Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16/12/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Decisão da ANS impede que 19 planos de saúde atuem no Brasil; veja lista

Fintech Inklo levanta R$ 1,5 mi para facilitar o acesso a procedimentos médicos

Vacina contra a dengue do Butantan alcança 79,6% de eficácia, mostram dados preliminares

Dengue deve bater recorde de mortes no país, e epidemia pode avançar sobre o Nordeste

Câmara aprova proposta para bancar o piso da enfermagem

Malu Jimenez, a filósofa gorda: ‘Obesidade não existe, termo é gordofóbico’

Remédios no espaço: como pesquisas fora da Terra podem acelerar tratamentos

Especialistas cobram a volta da excelência à vacinação

Médico alerta para a prevenção ao câncer de pele

NOTÍCIAS DO DIA

Decisão da ANS impede que 19 planos de saúde atuem no Brasil; veja lista

A ANS (Agência Nacional de Saúde) suspendeu temporariamente nesta quinta-feira (15) que 19 planos de saúde atuem no Brasil. Em sua divulgação a Agência pede para que os usuários não contratem os planos de saúde da listagem.

Segundo o portal R7, além das suspensões, a ANS também divulga a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Nesse ciclo, 46 planos de 11 operadoras terão a venda liberada pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento.

Ao todo foram feitas 45.515 reclamações no período de 1º de julho a 30 de setembro deste ano por conta destes planos de saúde.

Planos banidos:

Univida empresarial III – apto

Novo Univida I – apto

Nacional adesão pós-enf

Unimed Personal Quarto Coletivo

Unimed Personal Quarto Coletivo 2

Unimed Beta 2 Dental PPE

Unimed Alfa 2

Unimed Beta 2

Unimed Delta 2

Unimed Personal Quarto Coletivo 2

Unimed Alfa 2

Unimed Delta 2

Unimed Ômega Plus

UniPart Delta 2

Unimed Alfa 2 Ad

Unimed Delta 2

Rubi

Santaris

Classic I

A ANS também determinou o cancelamento de novos produtos das operadoras: Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima; Unimed Vertente do Caparaó; Santo André Assistência Médica; Santa Rita e Saúde Brasil.

A proibição das vendas começa a partir do dia 22 de dezembro, segundo a determinação. Inicialmente a suspensão é válida por três meses, mas pode ser prorrogada caso a operadora não se enquadre nas normas da ANS.

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TERRA

Fintech Inklo levanta R$ 1,5 mi para facilitar o acesso a procedimentos médicos

A Inklo estreou no mercado há cerca de 4 meses com a missão de oferecer crédito para a realização de procedimentos e cirurgias médicas. Para acelerar esses planos, a fintech mineira fechou uma rodada pré-seed de R$ 1,5 milhão com investidores anjo, grana que será destinada ao desenvolvimento tecnológico da plataforma e à contratação de colaboradores.

A startup é fruto da parceria entre Igor D’Azevedo, sócio da empresa de consultoria financeira Atena Invest, e Felipe Santiago, ex-gerente de projetos da Dasa, maior rede de saúde integrada do país. “O mercado de saúde ainda é muito mal atendido pelo setor financeiro. Atrelar essas áreas é uma grande tendência de um mercado em franca expansão, que permite democratizar o acesso à saúde por meio do crédito”, afirma Igor, em entrevista ao Startups.

Os fundadores passaram o último ano no bootstrapping estruturando a parte financeira e fechando parcerias com clínicas e hospitais para testar o produto. Quando foram atrás da captação em agosto deste ano, a Inklo já tinha o MVP rodando e cerca de 20 instituições parceiras, e conseguiu fechar a rodada em cerca de 2 meses. A companhia opera no modelo B2B2C, atendendo as clínicas e hospitais e, do outro lado, os pacientes.

Inicialmente, a startup estava focada no setor de estética, pois grande parte dos planos de saúde não cobre os custos desses procedimentos. “Nossos principais concorrentes de crédito na área da saúde atuam com foco em odontologia, nós olhamos para harmonizações faciais, cirurgias plásticas e implantes capilares.

A Inklo destaca que o Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, representando 13% de todos os procedimentos feitos no planeta, e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A companhia afirma que o país registra cerca de 2,5 milhões de intervenções anualmente. Sem abrir números específicos, o CEO afirma que a companhia registrou um aumento de 150% em originações de crédito no primeiro mês de atuação, 100% de setembro para outubro e cerca de 150% nos últimos meses do ano.

Felipe Santiago e Igor D’azevedo, fundadores da Inklo Foto: Divulgação / Startups

Ganhando escala

“Chegamos a conversar com alguns fundos, mas por conta do cenário macroeconômico vimos que não seria um bom momento para o negócio”, afirma Igor. Isso porque a startup ainda estava em um estágio muito inicial e somando as condições de juros com o valuation ideal e tamanho do equity, o negócio não seria muito favorável nem para os empreendedores, nem para os investidores.

Segundo Igor, os investidores-anjo da Inklo são executivos que, em sua maioria, já faziam parte do ciclo de relacionamento dos founders, muitos com know-how sobre o ecossistema de startups. “A maioria é fundador de startups que deram certo, fizeram uma saída e conhecem o mercado. São investidores estratégicos”, pontua.

Os recursos captados serão usados majoritariamente para ampliar o time. Além de Igor e Felipe, a Inklo conta com 2 outros sócios que fizeram o desenvolvimento da plataforma, e 6 colaboradores. O objetivo é fazer pelo menos 5 contratações até meados de 2023. Os empreendedores também esperam aprimorar a plataforma e a tecnologia e investir em marketing para aquisição de clientes e parceiros de saúde.

A fintech atua em São Paulo e Goiânia, além da sede em Belo Horizonte. A empresa visa expandir em breve os negócios para outras cidades, chegando ao Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória no primeiro semestre de 2023. A expectativa é aumentar o número de parceiros em 300% no próximo ano, além de superar em quase 3x a expectativa inicial de originação de crédito e a geração de 2.000 contratos de crédito por mês até dezembro de 2023.

Em termos de produto, a Inklo espera lançar uma linha de crédito PJ para as instituições de saúde, focado na aquisição de talentos e expansão das plantas. “Vamos acoplar alguns seguros, tanto para pessoa física quanto para jurídica, com o intuito de aumentar as formas de monetização, e seguir investindo em time”, conclui Igor.

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Vacina contra a dengue do Butantan alcança 79,6% de eficácia, mostram dados preliminares

Estudo clínico de fase 3 acompanha 16,2 mil voluntários em todo o País; resultado final é esperado para 2024

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan e em fase final de testes alcançou 79,6% de eficácia, segundo resultados iniciais do estudo clínico divulgados ontem pela instituição.

Para essa análise preliminar, foram considerados os dados de dois anos de acompanhamento dos 16,2 mil voluntários que participam do estudo de fase 3 (a última antes do pedido de registro). Conforme o protocolo do teste, eles deverão ser seguidos por cinco anos e, por isso, a eficácia final do imunizante só será conhecida em 2024. Os dados parciais, porém, animaram os pesquisadores.

No estudo, que conta com a participação de 16 centros de pesquisa em 14 Estados do País, os voluntários foram divididos de forma aleatória em dois grupos: dois terços foram vacinados e um terço recebeu o placebo.

De acordo com Fernanda Boulos, diretora médica do Butantan, foram registrados 135 casos da doença entre os participantes, dos quais 100 ocorreram entre os não imunizados e apenas 35, entre os vacinados. “Embora preliminar, é um resultado robusto, com significância estatística. E ainda de uma vacina em dose única e que poderá ser indicada para crianças, adolescentes e adultos. Estamos otimistas”, afirmou. Os resultados deverão ser submetidos para publicação em revista científica no ano que vem.

De acordo com o Butantan, foram incluídos na pesquisa participantes de 2 a 59 anos, com e sem exposição prévia ao vírus da dengue. Nos voluntários que já haviam sido infectados antes do estudo, a eficácia foi de 89,2%. Já naqueles que nunca tinham contraído a doença, a proteção foi um pouco inferior, de 73,5%.

Os pesquisadores também calcularam a eficácia para cada um dos quatro sorotipos do vírus da dengue: para o tipo 1, a taxa ficou em 89,5%. Para o tipo 2, ela foi de 69,6%. Ainda não há dados de eficácia contra os sorotipos 3 e 4 porque essas cepas não circularam amplamente no País no período da análise.

De acordo com o virologista Maurício Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e um dos pesquisadores principais do estudo, os resultados obtidos indicam que a eficácia para os sorotipos 3 e 4 também seja alta. “Tradicionalmente, o sorotipo que responde pior às vacinas é o 2. O que se espera, pelo que a gente conhece da biologia do vírus, é que as eficácias para os sorotipos 3 e 4 fiquem mais próximas do que foi observado para o sorotipo 1?, explica o pesquisador.

Não foram registradas hospitalizações ou mortes por dengue entre os voluntários de nenhum dos dois grupos. Por isso, ainda não é possível saber a eficácia do produto para casos mais graves, mas os pesquisadores acreditam que, considerando a alta proteção geral contra infecções sintomáticas, a eficácia contra casos graves também deverá ser alta.

Sobre a segurança do imunizante, somente 3 (menos de 0,1%) dos 16,2 mil voluntários apresentaram eventos adversos graves. “As reações adversas foram comparáveis entre o grupo que recebeu placebo e o que recebeu a vacina, exceto por reações esperadas que aconteceram fora do local da aplicação, como febre e irritação na pele”, informou o Butantan.

Parcerias

A vacina do Butantan foi desenvolvida a partir de antígenos licenciados dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Em 2018, a instituição brasileira firmou uma parceria com a farmacêutica MSD, que tem a licença do antígeno fora do Brasil. Em território nacional, o Butantan tem exclusividade e autonomia para comercializar o produto, caso ele futuramente receba a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Ter uma vacina desenvolvida e fabricada integralmente aqui no Butantan só reforça um dos nossos propósitos: mostrar que o Brasil tem capacidade produtiva para atender não só o território nacional, mas qualquer outro país que sofra com a dengue. Esse ano, especificamente, nós tivemos mais de 970 mortes pela doença. Nós temos a obrigação de salvar essas vidas”, afirmou Dimas Covas, diretor executivo da Fundação Butantan.

De acordo com Daniella Cristina Ventini Monteiro, gerente de produção do Butantan, a instituição terá capacidade para produzir até 50 milhões de doses da vacina por ano. “Podem ser utilizadas até três linhas de envase para que seja possível atender à demanda da saúde pública brasileira”, declarou. A vacina é produzida com o vírus atenuado (enfraquecido).

Como mostrou o Estadão, o número de casos de dengue aumentou 175,1% neste ano em comparação com o ano passado. Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram 1,39 milhão de infecções e 975 mortes.

Outras vacinas

Apenas outras duas vacinas contra a dengue tiveram a fase 3 dos estudos concluída até agora no mundo. A primeira foi a da farmacêutica francesa Sanofi, que demonstrou eficácia geral de cerca de 60% nos estudos clínicos.

Após a conclusão dos testes, a empresa obteve, entre 2015 e 2016, o registro do produto em diversos países, incluindo o Brasil, mas, meses após o início da comercialização, pesquisadores descobriram que o produto aumentava o risco de ocorrência de casos graves entre pessoas vacinadas que nunca tinham contraído a doença. Dessa forma, a vacina passou a ser indicada somente para aqueles que já tiveram dengue e só está disponível na rede privada.

Já o produto da farmacêutica japonesa Takeda teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. A empresa entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021, mas ainda aguarda análise. A agência diz que, durante o processo, solicitou dados complementares e que uma dessas solicitações está em aberto, aguardando resposta da farmacêutica.

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PORTAL R7

Dengue deve bater recorde de mortes no país, e epidemia pode avançar sobre o Nordeste

Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu alerta nacional após alta de casos e mortes

O Brasil deve bater o recorde anual de mortes por dengue em 2022. Até o boletim mais recente do Ministério da Saúde, de 5 de dezembro, foram 978 óbitos – número superior à soma dos dois anos anteriores. Desde que as epidemias do vírus ressurgiram no Brasil, na década de 1980, o recorde é de 2015, quando 986 pessoas morreram pela doença.

“Temos hoje o ano que ficará marcado na história da dengue no Brasil como o pior ano, seja no número de casos ou de óbitos. Muito provavelmente ultrapassaremos a marca de 1.000 mortes no país. Dengue mata: é a principal mensagem que se deve passar à população”, aponta ao R7 Alexandre Naime, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Tão crítico é o cenário que a SBI emitiu, no mês passado, um alerta nacional devido aos altos números de mortes e casos – também próximos do recorde brasileiro.

“Que tenhamos urgência para a adoção medidas preventivas contra a dengue para alterar esse quadro preocupante para a saúde pública e que sejam ações efetivas a longo prazo, escreve o órgão.

Segundo Alexandre Naime, parte considerável desse aumento nos casos e mortes se deve à falta de medidas de prevenção em âmbitos federal, estaduais e municipais.

“Os últimos quatro anos foram marcados por ausência completa do governo federal em relação à campanha de esclarecimento sobre a epidemia”, pontua o médico infectologista.

Também por conta da pandemia, prossegue, se esvaziaram as ações de controle dos estados e municípios, como a vigilância, as visitas domiciliares, esclarecimentos à população e multas.

Naime prevê um horizonte nebuloso para o país em relação à dengue em 2023, caso não haja mudanças efetivas no combate à epidemia, e considera que o próximo governo federal, bem como os estaduais, deverá agir de forma muito célere para evitar que o problema se amplie.

“As chuvas e temporais estão acontecendo. Se não houver avanços no combate, não existe um outro cenário, senão de muitos casos e mortes para o começo de 2023. Esse ano tem tudo para ser pior que 2022: mais chuvas, um sorotipo novo. Por isso, o governo novo deve ser bastante efetivo e a vacina precisa ser avaliada. Já foi aprovada na Indonésia e na agência europeia [de saúde]. Seria uma arma importante aqui”, finaliza.

Vírus deve avançar sobre a região Nordeste

Entre as regiões que podem ser mais afetadas nos próximos anos, os especialistas ouvidos pela reportagem citam o litoral brasileiro, de modo geral, o Centro-Oeste, o Norte e, principalmente, o Nordeste.

Isso se deve ao aspecto cíclico da doença, já que a região não sofreu epidemias mais intensas recentemente – este ano, foi a quarta região menos atingida entre as cinco – e há uma nova variante em circulação, que ainda não atingiu os estados nordestinos.

“Devemos ter um número de casos maior porque faz muito tempo que não temos epidemia significativas dessa região. E as epidemias de dengue ocorrem em ciclos, mas nós temos que entender que o Brasil é muito grande para que os ciclos sempre se sincronizem”, lembra Maurício Nogueira, ex-presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia).

É impossível, porém, prever com exatidão onde o vírus terá maior incidência. “Não há bola de cristal para isso”, comenta o virologista.

Crise climática leva o vírus a quem antes não sofria

Para além das regiões mais suscetíveis às epidemias de dengue, há um novo problema nos últimos anos: o aquecimento global faz com que o vírus chegue a locais que antes não sofriam com a doença.

Segundo relatório publicado pelo The Lancet em 2018, os aumentos de temperatura, mesmo quando pouco expressivos, e as chuvas podem expandir a incidência doenças de transmissão vetorial, como a causada pelo mosquito Aedes aegypti.

“Agora, o vírus está avançando por locais como Joinville e Blumenau, onde nunca tinha acontecido”, exemplifica Alexandre Naime.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, com 88 óbitos, Santa Catarina foi o quarto estado onde mais morreram pessoas pela dengue em 2022, embora seja apenas o décimo mais populoso.

Os cuidados contra a dengue continuam os mesmos: evitar o acúmulo de água parada e lixo em quaisquer recipientes, dentro ou fora de casa, onde possa haver um criadouro do mosquito.

Como a grande maioria dos criadouros está em domicílios, a participação da população é essencial para barrar o avanço da doença.

Ao tomar ciência de pontos de foco em terrenos vizinhos, a população deve acionar a prefeitura de sua cidade ou qualquer órgão respectivo ao poder público local.

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Câmara aprova proposta para bancar o piso da enfermagem

A Câmara dos Deputados aprovou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que garante o pagamento do piso salarial da enfermagem. Os excessos de arrecadação de fundos públicos e do Fundo Social serão usados para financiar o piso no setor público e nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

A autorização foi aprovada na tarde desta quinta-feira (15), em dois turnos, por meio da PEC 390/2014.

A lei que instituiu o piso nacional da enfermagem foi aprovada no Congresso Nacional e sancionada em agosto com a previsão de que enfermeiros recebam, no mínimo, R$ 4.750. O salário-base de técnicos de enfermagem deve ser de 70% desse valor (R$ 3.325), enquanto a remuneração inicial de auxiliares de enfermagem e parteiros deve ser de 50% do piso (R$ 2.375).

No entanto, em 15 de setembro, a lei foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a decisão da Corte, a suspensão é necessária até que sejam esclarecidos os impactos da medida sobre as finanças de estados e municípios.

À época, o Congresso se comprometeu em achar uma saída para garantir o pagamento do piso. Nesta quinta, apenas o partido Novo foi contrário à aprovação da PEC. As demais siglas declararam voto favorável à proposta.

A relatora da proposta, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), afirmou que o texto apresenta fontes seguras de financiamento para o piso salarial. “A enfermagem, esse grande contingente de trabalhadores e trabalhadoras, a maioria mulheres, aguarda há meses a implementação da lei já votada e sancionada por esta casa”, declarou.

A PEC segue agora para o Senado. Segundo a relatora, há acordo para votação célere e, com a promulgação, “o STF não terá mais motivos para manter a suspensão do piso salarial”.

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PORTAL UOL

Remédios no espaço: como pesquisas fora da Terra podem acelerar tratamentos

Desde seu lançamento, em 2000, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) funciona como um laboratório orbital de centenas de experimentos científicos. Vacinas, robôs cirurgiões e tratamento para osteoporose foram algumas conquistas da estação em prol da saúde. Agora, cientistas estudam o efeito da microgravidade sobre substâncias usadas para tratar doenças.

Paul Reichert, pesquisador da empresa norte-americana MSD (Merck Sharp & Dohme) é um dos nomes na linha de frente dessa empreitada. Na indústria farmacêutica, ele foi um dos primeiros a propor o estudo da cristalização de proteínas em condições de microgravidade, depois descobrindo nelas novos e intrigantes comportamentos.

Cristalizadas, ou transformadas em cristais, as proteínas permitem ser mais bem visualizadas e compreendidas, do ponto de suas estruturas e interação com outras moléculas, incluindo patógenos (vírus, bactérias, fungos), que assim podem ser inativados. Como tornam-se puras, essas proteínas ainda podem servir para novos medicamentos – e é esse processo atual, conduzido no espaço, que está sendo avaliado.

Tratamento de horas reduzido a minutos Segundo Reichert, em entrevista para VivaBem, sua equipe testou em microgravidade a ação de um ingrediente de um medicamento imuno-oncológico (para tratar câncer). Comumente, o paciente recebe essa substância via infusão hospitalar, que demora horas. Com a mistura desenvolvida no espaço, esse tempo poderia ser reduzido a cinco minutos, com injeções subcutâneas aplicadas em consultório.

“Descobrimos que as suspensões (misturas) cristalinas cultivadas no espaço eram mais uniformes, menos viscosas, com propriedades de injetabilidade aprimoradas. O trabalho lá ajuda no desenvolvimento em solo de processos para formulações em geral. Os resultados foram relatados em um artigo na revista científica Nature Microgravity”, diz o cientista.

Aqui embaixo, esse conhecimento demonstra ser aplicável em circunstâncias específicas, desde que manipuladas as variáveis e simulada a microgravidade. Consequentemente, há o desafio de se criar formas novas de desenvolver compostos, como os chamados anticorpos monoclonais (sintéticos), mantendo ainda sua integridade química e estrutural, e entregá-los.

Doenças combatidas e ao menor custo

Caso a ciência consiga produzir em alta concentração e grandes remessas os medicamentos em teste no espaço, uma vez que atualmente o limite é baixo e por isso cada sessão de infusão costuma ser repetida a cada três semanas, a expectativa é que haja uma mudança positiva da realidade, melhorando a qualidade vida de pacientes – e cuidadores- , além de redução significativa de custos.

“Anticorpos monoclonais imuno-oncológicos têm sido usados com sucesso no tratamento de vários tipos de câncer, como de pulmão e melanoma (um tipo de câncer de pele), além de outras indicações. Fazemos experimentos de controle na Terra ao mesmo tempo em que são realizados os experimentos de microgravidade. Usamos uma bateria de métodos e há sempre surpresas”, explica Reichert.

O pesquisador continua que há missões de reabastecimento para a Estação Espacial a cada três meses, usando foguetes. Os astronautas então retiram os experimentos, os ativam e os devolvem em 30 dias, num módulo que desce de paraquedas até o golfo do México. “Levamos os experimentos de volta ao laboratório na Flórida (EUA) em duas horas.”

Brasil também está na “corrida espacial” A farmacêutica nacional Cimed investe em pesquisas espaciais e, para os próximos cinco anos, prevê R$ 300 milhões em testes na microgravidade. No final de 2021, a empresa iniciou seu primeiro projeto em órbita, um experimento de cristalização da proteína do coronavírus, o SARS-Cov-2. O objetivo é o de formular em terra novos medicamentos para tratar a covid-19.

“Em novembro, demos início à nova fase do projeto, que consiste no envio de leveduras (organismos unicelulares) para a Estação Espacial. Dessa vez, o objetivo do estudo é testar a absorção de vitaminas e minerais de um multivitamínico nosso, para ter maior embasamento científico para entender a longevidade”, explica João Adib Marques, CEO do Grupo Cimed.

Entretanto, Marques acrescenta que, enquanto os experimentos espaciais ajudam no desenvolvimento e, algumas vezes, até no encurtamento do processo de inclusão de um novo medicamento no mercado, questões terráqueas dificultam o processo. Se a força gravitacional reduzida e a radiação cósmica aceleram pesquisas, os prazos acabam impactados por processos de certificação e outras burocracias.

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Malu Jimenez, a filósofa gorda: ‘Obesidade não existe, termo é gordofóbico’

“Filósofa gorda”. É assim que Malu Jimenez, professora e pós-doutoranda em estudos do corpo gordo, se denomina. Autora do livro “Lute Como uma Gorda: Gordofobia, Resistências e ativismos’ (ed. Jandaíra), em que conta a história de algumas mulheres, incluindo a dela mesma, a filósofa defende a desassociação entre peso e doenças. “Toda vez que eu vou a um hospital ou a um consultório, o médico olha para mim e diz: ‘Essa pessoa está doente’, sem nem mesmo pedir algum exame”, diz.

Para ela, a palavra obesidade já é gordofóbica. Em vez de as pessoas serem chamadas simplesmente de gordas, como as magras são, elas são denominadas obesas. Ocorre que nem todo gordo está doente. “A obesidade não existe”, defende ela.

O que a filósofa defende se aproxima, de certa forma, de uma abordagem que surgiu nos Estados Unidos recentemente e vem ganhando força, chamada Health at Every Size (HAES), ou algo como “saudável em qualquer tamanho”, em tradução livre.

Trata-se de um movimento que alerta que pessoas magras não necessariamente são saudáveis, assim como pessoas gordas não estão, necessariamente, doentes. “É a consciência de que a gente tem que tirar o foco do peso perfeito como meta e focar na saúde”, resume Jacqueline Rizzoli, médica endocrinologista do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas, da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, o estado nutricional de uma pessoa ainda é medido pelo IMC (índice de massa corporal). Ele é obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado. Dados levantados pelo Ministério da Saúde no ano passado por meio da plataforma integrada de vigilância em saúde apontam que mais da metade (57%) da população brasileira é considerada com excesso de peso, e 22% são consideradas obesas.

Quem não quer emagrecer ainda é minoria”O peso em si é um marcador importante, claro”, afirma Jacqueline Rizzoli. “Não adianta pensar que uma pessoa que pesa 180 kg mas não tem diabetes nem pressão alta está saudável. O joelho e a parte circulatória, por exemplo, podem estar sobrecarregados,” Ela diz que até recebe em seu consultório pacientes que não desejam mudar o peso, mas são a minoria. “A cobrança e a pressão externa fazem com que a maioria das pessoas queira atingir aquele peso de quando eram mais jovens”.

A endocrinologista diz que, normalmente, as expectativas em relação ao peso estão fora da realidade. Mas defende a relação entre emagrecimento e saúde. “Perdas em torno de 10% do peso trazem muito benefício”, diz. “A pessoa com 90 kg que conseguir reduzir 8 ou 9 kg já apresenta muito menos risco para diabetes, a pressão vai melhorar, ela vai se sentir confortável para fazer exercício, mesmo sem chegar ao peso que tanto deseja.”

Mas Malu Jimenez defende que saúde é outra coisa: “É ser tratada com dignidade e respeito”.

“Não associem as pessoas gordas a doenças, isso leva à exclusão”, afirma. O preconceito e a gordofobia, ela diz, não se limitam somente às ofensas, mas também incluem a desumanização das pessoas. Ou seja, não se trata somente de falar sobre o peso, é preciso ir além e pensar em acessibilidade para esses corpos.

Morte por gordofobiaNo início de dezembro, por exemplo, a influenciadora digital e modelo plus size Juliana Nehme denunciou ter sido impedida de viajar pela companhia aérea Qatar Airways por ser “gorda demais”. De acordo com ela, a companhia afirmou que, para embarcar, ela teria que comprar um assento extra ou uma passagem na classe executiva. O caso chegou até a embaixada do Brasil no Líbano, onde Juliana estava. No final, ela conseguiu embarcar de volta para São Paulo sem os custos extras.

Mas as dificuldades enfrentadas podem ir além dos constrangimentos, representando até mesmo risco de morte. “Em um hospital, a pessoa gorda não tem maca no tamanho dela. Não tem manguito do tamanho do braço dela para medir a pressão. Não tem um aparelho de ressonância onde ela caiba”, exemplifica. “Ela morre de gordofobia.”

De acordo com uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano pela Abeso, 85% dos brasileiros considerados obesos já foram vítimas de gordofobia. Atualmente, entre os projetos de lei que tramitam no Congresso com essa temática, um deles, de autoria do deputado federal José Guimarães (PT-CE), criminaliza a discriminação ou preconceito em relação ao peso. No Senado também tramita uma proposta, do senador Romário (Podemos-RJ), que obriga estabelecimentos de saúde a disponibilizarem equipamentos adequados ao atendimento de pessoas gordas.

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CORREIO BRAZILIENSE

Seminário debate como investir em saúde pode fomentar economia

Os obstáculos que a área da saúde enfrenta no Brasil e as propostas que apontem soluções para os graves problemas do setor em um país com severas restrições econômicas foram os temas de um dos painéis do seminário Desafios 2023 – o Brasil que queremos, promovido pelo Correio Braziliense, ontem, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O debate sobre o tema foi aberto pelo senador Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde, que coordenou a elaboração do programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a área.

Para o senador, saúde é um investimento que a sociedade deve fazer porque, além de ser um serviço essencial e universalizado, representa 9% do PIB e emprega 15% da População Economicamente Ativa (PEA), com nível de emprego qualificado. Mas ele lembra que esse é um setor em que a balança comercial brasileira é deficitária, na medida em que há uma grande concentração de produção de insumos em poucos países.

“O Brasil pode recuperar a sua capacidade produtiva no setor”, disse ele, apontando que essa será uma das prioridades do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Vamos recompor estruturas da área da saúde, da ciência e da tecnologia. (Vamos) retomar investimentos e atrair agentes privados para o desenvolvimento de ciência e tecnologia para a área da saúde”, garantiu.

Ele defendeu políticas públicas de incentivo a esses investimentos, com revisão da atual estrutura tributária do país. Para Costa, é preciso estimular tanto a pesquisa clínica quanto a inovação tecnológica e de processos. “Além de atrair investimentos com políticas adequadas, vamos apostar na capacidade deste país para criação de patentes próprias”, afirmou. Por isso, defendeu a reformulação do Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI) “para termos patentes em vários segmentos econômicos importantes”.

O senador também discorreu sobre a necessidade de o país estimular setores nos quais já tem conhecimento no campo da saúde. Ele lembrou que, no auge da pandemia de covid-19, o Brasil se viu obrigado a importar produtos “que nós temos capacidade de produzir”, como ventiladores para suporte respiratório, máscaras, luvas e medicamentos básicos.

Parcerias

Costa também defendeu o modelo de parcerias público-privadas “com segurança jurídica” para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), considerado por ele “um espaço de consumo relevante”, com quase 170 milhões de usuários, além dos 50 milhões de pessoas que utilizam a saúde suplementar.

O ex-ministro da Saúde apontou mais três desafios, como a formulação de políticas que sejam capazes de melhorar a gestão da área da saúde pública; eliminação de desperdícios; e redução da possibilidade de haver corrupção, com o desenvolvimento de sistemas de informação e ampliação das tecnologias digitais. Ele indica o atendimento especializado de média complexidade como o principal gargalo do setor, “com filas e dificuldade de acesso a especialistas”. A tecnologia digital, para o senador, “é um caminho importante para melhorar esse atendimento e a gestão do sistema”.

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Especialistas cobram a volta da excelência à vacinação

Os especialistas que participaram do painel “A saúde como fonte de sustentabilidade da nação” chamaram a atenção para a vacinação no país, cuja falta de uma campanha pelo Ministério da Saúde, no governo do presidente de Jair Bolsonaro, baixou os índices de cobertura junto à população. Isso aumentou o risco da volta de doenças que estavam erradicadas, como a poliomielite ? segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, foi enfática ao ressaltar a necessidade de fortalecimento do Programa Nacional de Imunização (PNI), posição endossada pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa ao salientar que entre os pontos considerados emergenciais pelo governo de transição ? e que deverá ser objeto de ação do futuro governo ? está a reorganização do Programa Nacional de Imunização (PNI), “para atender a milhões de crianças e jovens que correm o risco de contrair doenças que já foram erradicadas no país”.

A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida lembrou que o PNI, que tem quase meio século, é referência mundial e oferece 47 imunobiológicos. Mas lamentou que a cobertura vacinal infantil voltou ao patamar de 1987. “Tem que voltar ao centro da discussão”, cobrou Marlene.

Mas este não é o único problema no horizonte da saúde brasileira no curto prazo, que terá de ser enfrentado pelo governo que se inicia em 1º de janeiro de 2023.

Humberto Costa chamou a atenção para uma demanda reprimida de consultas, atendimentos e tratamentos que deixaram de ser executados por causa da crise sanitária provocada pela covid-19.

“São milhões de pessoas que, na pandemia, tiveram que abdicar de suas consultas, seus exames, porque os hospitais estavam voltados ao tratamento dos pacientes de covid”, lembrou, acrescentando que o isolamento social que foi necessário ser feito no primeiro momento da pandemia afastou os pacientes de suas rotinas médicas. Costa assegurou que haverá “um grande mutirão” do futuro governo para diminuir esse passivo.

O senador ressaltou, porém, que esse esforço não poderá ficar somente sobre os ombros da administração pública. Ele deixou claro que a iniciativa privada terá de participar desse processo, como fornecedora de insumos e tecnologias.

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TV ANHANGUERA

Médico alerta para a prevenção ao câncer de pele

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Assessoria de Comunicação