ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hapvida Saúde vai investir R$ 45 mi em Uberlândia
Platô prolongado da Covid no Brasil aumenta pressão sobre sistema de saúde
Pesquisas de hospitais brasileiros não mostram eficácia de cloroquina e instituições temem 'uso político' de resultados
Pazuello abre dados da Saúde para Gilmar
Os polêmicos vídeos de médicos que recomendam tratamentos sem comprovação para a covid-19
Médico é preso suspeito de agredir transexual em motel de Aparecida de Goiânia
Lei da Cesárea é julgada inconstitucional. Uma vitória em meio ao caos!
Covid-19: Goiás registra 17 mortes em 24 horas e total de óbitos vai a 927
Covid-19: Brasil tem 1,96 milhão de casos e 75,3 mil mortes
Médico que defendeu na TV o uso de vermífugo contra a covid-19 está na UTI
Kit Covid: Procon Goiás apura suspeitas de aumento abusivo nos preços
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Hapvida Saúde vai investir R$ 45 mi em Uberlândia
Com a aquisição da RN Saúde, sediada em Uberaba, no Triângulo, há cerca de um ano, o grupo vem investindo fortemente na verticalização da rede no Estado e iniciou as operações na região no dia 1º de julho. O próximo passo será o investimento de R$ 45 milhões em Uberlândia.
De acordo com o diretor superintendente da Hapvida Saúde, André Melo, o início dos trabalhos foi marcado pela entrega de uma nova ala de atendimento no Mário Palmério Hospital Universitário.
O espaço conta com estrutura tecnológica e suporte de atendimento de média e alta complexidade, desenvolvido para multiatendimentos em saúde, contando com leitos de internação, apartamentos e enfermarias, além de centro cirúrgico, leitos de UTI adulto, neonatal e pediátrico.
Também em Uberaba, a rede investiu em um novo pronto-socorro e em uma unidade para consultas laboratoriais e ambulatoriais, visando à adequação integrada ao sistema da Hapvida. O valor, porém, não foi revelado. Já em Uberlândia, conforme Melo, o plano de verticalização deverá consumir cerca de R$ 45 milhões.
"O sistema verticalizado e integrado é um dos diferenciais do nosso modelo de negócio. A partir desta filosofia conseguimos controlar todo histórico de atendimento dos nossos beneficiários, resultando em maior eficiência. Temos como objetivo levar o atendimento à saúde de forma acessível do ponto de vista da qualidade e financeiro para toda a população. Para isso, montamos um modelo onde conseguimos ter um excelente nível de padronização dos atendimentos em qualquer unidade no Brasil", explicou.
Assim, a aplicação dos recursos se dará de forma gradativa de acordo com as adaptações nas unidades de atendimento localizadas na cidade, que serão realizadas em fases, e a estimativa da empresa é concluir o plano até o final de 2021. Em termos de empregos, a expectativa é de que 500 postos diretos sejam criados no mesmo período.
Capilaridade – "A Hapvida vem realizando aquisições desde o ano passado e já soma mais de 350 unidades de negócios no País, considerando as redes adquiridas. Acreditamos no potencial do Triângulo Mineiro e nossa equipa está sempre estudando possibilidades e regiões para novos investimentos", revelou.
A empresa conta com mais de 6 milhões de clientes, o que a posiciona com uma das maiores operadoras de saúde no Brasil. Atualmente, são 29 hospitais, 82 clínicas médicas, 19 prontos atendimentos e 88 unidades de coleta e diagnóstico por imagem em 12 estados. Minas Gerais será o 13º estado de atuação da empresa.
No caso de Uberlândia, a empresa está trabalhando na ampliação da unidade que tem como público principal mais de 8 mil servidores da prefeitura, com o objetivo de melhorar a oferta de atendimentos ambulatoriais e de diagnóstico.
Neste sentido, o prefeito Odelmo Leão destacou que essa e outras novidades contribuirão para a melhoria de todo o sistema de saúde na cidade. "A ampliação da RN Saúde melhorará a oferta de atendimentos ambulatoriais e de diagnóstico no município, o que é excelente, sobretudo, para os milhares de servidores municipais que possuem convênio com a rede", avaliou.
Balanço – Segundo informações do TradeMap, a Hapvida registrou lucro líquido de R$ 164,6 milhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 19,9% sobre igual período de 2019. O resultado considera os efeitos das aquisições feitas pela companhia. Sem esse ponto, o lucro líquido da Hapvida foi de R$ 87,1 milhões, o que representa uma queda de 58% sobre os três primeiros meses do ano anterior.
Por outro lado, a receita líquida da companhia cresceu 65,4% no período, passando de R$ 1,257 bilhão para R$ 2,078 bilhões, com a inclusão das empresas compradas (Grupo São Francisco, América e RN Saúde).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 467,8 milhões, aumento de 55,7% na comparação anual.
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O GLOBO
Platô prolongado da Covid no Brasil aumenta pressão sobre sistema de saúde
Outra preocupação dos especialistas é que o platô prolongado da Covid, no Brasil, aumenta a pressão sobre um sistema de saúde já sobrecarregado.
O Seu Antônio fechou a loja de calçados, em março, no início da pandemia. Reabriu em junho por 20 dias e fechou de novo por determinação da prefeitura de Belo Horizonte. Está preocupado com os empregos e com o risco do contágio.
"Fica tudo desordenado e parece que nem colabora para enfrentar o problema mas unificado, com mais presteza para resolver a questão da pandemia", diz o comerciante Antonio Ferreira Vilaça.
A OMS considera a Alemanha um bom exemplo de combate ao coronavírus. O país atingiu o pico da pandemia em 60 dias, e em menos de uma semana, viu a curva apontar para baixo. Já no Brasil, o quadro atual preocupa os especialistas.
"Essa curva ela tem que subir, atingir o máximo e depois começar a cair. Se ela não cai, ou seja, se ela se estabiliza, isso é, como eu costumo dizer, a assinatura do fracasso das políticas de contenção. Então se a curva epidêmica chega num platô, significa que as medidas não estão funcionando, porque a gente não consegue abaixar essa curva", destaca Eduardo Massad, médico e professor de matemática da FGV.
O infectologista Carlos Starling acredita que uma ação unificada no combate à doença está fazendo falta: "Nós estamos fazendo muita coisa errada. Nós estamos tendo politicas desencontradas, orientações em relação à prevenção, tratamento, desencontrados, e isso é péssimo do ponto de vista de gestão da epidemia. Isso, com certeza, poderia ter sido muito melhor, caso nós tivéssemos uma gestão adequada da epidemia."
A necessidade de fazer compras de emergência aumentou o custo dos hospitais. No caso da Santa Casa de Belo Horizonte, por exemplo, os gestores calculam esse aumento em 25%. Os especialistas alertam que, se esse platô durar muito tempo, ele vai aumentar ainda mais a pressão no sistema de saúde, o número de vidas perdidas e o tamanho da conta que o país vai ter que pagar.
"As outras doenças, as outras situações de saúde do país elas continuam acontecendo. Numa pandemia como essa, a gente acaba tendo que deslocar todo nosso esforço para fazer o atendimento nessa doença, desse momento, isso focando os investimentos para dessa doença. Isso acaba tomando dinheiro, tomando investimento de outras doenças e de outras situações que o país também precisa", diz Gilberto Oliveira Martins, gestor hospitalar.
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Pesquisas de hospitais brasileiros não mostram eficácia de cloroquina e instituições temem 'uso político' de resultados
Ministério da Saúde negocia compra de 10 toneladas de matéria-prima para produzir cloroquina | Agência O GLOBO
As pesquisas realizadas com cloroquina pela coalizão de hospitais de ponta do Brasil, como Sírio-Libanês, Albert Eistein e Hospital do Coração, serão concluídas nas próximas semanas, mas algumas entidades estão receosas sobre se esse é o melhor momento para divulgação dos resultados.
Os hospitais temem que o tema seja usado para inflamar ainda mais o debate político, já que as pesquisas brasileiras têm mostrado que o medicamento não tem eficácia comprovada no combate à covid-19, como já concluíram estudos estrangeiros.
Entre os fatores que causam mais receio sobre a divulgação das pesquisas está a constante propaganda do presidente Jair Bolsonaro sobre o cloroquina desde que anunciou sua contaminação pelo coronavírus, na semana passada.
Outro ponto polêmico foi o afastamento de Nise Yamaguchi do Hospital Albert Einstein, depois que a médica fez uma analogia entre o nazismo e a pandemia da covid-19. Nise é uma das maiores entusiastas da cloroquina no Brasil e chegou a ser cotada para comandar o Ministério da Saúde.
Hospitais do grupo, como o Sírio-Libanês, que está próximo de completar 100 anos, têm a área de pesquisa como uma das mais renomadas dentro e fora do Brasil.
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TERRA
Pazuello abre dados da Saúde para Gilmar
Ministro do Supremo conversou, nos últimos dias, com interino da pasta e com Bolsonaro
Jussara Soares
Rafael Moraes Moura
Em um gesto para apaziguar os ânimos após dizer que o Exército estava se associando a um "genocídio" ao se referir à crise sanitária instalada no País com a covid-19, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes falou por telefone com o titular interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello. O contato inicial, segundo o Estadão apurou com interlocutores de Gilmar, partiu da Presidência da República.
Na segunda-feira, Bolsonaro e Gilmar falaram por telefone.
O ministro do STF tentou contato com Pazuello, mas não conseguiu. Coube ao presidente repassar o telefone de Gilmar para Pazuello, que retornou. O titular da Saúde falou em se reunir pessoalmente com o magistrado, sem saber que ele está em Lisboa. O encontro deve ocorrer quando Gilmar retornar ao País, no final deste mês, com o fim do recesso do STF.
Na ligação, feita anteontem, Pazuello disse que colocava à disposição todas as informações do enfrentamento à pandemia para o magistrado formar uma "opinião correta" sobre a situação do País. A conversa foi descrita por ambos, segundo seus interlocutores, como "cordial" e "institucional". Não houve, porém, pedido de desculpas ou menção às suas declarações por parte do magistrado.
A dura crítica de Gilmar, no último sábado, mirando os 20 militares que ocupam cargos estratégicos na Saúde, dos quais 14 na ativa, gerou novo embate entre as Forças Armadas e um integrante STF. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, reagiu e ingressou anteontem com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Gilmar.
Ao acionar a PGR, Azevedo usou parecer da consultoria jurídica que aponta crime contra a honra previsto no Código Penal e menciona o artigo 23 da Lei de Segurança Nacional.
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, falou na segunda-feira com Azevedo, seu exassessor, e o ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, em um esforço para distensionar o ambiente. O tom da fala de Gilmar foi reprovado por integrantes da Corte ouvidos pela reportagem. Ontem, ao participar de um evento, o ministro Luiz Fux, que assume a presidência do STF em setembro, afirmou que não estigmatiza a presença de militares em determinados ministérios.
Interino. Em meio à pandemia do coronavírus, o Brasil está há mais de dois meses sem um ministro da Saúde e registra mais de 75 mil mortes, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa consolidado na noite de ontem. Pazuello assumiu no dia 15 de maio, quando o então ministro Nelson Teich pediu demissão. Na ocasião, o País registrava 14.962 óbitos.
Diante do novo estremecimento entre Poderes pela condução da pandemia, Bolsonaro passou a ser pressionado para substituir Pazuello. Integrantes do Exército temem pela imagem da Força e querem que o general peça transferência para a reserva caso seja mantido no cargo. Segundo auxiliares do governo, o presidente deve começar avaliar nomes para assumir o Ministério da Saúde após se recuperar da covid-19. A expectativa é ter uma definição sobre o comando da pasta até meados de agosto.
'Predestinado'. Bolsonaro saiu ontem em defesa de Pazuello nas redes sociais e elogiou a experiência do general em logística e administração. "Quis o destino que Gen. Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério, o Gen. levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas", escreveu. Na publicação, no entanto, Bolsonaro não indicou qual será o futuro do general. "Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo pra melhor servir a sua Pátria. O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado", disse.
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Os polêmicos vídeos de médicos que recomendam tratamentos sem comprovação para a covid-19
Bom dia! Estão recomendando tomar esse remédio. Há alguma contraindicação no meu caso? , perguntou um paciente para o infectologista Alexandre Naime, por meio de um aplicativo de mensagens.
O paciente, sem qualquer sintoma, manifestou interesse em consumir o antiparasitário ivermectina para, segundo ele, evitar uma possível infecção pelo novo coronavírus . O homem disse que havia assistido a um vídeo no qual a médica Lucy Kerr compartilhou um protocolo para a ivermectina contra a covid-19 . Na publicação, ela orienta sobre o modo como os pacientes devem consumir o remédio para obter bons resultados.
Em resposta ao paciente, Naime informou que não há qualquer comprovação científica sobre o medicamento para combater a covid-19. O médico também alertou que até o momento não há nenhum remédio comprovadamente eficaz para prevenir o novo coronavírus ou evitar que casos leves se agravem.
Naime classifica como show de horrores as constantes publicações sobre indicações de tratamentos para a covid-19 nas redes sociais. Para ele, a situação dificulta ainda mais as ações de prevenção e combate ao novo coronavírus, que já infectou quase 2 milhões de pessoas e deixou mais de 70 mil mortos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
Assim como Naime, outros médicos também relatam que vídeos e textos, que afirmam que alguns remédios podem curar ou prevenir a covid-19, têm gerado dúvidas entre os pacientes sobre o tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus.
Os médicos que compartilham tratamentos precoces ou profilaxia para a covid-19 nas redes sociais defendem que há alguns estudos e casos de regiões que obtiveram bons resultados com determinada medicação. Em razão disso, afirmam que é importante que esses remédios sejam adotados no tratamento da doença e, por isso, compartilham relatos positivos sobre esses medicamentos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde internacionais frisam que não há, ao menos por enquanto, comprovação científica de que uma medicação que possa prevenir a covid-19 ou evitar, se usada no início dos sintomas, o agravamento do quadro de um paciente.
Em todo o mundo, há diversos estudos com possíveis medicamentos para combater a covid-19. No entanto, ainda não há tempo hábil para a conclusão de qualquer investigação aprofundada sobre o tema. Isso porque são necessários diversos níveis de testes para chegar a um possível medicamento que possa trazer benefícios aos pacientes.
Desta forma, a principal orientação de organizações médicas é que os tratamentos sejam feitos de forma individualizada, conforme as respostas de cada paciente.
Entidades médicas se preocupam com esses vídeos que defendem determinadas medicações contra a covid-19, pois consideram que eles propagam tratamentos que não têm evidência científica.
Os vídeos de médicos defendendo tratamentos sem comprovação costumam citar remédios como a cloroquina e a hidroxicloroquina, a ivermectina e o antibiótico azitromicina. Essas medicações costumam ser as mais citadas entre aqueles que defendem o suposto tratamento preventivo contra o novo coronavírus – mesmo sem respaldo científico.
Nos vídeos, médicos defendem situações como o uso desses remédios logo nos primeiros sintomas da doença, para, segundo eles, evitar que o quadro de saúde do paciente se agrave. Há ainda conteúdos que aconselham que essas medicações sejam usadas de modo profilático, para impedir que o paciente seja infectado pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus.
No fim de junho, por exemplo, a live Tratamento precoce salva vidas reuniu médicos que afirmam que existe um tratamento que pode evitar que pacientes desenvolvam quadros graves da covid-19. No vídeo, os profissionais defendem o uso de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, o antibiótico azitromicina e os antiparasitários nitazoxanida e ivermectina.
Os profissionais de saúde que participam da live afirmam que o paciente pode evitar que seu quadro de saúde se agrave se, logo nos primeiros sintomas, começar a tomar um dos remédios citados. Segundo eles, essa é a única forma de evitar mortes pela covid-19 neste momento. Sem respaldo científico, dizem que tiveram bons resultados em seus locais de trabalho ao adotar protocolos que envolvem os medicamentos que defendem.
Na live, que durou mais de duas horas, os especialistas afirmam que não há nenhum viés político por trás das informações, apesar de adotarem discurso semelhante ao do presidente Jair Bolsonaro sobre o tratamento da covid-19. Todo o vídeo é conduzido pelo jornalista Alexandre Garcia, grande apoiador do presidente. No Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) compartilhou a live, que atualmente tem mais de 1,8 milhão de visualizações no YouTube, e a classificou como esclarecedora .
Assim como os médicos, Bolsonaro também defende o uso de medicamentos mesmo sem comprovação científica. Meses atrás, o presidente exigiu que o Ministério da Saúde criasse um protocolo de tratamento contra a covid-19 no qual recomenda o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para todos os casos, dos mais leves aos mais graves. Ele também já se mostrou favorável ao uso de ivermectina em tratamento precoce contra o novo coronavírus.
Outro ponto abordado sobre o tratamento da covid-19 na live Tratamento precoce salva vidas é o uso de medicamentos como forma de profilaxia, para impedir que uma pessoa seja infectada pelo vírus. No vídeo, os profissionais de saúde citam a ivermectina para essa finalidade. No entanto, não há qualquer comprovação científica de medicamento que possa impedir que alguém seja infectado pelo Sars-Cov-2.
Há, entre os inúmeros vídeos de médicos defendendo determinados tratamentos para a covid-19, publicações nas quais são dadas orientações sobre o modo como a pessoa deve consumir os remédios. Nos comentários desses vídeos, muitos discutem, sem qualquer orientação médica, como tomar as medicações para ter um melhor resultado, para prevenir ou tratar o Sars-Cov-2.
Uma das publicações mais famosas na internet sobre a ivermectina é da médica Lucy Kerr, especializada na área de ultrassonografia. Em um vídeo do YouTube, com mais de 1 milhão de visualizações, a médica defende o uso do medicamento e orienta como utilizá-lo de modo profilático ou nas fases iniciais da covid-19.
Lucy diz que os vídeos são fundamentais, pois, segundo ela, a grande mídia não fala sobre a ivermectina . A médica afirma que teve bons resultados ao tratar pacientes com o medicamento. Há um monte de trabalho comprovando a eficácia da ivermectina. Na República Dominicana, por exemplo, foram tratadas 1,3 mil pessoas com a covid-19 e isso mostrou que há 99% de chances de cura com a ivermectina , diz à BBC News Brasil.
Apesar das afirmações da médica, os estudos com a ivermectina estão em fase inicial em todo o mundo. Portanto, não é possível atestar a eficácia do medicamento, nem os efeitos colaterais que ele pode ter no tratamento do novo coronavírus. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não reconhece o medicamento, ou qualquer outro, como indicado para a covid-19, por não haver, até o momento, estudos conclusivos sobre o tema.
Os vídeos compartilhados por profissionais de saúde que defendem tratamentos precoces ou profilaxia contra a covid-19 são duramente criticados por sociedades médicas.
No fim de junho, a Sociedade Brasileira e Pneumologia e Tisiologia (SBPT) lançou uma nota, logo após a live Tratamento precoce salva vidas . No comunicado, a entidade afirmou que há quantidade enorme de informações falsas sobre o tratamento da covid-19 circulando nas mídias sociais, as quais, não raro, envolvem médicos que alegam ser pneumologistas .
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também se manifestou após a live. Nos últimos dias, muito tem se divulgado nas redes sociais a respeito do uso de medicamentos para a covid-19. Várias destas divulgações que circulam nas mídias sociais são inadequadas, sem evidência científica e desinformam o público , disse nota da entidade.
A SBI ressaltou ainda que o país vive uma séria crise de saúde pública e afirmou que o compartilhamento de informações de tratamento sem evidência científica coloca em risco a saúde da população brasileira. A avaliação do uso de qualquer medicamento fora de sua indicação aprovada (off-label) deve ser uma decisão individual do médico, analisando caso a caso e compartilhando os possíveis benefícios e riscos com o paciente, porém é vedado a publicidade sobre tal conduta. , afirmou a SBI.
Assim como a SBI e a SBPT, outras sociedades brasileiras da área da saúde – como a de bioética, a de cardiologia, a de imunologia e a de Medicina da família – também criticam a divulgação de conteúdos sem respaldo científico.
Membro da SBI, o infectologista Alexandre Naime, chefe de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), explica por que os médicos não devem tornar público tratamentos sem comprovação científica.
O médico pode prescrever uma medicação que não esteja sólida na ciência, mas deve fazer isso no ato médico em particular, durante uma consulta. Isso se chama prescrição. Mas ele não pode fazer apologia ou indicar em redes sociais. Ao falar sobre isso em lives ou vídeos, eles estão divulgando abertamente tratamentos sem benefícios comprovados e incentivando as pessoas a recorrerem a esses remédios, que podem ter efeitos colaterais , diz Naime à BBC News Brasil.
O temor de entidades médicas é que publicações como os vídeos que defendem tratamentos não comprovados cientificamente possam culminar em automedicação, induzir alguns médicos a receitarem determinado medicamento mesmo sem respaldo científico e trazer a falsa sensação de segurança àqueles que adotam determinadas medicações de modo profilático.
Em relação aos medicamentos mais citados nos vídeos dos médicos, a SBI ressalta que grandes estudos com a cloroquina e a hidroxicloroquina não trouxeram bons resultados no combate à covid-19 e ainda apontaram para riscos de saúde, principalmente para o coração. Muitos testes com o medicamento pelo mundo foram suspensos.
Sobre a azitromicina, a SBI ressalta que até o momento não foi comprovado o benefício do medicamento em pacientes com a covid-19.
Em relação aos antiparasitários ivermectina e nitazoxanida (comercializada como o vermífugo Annita), estudos in vitro (em laboratório) apontaram que os medicamentos podem ter atividade contra o Sars-Cov-2. No entanto, essa é apenas a primeira fase das pesquisas Ainda são necessárias outras inúmeras avaliações até chegar aos testes em humanos. Por isso, entidades de saúde consideram que é altamente arriscado que pacientes consumam a medicação por conta própria, se baseando em vídeos da internet.
Já os estudos com o corticoide dexametasona apontaram que ele pode ser eficaz em casos graves, para pacientes que necessitam de oxigênio suplementar ou ventilação mecânica. Sobre casos leves de covid-19, não há qualquer evidência científica de que a medicação possa ajudar.
Especialistas apontam que muitas pessoas podem sentir melhoras depois de usar determinada medicação, mas ainda não é possível ter certeza, ao menos por ora, se isso se deve ao remédio ou ao curso natural da covid-19. Isso porque a taxa de letalidade da doença mostra que a imensa maioria dos infectados vai sobreviver – estudos mostram que somente 5% deles desenvolvem quadro grave, que pode levar à morte.
O Código de Ética Médica, do Conselho Federal de Medicina (CFM), afirma que é proibido que médicos divulguem, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente .
A reportagem procurou o CFM para saber o posicionamento do conselho sobre as diversas lives e outros vídeos compartilhados por médicos que usam as redes sociais para defender medicações sem comprovação científica. A entidade não respondeu especificamente sobre o tema, mas encaminhou um texto com perguntas e respostas sobre a conduta dos profissionais de saúde nas redes.
O texto encaminhado pelo CFM recomenda que os médicos usem, nas redes sociais, informações validadas cientificamente, no intuito de promover a adoção de comportamentos e hábitos saudáveis . Ainda segundo o texto do CFM, não é recomendável aos médicos e a qualquer outra pessoa distribuir informações sem que as fontes sejam confiáveis .
Os médicos devem agir de acordo com o que é preconizado pelo Código de Ética Médica, ou seja, sem utilizar de artifícios que estimulam o sensacionalismo ou o pânico, por exemplo. Por isso, devem buscar abrigo na ciência, em métodos, técnicas e procedimentos que são reconhecimentos pela comunidade médica e científica , diz o texto do conselho.
Segundo o CFM, se uma pessoa identificar que um médico infringiu o Código de Ética, pode denunciar ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado em que o profissional trabalha. Com base nisso, o CRM que vai apurar o assunto e tomar as medidas cabíveis , diz.
De acordo com a entidade, a denúncia faz com que o CRM abra uma sindicância para apurar os fatos. Caso as irregularidades sejam confirmadas, é aberto um processo ético-profissional, no qual são asseguradas às partes direito à ampla de defesa e contraditório .
Em caso de condenação, o acusado pode receber penalidades que vão da advertência confidencial até a cassação do seu CRM. Esse processo corre no âmbito do CRM. Após a decisão, caso esteja insatisfeito com o resultado, qualquer uma dos envolvidos – denunciado ou denunciante – pode recorrer ao CFM, que funciona em grau de recurso , explica trecho do texto do Conselho Federal de Medicina.
O CFM não informou se há apuração em algum Estado referente a possível denúncia de médicos que compartilham tratamentos para a covid-19 sem respaldo científico.
Nesta semana, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Estado em que atuam muitos dos médicos que divulgam vídeos sobre remédios para a covid-19, emitiu um alerta sobre o tema. A entidade afirmou que a divulgação e prescrição de medicamentos/protocolos informais e sem comprovação científica relevante, no contexto da covid-19, por meio de canais públicos, como redes sociais e imprensa, pode configurar infração ao Código de Ética Médica .
Pela falta de evidências, o profissional não pode divulgar o tratamento com tais medicamentos como eficaz , diz o comunicado do Cremesp.
Nas redes, os médicos que compartilham vídeos nos quais defendem tratamentos contra a covid-19 negam que estejam cometendo qualquer irregularidade. Isso porque alegam que falar sobre o assunto é fundamental para informar a população sobre o tema, pois, segundo eles, os benefícios das medicações que defendem comprovam que há cura para a covid-19.
Médicos ouvidos pela reportagem relatam que esses vídeos de profissionais da saúde que defendem tratamentos sem comprovação científica têm mudado a rotina em consultórios. Isso porque eles consideram que essas publicações influenciam na opinião do paciente sobre os tratamentos contra a covid-19.
De acordo com uma pesquisa online da Associação Paulista de Medicina (APM), 48,9% dos médicos que estão na linha de frente contra a covid-19 afirmam que têm sido pressionados por pacientes ou familiares a prescreverem tratamentos sem comprovação científica.
Ainda segundo o levantamento, 69,2% dos médicos disseram que as fake news, informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica interferem negativamente no combate ao novo coronavírus, pois podem incentivar as pessoas a minimizar ou negar o vírus, deixar de seguir recomendações de isolamento social ou não procurar serviços de saúde.
A pesquisa da APM, divulgada na semana passada, foi feita por meio de um questionário respondido por 1.984 profissionais que estão na linha de frente contra a covid-19 em todo o país.
Apesar das críticas de sociedades médicas, as lives e os outros vídeos que divulgam tratamentos para a covid-19 sem comprovação científica continuam se multiplicando pela internet.
A reportagem entrou em contato com representantes das redes sociais, que afirmam que estão atentos aos conteúdos propagados em meio à pandemia do novo coronavírus.
Não há um posicionamento oficial das redes sociais sobre os vídeos dos médicos que defendem tratamentos para a covid-19 com medicamentos que não têm, ao menos por enquanto, comprovação científica. Enquanto outros tipos de publicações recebem alertas nas redes ou até são apagadas por propagar notícias falsas ou duvidosas sobre o novo coronavírus, os compartilhamentos sobre tratamentos sem comprovações científicas se propagam sem qualquer interferência.
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PORTAL G1/GO
Médico é preso suspeito de agredir transexual em motel de Aparecida de Goiânia
Vítima teve o nariz quebrado, corte no supercílio e outros machucados no rosto. Transexual foi agredida, segundo a polícia, por recusar um pedido do cliente.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Um médico foi preso suspeito de agredir uma transexual que contratou para fazer um programa, na noite de terça-feira (13), dentro do quarto de um motel em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A vítima teve o nariz quebrado, corte no supercílio e outros machucados no rosto, segundo a Polícia Civil.
Segundo o delegado que investiga o caso, Henrique Berocan, o agressor foi autuado em flagrante por lesão corporal grave, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão, se for indiciado ao final do inquérito.
Em depoimento no 1º Distrito Policial da cidade, o médico preferiu não falar, segundo o delegado. Após a oitiva, ele foi conduzido para a Casa do Albergado, onde aguarda audiência de custódia. O nome do homem e da transexual não foram revelados. Portanto, o G1 não localizou os advogados de defesa para se manifestarem sobre a agressão e a prisão.
O investigador relata que o cliente ficou agressivo após a transexual, de 24 anos, recusar um pedido que excedia o combinado antes do programa. Ela decidiu interromper o atendimento, o que deixou o homem irritado.
"Eles estavam em ato sexual e o médico pediu algo que a vítima não concordou. Então ele deu um golpe de mata-leão nela, quebrou alguns mobiliários do quarto do motel. A vítima conseguiu correr seminua até a portaria para pedir socorro, foi quando a Polícia Militar prestou apoio", esclareceu o delegado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima diz que vestia a roupa para ir embora, o médico a empurrou contra a parede do quarto alegando que estava sendo filmado. O documento relata que o homem quebrou uma televisão e a porta da suíte.
Segundo Berocan, o médico tem passagens pela polícia por ameaça, lesão corporal, injúria e pela Lei Maria da Penha, a maioria registrada em 2015. A vítima também possui passagem.
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ESTADÃO
Lei da Cesárea é julgada inconstitucional. Uma vitória em meio ao caos!
"Com 28 semanas, meu filho sentou e não virou mais. Em toda consulta, a médica falava que seria cesárea e não tive coragem de exigir um parto pélvico, pois me deixaram claro que os profissionais do hospital não estavam aptos para isso." (Ligia Jalantonio, mãe do Miguel de 4 anos)
"Cheguei ao hospital, fizeram exame de toque e a médica constatou que havia mecônio. Aí começou um corre-corre, um terrorismo, e quando vi, já estava na sala de cirurgia sendo anestesiada. Não deixaram meu marido me acompanhar!" (Emanuela Tackahaschi, mãe de 2 filhos)
"Enquanto me cortava na cesárea, o médico marcava o churrasco que ele faria com os colegas." (Anne Rammi, mãe de três filhos)
Existem inúmeros relatos de parto publicados na internet. Faz parte da cultura digital materna escrever sobre essa experiência em blogs e redes sociais. Passeando por eles, percebemos que muitos narram experiências negativas com os nascimentos por cesárea, alguns com passagens muito tristes inclusive, marcadas por violência obstétrica.
Esses relatos marcados pela frustração e tristeza corroboram com as evidências científicas de que as mulheres brasileiras querem ter partos normais. O estudo Nascer no Brasil — Inquérito sobre Parto e Nascimento, publicado pela Fiocruz em 2014, mostra que 72% das mulheres desejam ter um parto normal logo que engravidam. Mas os bebês nasceram por cesárea em 52% dos 23.894 casos pesquisados em 266 hospitais de médio e grande porte de 191 municípios brasileiros.
Se o desejo das mulheres fosse realmente respeitado, o Brasil não seria o segundo país com maior taxa de cesáreas do mundo, ficando atrás somente da República Dominicana. A porcentagem de nascimento por cirurgias aqui chega a 55,5%, quando segundo a ONU o ideal seria algo em torno de 15%. Os números são ainda mais assustadores se compararmos a rede pública à privada. As cesarianas representam 40% dos partos realizados na rede pública e 84% na particular.
Embora o parto vaginal seja cercado de medos, embasados em mitos, é a forma de nascimento mais segura, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por especialistas que praticam a Medicina Baseada em Evidências por vários motivos:
Trata-se da hora certa para o bebê nascer, portanto, ambos os organismos envolvidos estão preparados para o final da gestação;Saúde para o bebê: na descida pelo canal vaginal, a criança entra em contato com bactérias e fungos que ajudam a colonizar o intestino;Menor risco de infecção;Favorecimento da produção de leite materno;Laços sentimentais: o contato com a pele no nascimento facilita este processo;O útero volta ao seu tamanho normal mais rapidamente;Menor período de internação hospitalar, pois a mulher recebe alta com mais rapidez, entre inúmeras outras razões.
Na contramão de todas as evidências científicas, a deputada Janaína Paschoal (PSL), apoiada por setores da classe médica e empresarial da saúde, aprovou em regime de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a chamada "Lei da Cesárea", que foi sancionada em agosto de 2019 pelo governador João Doria (PSDB).
Mas, felizmente, em 2 de julho, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou inconstitucional a nova lei (PL 17.137/2019), que autorizava a realização de cesáreas eletivas (por escolha, sem indicação médica) no SUS no Estado de São Paulo.
Em tempos de negacionismo da ciência e do direito à saúde, uma vitória para as mulheres brasileiras. Para impedir esse ataque à saúde materna, trabalhamos dias e noites, articulando, telefonando e argumentando. Fizemos luta interna e fomos às ruas. Judicializamos pela irregularidade da tramitação e perdemos. O juiz considerou "interna corporis". Quando a lei foi aprovada, judicializamos mais uma vez.
Trata-se de um projeto totalmente inconsequente. Cesariana é uma intervenção cirúrgica e, como tal, só deve ser utilizada quando realmente necessária. Uma lei que expõe pessoas em risco desta forma chega a ser criminosa. Há um aumento significativo no número de mortes maternas quando falamos de partos realizados com intervenção cirúrgica: 52% desses óbitos têm causas associadas ao parto por cesariana. Nos partos normais isso fica em torno de 23%.
O argumento de direito de escolha é totalmente distorcido. Há, na verdade, uma indução dessa predileção. O pré-natal que a mulher recebe em nosso país é tendencioso e cheio de omissões de informações. Há, também, uma questão financeira envolvida no processo. Ao optar por uma cesariana eletiva há garantias de ganhos maiores para médicos e de leitos preenchidos. Coloca-se o dinheiro acima do valor humano.
Para a pesquisadora Silvana Granato, subcoordenadora da pesquisa, uma parcela das mulheres dizem preferir cesárea "porque o nosso parto normal é muito ruim". Ela se refere ao número de intervenções desnecessárias, como episiotomia (corte na vagina para facilitar a saída do bebê) e aplicação de ocitocina (hormônio sintético indutor de contrações).
As mulheres atendidas no SUS de São Paulo, por exemplo, já tem direito a analgesia no parto, mas quantas conseguem isso? Uma minoria, pois faltam médicos e recursos. Trata-se, portanto, de um projeto de lei criado sem embasamento científico algum.
Nosso foco enquanto poder público deve ser a garantia de direitos que tragam benefícios reais à saúde das mães e dos bebês, como: fim da violência obstétrica, parto humanizado, informações concretas, amamentação e doulas.
Eu avisei, o movimento de mulheres avisou, as doulas avisaram, o Coren avisou, a Sogesp avisou, pesquisadoras avisaram, a defensoria avisou: nós, mulheres, não somos moeda de troca. Merecemos o mais alto nível de assistência à saúde e vamos lutar por isso hoje e sempre!
A lei caiu, foi uma vitória em meio ao caos! Mas a luta contra a má política, continua.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 17 mortes em 24 horas e total de óbitos vai a 927
Théo Mariano
Goiânia – Goiás chegou aos totais de 927 mortes por coronavírus e 39.072 infectados nesta quarta-feira (15/7). Boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta 17 óbitos por covid-19 e 1.064 novos casos nas últimas 24 horas. Segundo a pasta, 11.920 pacientes se recuperaram da doença no Estado.
De acordo com os números, 93.997 casos são considerados suspeitos, e outras 55 mortes são investigadas para saber se a causa foi covid-19. A taxa de letalidade do vírus é de 2,37% em Goiás.
O governo estadual disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 em municípios goianos.
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Covid-19: Brasil tem 1,96 milhão de casos e 75,3 mil mortes
Brasília – O Brasil chegou a 1.966.748 de casos confirmados acumulados de covid-19 e o total de 75.366 óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus. O número foi divulgado na atualização diária do Ministério da Saúde hoje (15), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Nas últimas 24h, foram 39.924 novos registros de pessoas diagnosticadas com covid-19 informados pelas autoridades estaduais de saúde. Entre ontem(14) e hoje, foram 1.233 mortes registradas no sistema do Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, 635.818 pessoas estão em acompanhamento e outras 1.255.564 se recuperaram da doença.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes por covid-19 são: São Paulo (18.640), Rio de Janeiro (11.757), Ceará (7.030), Pernambuco (5.772) e Pará (5.337). As Unidades da Federação com menos falecimentos pela pandemia são: Mato Grosso do Sul (183), Tocantins (271), Roraima (403), Acre (446) e Amapá (488).
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BOL
Médico que defendeu na TV o uso de vermífugo contra a covid-19 está na UTI
O cirurgião-geral Joaquim Inácio de Melo Júnior, de Goiás, foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Anis Rassi, em Goiânia, após defender publicamente o uso do medicamento ivermectina contra a covid-19.
Em uma entrevista concedida por ele, na semana passada, para a TV Serra Dourada, afiliada do SBT, no estado, ele disse que havia sido diagnosticado com a doença havia oito dias, que estava utilizando o remédio, e que o período de quarentena acabaria no domingo (12). Dois dias antes, no entanto, na sexta-feira (10), o quadro de saúde do médico se agravou e ele foi hospitalizado.
Melo Júnior faz parte de um grupo composto por médicos goianos, chamado Goiânia Frente à Covid-19, que defende o tratamento preventivo contra o novo coronavírus , utilizando medicamentos como a ivermectina, um antiparasitário (vermífugo), cuja eficácia não é comprovada cientificamente .
Apesar de alertas do CRF-GO (Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás) e da SGI (Sociedade Goiana de Infectologia), esse grupo coordenou no início do mês a distribuição de 1.800 kits do remédio na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia. Dezenas de veículos e famílias foram ao local receber o chamado kit-covid.
Ao ser questionando se estava utilizando o medicamento na entrevista concedida semana passada, o cirurgião, ainda em casa, respondeu ironizando: E (tô) desse jeito aqui, ó , dando tapas no próprio rosto. Tem 110 dias que eu venho pregando esse tratamento profilático e eu era uma voz quase solitária. Graças a Deus, fizemos um grupo aqui em Goiás , disse.
Mais adiante, na entrevista, quando confrontado pelo posicionamento do Conselho Regional de Farmácia, Melo Júniorrespondeu que era direito dele como médico, com 40 anos de experiência em Medicina, prescrever o medicamento. Eu tô na ponta. Não tô fazendo pesquisinha randomizada, não, porque não dá tempo. Não dá para esperar um ano para ficar pronto, assim como a vacina, que não vai ter esse ano, não. Esquece! A vacina se chama ivermectina , declarou.
No dia seguinte, após ser levado para o hospital, o cirurgião fez um vídeo e enviou para a família, dizendo-se desidratado e informando que a pressão havia caído. Ele contou, ainda, que haviam suspendido a aplicação de corticoide. Por incrível que pareça. Para mim, seria o principal, mas aqui, agora, o doutor é o paciente e não o médico , disse, finalizando que estava bem para tranquilizar a família.
Dias antes, na entrevista concedida à TV, ele afirmou que não tinha procurado nenhum infectologista para tratar de si. Ó, avisa o pessoal que, além de eu ser o médico que estou prescrevendo (ivermectina) nessa campanha toda, eu sou o paciente de mim mesmo. Eu não procurei infecto nenhum para tratar de mim. Eu tratei a mim como tratei todos os meus pacientes , expressou.
Procurada pelo UOL , a família do cirurgião ainda não se pronunciou sobre o caso. Parentes e amigos iniciaram campanha para mobilizar pessoas que já se curaram da doença para doarem plasma para o médico. O Hospital Anis Rassi foi proibido de dar maiores informações sobre o paciente. A reportagem confirmou nesta tarde que ele continua em observação na UTI.
O Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) não quis se posicionar sobre o assunto. Melo Júnior integra a equipe médica do HGG (Hospital Estadual Alberto Rassi), em Goiânia. Em nota, o hospital informou que ele é um cirurgião pioneiro da unidade, com mais de 30 anos de atividade, e que desempenha a função de gerente médico da Clínica Cirúrgica. Em razão da idade e por pertencer ao grupo de risco, ele encontra-se afastado das atividades desde março deste ano.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Kit Covid: Procon Goiás apura suspeitas de aumento abusivo nos preços
A ação resultou na notificação de 71 estabelecimentos, sendo 65 drogarias, 4 distribuidoras e 3 indústrias farmacêuticas, que deverão apresentar as notas fiscais de compra e venda dos medicamentos que compõe o conjunto popularmente conhecido como Kit Covid , as notas que deverão ser apresentadas são do período de janeiro até julho de 2020, após a entrega será realizado o cruzamento da documentação e comparação de preços.
As empresas têm o prazo de 10 dias úteis para apresentar a documentação. Desta forma, será possível apurar a margem de lucro no comércio para saber se houve majoração injustificada.
É importante frisar que a Anvisa possui uma tabela que estabelece o preço máximo para a venda de medicamentos, a lista CMED , que é atualizada mensalmente e que deve ser disponibilizada obrigatoriamente pelas farmácias e drogarias. Caso seja comprovada a pratica de valores superiores aos constituídos pela tabela estabelecimento será autuado em flagrante por conduta abusiva.
O superintendente do Procon Goiás , Allen Viana, enfatiza que os números apresentados são resultados dos primeiros dias da operação e que ela será intensificada. Segundo o superintendente, o objetivo é abranger toda a cadeia produtiva para apurar eventuais irregularidades.
Mesmo sendo contrária à prática da automedicação, a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor entende ser o seu dever zelar para que o direito do consumidor seja resguardado e seguirá analisando todas as denúncias que chegarem até o órgão.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação