hospital) terá que ter alguns índices de qualidade para conseguir receber, no máximo, o índice da inflação do período.
“Sem ser muito pessimista, vamos tentar enxergar isso como uma oportunidade para estabelecer nova relação contratual entre os financiadores e os prestadores”, afirma Abicalaffe, reiterando que não adianta já definir a forma de pagamento, enquanto não definir o que é importante medir para, definitivamente, entregar valor ao paciente.
No Caminho
É quase óbvio que a evolução do sistema de saúde brasileiro depende de ações em conjunto entre o prestador e a operadora, e também de clareza quanto aos critérios de avaliação do cuidado prestado.
Exatamente neste sentido, o grupo Amil, depois de ter sido adquirido pela americana United Health, começou a testar em sua rede própria a ferramenta Milliman Care Guidelines, que auxilia nos guidelines da instituição. Outras medidas, como manter um funcionário dentro do hospital com a responsabilidade de agilizar o processo de autorização de procedimentos e minimizar, ao máximo, indicações equivocadas, também foram adotadas.
“A intenção é estar mais próximo dos prestadores para identificar rapidamente se o procedimento foi bem indicado, ao invés de mandar 30 relatórios”, explica o diretor de unidades próprias do Grupo Amil, Charles Souleyman. O objetivo é agilizar processos, mitigar riscos, colher informação clínica e fazer comparativos com base nos guidelines. “A partir disso, vamos criando evidência local brasileira para poder sentar com determinado grupo, hospital, e tentar encontrar oportunidades de dar mais eficiência ao processo”.
Mesmo ainda sob o modelo “fee for service”, Soulleyman acredita que este é um começo para se construir uma base de informação sólida e indispensável para dar os próximos passos rumo ao “fee for value”.
Enquanto o ideal remuneratório não chega, os modelos alternativos que começam a se desprender da lógica de produção, em geral, demostram um maior compartilhamento de risco, previsibilidade de custos e melhorias na qualidade assistencial. Todos os caminhos de sucesso mostram que a premissa para a mudança é qualificar os atendimentos.
Não por acaso instituições como Sírio-Libanês e Unimed-BH estão de olho no DRG (Diagnostic Related Groups), traduzido como Grupo Relacionado de Diagnóstico, que tem o propósito de qualificar os atendimentos de internação, segundo o grau de utilização dos serviços prestados. Outros exemplos de prestadores que saíram na frente no quesito avaliar com base no desempenho e qualidade foram o Hospital Nove de Julho (SP), Samaritano (SP), VITA (PR), entre outros.
Os movimentos no Brasil ainda são lentos, os critérios para medir, avaliar e, quiçá, remunerar ainda são nebulosos, sem contar os desafios culturais, éticos, legais e estruturais envolvidos, mas não podemos negar que a largada foi dada e a pressão para aqueles que ainda não saíram do lugar só tende a aumentar.
*eBook Pagamento por Performance, escrito por André Medici (Economista Senior do Banco Mundial), César Abicalaffe (Presidente da 2iM) e Leandro Tavares (Diretor da ANS)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação