Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/12/15


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Governo lança movimento "Goiás contra ao Aedes Aegypt"
• Terceirizados fazem paralisação
• Multa por causa do Aedes pode dobrar
• Editorial – Uma guerra pela frente
• Luta contra avanço da tuberculose
• Peixinhos contra a dengue
• Três hospitais vão atender casos de zika e microcefalia em Goiás

 

TV ANHANGUERA/ GOIÁS

Governo lança movimento "Goiás contra ao Aedes Aegypt"
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/governo-lanca-movimento-goias-contra-ao-aedes-aegypt/4677756/

…………………………………….

O POPULAR
 

Terceirizados fazem paralisação
Servidores que atuam nas áreas de limpeza e segurança informam que pagamento de novembro e a primeira parcela do 13º salário estão atrasados

Oito funcionários de segurança e 34 do setor de limpeza do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) paralisaram os serviços durante a manhã de ontem na unidade. A justificativa dos 42 trabalhadores é que o salário do mês novembro e a primeira parcela do 13º ainda não foram pagos, totalizando pouco mais de um mês e meio de atraso.
Após uma negociação, ainda pela manhã, os servidores decidiram retornar ao trabalho durante a tarde. A promessa é de que o repasse seria efetuado até hoje. Caso não seja realizado, os trabalhadores ameaçam nova paralisação e dessa vez com todos os cerca de 120 funcionários da empresa terceirizada da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Cinco Estrelas, responsável pela contratação para as áreas de higienização e para a guarda do hospital. “A qualquer momento podemos parar novamente porque não temos segurança de que seremos pagos. A situação não está nada fácil”, denuncia um dos funcionários que preferiu não se identificar com medo das consequências de sua declaração. A reportagem apurou que até o final da tarde de ontem o salário ainda não havia sido pago aos funcionários.
Procurado, o Hugo informou que a paralisação não influenciou nos atendimentos realizados na unidade ao longo do dia. A SES-GO respondeu, por meio de nota, que “o pagamento à empresa prestadora de serviços de limpeza e segurança já foi efetuado pela Organização Social (OS) Gerir”. A secretaria, no entanto, não soube informar quando o repasse foi realizado.
Já o gerente da Cinco Estrelas, João Batista, alegou que estava em um filial da empresa no interior do Estado e, portanto, não estava ciente do assunto.
………………….

Multa por causa do Aedes pode dobrar

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou ontem, em primeira votação, o projeto que dobra o valor da multa a donos de imóveis com criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. No texto, de autoria do vereador Elias Vaz (PSB), a infração, que hoje varia de 800 reais a R$ 8 mil, vai passar a girar entre R$ 1,6 mil e R$ 16 mil.
A medida ainda será discutida na Comissão de Saúde e Assistência Social e deve ser novamente votada em plenário amanhã. Se for aprovada na segunda votação, o prefeito Paulo Garcia (PT) precisa sancioná-la e publicar no Diário Oficial em até 5 dias.
O valor da multa varia de acordo com a quantidade de focos e também o tamanho do local onde eles foram encontrados. Segundo o projeto, na primeira vez que o agente de saúde encontrar os criadouros, deve advertir o morador por escrito. Se o problema persistir na visita seguinte, é assinalada a infração, que será cobrada no talão do IPTU.
Goiás contra o Aedes
O governador Marconi Perillo (PSDB) lançou ontem o movimento Goiás Contra o Aedes, que consiste em uma força-tarefa para combater o mosquito. Integram a parceria as secretarias de Saúde, Educação, Meio Ambiente, Segurança Pública, além da Agetop e Saneago.
Somente neste ano, 76 pessoas já morreram por dengue. O número de notificações também dobrou em relação ao mesmo período de 2014.
……………………..

Editorial – Uma guerra pela frente

Diante da gravidade do quadro provocado pela infestação do mosquito Aedes aegypti, causador de quatro doenças e responsável por uma epidemia de casos de MICROCEFALIA no País, é mais que sensata a união de esforços dos governos estadual e municipal para tentar debelar os focos. A medida, na verdade, chega com algum atraso, considerando que a temporada de chuvas já começou e os casos alcançam índices alarmantes.
Em Goiás, são mais de 180 mil casos de dengue notificados, 122 de chikungunya, 29 do zika vírus e 28 de MICROCEFALIA. São números graves, que comprovam a necessidade de uma ação contundente, uma autêntica guerra contra o mosquito. No entanto, as providências serão pouco efetivas se não contarem com a colaboração da população.
Levantamentos do índice de infestação do Aedes comprovam que o maior número de criadouros do mosquito é encontrado dentro das casas e nos quintais, com o acúmulo de objetos que favorecem a propagação do inseto. Se os moradores descuidarem, não será possível vencer esta guerra.
A situação não admite um comportamento irresponsável por parte dos agentes públicos nem por parte da população. Cientistas e autoridades médicas deixam evidente que o quadro é muito preocupante. Planejamento, investimento, envolvimento da população e esforço concentrado são fundamentais para superar este momento delicado da saúde brasileira.

………………………….

O HOJE

Luta contra avanço da tuberculose
 

Práticas obsoletas, segundo Médicos Sem Fronteiras,favorecem resistência da doença aos medicamentos
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a Stop TB Partnership (Parceria Contra a Tuberculose, em tradução para o português) lançaram, no início deste mês, a segunda edição do relatório "Descompasso": uma pesquisa com 24 países acerca de suas políticas e práticas em uso atualmente para orientar o diagnóstico e o tratamento da tuberculose.
Se os países precisam atingir as metas mundialmente endossadas para reduzir a incidência de tuberculose e de mortes relacionadas a ela em mais de 90% nos próximos 20 anos, grandes esforços devem ser concentrados neste momento para adotar e aplicar as 14 principais políticas e práticas indicadas no relatório, que são atualmente recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A tuberculose tem cura, mas continua a ser a doença infecciosa que mais mata no mundo – cerca de 1,5 milhão de vidas a cada ano. "As políticas obsoletas para o tratamento da tuberculose que colocam as pessoas em risco de mais sofrimento e de morte devem ser banidas, incluindo regimes de retratamento que aumentam potencialmente a resistência a medicamentos, e a hospitalização obrigatória durante o tratamento", diz a médica Grania Brigden, consultora para tuberculose da Campanha de Acesso a Medicamentos do Médicos Sem Fronteiras.
"O uso de testes moleculares rápidos que podem diagnosticar efetivamente a resistência a medicamentos ainda não atingiu a ampla cobertura necessária. Não seremos capazes de preencher as enormes lacunas no diagnóstico e no tratamento da tuberculose enquanto as políticas e práticas conhecidas para reduzir o número de casos da doença, de morte e de transmissão sejam totalmente adotadas e implementadas em todos os países, incluindo o melhor uso de cada ferramenta eficaz disponível hoje." Em outubro, a OMS revelou que apenas uma em cada quatro (26%) das 480 mil pessoas que se estima terem desenvolvido a tuberculose multirresistente em 2014 foram diagnosticadas, com 111 mil pessoas (23%) que começaram o tratamento e menos da metade delas tratadas com sucesso.
No entanto, dos 24 países pesquisados para o Out of Step, apenas cerca de 30% deles (8 em 24) puseram em prática políticas para garantir que testes moleculares rápidos para a detecção da tuberculose e da resistência a medicamentos sejam usados como teste inicial para todos os que estejam sendo testados para tuberculose.
Apesar dos desafios financeiros iniciais relacionados com essa estratégia, os países devem considerar a ampliação do acesso ao diagnóstico molecular rápido, a fim de garantir o diagnóstico precoce e o início do tratamento precoce; reduzir a cadeia de transmissão; reduzir implicações de custo no longo prazo; e reduzir o surgimento de casos de tuberculose resistente a medicamentos e da carga global de tuberculose.
Apenas cerca de 12% dos países pesquisados têm todos os medicamentos existentes usados para tratar a tuberculose resistente a medicamentos em suas listas nacionais de medicamentos essenciais. Embora 65% dos países pesquisados tenham um processo para ter acesso aos mais novos medicamentos contra a tuberculose para os pacientes que esgotaram outras opções de tratamento, é vital que as empresas farmacêuticas apresentem seus medicamentos para serem registrados nos países que mais necessitam deles, de modo que o uso de novos medicamentos em retratamentos de formas resistentes de tuberculose possam ser ampliados.
No Brasil, doença é um problema de saúde pública
Oportalsaude.saude.go v.br, ligado ao Ministério da Saúde, revela que no Brasil, atualmente, a tuberculose é sério problema da saúdepública, com profundas raízes sociais.
A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos no país e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da tuberculose.
O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.
Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade.
A tendência de queda em ambos os indicadores vem-se acelerando ano após ano em um esforço nacional, coordenado pelo próprio Ministério da Saúdee, o que pode determinar o efetivo controle da tuberculose em futuro próximo, quando a doença poderá deixar de ser um problema para a saúde pública.
Para alcançar esse patamar, porém, é preciso da contribuição da população.

……………………………………..


DIÁRIO DA MANHÃ

 

Peixinhos contra a dengue

Há quase quatro anos, a população da cidade de Itapetim, no sertão pernambucano, está sem água nas torneiras. São abundantes as caixas d'água espalhadas pelas ruas e dentro das casas, à espera de receber água para as atividades básicas.
O cenário – clima quente e bastante água parada – é propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Em abril desse ano, Itapetim (a cerca de 400 km de Recife) chegou a ter o índice de infestação pelo mosquito (LIRAa) mais alto do Estado de Pernambuco – 13%, ou seja, 13 imóveis com focos em cada 100.
O índice é considerado satisfatório quando é menor do que 1%. Com focos de reprodução do mosquito em mais do que 3,9% dos imóveis, oMinistério da Saúde considera que o município está em risco para dengue.
O corte dos repasses estaduais e federais para o combate ao mosquito, segundo as autoridades locais, fez com que a cidade apelasse para um "exército natural" contra o mosquito que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus – as piabas, peixinhos de água doce que medem entre 4 e 5 centímetros.
"Entramos na internet e vimos um estudo feito no Rio Grande do Norte. Um colega nosso que já tinha trabalhado em outra cidade com esse método da piaba disse que lá eles conseguiram controlar os mosquitos. Eu o contatei e ele veio nos ajudar a fazer o mesmo", disse à BBC Brasil Edinaldo Hollanda, agente de saúde da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e coordenador de Combate às Endemias no município.
"Começamos a colocar as piabas no mês de abril e fizemos o trabalho até julho. Em setembro, notamos que o índice do nosso município tinha baixado muito, para 1,2%. Agora, estamos em 2,4%, menos do que no mesmo período no ano passado. O pessoal da regional (10ª gerência regional de saúde, que dá apoio a 12 municípios na área) quase não acreditava. Deu tanto resultado que até hoje continuamos colocando peixes nas casas."
Segundo Hollanda, os peixes são colocados em reservatórios fechados e abertos: tonéis, caixas d'água e principalmente cisternas, já que o Aedes aegypti prefere lugares escuros e com água parada para se reproduzir.
"Ele solta seus ovos nas paredes do depósito e quando você volta a colocar água, os ovos eclodem. A piaba se alimenta dos ovos e impede que virem novos mosquitos."
Cidade chegou a ter índice de infestação de 13% em abril. Acima de 3,9%, Ministério já considera situação de risco
Sem água nas torneiras há quatro anos, autoridades recorreram a técnica alternativa para minimizar incidência do mosquito
Em busca do peixe
A técnica vinha sendo estudada em universidades de Estados nordestinos e aplicada pontualmente em cidades pequenas desde o início dos anos 2000, com diferentes graus de sucesso. Mesmo assim, não substitui o uso do larvicida (produto químico que mata as larvas do mosquito na água) e é vista com ressalvas pelo Ministério da Saúde, que diz haver risco de diarreia caso os peixes sejam colocados na água para beber.
"Colocamos apenas uma piaba em cada reservatório de até 200 litros. Em cisternas maiores, de três a cinco mil litros, colocamos cerca de cinco. Monitoramos as casas para saber se havia ocorrências de diarreia e não tivemos nenhum caso", afirma Hollanda.
O cloro na água que chega com os caminhões-pipa fornecidos pelo Estado foi um dos primeiros obstáculos ao projeto, já que matava imediatamente os peixes que já estavam nos reservatórios. Inicialmente, era preciso substitui-los semanalmente.
Agora, a prefeitura pede que os moradores retirem os peixes antes de encher seus reservatórios e esperem até cinco horas para colocá-los novamente. É o tempo em que os níveis de cloro da água caem o suficiente para não prejudicá-los, segundo o coordenador.
Agentes usam apenas um peixe em reservatórios de até 200 litros nas casas e ruas da cidade
Todos os dias, os nove agentes de endemias do município saem da secretaria de saúde com cerca de 20 "kits de piabas", com cinco peixinhos cada, para visitar residências na cidade.
"Em cada casa que chegamos, usamos uma piaba ou duas, a depender do tamanho do reservatório. Então às vezes você usa até dois kits em uma residência. A gente usa em torno de 2 mil a 2.500 piabas por semana", diz Hollanda.
O problema agora é conseguir os peixes para continuar o trabalho, diante de um novo surto de dengue que já começa a se manifestar na região.
"O peixe não é vendido aqui, então começamos a procurá-lo nos açudes que ainda tinham água. Estávamos capturando as piabas em Teixeira, na Paraíba, que fica a 30 km daqui. Mas eles acabaram, porque o açude está secando. Fizemos um criadouro aqui, mas também já acabou o estoque."
"Agora vamos comprar em outra cidade na Paraíba, a cerca de 200 km de Itapetim. Para não interromper o projeto, vamos comprar onde tiver."
Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, disse estar interessado no sucesso de Itapetim com as piabas e que um grupo de estudo está pesquisando a possibilidade de realizar a mesma técnica em outras cidades do Estado.
"Existem estudos que mostram que algumas dessas técnicas são efetivas em locais pontuais, mas não sabemos se funcionam em escala", afirmou.
Insuficiente
Para o biólogo da Unicamp Carlos Fernando Salgueirosa, especialista em dengue e em controle de insetos de importância médica, as técnicas de controle biológico, como a dos peixes, não são eficientes se o objetivo é erradicar o mosquito – que é o objetivo determinado peloMinistério da Saúde.
"O controle biológico não serve para vetores, para um mosquito que transmite uma doença que causa microcefalia. Você precisa ser mais sério, mais rígido e eliminar as populações em bairros", diz.
"Esse tipo de controle só serve para reduzir a população de um "inimigo" para um valor aceitável. Mas um índice de infestação baixo de Aedes aegypti ainda mantém a transmissão de doenças. Onde está o sucesso do método?"
Segundo especialista da Unicamp, predadores naturais do Aedes aegypti não têm efeito prático
Outros predadores naturais do mosquito – como lagartixas, aranhas e libélulas – também costumam ser citados em reportagens e blogs como aliados no combate ao mosquito, mas, segundo Salgueirosa, aumentar a presença deles nas casas não tem nenhum efeito prático.
No caso dos peixes que se alimentam das larvas, estudos mostram que seu efeito é pontual e em grupos muito pequenos, diz o especialista.
"O ser humano é o principal agente de controle biológico. A coisa funciona quando é baseada na comunidade. Não dá para pensar nisso (na técnica dos peixes) nem para uma cidade de cinco mil pessoas", afirma.
"Tampar os reservatórios com tampa rígida ou touca de tela. Esse é o principal enfoque que se pode dar para o combate ao mosquito. Dessa forma, não haverá larvas."
De Itapetim, Edinaldo Hollanda rebate as críticas: "Sabemos que tampar os reservatórios é o ideal, mas sabemos que as pessoas não fazem essa parte".
"Tem casas aqui com 50 baldes de água. Pedimos que as pessoas coloquem plástico ou um pano por cima, mas chegamos lá uma semana depois e está tudo destampado. No ano passado, conseguimos telas da Funasa e as colocamos em todas as caixas d'água na cidade. Mas o pessoal do caminhão-pipa, que vem colocar água, rasgava as telas. O trabalho foi perdido."
"Nós usamos o larvicida, que combate, e fazemos campanhas educativas. Mas usando o peixe, que é uma ferramenta a mais, não vamos combater mais? Não vemos mosquitos nas casas aqui, e éramos cheios de Aedes. Diminuiu muito o número de focos", afirma.
Mobilização
Segundo Jussara Araújo, secretária municipal de Saúde, o projeto não foi divulgado pela cidade no início "porque se tivéssemos um surto de diarreia ou coisa assim, o município poderia ser penalizado".
As autoridades decidiram apostar as fichas no projeto e afirmam que ele foi o responsável pelo controle do surto, mas não antes que cerca de 500 pessoas fossem atingidas. Dos casos notificados, apenas 175 foram confirmados como dengue. Não houve resultados relativos à zika e à chikungunya.
Uso de peixes em reservatórios de água é visto com ressalvas pelo Ministério da Saúde e é controverso entre pesquisadores
Desde novembro, a cidade de 13.900 habitantes já tem 11 notificações de microcefalia – má-formação em bebês que pode ser causada por infecções contraídas ainda na barriga da mãe -, que está sendo associada ao zika vírus. E mais podem aparecer.
"Ainda temos muitas mães que não deram à luz, mas tiveram manchas vermelhas na pele (um dos sintomas característicos do zika) quando estavam grávidas", afirma.
Agora, o município se prepara para enfrentar uma nova infestação do Aedes aegypti, que volta a atividade no período de chuvas do início do ano, com o acúmulo de água em calhas, muros e utensílios domésticos, além dos próprios reservatórios dos moradores.
Por causa da crise econômica, a administração decidiu reduzir o salário do prefeito em 30%, o do vice-prefeito em 20% e os dos secretários em 15%.
Parte do dinheiro economizado está sendo usada nas campanhas de mobilização pelo combate ao mosquito, na compra das piabas e na contratação dos agentes de combate às endemias da cidade – de acordo com a portaria de julho do Ministério da Saúde, Itapetim tem direito a apenas três campanhas com recursos do governo federal. Atualmente, o município tem nove campanhas pagas integralmente pela prefeitura e pretende contratar mais nos primeiros meses de 2016.
"Além dos salários dos agentes, tem as despesas com fardamento e material de trabalho. Não estamos recebendo material, ficamos sem o larvicida por três meses e só na semana passada voltamos a receber. Se não fossem os peixes, como é que íamos trabalhar?", diz a secretária de Saúde.
…………………………………..

A REDAÇÃO

Três hospitais vão atender casos de zika e microcefalia em Goiás

Goiânia – A Secretaria de Estado da Saúde traça estratégia para atender recém-nascidos com microcefalia e gestantes com suspeita de zika vírus ou outras doenças exantemáticas, aquelas que causam manchas vermelhas na pele. O fluxo de atendimento para os casos deve ocorrer no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Materno Infantil (HMI) e Centro de Reabilitação e Readaptação Henrique Santillo (Crer).

Segundo o fluxo, mulheres grávidas que apresentarem sintomas de zika ou qualquer outra doença exantemática devem ser encaminhadas para a realização de exames específicos. Todos os casos suspeitos deverão ser obrigatoriamente notificados. Caso sejam diagnosticadas alterações, a gestante deve ser encaminhada para o pré-natal de Alto Risco no HMI.

O HDT, que é referência no tratamento de doenças infecciosas, oferecerá apoio em diagnóstico às duas outras unidades.

Bebês com microcefalia
Os casos de recém-nascidos diagnosticados com microcefalia deverão ser imediatamente notificados. A criança deverá ser encaminhada para a realização de exames específicos e acompanhamento no Crer. O tratamento na unidade de saúde abrange fisiatria, oftalmologia, otorrinolaringologia neuropediatria e pediatria. Também será oferecido apoio psicológico às famílias.

De acordo com o secretário da Saúde Leonardo Vilela, mesmo diante do fluxo estabelecido, todas as unidades poderão atender os pacientes com suspeita de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “O estabelecimento de um fluxo não significa que os pacientes não possam ser atendidos em outras unidades. Após o atendimento, eles serão encaminhados. O fluxo é uma forma de sistematizar o atendimento com qualidade e eficiência.”
……………………………………..

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação